A mais do que só aparências escrita por Nana, nilyan, Daisuki SasuHina


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo é mais explicando as condições de Hinata e sua mamãe e todo o passado delaElas vivem na InglaterraEspero comentários? Talvez?



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Não adianta, mamãe! Não sei como costurar como você, preciso encontrar outro tipo de trabalho _declarou Hinata desistindo por fim largando o pano que tinha em mãos

No momento ela e sua mãe se encontravam em uma pequena mesa costurando no precário apartamento.

_Não Hinata! Não quero que saia pela rua á procura de emprego _protestou a Sr. Hyuuga_ Além do mais, que sabe você fazer?

_Esqueceu mamãe, de que falo espanhol, português e um pouco de italiano? Posso muito bem ser secretaria de algum executivo _disse Hinata com um sorriso

_Impossível o que diria seu pai se soubesse?

Hinata sentou-se na cama segurando os dedos delicados de sua mãe.

_Vamos falar com sensatez mamãe..._implorou

_Garanto que posso ao menos costurar uma hora por dia _interrompeu-a a Sra. Mikoto

_Você tem que fazer o que o médico mandou _replicou Hinata preocupada_ E é simplesmente: nada!

_Assim que não é possível levarmos a vida adiante com o que temos minha filha? _perguntou a Sra. Mikoto com um suspiro

_Não, não é possível, mamãe.

_Tudo por minha causa. Os remédios estão caríssimos e a comida, então!... Talvez não seja necessário eu comer tantos ovos nem tomar tanto leite. Não aguentando pensar em você trabalhando num ambiente só de homens, linda como é.

Hinata ficou corada com o elogio, mas Sra. Mikoto falava a verdade, pois sua filha Hinata tinha uma beleza deslumbrante. Seus traços eram quase perfeitos, o nariz aristocrático, o rosto oval. Os olhos enormes cor de perola, de longos cílios escuros, chamavam mais atenção que tudo. Os cabelos de Hinata eram de um tom negro azulado se assemelhando ao céu de noite, tinha curvas suaves mas bem avantajada em certos lugares. E a mãe estava certa em pensar que qualquer homem que a visse se sentiria atraído.

Desde que Hinata e sua mãe voltaram a Inglaterra, a saúde de sua mãe não estava indo muito bem. A razão disso consistia não apenas no desespero pela morte do marido, mas na catástrofe que precedera esse final trágico. Ela e sua filha ficaram praticamente sem nada, venderam o pouco que possuíam e nos últimos meses viviam da venda dos bordados que Sra. Mikoto fazia, uma loja de Bond Street comprava todas as peças bordadas por ela, na verdade a demanda era maior do que elas podiam suportar.

Hinata ajudava remendando algumas pernas, era boa, mas não chegava aos pés de sua mãe, tanto no ponto de perfeição como no de rapidez. Os preços da comida e dos remédios subiam semanalmente, chegaria o ponto que não poderiam mais pagar.

A Sra. Mikoto estava muito magra, tossia constantemente, e tinha um corado artificial nas faces que contrastava com a alvura do lençol.

_Você acha Hinata, que há pessoas na Inglaterra que necessitam de uma secretária que fale espanhol?_ disse a Sra. Mikoto com certa hesitação.

_Deve haver. Li no jornal, há dias, que este país está comprando carne na Argentina mais que nunca. Alguém aqui precisa redigir os contratos, escrever cartas aos fazendeiros argentinos. E sabemos que poucos entre eles falam e entendem inglês.

_Fizemos tantos planos para seu futuro, Hinata! Adivinhávamos que você seria linda, que brilharia na sociedade com vestidos elegantes, e que encontraria no devido tempo, um pretendente á altura.

_"Não adianta chorar pelo leite derramado", mamãe, como minha governanta costuma dizer _disse Hinata com tristeza, mas sem rancor. Eram tempos que jamais voltariam.

_Pobre senhorita Shizune, que terá acontecido com ela? Porém a pessoa que mais me preocupa é Kurenai, a querida empregada que nós amava tanto.

_Ela venerava papai _acrescentou Hinata_ Lembro-me também das canções italianas que cantava para mim quando criança. Mas não vamos falar sobre coisas tristes, mamãe.

_Penso nisso o tempo todo. Penso nos últimos anos que vivemos em Buenos Aires, quando seu pai exercia as funções de representante do governo britânico. Os amigos diziam que a próxima nomeação dele seria para uma embaixada em algum país da Europa. E então..._parou repentinamente de falar, e fechou os olhos para a filha não visse as lágrimas.

_Então aconteceu! _sussurra Hinata_ E, não importa o que as pessoas tenham dito, para você e para mim papai foi inocente!

_Claro que foi inocente! Você acha possível que ele tivesse feito tal coisa? Seu pai não apenas amava a Inglaterra como também a Argentina. Sempre dizia que a Argentina estava em seu sangue, e que Buenos Aires era para ele o mesmo que Londres.

_Mesmo longe da Argentina papai lembrava-se muito daquele lugar.

_Até que veio o dia em que nossa amizade chegou ao fim...

_Nunca perdoarei os argentinos pelo modo como trataram papai! _exclamou Hinata_ Eu os odeio! Está me ouvindo, mamãe? Eu os odeio! Como também odeio os chamados amigos da Legação Britânica que não ficaram do lado de papai quando tudo saiu errado.

Sra. Mikoto ficou surpresa com o súbito ataque da filha expressando um sentimento tão negativo e incomum naquela face delicada e garota de coração bom que sabia que sua filha era.

_Eles não poderiam fazer nada _observou a Sra. Mikoto_ Uma vez enviado o relatório á Inglaterra, seu pai teve de voltar para cá a fim de comparecer ao inquérito.

_E o que o Ministério do Exterior esperava descobrir contra papai? _perguntou Hinata

_Se ao menos o mapa não houvesse desaparecido! _murmurou a Sra. Hyuuga Mikoto falando consigo mesma_ Esse foi o motivo da acusação. A bordo do navio seu pai andava de um lado para o outro, noite após noite, dizendo: "Onde estará esse mapa? Que aconteceu com ele?"

Havia tanta mágoa na voz da mãe, que Hinata tentou consolá-la:

_Não se torture mamãe. Jamais descobriremos coisa alguma. Ao menos papai morreu como um herói.

Nenhuma das duas falou mais, porém mentalmente reviviam o acidente que matara o sr. Hyuuga a bordo do navio que o levava de volta a Inglaterra. O Sr. Hyuuga foi mergulhar para salvar uma criança que caiu no mar, colocou-a san e salva no bote que foi baixado para resgata-los. Então inexplicavelmente, antes de subir a bordo, desapareceu nas ondas do mar, o seu corpo nunca foi encontrado. O Sr. Hyuuga era um grande nadador e o mar não estava agitado. Não deixava de ser um mistério o fato que após ter salvado a criança ter perdido sua vida... A menos que assim o desejasse.

Os jornais tiraram proveito e várias reportagens poderão ser vistas em todo o país sobre o acidente. No navio graças a gentileza do comandante do navio, a sra. Hyuuga e Hinata foram poupadas do encontro com os repórteres que esperavam no cais.

As duas mulheres desembarcaram incógnitas e sumiram em Londres. A imprensa tentou encontra-las, mas em vão. Ninguém jamais suspeitou de que a insignificante Sra. "Ryu" que morava com a filha num modesto apartamento, fosse a procurada viúva do diplomata morto que ocupou a primeira página dos jornais durante quase um mês.

Dos acordos da Argentina com a Inglaterra o Sr. Hyuuga que mantinha negociações diretas com a Inglaterra foi acusado por um funcionário subalterno da Ligação Britânica Madara de estar confraternizando com a Inglaterra e mantendo negócios secretos. Tudo uma completa e deslavada mentira. A acusação teve por motivo inveja e vingança pessoal, pois o homem em questão que acusou ofendeu a Sra. Hyuuga com seu atrevimento a assediando e foi humilhado e rechaçado pelo marido dela, o Sr. Hyuuga.

A acusação poderia ter sido esquecida se o Sr. Hyuuga não tivesse’ perdido um mapa secreto e muito importante nas defesas marítimas de Buenos Aires. Por essa razão as suspeitas cresceram e o Sr. Hyuuga foi convocado a um inquérito na Inglaterra. O Sr. Hyuuga foi repudiado pelos argentinos como um traidor e não um homem que deu anos de sua vida para encaminhar o país para frente. Indignado e humilhado o Sr. Hyuuga não pode acreditar que pudessem imaginar que ele fosse capaz de ato tão baixo. Hinata que na época tinha dezesseis anos viu o pai envelhecer da noite para o dia pelas preocupações.

E naquele instante, vendo a mãe ali deitada, sofrendo, abatida, Hinata dizia a si mesma que não apenas o pai morrera há dois anos, mas também uma parte da mãe se foi com ele e agora cabia a Hinata cuidar de tudo.

_Você ficará boa logo, mamãe _insistiu Hinata_ Não vamos continuar a vida toda nessa miséria, escondendo-nos e morrendo aos poucos de fome. Pretendo ganhar dinheiro! O suficiente, ao menos, para vivermos com conforto!

_Não posso permitir que procure emprego em escritórios Hinata _protestou a Sra. Hyuuga_ Desconhece o que é o mundo para uma jovem como você. Sempre saiu acompanhada, foi sempre superprotegida.

_Essa vida é para mulheres ricas, mamãe, que não fazem nada o dia inteiro. Nós não temos dinheiro, preciso trabalhar _diz com um olhar determinado.

Quando a filha cresceu tanto assim?

Hinata olhou-se no espelho. Soltou os cabelos que caíram quase até a cintura em ondas de um mar negro. Escovou-os, trançou e fez um coque firme no alto da cabeça, prendendo-o firmemente com grampos, espalhando sua franja para que cobrisse sua testa completamente a deixando fofa. Depois abriu uma gaveta do guarda-roupa e de lá tirou enormes óculos escuros que eram de seu pai, Hinata pôs os óculos, eram enormes para seu rosto pequeno. Virou-se então para a mãe e disse:

_Veja mamãe! Não pareço à própria secretaria eficiente?

_Você está horrível, Hinata! E esses óculos a deixam desfigurada. _exclamou horrorizada

_É essa minha intenção mamãe. Garanto que homem nenhum me dará muita atenção.

_Não deixa de ser um bom disfarce _concordou Sra. Hyuuga olhando atentamente

Hinata usava um vestido preto, mesmo depois do luto nem ela nem sua mãe tiveram coragem de usar as roupas luxuosas que estavam nas malas trazidas de Buenos Aires, agora faziam parte de seu passado. Hinata foi ao guarda-roupa e pegou um chapéu preto, era enfeitado com fitas escuras, colocada de uma maneira deselegante. Ela amarrou o chapéu sob o queixo e vestiu uma jaqueta preta abotoada até o pescoço.

_Vou-me agora. Posso demorar um pouco mamãe, mas não se preocupe.

_Aonde vai?

_Numa agência perto de Piccadilly _declarou Hinata refletindo_ Fui uma vez lá com papai, anos passados, para arranjar um contador para a embaixada da Espanha.

_Volte depressa querida. Sabe que não gosto de você sozinha andando pela rua.

_Calma mamãe, ninguém dará atenção a mim vestida assim. O homem que me seguiu ontem não olharia uma segunda vez para mim.

_Um homem seguiu você? Por que não me contou nada? E continua achando que está agindo certo? Num escritório estará ainda menos segura do que numa rua cheia de homens.

_Prometo mamãe, que escolherei com muito cuidado meu chefe. Tratarei de achar um tão velho quanto Matusalém e bem rico.

A Sra. Hyuuga tentou sorri, mas não conseguiu. Hinata deu um beijo carinhoso na cabeça da mãe e saiu.




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Notas finais do capítulo

Proximo capitulo nosso Sasuke lindo executivo aparece :D



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