7º Desafio Sherlolly escrita por MandyCillo


Capítulo 1
It Takes Two


Notas iniciais do capítulo

E estou aqui mais uma vez. Espero que gostem.

Música da fic: https://www.youtube.com/watch?v=di0yjV2KCyg

Katy Perry inspirando minhas fics desde 2009. ♥



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Preciso de uma bebida...agora! Ok. Não costumo beber, mas o frio estava congelante do lado de fora do St. Barts. Eu poderia ter procurado um café? Sim, poderia. Mas eu queria algo um pouco mais forte que isso.

O pub ficava a uns dois quarteirões do hospital. Estava cheio em plena terça-feira e foi um pouco difícil achar um lugar vazio no balcão. Sentei e pedi uma bebida. Nada muito forte, minha intenção era só me esquentar mesmo. Nunca tinha feito isso na vida, mas do alto dos meus 34 anos, já era hora de eu começar a curtir a vida fora daquele hospital. Maldito frio!

Depois de cinco drinks e algumas músicas melancólicas depois, eu estava pronta pra ir embora. E quem disse que eu conseguia sair da cadeira? Minha cabeça girava, minhas pernas pesavam e tive a nítida sensação que iria desmaiar ali mesmo em cima do balcão. Quando finalmente consegui ficar em pé, senti uma mão firme em volta da minha cintura. Olhei pra cima com certa dificuldade de reconhecer a pessoa ao lado, mas aqueles olhos azuis eram inconfundíveis.

-Acho que está na hora de você ir pra casa Molly.

-O que você está fazendo aqui Sherlock? Pode me soltar, estou bem.

-Bem mal, você quer dizer.

-Não interessa...me solta, me deixa em paz. – Eu não estava bem porcaria nenhuma. Tenho certeza que se ele me soltasse eu iria de cara ao chão. Acontece que eu nunca daria o braço a torcer numa situação dessas. – Eu consigo andar sozinha!

-Não consegue não...se conseguisse você não teria me chamado aqui. – O que ele está falando? Minha cabeça girava e a vontade de vomitar era iminente.

-Eu te chamei aqui? Quando?- Regra número 1 quando se sai pra beber: Deixe o celular em casa, no trabalho, no banheiro ou na puta que o pariu, mas nunca na mão de um bêbado porque ele vai fazer merda. Eu fiz. Meu queixo caiu ao ver o celular dele e a última chamada com meu número.

---

-Oi Sherlock.

-Molly?

-Oi Sherl...

-Molly, é você mesma?

-Quem mais seria?

-Onde você está?

-Faz diferença?

-Está me ligando por quê?

-Não estou te ligando, quem te ligou foi meu celular.

-Molly, o que está acontecendo com você? Que barulho é esse?

-Faz diferença?

-Molly, me fale onde você está agora!

-Porque você é tão idiota?

-Que história é essa? Molly você está bêbada?

-Faz diferença?

-Você está bêbada! Deus do céu, onde você está?

-Não te interessa, aliás, nada em mim nunca te interessou, então porque você está me ligando?

-Molly, quantas vezes eu preciso te falar que quem me ligou foi você?

-Ai tá bom...você vem aqui me ver?

-O que?

-Vem aqui me ver...estou tão carente. O pub está cheio, mas me sinto tão sozinha Sherl...

-Molly é quase 1 da manhã!

-Não precisar vir então... eu sei o caminho de casa.

-Fique onde está, estou indo.

-Sherl...

-O que?

-Eu te amo tanto...que chega a doer aqui dentro sabia?

-Não saia daí.

--

Agora me lembrava vagamente da besteira feita. Pensei: Já que estou no inferno, então abraçarei o capeta. O problema é que meu capeta tinha nome: Sherlock.

-Vamos Molly, vou te levar pra sua casa. – Ele me segurava pela cintura e meus pés quase não tocavam o chão.

-Não quero ir pra minha casa. – Esperta.

-Quer ir pra onde então? São mais de 1 da manhã e está um frio do cacete. Decida-se!

-Sabe o que é...eu quero ir pra sua casa.

-Minha casa? Por quê? – A cara de espanto dele foi impagável.

-Porque sua casa é aqui do lado e acho que vou vomit...- Levei a mão a boca com medo de vomitar bem ali na frente dele. Agora eu já não estava tão certa de que queria levar esse jogo adiante. A vergonha estava começando a aparecer. Imagina minha cara se vomitasse nos sapatos dele e bem no meio da rua. Nunca iria me perdoar. Já não bastava ter falado demais no celular. Maldito celular!

-Tudo bem Molly, vamos para minha casa e não deixarei você beber até sua 7ª geração!

Quando chegamos na Baker Street, ele me pegou de vez no colo e subiu os degraus com certa dificuldade. Eu enterrei meu nariz no seu pescoço e mesmo bêbada conseguia sentir seu perfume suave, era maravilhoso. Eu não tinha nenhuma condição de ficar em pé. Ele me levou direto para seu quarto e me deitou em sua cama. Apaguei.

Abri os olhos e os raios de sol que entravam pela janela me incomodavam, tinha a impressão que meus miolos estavam todos soltos dentro da minha cabeça e minha boca parecia que não via água a séculos. Onde estou? Olhei para o lado e levei um susto ao ver o vulto sentado na poltrona ao lado da cama. Sentei na cama o mais rápido que pude e ao perceber que estava somente de lingerie, agarrei o lençol e tentei me cobrir, mas eu já era tarde.

-Bom dia Molly. - Seu tom era impassível.

-Bom dia Sherlock. – Vergonha era meu nome. – Quem tirou minhas roupas? – Como se eu já não soubesse.

-Eu.

-Ahhh...Olha Sherlock...nem sei por onde começar...e ...

-Pode começar se vestindo, suas roupas já estão limpas, Mrs. Hudson tomou conta delas.

-É sério Sherlock...preciso me desculpar, não sei onde eu estava com a cabeça ontem a noite...não queria que você se incomodasse comigo...você não tem nenhuma obrigação...e...

-O quão bêbada você acha que estava ontem? – Eu sabia onde aquela conversa iria chegar.

-Eu não estava tão bêbada assim! – Meu grau de petulância era demais.

-Lembre-se: na próxima vez, não se esqueça de desligar o celular antes do primeiro drink. – Ai, isso doeu. Não tinha nenhuma intenção de me declarar para Sherlock, ainda mais naquelas condições. Mas eu cansei, cansei de mentir pra mim mesma. Eu amava aquele homem e minha cabeça era um misto de sentimentos confusos e doía. Minha cabeça doía demais. E já que estava no inferno...

-Sherlock...não sei o que deu em mim...saí pra beber, estava frio, bebi demais, falei coisas que não devia, ou devia, sei lá... A verdade é que fico tentado achar desculpas para não admitir que eu te amo, mas eu só me magoo mais e mais. Me desculpe se te chateei com as coisas que eu te disse no telefone ontem, mas não posso mais ignorar meus sentimentos. Eu sempre tenho que aprender as lições da pior maneira. É muito patético estar sob efeito do álcool pra conseguir falar a verdade pelo menos uma vez. Desculpe-me, é sério. – Desembestei a falar e ele continuava me olhando impassível. Empurrei o lençol para longe – afinal ele já tinha visto tudo mesmo – me levantei e caminhei até ele. Sentei sobre suas pernas de frente pra ele e envolvi meus braços em volta de seu pescoço. Seus olhos azuis estavam vidrados em mim. Isso era sexy, muito sexy. Inclinei-me devagar, o beijei e chupei seu lábio inferior. Suas mãos agora apertavam firmemente minha cintura e a sensação era que eu poderia derreter ali mesmo. De repente ele se levantou me segurando pelas coxas e me jogou na cama.

-Pensando bem agora, acho que você deveria ficar bêbada mais vezes Molly. – Ele falou num sussurro sem separar seus lábios dos meus. A partir daí agradeci aos céus por estar sóbria, pois me lembraria de cada detalhe daquela manhã.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??? Reviews por favor. Boas ou más. Não me importo.



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