– Então? É pra hoje ou vai enrolar mesmo?

– Como posso confiar em alguém que diz ser um país?

– Ótimo. Não confie e morra lá fora. - Sayuri pensa, será que deveria confiar no homem que acabara de conhecer? Bem, de uma coisa ela tinha certeza, não queria perder para aquele monstro. Ela decide, então, ficar com aquele indivíduo. Afinal, a sua situação não poderia piorar. Ela se encolheu no canto do armário e ele se ajeitou no outro canto.

– Certo, agora vou fechar a porta e apagar a vela.

– T-tá.

– Pronto, agora vamos...

– Por quê você está aqui?

– Hã? Ah, foi por causa do idiota do Itália.

– Sério? Ainda vai continuar com isso?

– Ainda não acredita em mim?

– Então não é mentira?

– Por quê eu falaria uma coisa dessas?!

– ...

– Desisto.

– Acredito.

– Que?

– Acredito em você.

– Aleluia.

– Ei, hã... Inglaterra, né?

– Sim?

– Por quê... você tem o mesmo cheiro que meu pai?

– Q-que? - neste momento, Sayuri coloca a sua cabeça no ombro do Inglaterra e, em seguida agarra o seu braço.

– Tinha razão. Você tem mesmo o cheiro do papai.

– D-do quê você tá falando?

– Oquê? Não podemos morrer hoje mesmo? Só estou falando o que penso...

– T-tá. Mas os seus... hã... como posso dizer... estão me apertando... - Inglaterra ficava cada ver mais vermelho a cada palavra que dizia.

– Então agora você revela o seu lado tarado né?

– Meu lado oquê? Saiba que eu estou falando a verdade e...

– Ta bom, sei.

– Posso lhe perguntar uma coisa?

– Sim. - ela responde com um ar sonolento.

– Qual é o seu nome?

– Meu nome é Sayuri. Para ser mais exata, Sayuri Takahiro.

– Entendo, então você é "ela".

– "Ela"?

– Nada não.

– Ta... eu vou dormir.

– Pera, assim?

– Por quê não? Você tá tão quentinho... - Sayuri pega no sono.

– Não acredito que eu vou ter que ser babá dela. Bem, promessa é promessa.

*day 1: complete*

~amanhecendo~

– Ei, Sayuri. Acorda. - Inglaterra a cutuca, mas não obteve resposta.

– Sayuri? Você tá me ouvindo? - ele cutuca de novo, mas ela não se moveu.

– Sayuri... por acaso você está... - Inglaterra checa a sua temperatura. Ela estava com uma febre de 39º. Neste momento, Sayuri abre os olhos vagarosamente - Droga.

– Papai... é você?

– Está ficando pior. Vamos, você consegue andar?

– Não sei...

– Você já tava doente?

– Não.

– Onde você... - neste momento, Inglaterra percebe que ela tinha um machucado no seu braço esquerdo. - Pera, onde você fez isso?

– Aquele grandão me fez isso ontem antes de encontrar o quarto.

– Merda.

– Ei, olha a boca!

– Vamos! - Inglaterra pega Sayuri no colo e sai correndo para a escadaria.

– I-idiota oquê você pensa que tá fazendo?

– Te levando pro lugar mais seguro que encontrei.

Realmente devo confiar nesse homem?

~fim do capítulo~