A Guardiã escrita por America


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o primeiro capítulo, bom, aproveitem.... Realmente espero que gostem. Vejo vocês lá embaixo!!



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Acordei de ressalto, o vento batendo na cortina. Mas eu fechei a janela. Que seja. me levanto e vou até ela. Olho para fora e observo a Lua. Ela está cheia, como em meu sonho... Ah, meu sonho. A mesma coisa à um mês. Uma gralha. A Lua Cheia. Um buraco. Um cheiro. E eu, caindo no escuro sem fim. Estou louca? Não. É apenas um sonho, apenas, um, sonho.. Não é? Lembro da gralha me encarando, com seus olhos... Diferentes... Quase humanos. Não. Apenas um sonho, penso novamente... Será?

Tento dormir novamente, não consigo. Calço os chinelos e saio, vou até o corredor que está escuro, estreito os olhos e vejo um pequeno feixe de luz ao fim. O quarto de meu pai. Caminho até lá e ouço ele conversando.

–Vamos ter que vender... Sinto muito... - minha madrasta diz

–Eu sei... Mas aquelas terras, eram da minha antiga mulher e tem um grande valor para Rebekah - diz meu pai.

As terras da minha mãe? Grande valor? Não. Por mim, eles poderiam fazer qualquer coisa lá, até um cemitério. Não me importo. Mas tenho pena dos cadáveres que ficariam lá.

–Joseph... Eu sei que é você que gosta daquelas terras, te trazem lembranças. Eu não o culpo, a saudade pega qualquer um. - Susan diz

–Tudo bem, vamos vender. Mas...

A porta se abre a minha frente e caio de joelhos. Olho pra cima e vejo Susan (minha madrasta) e meu pai me encarando. Ambos surpresos. De repente o olhar dele muda, de surpreso para bravo. Cruza os braços e me encara irritado.

–Beck você está be...- Susan começa mas não à deixo terminar

–Sim, estou- me levanto de um modo rápido demais que me deixa um pouco tonta, olho para os dois e saio em silêncio. ao chegar na porta, corro para a escada. Piso em falso e caio no último degrau Sim, adoro cair. Vou até a cozinha e me encosto na parede tentando respirar.

Olho à frente e vejo o brilho da lua atravessando vidro da janela, me dirijo até lá e observo em silêncio o jardim. A grama verde reflete o brilho da lua, é muito lindo. Ouço um farfalhar nos galhos e olho na direção. Uma coruja me encara. Ela tem o mesmo olhar da gralha em meu sonho, um olhar humano demais.

Ouço passos vindos do corredor e meu pai abre a porta.

–Boa noite Rebekah- diz ele

Não respondo. ele desvia o olhar e vai até a geladeira e pega a garrafa de leite.

–Por favor, poderia pegar dois copos no armário? E se possível, a caixa com biscoitos também- meu pai, educado, principalmente antes de dar sermão. Concordo com a cabeça e me dirijo até o armário, pego os copos, os biscoitos e me sento na bancada. Ele serve o leite nos copos.

–Eu sei que...- ele começa distraído. Ah não, sermão não. São quatro horas da manhã, estou cansada demais para ouvir sermões da madrugada- ...você odeia sua mãe, mas tente entender, não é culpa dela.

Aceno com a cabeça. Sermão da madrugada, e ainda por cima, sobre minha mãe.

–Beck... Ela precisou ir embora, para proteger você...- proteção e blah blah blah Sempre a mesma coisa - Para nos proteger, à nós dois querida.

Encaro o biscoito. Nem sei qual o sabor mas estou torcendo para que não seja um daqueles integrais que tem gosto de chulé, não que alguma vez eu tenha comida chulé mas... ah, tanto faz.

–Eu sei que você não entende agora, mas um dia você vai entender

–Quando? Que dia? Que hora? - explodo. Não aguento mais, fala sério. Essa conversa é muito clichê.

Ele desvia o olhar e encara o copo de leite, abre a boca para falar algo mas muda de idéia

–Eu não à odeio, só a ignoro. - digo calmamente

–Sua avó vem visitá-la amanhã- ele diz ainda encarando o copo - Acho que... Ela quer falar com você. Por favor, Harry vem junto. Se comporte. Eu também não vou com a cara daquele menino mas...- Harry o pior menino de todos, um ano mais novo que eu, dá sempre em cima de mim. Eu não gosto dele e já deixei bem claro, mas pra ele, primos podem ficar juntos e se divertir a hora que quiser.

–Tudo bem, vou tentar... manter distância- digo baixinho

–Obrigado

–Tenha uma boa noite. - digo friamente, me levanto e me dirijo até o quarto.

Deito na cama torcendo para que conseguir dormir, mas fico pensando, o que será que vovó veio me dizer? Não deve ser tão importante, papo de vó "Filha como você está? E os namoradinhos? " Nada que vá me ajudar ou que vá mudar minha vida.

Viro para o lado e caio no sono.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, por hoje é só. Espero que gostem. Novamente, se gostarem, favoritem, COMENTEM, divulguem... Por favor. Significa muito pra mim.... Obrigada.



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