Pov Rebecca Clearwater

Alguém batia em minha porta, não querendo entrar, coloquei o travesseiro em minha cabeça mas ouvi alguém dizer.

– Acorda logo, Rebecca. - Era a voz de Luce.

Levantei já que não conseguia mas dormir.

– Entra logo, Luce. - Disse emburrada.

– Dorminhoca, a gente tem que tomar café, to afim de treinar. - Ela disse.

– Só deixa eu trocar de roupa. - Disse e coloquei uma regata marrom e uma calça preta junto de um tênis da mesma cor, ela me puxou e fomos treinar, eu acho que não preciso disso, sou boa com minhas armas. Ficamos em posição, aqui é diferente.

Ela foi em minha frente, é uma boba.

– Muito bem, hoje saberemos o ponto forte de vocês, hoje é a Colheita, e serão as escolhidas. - Disse a treinadora.

O nome da treinadora é Amanda, ela tem cabelos louros e olhos azuis, uma pele bem branca e é ganhadora de uma das edições dos Jogos. Chegou a minha vez, de última.

– Adagas e espadas. - Disse olhando naqueles olhos azuis da professora, com podemos dizer, um pouco de medo.

– Pegue ali a sua arma. - Ela disse andando.

Fui até a minha e havia bonecos de madeira, eles agiam como se fosse uma luta de verdade, a treinadora dizia " Não temam! Lutem! Vocês são fortes! " , eu ouvia vozes em minha cabeça, aquela era um academia para meninas e não eram aceitos homens, eu usava uma espada, ataquei a barriga do boneco, que desviou completamente, eu sabia que tinha que chegar perto, me aproximei e comecei a o atacar, atacava a toda parte e por um tempo, consegui arrancar sua cabeça. Era a primeira.

– Parabéns, Rebecca! - Ela disse se aproximando de mim - Se fosse os Jogos e todas vocês lutassem assim, morreriam e ela seria a vencedora, lutem pelo o que querem, querem vencer? Ver a família de vocês de volta? Não morrer? Lutem com vontade e raiva.

A treinadora disse com determinação. Abaixamos a cabeça e ela mandou irmos embora porque era quase hora da Colheita, Luce foi para sua casa e me encontraria no caminho, entrei em casa e tomei um banho, vesti um vestido verde e uma sapatilha branca, deixei os cabelos soltos depois de pentear, escovei os dentes e desci, meus pais estavam na mesa com café e pão, o meu estava pronto, com geleia.

– Obrigado mãe. - Disse me sentando.

– Rebecca, aonde estava? - Ela perguntou mexendo em meus cabelos.

– Treinando. - Disse tomando um pouco de café.

– Sabe que não será escolhida não é filha? - Ele perguntou e tomou um gole de seu café.

– Sei, pai, eu sei mãe. - Disse confusa.

Tomamos café enquanto conversávamos animadamente, fazendo eu me atrasar um pouco, estava indo a praça mas encontrei com Luce, que reclamou da demora, chegamos e ficamos na fila, a pacificadora espetou nossos dedos para recolher sangue e nós fomos para o mesmo lugar, Luce ao meu lado e eu na ponta, Luce tremia, ela parecia uma irmã para mim. A mulher da Capital chegou, usava uma roupa rosa, sapatos da mesma cor junto de seu batom, que era bem claro e que se era difícil de ver pois esta tinha uma pele bem branca, um chapéu cor - de - rosa, e um guarda - chuva e luvas da mesma cor, ela usava um delineador com brilho, muito brilho, aquelas mulheres são estranhas.

Pov Maxon Alexander III

Era hora da Colheita, acho que estou com sorte dessa vez, já coloquei meu nome seis vezes e nada, estou achando bom isso, coloco a roupa da Colheita costurada por Elisabeth, uma costureira nata, ando pelo piso até a cozinha, vou até lá embaixo e frito uns ovos e bacon, não é comida que se coma aqui mas, não tenho outra opção, meus irmãos descem e comemos, eles conversando e eu quieto, em meu canto, fomos a Colheita e fizemos a fila, depois de alguns segundos a mulher espetou meu dedo e fomos aos nossos lugares, a mulher usava roupas coloridas, era estranha, ela falou algumas palavras no microfone e mostrou o filme de todo ano, nunca presto atenção naquilo, mas ela decorava cada palavra e repetia, mexendo os lábios cheios de batom, mas sem um erro.

– Ótimo. - Ela falou - Bom, Feliz Jogos Vorazes e que a sorte esteja sempre ao seu favor, algum voluntário?

Perguntou e nada.

– Bom, primeiro as damas. - Disse e se dirigiu ao enorme vidro.

Ela abriu devagar, só de olhos no papel e se curvou diante do microfone.

– Luce Hancok! - Ela falou em voz alta.

Eu podia perceber que a menina tremia, odeio gente medrosa, a menina loira ao seu lado olhou pra frente, determinada.

– Eu me ofereço como tributo! - Disse e levantou sua mão.

Ela foi levada pelos pacificadores ao palco.

– Como é o seu nome, queridinha? - Ela perguntou colocando o microfone em seus lábios.

– Rebecca Clearwater. - A menina ficou de pé, olhos pra frente.

– Agora os cavalheiros. - Disse e sorriu.

Dirigiu se a enorme bola de vidro da direita. Ela abriu o papel e se endireitou.

– Maxon Alexander III. - A mulher disse ao microfone.

Esperei por alguns segundos alguém se voluntariar por mim, nada, andei até o palco sozinho e fiquei em posição.

– Estes são os tributos do Distrito 2! - Ela falou ao microfone. - Podem se cumprimentar!

Nos cumprimentamos seriamente e fomos levados ao prédio.