No Rugido Do Leão escrita por Céu Costa


Capítulo 1
Capítulo 1 - Bloqueio Infernal


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindos! Jovens nobres, espero que apreciem de verdade a história desta humilde fidalga! Comentem, por favor!



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O piano era de mogno escuro. Não era um piano de cauda, daqueles que ocupam toda a sala de estar com seu requinte e sofisticação; era apenas um piano. Mas é um belo piano de parede. Ali, ao alcance dos olhos, estão entalhados arranjos de lírios e rosas. O livro marrom de letras douradas está fechado. Samantha não teve coragem de abri-lo para tocar suas partituras. E ela nem sabia porquê. Tocar piano sempre foi como andar de bicicleta para ela. Fácil como respirar, simples como andar, perfeito como existir. Mas, agora, ao ver aquelas teclas de marfim, ela não sabia o que fazer.

- Sam, está tudo bem? - ela ouviu uma voz doce e preocupada a chamar.

Era Pedro Pevensie. Rapaz magnífico. Hoje faz um ano que Samantha dá aulas de piano para ele. Agora está um pouco difícil, pois o internato é rígido, mas eles se arranjam, preenchendo horários vagos. Agora ele já está tocando bem, embora ainda precise aprender muita coisa; e eles costumam tocar melodias juntos todas as noites depois do jantar. Sempre há espectadores ávidos por ouvir as canções dedilhadas pelo aluno e sua mestra. Mas hoje não há som algum. Já faz meia hora que eles estão parados ali, e Pedro observa envergonhado os cochichos evoluírem para risinhos. Mas isso não preocupa Sam. Na verdade, ela mesma não sabe o que a está preocupando realmente.

- Sam, por favor, toque alguma coisa! - ele sussurrou.

Samantha olhou nos olhos dele. Ela procurou um motivo para tocar realmente aquela noite, mas só viu por motivo vergonha e comentários dos alunos. E isto nunca a motivou a nada. Agora só havia uma solução.

- Voltem para seus quartos, - ela se virou para os estudantes assustados - hoje não tocaremos nada.

Os alunos sussurraram entre si. Espanto e interrogação invadiam seus rostos.

- Samantha! - Pedro sussurrou, assustado - O que está fazendo?

- Se quiser, pode tocar para eles; - uma lágrima rolou em seu rosto - sozinho.

Ela se levantou e saiu da sala dos alunos, percorrendo o longo corredor de acesso à ala feminina. Ela virou à direita, entrando em um dos corredores de dormitórios. Entrou no segundo quarto à direita, o quarto das alunas de 15 anos, jogou-se em sua cama e chorou. Abelle, sua irmã dr 12 anos, abriu a porta. Ela estava na sala quando Sam mandou todos embora.

- Mana, - ela chamou da porta - tá tudo bem?

- Eu não sei....- Sam respondeu, abraçando o travesseiro.

Abelle fechou a porta.

- Pode me explicar o que foi aquilo?

- Eu não sei...- Sam sentou-se na cama - Eu nunca tive problemas com música. Era só sentar ao piano e a melodia vinha a minha mente, como um filme em um cinema que você quer muito ver. Mas hoje eu não vi nada, nada veio na minha mente. Foi assustador.

- Olha mana, - disse Abelle, sentando na cama - faz quase 3 meses que saímos de casa. Será que o que você sente não é saudade?

- Mas ficamos 6 meses na casa do Professor Kirke ano passado, sentir saudades foi forte, mas não afetou minhas canções! - justificou-se Sam.

- Não, não estou falando de mamãe ou de Oxford, - falou Abelle - estou falando de Nárnia.

- Mas nós só ficamos lá por 2 semanas, no máximo! - retrucou Sam.

- E não acha que é tempo suficiente para se apaixonar por um lugar? - Abelle parecia sonhadora - Para sentir saudade?

Samantha suspirou. Sabia que a irmã tinha razão.

- Muito bem, - Abelle caminhou em direção à porta - agora, eu vou dormir. Sugiro que faça o mesmo. Amanhã, as aulas começam cedo.

- Tudo bem, - Sam deitou-se - boa noite!

- Boa noite! - Abelle fechou a porta.


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Notas finais do capítulo

Olá, espero que tenham gostado! Por favor, comentem viu! Seus comentários me fazem dormir melhor à noite! ;)



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