American Horror Story: PDE escrita por artpopie


Capítulo 9
Legba - Parte 3




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Queijo tremia. Tinha medo do que podia acontecer com suas banhas.

– Por favor, vaquinha... Não faça nada comigo, por favor! – Implorava.

O meio homem meio touro, pareceu zangado. Queijo, como sempre, extrapolando todos seus limites de burrice, havia confundido o touro com uma vaca. E ele não tinha ficado nada contente.

Quanto o touro estava pronto pra ataca-lo, ouviu um barulho. Duas garotas conversando. Ys e Haah. Elas eram melhores presas. Então, o minotauro decidiu segui-lás e abandonar Queijo.

Queijo, com medo do que podia acontecer a suas amigas, teve uma ideia.

– Tourinho... Venha cá, tourinho! – Disse Queijo, com uma voz fina e sensugorda.

O touro olhou para Queijo. Sem exitar, o estuprou ali mesmo – Mas tudo isso com a permissão do próprio.

– x –

Pingos de sangue podiam ser vistos por todos lugares no apartamento – nas paredes, no piso, no sofá, no teto – e esses sangues pertenciam a inocente bruxa que Alex havia matado. Alex pegou seu celular do bolso e discou um número.

– Alô?

– Oi pai! – Disse Alex. – Serviço mais do que completo.

– Você a matou? Fez tudo direitinho?

– Sim. A matei com um tiro, esquartejei seu corpo e joguei os pedaços na fogueira. Meu apartamento ainda está sujo de sangue, mas isso eu arrumo depois. – Respondeu Alex.

– Você conseguiu alguma informação dela? Sobre o clã? – Perguntou o pai.

– Não, ué... Ela nem sabia que eu sabia da identidade dela. – Respondeu Alex.

– COMO VOCÊ QUER QUE EU CONSIGA CUMPRIR NOSSO PLANO SE NÓS NÃO TEMOS NEM INFORMAÇÕES SOBRE O MUNDO DESSAS PESTES? – Gritou o pai de Alex.

– MAS O PLANO É MATAR TODAS AS BRUXAS DESSE PLANETA! E EU VOU MATAR, UMA POR UMA! JÁ FIZ MEIO SERVIÇO! – Gritou Alex.

– Nós ainda temos uma república. A República Goode. Sua esposa mora lá. Sua sogra, a SUPREMA, mora lá. A suprema protege a todos, e ela é praticamente imbatível, e é por isso que nós precisamos de algo contra ela. Um ponto fraco, qualquer coisa. Nós apenas precisamos mata-la. – Disse o pai de Alex.

– Mas como você esperava que eu tirasse a informação de uma bruxa comum, que nem vive nessa república, junto com Eduarda? – perguntou Alex.

– Se vire. Consiga informações. Pergunte pra qualquer pessoa daquela maldita república. Nós só precisamos mata-la. – Então, o pai de Alex desligou.

– x –

Haah e Ys encontraram Queijo estirado no chão, sangrando. Suas partes íntimas pareciam inflamadas.

– Socorro! Alguém nos ajude! – Gritou Haah.

Nicole e Misty vieram correndo. Nicole não se conteve e começou a gargalhar.

Misty, que tinha o dom da cura e o poder de ressuscitar pessoas, passou a mão nos ferimentos de Queijo, que logo se curaram.

– Ele está vivo. Precisamos leva-lo até um quarto para ele repousar. – Disse Misty.

– Mas como vamos fazer isso? Quer dizer, acho que nós 4 não somos fortes o bastante para carregar todo esse peso. – Disse Ys.

– Ai gente, não exagera! O Queijo não é tão pesado assim. Vocês só falam isso porque gostam de zoar com ele. – Disse Haah.

– Ok então. Vamos leva-lo. – Finalizou Nicole.

Haah segurou um braço, Ys segurou outro. Nicole e Misty seguraram as pernas.

– Pronto, agora só precisamos de um guincho pra segurar essa barriga. – Brincou Nicole.

As garotas olharam para Nicole com um olhar de repreendimento, o que fez Nicole se arrepender da piada.

Abriram a porta da república, e não viram ninguém na sala. Eduarda e Mila deviam estar na área de feitiços.

– Vamos ter que nos virar mesmo, então. – Disse Ys.

Avistaram a enorme escada que dava até o quarto de Queijo, e se cansaram só de olhar.

– Ok. Vamos ter que subir tudo isso. Nós conseguimos. – disse Haah.

E não conseguiram. Logo no quinto degrau, Ys tropeçou, o que fez Queijo cair rolando até o piso da sala principal, aonde se abriu um enorme buraco.

– O que está acontecendo aqui? – Gritava Eduarda. – Mas que merda é essa, suas pragas? O que vocês aprontaram agora?

– Nós achamos Queijo desmaiado atrás de uma moita. Ele tinha muitos ferimentos, que eu já curei. Parece que ele foi estuprado por algo muito forte, ou qualquer coisa assim. – Respondeu Misty.

– Gabs, venha aqui! – Eduarda gritou.

O mordomo veio.

– Limpe essa bagunça. Conserte esse piso. E me traga uma garrafa de vodka, por favor. – Pediu Eduarda. – E quanto a vocês... Aonde está a serra? Vocês trancaram as portas?

– Eu e Misty já trancamos as portas. – Respondeu Nicole.

– Ew.... Acho que nós deixamos as serras no jardim... – Disse Ys. – Mas isso foi por causa que nós avistamos Queijo desmaiado e nós queríamos ajud...

– MAS NADA! CORRAM E PEGUEM A SERRA! OS ZUMBIS JÁ ESTÃO CHEGANDO, PRAGAS! – Gritou Eduarda. – MILA, VENHA AQUI!

Mila chegou na sala com sua bengala.

– Aonde está Natalie? – perguntou Eduarda.

– Ela está lá embaixo, falando com Papa Legba. – Respondeu Mila.

– Mas como assim? Como ela não me avisou? – perguntou Eduarda.

– Não vá lá, por favor. Eles parecem estar tendo uma conversa séria. – pediu Mila.

– X –

– Papa Legba, me perdoe! Eu sei que me atrasei, mas eu ainda posso fazer! – Implorava Natalie.

– Natalie, nós tínhamos um contrato. Eu te dava o poder da imortalidade – que você também poderia dar para os outros – e você me fazia sacrifícios. Todo 30 de outubro. Mas dessa vez, você não o cumpriu. 1 dia de atraso! Eu falei que teria punição caso você o fizesse. – Disse Papa Legba.

– Por favor, não faça isso comigo. Não quero ter que ver todas essas pessoas mortas.... Por favor, não. – Pedia Natalie, enquanto chorava.

– Esse é o preço, meu amor. Eu falei que a punição iria incomodar seu espírito. É por isso que eu sou protetor deste mundo. Não há mais nada o que fazer. Apenas enfrente-os. E depois nós veremos se nosso contrato ainda pode ficar de pé. – Disse Papa Legba, que sumiu em uma fumaça.

Natalie subiu até a sala principal.

– Nada? – Perguntou Mila.

– Nada. – Respondeu Natalie.

– Nada o quê? – Perguntou Eduarda.

– Papa Legba continuará com sua punição de pé. Olha... Nós precisamos nos proteger. Não deixe que esses zumbis entrem aqui nessa república. Eles mexem com seu estado psicológico, seu espírito. Eles podem te assombrar pelo resto da vida, assim como podem te matar. Conheço casos de pessoas que quebraram seu contrato com Papa Legba e que depois de ver os zumbis que Legba mandou, tiveram que parar em Asylums, o que resultou em suicídio, assassinato, entre outros. – Disse Natalie.

– Mas qual é seu contrato com Papa Legba que é tão importante? – Perguntou Eduarda.

– Eu faço sacríficios a ele todo ano. As vezes levo animais, humanos mortos... Mas o que ele mais gosta, é de bebês. E o prazo desse ano era até ontem. E eu não o cumpri, pois estava ocupada demais com Madame Gustrava. – disse Natalie.

– O que você quer fazer com ela? – Perguntou Eduarda.

– Leva-la pra onde ela nunca deveria ter saído: debaixo do piso. – Respondeu Natalie.

De repente, a casa tremeu.

– O que está acontecendo? – Gritou Misty, com medo.

Natalie olhou pela janela e avistou diversos mortos-vivos, incluindo a carreira de Britney Spears.

– Eles chegaram! As portas estão realmente todas trancadas? – Perguntou Natalie.

– Sim, estão, eu fechei tudo, porra! – gritou Nicole.

– Ok. Aonde estão as serras? Cadê a Ys e a Haeska? – Perguntou Natalie.

– Meu deus... – Nicole avistou Ys e Haah. Elas ainda estavam fora da casa, cada uma com uma serra, preparada para atacar os mortos-vivos , porém as duas tremiam com medo. – Nós precisamos ajuda-las! – disse Nicole, em pânico.

– Não Nicole, fique aqui! – Misty a impediu.

Nicole estava quase chorando. Eduarda olhava perplexa para fora de casa. Mila não via nada.

– Isso são todas as pessoas que nós matamos? – Perguntou Eduarda.

– Sim. Você pode ver muitos zumbis que aparentam ser escravos, não é? Foram todos mortos e torturados por Madame Gustrava. – Respondeu Natalie.

Todos estavam assustados. Haviam zumbis com pernas penduradas nas orelhas, braços pendurados nas partes íntimas, pés pendurados nos peitos... também haviam zumbis com diversas patas de animais no lugar de pernas e braços, tudo isso obra de Madame Gustrava.

– Aonde está Madame Gustrava? – perguntou Natalie. – Traga ela aqui, agora.

Eduarda obedeceu e foi ao seu quarto buscar Madame Gustrava.

– Pronto, ela está aqui. – Eduarda disse.

Madame Gustrava começou a se retorcer assim que viu Natalie.

– Quanto tempo, não é, querida? – disse Natalie, rindo. – Tire o pano da boca dela. Vamos jogá-la para os zumbis.

– Não! Ela pode ser minha única salvação. Ela pode me ajudar com a imortalidade. – Disse Eduarda, que em seguida tirou o pano da boca de Gustrava.

– BORQUITA! TALIS! GIOVANI! – Gritou Madame Gustrava. – POR QUE ELAS ESTÃO TODAS QUEIMADAS? NÃO, MINHAS FILHAS!!!

Natalie se virou, e viu as três garotas que ela havia assassinado em vingança ao seu namorado batendo na janela.

Natalie começou a ficar confusa. Vários pensamentos e memórias tornavam a sua mente. Ela começou a se lembrar da hora de que havia esfaqueado as três garotas. Se lembrava como elas gritavam por socorro. Sua alma estava completamente culpada e suja.

Natalie começou a correr, até que tropeçou e caiu debaixo da mesa da sala de jantar, aonde começou a chorar.

Eduarda foi ver se Natalie estava bem, e viu um ferimento em sua cabeça. Antes de Natalie apagar, ela sussurrou:

Todos sentem remorso.

Eduarda pareceu confusa, mas entendeu a mensagem.

– Misty, venha aqui! Cure-a! Depois a leve para meu quarto! – gritou Eduarda.

Eduarda sacou o celular do bolso e ligou para Xuã.

– Xuã, nosso encontro de hoje está cancelado! Não venha até aqui! Nem ouse chegar perto daqui! – avisou Eduarda

– Mas por quê? – perguntou Xuã, completamente confuso

– Não dá pra explicar! Não agora! Amanhã eu te ligo! – disse Eduarda, com pressa.

– T-Te amo... – Xuã falou, esperando uma resposta. Mas o telefone apenas desligou.

– x-

– Ys, o que vamos fazer? Eles podem nos atacar! – Chorava Haah.

– Nós precisamos mata-los! – falou Ys

– Mas eles já estão mortos! – Gritou Haah.

– Precisamos cortar a cabeça deles, qualquer coisa... Precisamos de um plano! – Falou Ys

– Não temos tempo pra fazer planos. Vamos fazer o que você disse. Vamos cortar a cabeça deles. – Disse Haah. – Pegue as serras.

Ys pegou as serras.

– Vamos fazer isso. – Disse Ys, confiante.

– Vamos fazer isso. – Assentiu Haah.

As duas então correram até os zumbis. No começo, Ys sentiu medo, mas atacou-os mesmo assim. Conseguiu cortar a cabeça de 16 ou mais zumbis. Haah, que já se mostrava corajosa, cortava uma cabeça atrás da outra. Até que ela se deparou com Ruben.

– R-Ruben? – Murmurou, perplexa. Ruben pareceu dar um sorriso de lado.

Então Haah esqueceu de tudo o que estava ao seu redor e se centrou apenas em levar Ruben para casa. Haah pôs o corpo de Ruben nas costas até chegar na entrada da república.

– ABRAM, POR FAVOR! – Haah batia na porta.

Misty, que estava curando o ferimento de Natalie, avistou Haah.

– Nicole, abra a porta! Ajude Haah! – gritou Misty

Nicole a obedeceu e abriu a porta. Ajudou Haah a carregar Ruben até a sala de estar.

– Esse é o Ruben? Mas como? – perguntou Nicole.

– Você o matou, se lembra? É por isso que ele apareceu aqui. Você é responsável pela morte dele.

No mesmo instante que Haah falou isso, ela viu seu ex-namorado morto, Vini, batendo na janela.

– M-meu Deus! – gritou Haah.

– O que está acontecendo? – Mila disse. – Que cheiro é esse?

– Mila, Ruben está aqui. Ele é um dos garotos que morreram naquele acidente da fraternidade. – explicou Misty

– Um zumbi está aqui? Vocês estão loucas? – Gritou Mila – E o que ele faz aqui, na república? Alguma de vocês o matou?

Haah apontou para Nicole.

– Obrigada, né, Haah. – Nicole ironizou. – Eu que matei aquela fraternidade. Pronto, acabou.

– Mas como? Por que você fez isso? – perguntou Mila, indignada.

– Eles iam estuprar Haah! Então eu fui ajuda-la, e acabei usando um dos meus poderes, machucando-os. Eles iriam descobrir que nós somos bruxas, iriam nos revelar para todo mundo. Seria um desastre. Então achei melhor mata-los fazendo o ônibus deles capotar. – Explicou Nicole. – Eu só queria ajudar.

– Por que diabos uma fraternidade veio aqui? O que vocês estavam fazendo? – perguntou Mila, confusa.

– Uma festa. – Respondeu Nicole. – Desculpa M...

– Mas quando vocês fizeram isso? POR QUE VOCÊS FIZERAM ISSO? – perguntou Mila.

– Foi num dia que você saiu com Alex... Desculpa Mila, sério mesmo! Eu só queria divertir um pouco esse clã. – se desculpou Nicole.

Mila, irritada, desceu até o salão onde realizava seus feitiços.

Misty, no intuito de distrair Nicole da culpa, pediu:

– Nicole, você pode levar Natalie até o quarto de Eduarda? Eu preciso ajudar Ruben. – Disse Misty.

– Você pode fazer algo? – Disse Haah, animada.

– Sim, acho que posso ressuscitá-lo. Mas o corpo dele está praticamente todo decomposto, não posso fazê-lo voltar a ser perfeito de novo. Mas quem saiba com sorte isso aconteça. – Disse Misty.

– Ok, só faça isso! – Disse Haah, enquanto colocava Ruben no chão.

– A propósito, aonde está Ys? – perguntou Misty.

– Meu Deus... Eu esqueci dela completamente! – disse Haah, desesperada. – YS, YS, YS! - gritou.

Haah foi ao jardim. Todos zumbis estavam mortos. Mas Ys também.

– YS! Não Ys, por favor, NÃO! – Gritava Haah, enquanto chorava. – Por favor Ys, acorda! – Haah colocou o corpo ensanguentado de Ys no colo. Logo, notou um ferimento na sua cabeça. Ela não tinha sido morta por um Zumbi. Ela tinha sido baleada. Alguém havia a assassinado.

– Pronto, pai. Menos uma. Usarei a fragilidade de todos com a morte dela para conseguir algumas informações. – disse Alex.

– Bom garoto.


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