Inesperado escrita por Chiisana Hana


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Yeah! Fic nova! Ela já estava sendo construída há muito tempo para os desafios jornalístico e esportivo da comunidade Saint Seiya Super Fics do ano passado! Obviamente não houve tempo... Mas corri para concluir esse cap a tempo do aniversário da Shunrei! *_* Eu amo motocross estilo livre e estava vendo o torneio X-Fighters quando deu vontade de fazer um Shiryu piloto! A final rolou no Japão e quem ganhou foi o japonês Taka Higashino, e ele arrancou a camisa e mostrou as tatuagens! Não tinha como não pensar no meu Shizão! *_* Então é isso! Shiryu voando na motoca e Shunrei repórter!Feliz Aniversário pra Shuzinha e ótima Páscoa pra vocês!Chii



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INESPERADO

Chiisana Hana

Eu sempre fui seu.

Quando você ainda não estava aqui, eu já a tinha nos pensamentos.

Você sempre foi minha.

E quando a conheci, imediatamente entendi...(1)

Capítulo I

– Como é, Shunrei? – Mino perguntou ao telefone para sua amiga que lhe contava uma história surreal. – Repete aí.

– Um cara me beijou do nada enquanto eu estava entrevistando ele – Shunrei repetiu, atropelando as palavras e procurando parecer o mais indignada possível.

– Sério? – Mino indagou.

– Sério! Acabou de passar ao vivo na tevê!

– E você fez o quê?

– Eu devia ter dado um tapa nele, mas fiquei sem ação! Quem imaginaria algo assim? Eu estava trabalhando!

– Como é que é foi isso, mulher? Conta direito. Que cara foi esse?

– Bom, quando eu cheguei na emissora hoje cedo, soube que a repórter que ia cobrir um evento de motocross ficou doente e que me mandariam no lugar dela. Logo eu, Mino? Tentei argumentar com meu chefe e tudo, afinal não entendo nada de moto, motocross, pilotos, manobras. Mas ele disse “se vire, Tzeng”! Então pesquisei loucamente na internet, decorei os nomes dos pilotos, aprendi o nome de algumas manobras e fui com a cara e a coragem, né? Foi terrível, claro. Eu lá, morta de medo, tendo que entrar ao vivo, sorrindo e mostrando empolgação com o tal evento. No final, eu fui entrevistar o cara que ganhou o campeonato, um maluco cabeludo e tatuado que já tinha arrancado a camisa. Então ele simplesmente me puxou e me deu um beijo. Eu fiquei sem saber o que fazer, Mino! O cara me beijou ao vivo!

– Tá, pelo que você está dizendo o cara é completamente doido, mas pelo menos é bonito? Beija bem?

– Ah, sei lá! – ela respondeu. Depois, completou: – Ele é bonito, mas é só um motoqueiro maluco tatuado e cabeludo. Liga a tevê no canal onde trabalho, ainda deve estar passando alguma coisa do evento.

– Espera...

Mino demorou um pouco e voltou ao telefone.

– Está passando uma espécie de entrevista coletiva... tem um cara bonitão cabeludo falando, um loirão com cara de modelo do lado dele e um brutamontes sexy que é totalmente meu número. Shunrei, eu achava que só brucutus barbudos praticassem esses esportes de louco!

– Eu também, mas que nada, mulher! São bonitos.

– Tô vendo! Vamos ao que interessa: vocês trocaram telefone? Marcaram alguma coisa?

– Não! Foi só um beijo roubado! Eu nem falei com ele depois. Encerrei a entrevista e saí correndo de lá. Nem me despedi da equipe.

– Você vai deixar ficar só nisso, Shunrei? Vocês precisam se encontrar de novo, conversar, beijar mais, sei lá!

– Ele é maluco e me ferrou, Mino!

– Por que diz que ele te ferrou?

– Porque eu devia estar lá na coletiva, mas não tive coragem de aparecer, e obviamente meu chefe vai me matar por isso.

– Isso é bem ruim...

– Pois é, mas com certeza perguntaram a ele sobre o beijo e se eu estivesse lá acabariam me apontando como a beijada. Eu morreria de vergonha, Mino.

– Pois devia ter ido! E depois devia ter saído com ele!

– Não estou te reconhecendo, Mino!

– Ah, é que eu estou cansada de ser boba e você devia estar também! Há quanto tempo estamos nessa?

– Foi só empolgação do maluco. Ou sei lá, de repente ele usou alguma droga.

– Eu acho que você tem que ver qual é a dele. O que você sabe sobre o rapaz?

– Só sei que ele se chama Shiryu, é conhecido como Dragão, tem vinte e sete anos, pratica motocross estilo livre e hoje foi campeão do X-Fighters fazendo uma manobra chamada não-sei-quê Heart Attack.

– Já é um começo. Agora descubra o resto, onde ele mora, RG, CPF, tamanho da camisa, da calça e da cueca, antecedentes criminais, tudoooo! Você é repórter ou não é?

– Ai, Mino, eu admito que gostei do beijo apesar do susto, mas nesse momento estou mais preocupada é com a carta de demissão que provavelmente receberei amanhã...

Enquanto isso, nos bastidores do evento, os pilotos reuniram-se após a coletiva. Eram quase todos amigos e Shiryu partilhava o mesmo empresário com outros dois pilotos: Hyoga Yukida e Ikki Amamiya.

– O que deu em você? – Seiya, o empresário dos três, perguntou ao Dragão. – Você beijou a repórter ao vivo! Eu até entenderia se fosse o Ikki, mas você?

– Eu não sei o que deu em mim, Seiya! – ele tentou se justificar.

– Como se não bastasse essa sua mania de arrancar a camisa depois dos saltos e jogar para a galera... – Seiya disse. – Essas roupas custam caro, sabia?

– Pois é – ele assentiu, um tanto aborrecido.

– Você pelo menos já conhecia a moça? – Shun perguntou. Irmão de Ikki, ele sempre estava nos bastidores e atuava como assessor de imprensa dos três pilotos.

– Nunca tinha visto antes.

– Ai, meu Deus, ele não está bem – Seiya falou. – Ele pirou! Chama a ambulância!

– Eu só estava eufórico por ganhar o torneio. Aí a moça veio me entrevistar e me deu uma coisa, uma vontade louca, sei lá... Então eu tive que beijá-la. E ela correspondeu.

– Eu vi que ela correspondeu! – Seiya disse. – Você tá ligado que amanhã isso vai estar em todos os jornais?

– Na verdade, nem pensei nisso. Não pensei em nada!

– Bom, seja otimista – Hyoga disse. – Seria pior se ela tivesse dado um tapa em você ao vivo.

– Isso é verdade – Shun concordou.

– Deixem de ladainha! – Ikki finalmente se manifestou. – Foi só um beijo! O importante é que o Dragão foi melhor hoje e ganhou essa bagaça! Aproveite bem, porque o próximo título será meu.

– Veremos – Shiryu disse, mas estava distante, preocupado com a repercussão do beijo.

– Vamos ter um jantar com os patrocinadores – Seiya disse. – Então se ajeitem e vamos embora daqui.

– Ainda não... – Shiryu disse. – Não a vi na entrevista coletiva. Será que ela ainda está por aí?

Seiya bateu a palma da mão na testa.

– Pronto. Ele ficou obcecado.

– A essa altura – Ikki disse –, ela já deve ter recebido um telefonema do chefe mandando-a para a rua.

– Sério que acha isso? – Shiryu perguntou.

– Lógico! Talvez não pelo beijo, mas por ela não ter ido à coletiva, né? A emissora dela patrocina o evento, ela ia ter direito a mais perguntas que os outros e tudo, mas não apareceu.

– Ela sabia que o beijo ia ser o foco da coletiva, como de fato foi... – Shiryu murmurou e não ouviu o que os amigos continuaram falando. Saiu correndo de volta à arena, procurando a jovem cujo olhar o atingira com uma força magnética inexplicável, levando-o àquela atitude impensada e tão fora do seu comportamento normal, geralmente muito discreto. Observando friamente, ela nem era tão bonita assim. Ele classificaria a repórter como uma moça ‘normal’, mas havia algo no olhar dela. Definitivamente havia.

Circundou a arena quase vazia, os últimos espectadores deixando a arquibancada, e um pequeno grupo da tevê desmontando os equipamentos. Viu que eram da emissora onde a moça trabalhava e correu até lá. Perguntou por ela. Com risadinhas, disseram-lhe que ela tinha ido embora logo após o beijo. Quando se afastou, ele ainda pôde ouvi-los comentar “Não sei se digo que a Shunrei vai se dar bem ou se vai se ferrar”.

“Shunrei”, ele pensou. “Então esse é o nome dela...”

Continua...


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Notas finais do capítulo

Motocross Estilo Livre é uma modalidade esportiva onde os pilotos saltam com as motos e fazem acrobacias no ar.(1) Sei Sempre Stata, Gianluca Grignani.



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