Liberdade escrita por Heuristic


Capítulo 6
A História


Notas iniciais do capítulo

O que irá acontecer? Leia u.u



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Eram alguns anos antes, pelo menos uns 6 anos .

Grover havia acordado sem fôlego e respirando com dificuldade, gritava o nome de sua mãe ainda mais forte depois que percebia o fogo em seu quarto.

Foi até a janela e abriu para o ar passar, viu algo que não conseguia entender naquele dia.

Naquela noite quente de verão os homens do rei incendiaram a casa de seu pai pelo seu poder político burguês, no qual estava impedindo a monarquia de controlar o dinheiro do reino.

A porta se abriu, o menino arregalou os olhos tendo a esperança de ser sua mãe, porém era a governanta Mary que puxou ele para um abraço.

– Senhor Grover! Sua mãe e seu pai estão... Conversando com o rei. Eles vão te procurar. Fuja! Fuja agora.

Se o rei estava conversando com eles, por que ele deveria fugir, pensava ele.

Ela o empurrou para perto da janela.

– Vá! E se salve!

O barulho de gritos vindo do outro lado da casa assustou Mary que era uma mulher muito mais velha que os pais de Grover. Os dois começaram a tremer. Ele pulou a janela, era uma pequena altura e começou a correr.

Ouviu o grito desesperado de seus pais, quando os gritos cessaram ele já havia pensado o pior.

Não sabia o que faria a seguir, mas teria que se arranjar ou voltar para casa depois. Chegou a cidade, correu o mais rápido possível pulando em cima de galhos para não tropeçar.

Logo a quilômetros do menino de cabelos de cobre estavam os guardas do rei.

– Para onde foi o menino? – Gritou como se Mary tivesse problemas de audição.

– Ele está com seus avôs.

Não era a resposta que ele queria. Com um só passo em direção a governanta o guarda golpeou seu peito e seu último suspiro se foi como o vento.

– Mensageiro.

O mensageiro bem menor que os guardas ao seu lado se apresentou.

– A sua disposição senhor.

– Avise Vossa majestade que todos os Rosengold estão mortos.

Chegou a cidade onde as luzes que haviam eram apenas de tochas espalhadas pelas ruas, Grover olhava de um lado para outro. Caminhou até uma casa próxima, uma mulher abriu a porta e ouviu atentamente sua história.

– Fique aí.

Ela voltou com um pedaço de pão e fechou a porta.

Ele nunca tinha visto um pão daquele tamanho. Sempre tinham ceias fartas de sua casa. Aborreceu-se, todavia comeu o pão inteiro. Passou a noite inteira com fome. A cada dia, contava as semanas e não tinha noticias de seus pais, nem da governanta.

Assim Grover, um pequeno garoto com menos de treze anos sofreu com a fome por anos e anos. Já havia virado ladrão, passado por casas que abrigavam crianças a trabalhos forçados por um teto para dormir.

Até que um dia, trabalhando em uma fazenda vizinha ele ouviu crianças passarem ao seu lado correndo.

Após alguns minutos passou homens gritando.

– Você viu uns vagabundos com meu relógio?

– Senhor, acho que eles se infiltraram naquela mata ali. - Apontou há uma direção bem contrária da verdadeira.

Ele já foi esse tipo de criança, mesmo que já tenha deixado de fazer isso por não ter conseguido mais que um pão mofado ele já havia desistido.

Quando levantou a lenha para levar ao estábulo ele ouviu algumas risadas. Eram três garotos rindo e comendo partes de uma galinha recém assada. Vendo sua presença elas se entreolharam.

– Você nos ajudou.

– É. - Sem querer muita conversa.- Me de.

Uma das crianças, mesmo parecendo ter a mesma idade que ele, o entregou um parte da coxa da galinha. Grover olhou a pequena mão daquel jovem. Olhou diretamente para seu rosto e percebeu que era uma garota.

Sedento ele comeu aquilo e voltou ao seu trabalho.

– Saiam daqui enquanto podem.

Foi a primeira vez que viram-se.

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– Richard. - Amice falou sussurando para o homem de 20 anos ao seu lado.

Encostado com o chapéu tampando todo o seu rosto, sem olhar para o grupo em sua frente, abriu a porta com o pé e continou fingindo estar dormindo.

Todos jogaram suas sacolas de couro de cabra á mesa.

Mesmo nenhum confiando no outro, em equipe Amice e os outros rapazes eram bons no que faziam.

– Vamos dividir.

– Cale-se garota. Você nem ajudo - Pura mentira.

Amice deu um soco em sua barriga. Pegou sua parte. Ela sabia que tinha de se separar daquele grupo rapidamente.

– Docinho, venha cá.

O outro rapaz a agarrou pela cintura. Tomou um gole de seu funil e tomou todo o recipiente que estava dentro.

– Vamos, não fique arisca.

– Ela o chutou. - Mesmo não os aguentando, ela precisava sobrevive.

– Tchau. - Amice podia ser esperta, mas fazia o que queria fazer.

Andou pesadamente até a porta, suas botas batendo no assoalho da casa velha.

– Richard. - Saiu pela porta e tocou o seu peito com o dedo. - Sua parte está aqui. Estou indo.

Precisava entender o perímetro, mesmo sabendo que na casa dos Weimer havia joias preciosas, nas casas dos Princetown havia comida da boa safra de outono. Precisava furtar em alguém menos conhecido.

Olhou para a casa da colina perto da fazendo. E ficou analisando, quando roubava um relógio de um homem ao seu lado, com a mesma facilidade que respirava.


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Notas finais do capítulo

Vamos lá.



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