Um Pequeno Infinito escrita por Biah Hutcherson


Capítulo 17
Voltando a normalidade


Notas iniciais do capítulo

Surpresaaaaaa! Siiiimm minhas senhora e meus senhores! Eu volteeeei! E agora é pra valer.
Muita gente deve estar querendo me matar, mas eu precisava de um tempo pra colocar minha cabeça no lugar e conseguir postar algo realmente bom pra vocês.
Eu não queria simplesmente escrever um capítulo e postar só pra dizer que atualizei. Então me perdoem.
Enfim... Vamos ao capítulo.
Se vocês ainda estiverem ai... Espero que gostem.



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– Para de me encher o saco Finnick!
– Não paro até você concordar em voltar pra escola.
– Eu já disse que vou pensar.
– Peeta...
– TA BOM CARAMBA. EU VOLTO PRA ESCOLA.
– Eeeeeeee!
Bom pra dar uma resumida. Agora são exatamente 03:00 da manhã e Finnick não me deixa dormir porque quer que eu volte pra escola.
– Posso dormir agora? - Eu pergunto.
– Ainda não. - Ele responde sorrindo.
– Lá vem...
– Bom... Eu estava pensando na sua lista... E eu acho que nós podíamos viajar...
– Viajar? Pra onde?
– Eu ainda não sei. Mas vou conversar com a galera e com a mamãe é claro. Você topa?
– É logico que topo. Como eu já disse Finn, eu estou fazendo máximo possível, no minimo de tempo.
– Peeta...
– Não Finnick, está na hora de aceitar.
– Como você pode falar isso nessa calma?
– O que vai adiantar eu ficar nervoso Finnick? Quebrar tudo e chorar não vão fazer eu me curar.
– Mas doi Peeta. Doi muito. - Ele disse com voz embargada.
– Eu sei que doi. E eu não vou te dizer que um dia vai passar, mas não vai doer tanto quanto agora.
– Mas eu não quero qua doa agora, eu não quero que doa amanhã e vou continuar não querendo que doa depois. Da pra entender que eu não quero te perder? - Ele disse e agora as lagrimas escorriam de seus olhos.
– Não vai doer tanto quanto você espera. - Eu disse sorrindo tristemente.
– Por favor Peeta. - Ele pediu entre soluços. – Por favor não morre.
– Finn eu ainda estou aqui.
– Mas você vai embora.
– Só que eu não quero pensar nisso. Eu ainda estou vivo! E eu espero ficar assim por pelo menos um ano.
– Um ano? É isso que eu tenho com você? Um ano?
– E se de por satisfeito! - Eu falei tentando fazer um tipo de piada, mas para Finnick não foi tão engraçado, já que ele me olhou com cara de poucos amigos. – Você sabe o que vai acontecer daqui pra frente. Eu só vou piorar. E eu não quero pensar nisso agora, eu ainda estou meio que saudável, eu ainda posso tentar viver, mesmo que seja por apenas alguns meses.
– Eu só... não entendo, por que algo assim aconteceria com você, justo com você. - Finn disse limpando as lágrimas de seu rosto.
– Gosto de pensar, que fui escolhido por Deus para passar por isso. Não por que eu sou mais forte que a maioria das pessoas, mas porque ele sabe que eu tenho pessoas que me ajudam sempre que preciso. E que estão comigo para tudo. - Eu respondi, e Finn sorriu como se eu tivesse dito a coisa mais bonita do mundo.
– Eu te amo maninho. - Ele disse bagunçando meus cabelos.
– Também te amo grandão.
– E eu amo os dois, agora será que da pra vocês irem dormir meninos, amanhã tem aula. - Minha mãe disse entrando no quarto sem ao menos bater.
– Mas mãe... – Finn tentou protestar.
– Sem mas Finnick Mellark, já pro quarto. - Ele disse com cara de brava me fazendo rir. – Sem risadinha Peeta, deita ai e dorme logo.
– Sim senhora. - Finn e eu dissemos ao mesmo tempo fazendo-a rir.
– Boa Noite meninos.
– Boa Noite mãe.
****
– Ah o dia... Que dia lindo. Você não ama o sol? Eu amo o sol, eu amo o dia. E eu amo mais ainda ver a expressão do meu irmãozinho ao acordar de mal humor. - Finnick disse sorrindo.
– Eu te odeio. - Eu disse olhando pra ele sem achar a menor graça naquilo.
– Para com isso Peeta! Você devia estar feliz porque vai ver o amor da sua vida mais cedo hoje. Então se anima um pouquinho, por que se eu fosse ela e te visse aqui, te largaria na hora. - Ele disse zombando de mim na maior cara de pau.
– Para de encher o saco no seu irmão Finn. - Mamãe repreendeu, mas eu podia ver que ela estava se segurando para não rir.
– Da pra vocês pararem? E vamos logo antes que eu desista dessa ideia de voltar pra escola. - Eu disse me leventando e Finn também se levantou em um pulo como se estivesse com medo de o que eu estivesse dizendo fosse verdade. Nós nos despedimos de Effie e nos encaminhamos até a garagem.
O silêncio no carro era reconfortante, somente uma música qualquer tocava no rádio do carro, eu estava com a cabeça encostada na janela do carro aproveitando o tempo que ainda tinha chegarmos na escola. Mas Finnick parecia estar agitado demais pra conseguir ficar em silêncio.
– Nossa Peeta, você perdeu tanta coisa nesse tempo que ficou sem ir pra escola.
– Aposto que nem foi tanta coisa assim Finn.
– Tá! Não foram TANTAS coisas assim. Mas tem uma que você precisa saber.
– Vai! Conta logo!
– Bom, finalmente chegou alguém à altura do Gloss na escola. Tem um aluno novo. Ele se chama Boggs, tem a maior cara de machão, mas ele até que é legal. Outra dia... - Finnick passou o caminho inteiro falando sobre como o aluno novo defendeu uma garota que Gloss estava atormentando. Era bom ver Finn tão animado quanto ele estava hoje.
Chegamos a escola e nos encaminhamos até a sala. Durante todo o trageto era possível perceber que as pessoas paravam de conversar e começavam a me encarar. Alguns me olhavam com pena, outros constrangidos, mas ainda tinham pessoas que sorriam e olhavam com solidariedade. Mas os piores eram aqueles que me olhavam com certo... Nojo, como se fossem ficar doentes apenas por olharem pra mim.
Fiz questão de ignorar os olhares, mas não podia negar que aquilo de certa forma me afetara.
Entrei na sala e me sentei no meu lugar de costume. Fiquei conversando com Finnick, até que nossos amigos chegaram. Então depois do que pareceu uma eternidade (pra mim) Katniss chegou.
– Bom dia amor. - Ela disse me dando um selinho.
– Bom dia. - Eu respondi sorrindo e passando o braço pelo seu ombro quando ela se sentou ao meu lado.
– Bom dia amor! - Johanna imitou com a voz afetada. – Argh! Vocês dois me enjoam.
– Johanna? Você tem certeza que não está afim do MEU namorado? Porque pra mim isso é cena de ciúmes. - Katniss provocou sorrindo.
– Ah minha querida, você pode ter certeza que se eu quisesse roubar o Peetinha de você eu roubaria. Mas o meu namorado é muito mais sexy que o seu!
– Qualé Jojo. Todo mundo aqui sabe que o Peeta tem uma bunda que deixa qualquer menina de queixo caido e até com inveja. - Clove entrou na conversa arrancando risadas de todos.
– Clove! Eu estou aqui. - Cato falou encarando a namorada.
– Você sabe que eu te amo meu burrinho. - Ela disse beijando-o. – Mas isso não faz da sua bunda maior do que a do Peeta.
Ficamos um tempo conversando, até que o professor entrou na sala. Pra minha imensa sorte, a primeira aula era com o papai noel do mal. Mais conhecido como professor Snow.
– Bom dia alunos. Todos sentem-se e em silêncio peguem seus livros e abram na página... - Ele para de falar assim que passa os olhos pela sala e consegue me ver. – Oh, Sr. Mellark. Vejo que finalmente decidiu retomar os estudos, espero que isso signifique que esteja melhor. Enfim, seja bem-vindo de volta!
Aquela frase, somada ao tom meio constrangido na voz do meu professor só colaborou pra que eu ficasse mais chocado. Ah, qual é, não é todo dia que o professor mais estranhamente ruim que você tem, quase te pede desculpas.
As aulas passaram incrivelmente rapido. E quando eu vi já estavamos na mesa do refeitório.
– Eu estava pensando. - Finnick começou. – Em realizar mais um dos ítens da lista do Peeta.
– Qual deles? - Gale perguntou.
– Item 5. - Eu falei.
– Viajar? - Katniss perguntou com olhar meio confuso. – Mas, pra onde?
– Isso ainda é segredo. Eu só preciso saber quem está dentro, pra poder organizar tudo. - Finn disse com sorriso meio misterioso.
– Eu to dentro com certeza. - Eu disse sorrindo.
– Nós também. - Clove e Cato disseram.
– Até parece que nós não vamos. - Johanna disse e Gale sorriu concordando.
– Se todos vão, eu também vou. - Annie falou.
Todos nós olhamos para Katniss esperando sua resposta.
– Então gente... - Ela começou parecendo meio em dúvida. – Quando nós vamos. - Ela terminou com o sorriso mais lindo que eu já tinha visto. Cara, eu estava mesmo apaixonado.
O resto do dia passou e finalmente nós estavamos indo pra casa. Convenci Finn a me deixar com o carro para poder levar Katniss pra casa. Afinal, eu precisava de um tempo a sós com ela.
O caminho todo nós passamos conversando sobre coisas aleatórias. E quando nós chegamos a sua casa estavamos falando sobre o seu pai.
– Pode até parecer patético. Mas eu não conseguia parar de chorar por ele. - Ela disse com olhar distante. – Eu pensava nas lembranças que tinha dele, e que nunca mais teria nenhum, que acordaria no outro dia e não teria ele pra dar aquele sorriso enorme, ou fazer as piadas que só ele sabia fazer.
– Não é patético. É normal. É o que qualquer pessoa faria no seu lugar. - Eu a confortei.
Um silêncio se seguiu dentro do carro. E eu senti que precisava dizer algo.
– Sinto muito. Eu não queria me intrometer.
– Você não se intrometeu. - Ela disse com um sorriso triste.
– Sabe de uma coisa? Eu tenho certeza que onde quer que ele esteja, ele está muito orgulhoso de você. - Eu disse, e seu rosto se iluminou, como uma criança no dia de natal e eu não pude deixar de sorrir ao ver sua expressão adorável. Estendi a mão e beijei sua testa, antes de descansar a minha contra a sua. Havia algo que minha mãe havia me dito uma vez. Quando meu avô morreu. Parecia bom dizer naquele momento.
– Menos um humano encantador na terra, mais um anjo encantador no Céu. - Eu sussurrei. Ela olhou para mim, atordoada, antes de atacar meus lábios com os seus. Quando nos separamos Katniss balançou a cabeça, um pequeno sorriso enfeitando seus lábios e sua mão entrou o seu caminho para o meu rosto onde ela parou.
– Eu realmente queria ter te conhecido mais cedo. - Ela sussurrou.
– Eu ainda estou aqui. - Eu murmurei. – Nunca é tarde.


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Notas finais do capítulo

Desculpem os erros ortográficos.
E pra quem achou que eu ia esquecer... Obrigada a cada um que dedicou um tempinho pra me mandar uma mensagem de apoio. Amo cada um de vocês.
É isso... Espero que tenham gostado.
E até o próximo.
Beijooooos.