Daydreamin' escrita por Yngrid


Capítulo 1
Capítulo Único - Sonhando Acordada


Notas iniciais do capítulo

Olá :3 Então, resolvi fazer uma One-Shot Naxi (No início pretendia fazer Germangie, mas aí eu desisti) baseada na música Daydreamin' da diva Ariana *o*
http://letras.mus.br/ariana-grande/daydreamin/ <---- A música, caso queira escutar enquanto lê.
Espero que goste :3



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Estava na minha cafeteria preferida de Buenos Aires terminando de ler meu livro... Bem, pelo menos tentando. Minha verdadeira intenção em estar nessa cafeteria era ver ele, que também era o motivo dessa cafeteria ser minha preferida. Ele vem aqui todos os dias para lanchar e eu fico apenas o observando.

Quando finalmente consegui me concentrar na leitura, depois de horas esperando ele chegar, Andrés, o garçom, que—depois de tempos me observando babar por aquele gatinho— se tornou meu amigo, me cutucou.

—Olha ali quem chegou—Ele disse com um sorriso no rosto e apontando para a porta.

Marquei a página que tinha parado e fechei o livro rapidamente. Olhei para a porta e o vi. Ele era tão lindo, forte... Nunca vi um homem igual. Ele caminhava em direção à mesa onde pretendia se sentar. Só seu jeito de andar me deixava hipnotizada, imagina seu sorriso? Eu ficava apaixonada. Ele não parava de sorrir e por isso eu não deixava de olhar para ele. Na primeira vez que o vi, quando não sabia seu nome, o apelidei de “o gatinho da cafeteria”, apenas tempos depois, fui descobrir seu nome a partir de Andrés.

Não tirei meus olhos dele nem por um segundo. Fiquei o acompanhando com o olhar até o momento em que ele saiu da cafeteria.

Pouco tempo depois que ele foi embora, eu recolhi tudo que estava na mesa em que tinha sentado, me despedi de Andrés e sai.

Andava pelas ruas de Buenos Aires distraída, só pensando nele. Às vezes dava alguns sorrisos bobos no meio do caminho. Estava assim até alguém, que devia estar correndo, trombou comigo o que me fez cair no chão.

—Ei! Olha por onde...— Quase xinguei a pessoa, se eu não tivesse percebido quem era antes. Era ele. Maximiliano Ponte.

—Mil desculpas! Não era minha intenção te derrubar—Ele tinha uma voz doce e perfeita.

—Não... Não tem p... Problemas— Gaguejei. Por que eu gaguejei? Tentei dar um sorriso para disfarçar.

Ele me ofereceu ajuda para me levantar e eu aceitei. Ele me levantou e ficamos bem próximos. Pela primeira vez, consegui ver seus olhos, que eram completamente castanhos e brilhantes. Achei que não conseguiria me apaixonar mais por ele, mas pelo visto, estava enganada.

—Obrigada—Agradeci e soltei sua mão. Ele pegou meu livro e meu caderno que haviam caído no chão na queda.

—Era o mínimo que deveria fazer depois de ter te derrubado... Eu esqueci algo na cafeteria e ela já vai fechar— Ele deu mais um de seus sorrisos— Me desculpe mais uma vez.

Essa foi a primeira vez que conversei com ele. Não foi exatamente uma conversa, mas foi a primeira vez que escutei sua voz de perto. Não imaginava que ela era tão perfeita.

Continuei andando distraída até minha casa. Depois do que aconteceu, eu não conseguiria mais tira-lo da minha cabeça e hoje seria mais um dos dias em que não dormiria por causa dele.

Cheguei em casa e demorei um tempo até conseguir abrir a porta. Estava tremendo um pouco, depois do que aconteceu, isso era previsto. Entrei em casa e subi para o banheiro e fui tomar um banho.

Metade do tempo do meu banho foi pensando nele, no modo em que ele me faz sentir. Era estranho, principalmente depois que ele encostou na minha mão hoje. Foi uma sensação boa, mas nada comum.

Saí do banho e fui direto para o meu quarto. Vesti um pijama confortável. Enquanto fazia isso, não conseguia tirar Maxi, era seu apelido que eu acabei aderindo também apesar de nem falar com ele, da cabeça.

Fiquei sentada na minha cama por um longo tempo apenas pensando no quão perfeito ele é. Eu sabia que já era tarde, mas não liguei, porque também sabia que não conseguiria dormir de nenhuma forma.

Caminhei em direção á janela do meu quarto e a abri. Era uma noite estrelada de lua cheia. O céu estava maravilhoso. Me escorei na beirada da janela e apoiei meu queixo sobre minha mão. Era assim que passava as noites que não conseguia dormir, imaginando alguns momentos que poderia ter com Maxi, o momento que finalmente poderia tê-lo só pra mim. Ficava pensando em seu charme. Seus cabelos encaracolados, seu sorriso encantador e a partir de hoje nos seus olhos castanhos e sua voz doce.

Fui despertada dos meus pensamentos por uma voz vinda do lado de fora da minha casa. Não era uma voz qualquer. Era a voz doce dele. Era aquela voz perfeita.

—Natalia! Natalia Vidal!

Estava me perguntando se aquilo era real ou não. Estava tão apaixonada, que era capaz de ser apenas coisa da minha cabeça. Aquilo podia ser apenas mais uma das vezes que estava sonhando acordada.

Olhei para baixo, na direção da voz e ele realmente estava lá. Ele gritava meu nome, porém, não sabia como ele tinha o descoberto.

Desci as escadas correndo. Ele realmente estava lá e eu precisava muito saber o porquê e como ele tinha descoberto meu nome e meu endereço. Talvez ele tenha perguntado lá na cafeteria sobre mim para o Andrés... Não, claro que não.

Abri a porta tremendo. Estava muito nervosa. O que ele fazia aqui uma hora dessas? Não chegava a ser de madrugada, mas também não era nada cedo. O que ele fazia na casa de uma pessoa, que pra ele, é uma completa desconhecida?

Assim que abri a porta ele estava lá e nossos olhares se encontraram. Ele deu um sorriso torto.

—Natalia Vidal?—Quando ele disse meu nome eu dei um sorriso.

—Maximiliano Pontes—Disse e ele abriu um sorriso maior.

Queria perguntar como ele sabia meu nome, mas parecia uma coisa tão imbecil naquele momento. Acho que ele também achou estranho o fato de eu saber seu nome. Maxi parecia criar coragem para fazer alguma coisa.

—Você deve estar se perguntando como sei seu nome... Assim como eu estou me perguntando como você sabe meu nome— Ele deu uma risada.

— Foi o garçom da cafeteria­— Disse rapidamente, mas eu sei que ele entendeu.

— Como você sabe?

— Como sei o que?—Fiquei confusa.

— Que foi o garçom da cafeteria, o Andrés?

—O que? Eu quis dizer que quem disse seu nome para mim foi o garçom.

—Para mim também— Rimos.

—Mas quem te deu meu endereço? Porque nem o Andrés sabe.

—Você deixou cair um papel hoje mais cedo... Tinha seu número de celular e seu endereço— Ele explicou com um pouco de vergonha— Liguei para seu celular e ninguém atendeu... Então resolvi vir aqui.

Tudo bem, agora muito coisa fazia sentido na minha cabeça. O gatinho da cafeteria descobriu meu nome a partir de Andrés e o meu endereço a partir daqueles meus papeizinhos— Sabia que um dia eles serviriam para algo—, mas uma coisa não se encaixava. Por que o Andrés falou meu nome pra ele? Por que ele veio até a minha casa? Tenho certeza que não era apenas curiosidade.

— Mas... Por que o Andrés te contou meu nome? Por que veio até aqui?— Perguntei.

—Eu... Eu... Eu perguntei pra ele— Ele respondeu gaguejando um pouco e esfregando as mãos uma na outra, parecia estar nervoso— Porque... Eu... Eu gostei de você.

O que? Mas... Ele gostou de mim? Como assim? O homem perfeito que vai a cafeteria todos os dias? Ele gosta de mim? Eu não conseguia explicar a alegria que eu senti naquele momento, foi uma surpresa e tanto saber que era correspondida.

—Eu vim aqui porque... Eu precisava fazer isso.

Ele me pegou pela cintura e me beijou. Não esperava por isso de forma alguma. Mas não vou dizer que não gostei porque eu adorei. Naquele momento eu percebi que fomos feitos um pro outro. Foi mais uma das sensações estranhas que ele me proporcionava.

—Me desculpe! Eu não devia ter feito isso! Me desculpe— Ele tentou sair andando, mas antes que conseguisse eu puxei seu braço.

— Espera! Eu preciso te dizer uma coisa— Criei coragem para dizer— Eu também gosto de você—Abaixei a cabeça— Eu ficava te observando na cafeteria todos os dia.

—Sério?— Ele parecia tão surpreso quanto eu quando ele disse que gostava de mim. Eu apenas balancei a cabeça em afirmação— Eu ficava no meu trabalho louco para poder ir à cafeteria para poder te ver e quando chegava em casa não te tirava da cabeça— Ele se aproximou de mim— Você não sabe o quanto esse beijo que eu te dei agora significou pra mim, ainda mais depois da sua resposta.

Acho que já deveria estar mais vermelha do que um pimentão. Ele fazia as mesmas coisas que eu. Ele estava se declarando para mim.

Ele se aproximou um pouco mais de mim e pegou as minhas mãos. Elas estavam tremendo muito e suando. Fiquei mais nervosa ainda ao toque dele.

—Quando vamos poder nos ver de novo?— Ele perguntou. Sua voz doce me fez arrepiar. A primeira vez que isso aconteceu.

— Amanhã à noite?— Sugeri.

— Perfeito— Ele deu mais um sorriso para mim e saiu andando.

Ainda não acreditava no que estava acontecendo. Será que conseguiria esperar até amanhã à noite? Não sei, só sei que não precisaria mais sonhar acordada. Tudo que já imaginei que faria com Maxi poderia ser real. É... Hoje foi, sem dúvida, o melhor dia da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado dessa One-Shot Naxi *o*
Me desculpe qualquer errinho :P
Então, queria saber a opinião de vocês, né? Se puderem comentar :3
Obrigada por ler