The New Heroes of Olympus — O Filho Solar escrita por Jr Whatson


Capítulo 19
Capítulo 19 - Minha vida na fossa


Notas iniciais do capítulo

' I want you to Dy.e. ' — WHATSON, Hon.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/498117/chapter/19

Estava vendo o sátiro sendo levado e não estava fazendo absolutamente nada! Por quê?

— Olha! — Apontei, chamando a atenção de Ruby. — Aquele não é o seu amigo?

— Amigo? Que ami... — Ela finalmente virou o rosto. — Ai meus deuses! Dy!

Comigo atrás, a menina saiu em disparada para onde antes havia os dois homens grandes. Porém, ao gritar, ela chamou a atenção deles e eles começaram a correr, parecendo ter algum destino. Nós não, apenas corríamos atrás deles.

A minha espada já estava preparada em minhas mãos. A ideia de jogar a espada em algum deles como uma lança passou pela minha cabeça, mas pensei no que aconteceria se minha mira falhasse ou o outro deles deixasse o ferido para trás.

Minha nova amiga não tinha nada em mãos, ela usava dessa vantagem para afastar as pessoas da frente com as mãos. Perguntava-me se ela alcançando os ladrões de amigos, conseguiria impedi-los apenas com as mãos.

Aparentemente Dy tinha nos visto correndo atrás dele, porém ele não podia se comunicar conosco devido às mãos de um dos homens tapando a sua boca. Ele tentava dar chutes no outro com suas patas, porém essas sempre eram contidas antes mesmo do golpe.

— Ei, vocês! — Gritei, imaginando o que os mortais estariam enxergando diante aquela cena. — Parem!

Com meus pedidos obviamente sendo em vão, todos nós continuamos correndo até que os dois homens enormes entraram em uma cabana listrada, que parecendo totalmente sem luz em seu interior, fez com que eles desaparecessem.

Sem pensar duas vezes, não paramos em nenhum momento até que adentramos na cabana. Algo nos fez parar, colocando os meus pés com força contra o chão a minha frente, freei diante do que estava à minha frente:

Um penhasco. Não havia um outro lado, só a parede. O enorme abismo tinha aproximadamente trinta metros de comprimento e se estendia infinitamente para os lados.

Olhei para a parede rochosa do outro lado e para a que estava ao nosso lado do penhasco. Nenhum sinal dos homens. O que só significava uma coisa:

Eles haviam pulado para o abismo.

Só então percebi a outra coisa que havia acontecido. Fui até Ruby para lhe dar as mãos e ajudá-la a se levantar. Ela caiu ao tentar parar de correr, quase se lançando ao profundo buraco.

— Obri... — Ela falou enquanto tossia fortemente a poeira que provavelmente tinha inalado ao entrar em contato com o chão. — ... Gada, Hon. — Se jogou em meus braços e eu a segurei.

— Calma, senhorita. — Falei bem baixo para ela. — A gente vai encontrá-lo. Relaxa.

— Talvez se Lynn estivesse conosco, os alcançaríamos. Ela é rápida.

Perguntei-me em minha mente como ela tinha tanta certeza daquele fato.

— É verdade. — Olhei para o abismo novamente por cima da cabeça de Ruby e pensei em o que fazer. — Parece que só temos uma escolha.

Ela se afastou do meu peitoral e com o canto de meu olho, a percebia me encarando.

— Qual?

— É bem óbvia. — Cheguei na ponta do penhasco e virei de costas para o buraco. — Se você não vem comigo, adeus. Tente encontrar Lynn e Marty. O Dy deixa comigo.

— O que você quer dizer com isso? — Com o braço estendido, ela chegava devagar perto de mim.

Sorri, pois adorei a resposta que dei. Ao invés de falar alguma coisa, descolei meus pés do chão e me joguei para trás.

Caí olhando para cima, sentindo o vento da queda pelo meu corpo, balançando minhas roupas e jogando meu cabelo para o meu rosto. Lá em cima, Ruby estava me olhando com alguma expressão que eu não podia enxergar devida a distância.

A cabana, pela visão de fora, não teria espaço nem profundidade para tal abismo. Então poderia haver alguma ilusão que transformava o real naquele penhasco. Poderia nem haver abismo. Eu poderia estar caindo em... Água.

Em algum momento que eu não sei qual, tudo ao meu redor se tornou uma caverna e meu corpo entrou em contato com a água. Afundei, mas subitamente já voltei à superfície.

A água em que eu agora nadava era como se fosse uma piscina. Sua borda estava muito próxima de mim e era para onde eu me direcionava.

Me levantei bem devagar. Deixei de lado o mal olhar que via naquela caverna ao sair da água. Um corredor iluminado se mostrava, ou seja, era minha única direção a seguir e assim fiz correndo.

As paredes eram obviamente rochosas e o local era muito quieto, nem o som da água eu ouvia, o que me fez questionar sobre de onde que vinha aquela água.

— Vamos colocar esse ser imundo junto com aquelas crianças ou deixamos ele separado? — Ouvi uma voz grave mais à frente no corredor.

— Eu respondo por você. — Agora era a voz de Dy apavorada. Inconfundível. — Me coloque junto com eles.

— Até parece que ele vai dar ouvidos a você, bola de pelo. — A voz grave de antes disse novamente.

— Muito bem. — Uma voz incrivelmente mais grave ainda disse. — Não tem problema. Podemos colocar ele junto, mesmo.

Estando bem perto das vozes, tornei meu pensamento certeza quando vi que as duas vozes desconhecidas eram dos seguranças gigantes que havia visto antes. Pensei se deveria atacá-los agora ou esperar que eles decidissem ir para onde as pobres crianças estavam.

— Okay, chefe... Vamos lá, então. — O de voz menos grave falou e assim foi decidido por mim.

Os segui por vários corredores iluminados até alcançarmos um lugar com jaulas. Nelas haviam semideuses dormindo.

Porém o que mais me chocava era que em uma delas haviam dois conhecidos: Lynn e Marty.

Ataquei. Corri até as costas do monstro chefe e tentei lhe acertar um golpe mortífero, mas ele percebeu e virou de frente rapidamente dando um chute no meu peito e fazendo minha espada voar longe.

— Não, Hon! — Dy gritou. — Esses monstros são lestri-

O segurança com voz menos grave deu um soco no rosto de Dy e o fez apagar no chão.

— Filhos da mãe... — Falei, no chão. — Lestrigões, é? Já ouvi falar de vocês.

Me levantei e comecei a correr até a espada, mas o lestrigão chefe me pegou pelo pescoço e me jogou na direção contrária.

Bati de costas na parede rochosa e olhei desesperado para a jaula em que meus amigos estavam. Mesmo com a perna esquerda sangrando e doendo, andei na direção deles, procurando alguma tranca para libertá-los.

— Hon, não! — Lynn disse. — Lute primeiro.

— Me livra disso aqui logo que eu quero dar umas pancadas nesses caras! — Marty me apoiou.

Mas mesmo assim não pude pensar mais em nada. O cadeado que prendia necessitava de uma magia para ser aberto.

— Oh, que pena, jovenzinho. — O de voz menos grave disse, zombando de mim. E assim o corpo de Dy voou na minha direção, me derrubando.

— Três semideuses fracos e um sátiro melequento contra mim? — O chefe zombou também. — Sem chance.

— Liberte-os e nos dê uma segunda chance. — Consegui pedir.

— Pra você que quase me acertou um golpe nas costas? Não mesmo.

O outro lestrigão pegou minha espada e a admirou.

— Tira a mão dela! — Gritei e corri para tentar pegá-la. O chefe não se importou em me deixar passar. — Devolve!

Me joguei em cima do braço do monstro e me agarrei ao cabo da espada até ele soltar, mas ele me socou com o outro braço e eu caí no chão. O lado bom é que levei a espada comigo e logo fiquei de pé para me defender.

— Pode vir, monstro!

— Eu tenho um nome! — Ele protestou. Desviei os primeiros golpes, mas quando ele veio me dar um chute lateral, tentei bloqueá-lo com a espada.

Foi tão forte que eu fui jogado para o lado, ainda com a arma em mãos.

— Ai! — Exclamei. — Você vai ver, baleia!

O subordinado ficou com uma expressão de dúvida.

— Como você acertou o meu no- — A barriga dele sangrava. O tinha acertado com a minha espada, finalmente. — Maldito!

O monstro vinha me atacar, mas antes que pudesse desviar, uma outra coisa me acertou forte na cabeça e eu apaguei antes de descobrir o que era.

[ ... ]

Acordei olhando para o céu. Estava muito claro, mas a luz do Sol não atrapalhava a minha visão.

— Finalmente acordou, pequeno empecilho! — Aquela voz grave de novo.

Levantei com raiva, pronto para espancar o dono da voz, então percebendo que meus braços estavam presos ao chão por algemas. Tudo que eu podia fazer era tentar correr em vão até o monstro.

Porém dessa vez, não era só o tal subordinado Baleia dele que o acompanhava. Existiam mais dois lestrigões. Um de cabelo azul e outro de cabelo amarelo.

Não apenas isso, o desgraçado ainda trouxera a jaula com meus quatro amigos de viagem.

— Hon! Eu sabia que você estava vivo! — Ruby gritava de emoção com seu cabelo ruivo em seu rosto.

— A gente torce por você! — Dy gritou, com Lynn concordando com a cabeça freneticamente ao seu lado.

Marty estava enjaulado também, mas estava dormindo.

— Eu tenho uma proposta pra você, jovem semideus. — O chefe falou enquanto eu observava os lestrigões de cabelo azul e amarelo batendo com seus bastões de madeira em suas mãos, como se estivessem loucos por sangue.

— Só me tira daqui, seu bosta! — Gritei e ele ignorou.

— Você vai lutar contra os meus servos. — Ele falou com muita calma. — Se você perder, você e seus amigos morrem.

Ele fez um sinal com o dedo que apontava para baixo. Assim, eu pude notar que todos nós estávamos em um local muito alto. Era como se fosse o topo de uma caverna lisa, só que bem alta mesmo.

— Onde eu estou? — Gritei e ele me ignorou de novo.

— E se ele ganhar, moço mau? — Ruby estava desesperada para quebrar aquela cela com todo o esforço que fazia com as mãos.

— Se ele ganhar... — O chefe voltou a falar, olhando para mim, como se eu que tivesse feito a pergunta. — Seus amigos serão libertados e você será morto por mim. Simples assim. — Ele deu um sorriso amigável.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Chegando ao finaaaaaaal
:167 (10/12/2015)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The New Heroes of Olympus — O Filho Solar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.