Suna escrita por Taís, Amanda, Juh


Capítulo 1
結婚式


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura :)



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Capítulo 1

結婚

Casamento

Mais um aperto de tirar o fôlego e por fim o nó bem dado do espartilho branco.

As bochechas de Ino estavam vermelhas e sentiu que mal poderia mover a coluna. Sentiu um enorme alivio quando sua criada de mãos medonhas afastou-se para atender a porta que estava sendo esmurrada.

— Senhor Gaara o que faz aqui?!— espantou-se a criada. — Não pode ver a noiva antes do casamento!

— Ora, deixe de tolices mulher estúpida, se o faço é porque sei que minha noiva precisa que lhe fale antes do casório. — grunhiu impaciente.

— Quer que essa união caia em desgraça? Pois não passará por esta porta nem por cima de meu cadáver! — disse a mulher rechonchuda com os braços esticados, como se fosse um cadeado escondendo de si seu próprio tesouro. Onde já se viu...

— É melhor que te ranque daí antes que cometa um desatino! — ameaçou lhe dando um de seus típicos olhares gélidos, que foram suavizados ao verem uma mão branca e delicada no ombro da criada, tão logo, a cristalina voz soar.

— Deixe-nos um instante Chiyo. Atenderei o Senhor Gaara, não há porque se alvoroçar por conta de um reles vestido. Ainda assim, agradeço por sua preocupação e estimo muito sua fidelidade a mim.

Assim que a criada se voltou completamente calada, abriu espaço saindo pela porta e só então permitindo que Gaara pudesse ter a visão que julgou ser irreal.

Aquele rosto que tanto adorava, estava incrivelmente glorioso. Ino parecia-se com um anjo. O seu anjo. Pensou que nunca se cansaria daquele par de olhos azuis, brilhantes e carinhosos, mais preciosos que a mais cara jóia. Olhos que já derramaram tantas lágrimas por ele. Algumas de emoção, outras de preocupação, e as incontáveis cuja causa era o amor.

Como se ampliasse sua áurea, repuxou os lábios avermelhados abrindo um lindo sorriso. Sabia o sabor que tinham, e tais como o gosto, as doces palavras que saiam deles.

Estava diante da mulher que amava. Casaria por amor, e não para gerar herdeiros. Os batimentos cardíacos acelerados — como certa vez sua mãe havia lhe alertado que ocorreria quando estivesse diante da mulher de sua vida —, estavam ali, pulsantes e ameaçavam ultrapassar a musculatura do peito.

Hipnotizado, mal percebeu quando sua jovem noiva lhe cercou com seus braços delicados, dando-lhe um abraço apertado e terno. Fechou os olhos para melhor sentir a sensação de tê-la tão perto de si, e aspirou seu perfume tão familiar, fresco e floral, que pairava em volta dos dois.

Ninguém nunca esteve tão perto quanto ela. Ali estava o antídoto para converter a besta fera interior de Gaara, na mais ardente paixão.

Ino tocara seu coração.

— Jamais coloquei meus olhos em algo tão belo quanto você... — disse ao afagar seu plácido rosto, que enrubesceu, tingindo-lhe as bochechas.

— Tão pouco eu encontro as palavras que podem descrever o quão belo está... — disse Ino, sinceramente maravilhada pela beleza do futuro marido. De uma coisa tinha a certeza: jamais cansaria de contemplá-lo.

Mal podia acreditar, que o menino que conheceu, tornara-se este homem tão grande e forte, que envolto dessas vestes elegantes o tornava ainda mais glamoroso.

Se seu coração batesse mais forte que isso, certamente morreria.

Gaara deixou cair a mão pelo corpete de seu vestido sentindo na ponta dos dedos o laço apertado, então se afastou para observá-la melhor...

A cintura naturalmente fina, agora, estava estupidamente moldada, de forma que o busto avantajado subisse, sendo sutilmente envolto no bordado de rendas brancas, que a deixavam genuinamente atraente. Percebeu a pesada camada de tecidos que caía-lhe aos pés, ornamentadas com fios de ouro que enriquecia os detalhes bem trabalhados.

— Sente-se bem?— perguntou Gaara vendo o arfar constante de Ino.

— Mal posso respirar dentro deste espartilho... — resmungou Ino puxando o ar.

— Tire isso... — disse tentando desatar o nó, mas Ino lhe deteve.

— Não! Gaara, eu devo usar... É nosso casamento.

— Não precisa de nada disso. — ralhou aborrecido por ela estar sentindo-se desconfortável.

Ino colocou a mão na face máscula e tensa de seu futuro marido e sorriu ternamente.

— Logo permitirei que tire meu amor...

Prendeu a respiração por um instante.

Uma onda de excitação percorreu-o. A promessa contida nessa frase o levou as lembranças das vezes em que conseguiu tocá-la um pouco mais intimamente, trazendo nítido na memória a sensação de adrenalina dos beijos ardentes como fogo e o desejo de tê-la em qualquer lugar.

Mas sempre refreavam.

Apesar do constante mau humor, por estar a tanto tempo sem relacionar-se sexualmente, não tiraria a honra de sua doce Ino, prometeu isso a si mesmo. Por outro lado, também não se deitava mais com as outras, prometeu isso a ela, e estava sendo um verdadeiro inferno cumprir ambas as coisas.

— Está com medo? — perguntou fitando-a, e a viu negar com a cabeça.

— Estou nervosa. Muito, muito. — disse ela, enfatizando bem seu estado de nervos. Gaara deu uma curta risada, com os lábios repuxados de canto. Divertia-se com a sinceridade de Ino ao expor seus pensamentos a ele. Ela sempre confiara seus segredos e sentimentos a ele, sem pensar uma única vez. Isso o agradava.

— Sei disso. Por isso vim até aqui, assegurar-me que não desmaie e me deixe plantado no altar a sua espera. — disse de maneira leve, o que fez Ino sorrir, ambos sabiam que jamais adiaria um segundo se quer deste casório.

— Amo você por isto. Necessitava vê-lo antes de começar a cerimônia, ou ficaria atormentada pensando que mudou de idéia e fugiu. — disse fazendo uma careta de quem pouco acreditava no que havia acabado de dizer.

— Não me faça esperar muito. — advertiu virando-se para ir embora. Assim que a porta se fechou Ino soltou a respiração, e logo a porta se abriu novamente. Era Gaara voltando para lhe beijar apaixonadamente...

— Aham... Ainda não pode beijar a noiva! — ralhou a mulher que já estava ali novamente. Ino soltou uma risada, achando engraçado a cara que Gaara fez para Chiyo, e ajudou-a a se livrar dele, colocando-o para fora do quarto. — Vocês dois estão quebrando todas as tradições, isso não é bom! Isso não é nada bom! — brigou a velha postando-se atrás de Ino para terminar de pentear-lhe os cabelos. O bom humor de Ino era tanto que não se importava de levar os puxões que sua serviçal lhe dava.

Assim que ficou pronta, finalmente olhou-se no espelho. Não era vaidosa com sua aparecia, e dava graças aos céus por ter sua própria beleza, pois não passava-lhe pela cabeça ficar penteando-se por horas, todos os dias como costumavam fazer as moças de Suna.

Mas ali estava, uma mulher de dezenove anos, verdadeiramente bela.

Não tinha parado para reparar nos detalhes de seu vestido de noiva, por certo, era sem dúvidas o vestido mais caro que já vira na vida. Era lindo.

De repente sentia-se nervosa. Dentro de poucos minutos estaria casada com Gaara, o homem de sua vida, e sentiu vergonha pelo comentário que fez ainda pouco sobre deixá-lo tirar sua roupa.

— Certamente já sabe o que te espera essa noite não é, senhorita Yamanaka? — perguntou a Chiyo.

— Certamente já sei. Pode guardar seus preciosos conselhos para si mesma, Gaara e eu já quebrados exatamente todas as tradições! — disse fazendo os olhos de Chiyo quase saltarem para fora e segurou-se para não soltar uma gargalhada.

Se fosse uma pessoa melhor, diria a ela que Gaara era um homem honrado e não cometeria tal erro. Também diria que precisava sim de seus conselhos, pois era ignorante pro que acontecia depois dos beijos. Mas sabia que seu marido lhe ensinaria o que fosse necessário, e seu lado perverso queria manter a língua dessa pobre fuxiqueira bem guardada dentro da boca. Tsc...

Levantou-se sabendo que não estava atrasada, e nem pretendia ficar. Sem suportar mais ficar nem mais um segundo trancafiada naquele quarto, e sabendo que Gaara certamente já lhe esperava, pretendia ser uma noiva pontual.

Chiyo lhe ajudou a descer as escadas, conduzindo-a até o lugar onde aconteceria a cerimônia, praguejando alguma desconformidade durante o caminho. Assim que seus pais e músicos perceberam sua chegada, deram inicio ao casório.

Ino mal podia enxergar através daquele véu que caía-lhe sobre o rosto. Também mal ouviu as palavras que o sacerdote dizia. Só podia sentir a mão de Gaara segurando a sua, e soltaram-se apenas no momento em que ele começou a subir o pano para olhar dentro de seus olhos e beijar-lhe.

Enfim casados.

Ambos comeram muito pouco durante o jantar de celebração. E Ino teria dançado com todos os homens de Suna, se não fosse a bem vinda intervenção de Gaara, tomando-a pela mão, mas não para dançar e sim para sair dali tentando não serem interceptados pelo caminho.

Quando passaram direto por seu quarto de solteira, e viu-se parada em frente ao quarto que compartilharia com Gaara, sentiu um tremor percorrer seu corpo.

Sem dar uma palavra ele a conduziu para dentro, e pegando uma adaga afiada, passou de uma só vez pelos laços bem dados em seu vestido, de forma que a camada de tecidos caísse, deixando-a apenas com o camisão branco que levava por baixo.

Embora sentisse certo alívio, ainda não podia respirar, estar tão proximamente intima de Gaara, não lhe permitia.

— Você sabe que eu a amo? — perguntou antes de qualquer coisa. Ino apenas concordou positivamente com a cabeça. — Sim, é verdade. Desde quando você ainda era uma menina. Sempre amei seus olhos, seus cabelos... — disse tirando a presilha que os mantinham amarrados, abraçando-a para sentir o cheiro deles. — Os seus lábios... — sussurrou beijando-a de maneira sensual, enquanto andava com ela em direção a cama preparada para o casal.

Quando Gaara avançou para deitar-se com ela, Ino interrompeu-o.

— Espera... Eu quero fazer isso. — disse beijando-o enquanto as mãos delicadas o livravam de seu casaco, abria os botões de sua camisa e em seguida o afastou para retirar de si a única peça que lhe restava sobre o corpo.

Gaara contemplou-a, e uniu-se a ela, sentindo que o vazio de sua alma estava sendo preenchido pela doçura de sua mulher. Um homem criado e treinado de forma severa, endurecido pelo sangue e a morte das guerras, tinha em mãos o corpo delicado, perfumado e doce de sua inocente Ino. Ela era o raio de luz que brilhava em sua escuridão. Ela era sua.

— Sim, eu sei. E também o amo. — disse antes de entregar-se ao sono e encolher-se entre os braços de seu marido.

Teria terminado de sonhar com a noite de amor que teve, se não fosse despertada pelas batidas desesperadas na porta.

Abriu os olhos assustada, olhando para o lado e encontrando a cama vazia. Enrolou-se no lençol, sem preocupar-se com o cabelo que estava uma bagunça, e foi atender o impaciente.

— A que horas Gaara saiu? — perguntou kankuro com uma carranca enorme.

— Eu... Não sei. Acabo de acordar e... Não sei. — respondeu confusa, tentando assimilar a ausência de seu marido na cama, com a cara assustadora de seu cunhado, que neste exato momento olhava para o lençol que ela segurava para se cobrir.

— Ele dormiu com você. Não deve estar muito longe. — concluiu ao ver a mancha.

— Não deve estar muito longe? Gaara não me disse que ia sair, nem amanheceu direito. — disse Ino num tom crescente de desespero.

— Não sei ao certo, encontrei o amuleto dele nas extremidades de Suna, é a única pista que tenho. Levaram ele, Ino. Gaara foi seqüestrado.


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Notas finais do capítulo

Gostaram???A partir do próximo capítulo começaremos a contar a história dos pombinhos. Vocês vão se apaixonar pelo casal, nos aguardem!Nós regressaremos ao passado, para mostrar como foi que tudo começou entre estes dois. Por enquanto, isto foi só um aperitivo, pois não temos em vista quando realmente começaremos a postá-la :)Deixem a opinião de vocês!3 Beijos!