Demigods in... Brazil? escrita por brubs


Capítulo 6
Cunfuso e Idiota


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Gente, eu tirei essa fic do cemitério por que eu tava vendo se alguma valia a pena e lá estava a Demigods.
Espero que vocês ainda gostem dela e ainda tenham interesse.
E desculpem por excluir ela.



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Antes que Daniel pudesse decifrar a expressão da morena, uma orla de campistas o rodeava, dando tapinhas em suas costas e gritando agradecimentos. Três garotos com camisas vermelhas com um javali estampado na frente ergueram-no do chão e o resto aplaudia-o.

Daniel não conseguia esconder o sorriso no rosto. Sempre quis estar onde estava. Sendo aplaudido, tendo pessoas a sua volta parabenizando-o e sentindo nem que fosse uma pontinha de inveja do novato. Pelo canto dos olhos ele pode ver Lily ainda olhando-o com raiva e distinguiu o conselheiro Max andando até ela e dizendo algo em seu ouvido. A morena assentiu, fechou os olhos e olhou pra baixo. Assim que o loiro se afastou, ela olhou mais uma vez para Dan, balançou a cabeça e correu em direção aos sobrados.

Daniel, sem saber o que houve, ficou ali, em cima dos ombros dos campistas sendo aplaudido e levado para sabe-se lá onde.

Carregaram o filho de Zeus até a casa maior, onde ficava o Refeitório. Uma festa estava acontecendo em homenagem ao garoto, mas o mesmo não conseguia se divertir. Ele sorria quando Bianca contava uma piada, quando Charlie fazia uma ou outra palhaçada ou até quando Lena vinha lhe dizer como Mason era gostoso e ela queria “provar” daquele homem. A única coisa que o garoto pensava era nas palavras de Ian sobre uma profecia e o filho do Um.

Depois de muitos comentários maliciosos de Lena, Daniel resolveu achar algum lugar para descansar. Ele saiu da casa grande e foi até a área das fogueiras, avistou um tronco caído e se sentou, horas ele era só mais um garoto normal no ensino médio de uma escola normal. Agora abraçando os joelhos e pousando o queixo no mesmo. Um suspiro de cansaço escapou de seus lábios e ele afundou o rosto nos braços.

Muita coisa rodeava sua cabeça. Há algumas ele era o Filho do Um, Filho do Rei do Olimpo, Rei dos Céus. Filho de Zeus. Todos os mitos da mitologia grega eram reais: deuses, semideuses, sátiros, dríades, ninfas, monstros... Imagens que ele lembrava-se de monstros mitológicos das aulas de história invadiram sua cabeça. Centauros, ciclopes, gigantes, minotauro, fúria, medusa... Tudo invadia sua mente como um tsunami.

Não percebeu quando um corpo se sentou ao seu lado. Num primeiro momento, não quis levantar a cabeça, pensando ser Lena ou Sophie, tentando animá-lo ou simplesmente falando de homens. Mas uma chama de esperança acendeu em seu coração com a expectativa de ser Lily, vindo conversar com ele. Levantou a cabeça e se virou rapidamente pra pessoa, tendo a chama de esperança apagada.

– Ah... Oi. – Não conseguiu disfarçar o tom de descontentamento da voz, mas também não queria.

– Oi. – Mia o respondeu um tanto encabulada, desviando o olhar do garoto. – Eu... Eu só queria te dar os parabéns... Você sabe... Por ter destronado a Lily e...

– Por que você a odeia? – Perguntou direto. Estava curioso pelo motive que Isabelle e Mia discutiram sobre a garota no jogo.

– O que... Eu... E-Eu não a odeio... Eu só...

– Não gosta dela? Ela te fez alguma coisa? – Sabia que estava insistindo, mas não poderia parar agora, precisava descobrir alguma coisa sobre a morena.

Mia o encarou nos olhos e Daniel pode perceber o cinza, quase prata, ficar mais intenso, se tornando mais brilhante. – É uma longa história, eu não... – A menina deixou a frase morrer quando Max passou pela área da fogueira com um sorriso do tamanho do mundo no rosto, ele assoviava como se tivesse ganhado um doce. O garoto analisou a menina e pode ver o brilho do olhar se suavizar e um sorriso de canto brotar em seus lábios.

– Você gosta dele. – Constatou, fazendo com que a mais nova o olhasse assustada, os lábios entreabertos. – Você gosta dele, mas ele gosta da Lily! É por isso que você não gosta dela.

– E-Eu...

A pobre Mia não conseguia falar. Descobriram seu maior segredo. Ela tentou contradizer, abriu e fechou a boca várias vezes, mas no final, abaixou a cabeça, levantou e foi apressadamente até um dos sobrados pintado de cinza.

– Acho que eu mandei mal... – Daniel disse para si mesmo. Ele baixou novamente a cabeça e ficou mais alguns segundos ali, na mesma posição.

– Ei, bonitão? – Ouviu a voz de Bianca e fitou a loira. – Está bem?

– Estou. Só cansado...

– Ok. Vem, vou mostrar onde você vai ficar.

Daniel se levantou e andou até a loira. Os dois caminharam em silencio até a área dos sobrados e a garota guiou-o até o da ponta. Era o maior de todos, pintado de um tom de azul quase gélido. Havia uma águia entalhada em cima do batente da porta e as tábuas de madeira da varanda rangiam quando pisava. Bianca abriu a porta e deixou que o amigo entrasse e conhecesse seu novo lar.

Não tinha muitos móveis lá dentro, fazendo com que a casa parecesse maior e mais solitária. Daniel rodou pela sala de estar que tinha apenas uma mesa de centro de madeira e um sofá com um lençol branco por cima.

– Sinto muito. Esse sobrado não é tão frequentado, se soubéssemos que um filho do Um chegaria, nós... – Bianca tentava ser legal com o novo, mas a única coisa que Daniel queria é que ela fosse embora e o deixasse dormir em paz.

– Está ótimo. – Disse um tanto grosso.

– Se você precisar de algo pode vir falar comigo. Alguns filhos de Hefesto lhe trouxeram uma cama e Charlie arrumou um dos quartos pra que você possa ficar até ter se acostumado. De qualquer forma, pode vir falar com qualquer um, nós vamos te ajudar. Eu, Charlie, Mason, Sebastian, Lily...

– Eu já entendi. Obrigado, eu só quero dormir um pouco.

Bianca parou depois das palavras do garoto, Daniel sabia que tinha sido muito rude com ela, mas ele só queria um pouco de paz. A loira assentiu de cabeça baixa, desejou-lhe boa noite e saiu da casa.

– Ótimo. – Murmurou sozinho. – Agora ela acha que eu sou um idiota!

Daniel caminhou até uma porta entre aberta e achou um quarto mobiliado. Uma cama box simples, uma mesa com alguns cadernos em cima e canetas, um armário com as portas abertas e cabides pendurados e uma cadeira posta ao lado da porta.

Tirou os sapatos, deixando ao lado da cama, puxou um dos cobertores na ponta do colchão e deitou-se, se enrolando no pano como um casulo.

Sua mente ainda trabalhava em velocidade máxima. Ele tentava assimilar tudo que havia aprendido e como tudo mudara. Novo lar, novos amigos, nova família, novas crenças... Ainda era complicado para o garoto. Fechou os olhos com força e virou de barriga para cima, encarando o teto de madeira.

– Pai... – Dan se sentiu meio bobo ao falar com o teto, mas depois de ver um girassol do tamanho de um prédio, uma deusa louca e uma feiticeira vodu batendo tambores, ele não tinha nada a perder. – Não sei se o senhor pode me ouvir, mas... Bom, seria ótimo se o senhor aparecesse para conversar e... Talvez me ajudar a... Argh! Isso é loucura! Eu preciso dormir.

Dito isso, virou-se de lado novamente, abraçando parte do travesseiro e fechou os olhos com força.

O sono não tardou a vir, mas veio acompanhado com uma coisa que Daniel teria de se acostumar: sonhos. Os bons e os ruins.


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Notas finais do capítulo

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