On The Road escrita por Mrs Bane


Capítulo 7
New Perspective


Notas iniciais do capítulo

Sooo... Quem ainda está aí? Sentiram minha falta? Eu sei, eu sei, já vai fazer um ano que eu não atualizo, mas a boa notícia é: eu estou atualizando agora!!!! A verdade é que esse capítulo já estava pronto tem um tempinho, mas meu computador estragou de vez e eu estou atualizando pelo celular. Vocês fazem ideia de como é difícil atualizar pelo celular? Bem difícil. Mas enfim (pra quem leu essa nota) vamos ao capítulo por que eu já os fiz esperar demais!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/497208/chapter/7


There's a haze above my TV
That changes everything I see
And maybe if I continue watching
I'll lose the traits that worry me

Dan

– Eu odiei o filme. – eu amei o filme, mas eu tenho uma reputação a manter – Agora eu entendi a sua risadinha Natalie Kabra! Não tinha nada a ver com Guerra nas Estrelas!

– Sério? – ela disse erguendo uma sobrancelha. – Por que acho que não fui eu que chorei no fim.
O filme era muito triste okay? Okay!!!!!
– Chorar? Eu não "chorei". Eu lacrimejei. Entrou sal da pipoca nos meus olhos.
– Nós compramos pipoca doce.
– Foi o que eu disse. Entrou açúcar nos meus olhos.
Ela olhou para mim como se eu fosse louco e riu. Como ela ousa? Ninguém pode rir da cara do ninja Cahill!
– Certo Dan, com certeza foi o açúcar. Mas agora que o mistério dos sapatos foi resolvido, que tal nós...
– Hey! Você me chamou de Dan!
– Claro que não! E, como eu ia dizer antes de você interromper, agora que o mistério dos sapatos foi resolvido, temos que decifrar aquela pista! E não temos nem idéia do que fazer!
Uma moça com cabelos pretos e uma blusa azul que tinha a mesma estampa de "Okay" dos sapatos da Natalie e uma calça jeans se aproximou com uma espécie de carta na mão.
– Hey! Vocês são o casal de quem ele falou?
Foi Natalie quem respondeu. Adorável, como sempre.
– Não somos um casal. E "ele" quem?
– Tudo o que sei é que Jonah Wizard falou comigo bem ali naquela esquina e pediu para eu entregar essa carta para uma garota morena e um garoto loiro, e apontou pra cá. Vocês tem ideia do que é falar com Janah Wizard? Quer dizer, é o Jonah! Mas pensando bem, acho que sim, já que ele pediu para eu entregar isso – ela parou um pouco, respirou e riu – Ah, e eu também sei que vocês parecem um casal.
Ela falou "Jonah Wizard" com um misto de adoração e incredulidade, e o "parecem" soou como "paaaarecem". Sem falar do jeito como ela gesticulou e falou sem parar. Como uma típica adolescente da Califórnia. Do tipo que se vê em filmes. Só em filmes.
– Quem é você? – foi Natalie que perguntou, depois de pegar a carta – De verdade, eu quero dizer.
– Ora... – a garota sorriu, dessa vez não como uma adolescente saída de um filme, mas como alguém que podia te matar a qualquer instante – Sou só uma adolescente normal.
Ela correu para uma multidão de fans vestido a mesma camisa azul. Então não a vimos mais.
– Cahill?
Foi Natalie que perguntou.
– Talvez.
Tenho certeza que ela não viu, ou até tenha visto, mas ignorou. Afinal, quem iria notar? Mas a garota tinha um "V" com serpentes enroladas tatuado no pulso.
...
Natalie segurava o papel com o título "mudança de planos", mais irritada do que nunca.
– "nem tudo é o que parece ser" – ela releu pela milésima vez – Grande ajuda Jonah! Isso não faz nenhum sentido!!! Todos os Cahill sabem isso. Não é uma pista!
Ela andava um pouco estressada ultimamente. E com "ultimamente" quero dizer na ultima hora, desde que recebemos a carta. Mas não é como se eu estivesse normal.
Quer dizer, por que motivo uma Vesper iria querer entregar a carta? Ela não parecia ter sido aberta, e a garota não nos fez nada. Nenhum ataque ninja, nenhuma ameaça. Apenas nos entregou a carta, como se para garantir que... — É isso!
— O que? Você descobriu o que significa? – talvez eu tenha pensado um pouco alto demais – O que é?
— Ah, ah... Eu descobri um novo jeito de comer queijo. – Natalie não precisava saber dos Vesper, pelo menos não ainda. – Em uma torta!
— Daniel, você está querendo me dizer que, com nossos irmãos desaparecidos e uma pista para desvendar você pensa em Chesecake?
—Claro que não! É Chesepie! Mas, por falar em pistas me deixe ver a carta– Natalie fechou a cara.
– Eu já te disse mil vezes o que está escrito na bendita carta! "Nem tudo é o que parece ser".
Eu tinha uma suspeita, mas precisava ver a carta.
– Natalie, eu sei o que está escrito. Quero tentar descobrir o que não está escrito. – ela me entregou a folha e eu cheirei – tem um truque para esconder mensagens que eu aprendi com os escoteiros. O único problema, é que você escreve com suco de limão. E quando você coloca limão em alguma coisa...
– O cheiro fica! E por que você não pensou nisso uma hora atrás?
Deve ser por que tinha coisas muito mais sérias do que uma caça ao tesouro de brincadeira para me preocupar...
De qualquer jeito, peguei uma das velas decorativas do quarto e acendi. Quando aproximei a chama do papel, onde antes estava branco, palavras começaram a se formar.
– Você vai ter que me ajudar. Isso não faz o menor sentido para mim, mas parece ser o tipo de coisa chata que você leria...
Na folha estava escrito:
"Então – na infância – a aurora
Da vida atormentada – estava
Em cada nicho de bem e mal
O mistério que me prendia -
Da correnteza, da fonte -
Da escarpas rubras do monte -
Do sol que me rodeava"

– Só por que é culto não significa que é chato. E você tem razão. Eu conheço esses versos. São de um poema de Poe. Mas por que justo esses versos?
– Que estranho, ele fala de "nincho" e "monte" – eu comecei a pensar alto – é quase como...
– Se ele estivesse falando de um lugar!
🌎🌏🌍

Amy
Eu e Ian estávamos andando a horas, e ainda não tínhamos visto nem sinal de civilização.
— Então... Isso não parece muito com a Suíça para mim. E eu sei que você não é exatamente ruim em Geografia, Cahill...
— Tem razão. Eu sou boa em Geografia.
Ele me lançou um pouco raivoso antes de dizer:
— Você vai me contar por que disse "Suíça"?
— Hã... – tentei encontrar uma boa desculpa – Você sabe, velhos hábitos nunca mudam. Dizer o lugar errado a um Kabra já virou tradição...
— Cahill, eu fui treinado para saber quando um chefe de máfia está mentindo. E você acha que pode me enganar assim tão fácil?
Olhei para ele e disse:
— Dan te enganou. Ele te mandou para bem longe do verdadeiro destino na caça... E eu te enganei falando da Suíça.
— Você não me enganou... – ele parecia ter perdido o dom para mentir também... – Eu queria ver até onde você iria com isso. E se você mentiu tem um bom motivo. Entendo por que você não queria me contar na Califórnia, mas estamos a kilometros de qualquer civilização em um vinhedo no sul da França... Por que não me contar agora?
Contar ou não contar? Respirei fundo e decidi contar parte da verdade, o suficiente para que ele parasse de me importunar.
– Eu descobri... Algumas coisas nesses dois anos... Tudo que posso dizer é que, talvez tenham outras pessoas atrás da gente.
– O quão mortos essas "outras pessoas" nos querem? – olhei para ele tentando fingir uma expressão confusa, o que não funcionou – Nunca tente me poupar Cahill, é quando eu sei que as coisas estão ficando ruins...
Ele deu uma risada seca. Eu teria que ser mais convincente dessa vez.
– Tudo bem, eu admito – olhei para o chão fingindo estar envergonhada – Acho que acabei ficando um pouco paranóica não é? Todos nós ficamos...
– Oh meu Deus! Não acredito que achei que fosse alguma coisa séria! Claro que você ficou paranóica, eu não esperaria nada diferente, mas nós precisávamos acabar no meio do nada por causa disso?
Olhei para frente e sorri, nem tão no meio do nada assim afinal...
–-----------------------------------------
Ter vinhedos parecia um bom negócio, por que a casa em que estávamos era tudo, menos humilde, com um tv led de muitas polegadas na sala com sofás de couro e um ar meio country.
–Nous sommes amoureux, nous étions sur un voyage romantique à travers les vignes, mais... – Ian explicava em francês, que eu não entendia – a raté le bus et ont été déposés à l'arrêt, nous avons décidé de marcher et retrouver son vignoble.
– Ah, ce est le destin qui vous a amené ici cher! – a moça disse sorridente – En passant, je suis Henrriete
– «Destin» ainsi?
Enquanto eles continuavam a conversa, comecei a pensar sobre o que o Ian tinha dito. Quando ele me pediu para não o poupar. Ele não estava agindo como um idiota como sempre agia. De um jeito ele tinha parecido tão... Real. E então ele me olhou com aqueles olhos dourados e... Não, eu não podia pensar nisso. Ele só iria me machucar. De novo. Ao invés disso, resolvi olhar a casa em que estávamos.
Percebi que aquela casa não perecia muito uma casa, tinha muitos corredores, e o que parecia ser um... Balcão de Check-in? Voltei a prestar atenção quando Ian me puxou,e pela cintura, para o balcão.
– Ian, o que está acontecendo?
Ele me olhou com uma cara meio culpada e meio divertida, e eu não gostei nada daquilo...
– Bem... – Ian disse sussurrando –Eu posso ter dito para a gerente de um dos hotéis fazenda mais românticos da França que somos um casal que precisa de um lugar para ficar...
Por dentro eu estava praticamente explodindo. Mesmo a ideia de fingir ser a namorada do Ian já me fazia sentir borboletas no estômago. Mas é claro que eu não iria demonstrar... E então, ao invés disso perguntei:
Como você explicou dois adolescentes fazendo um tuor pelos vinhedos da França? Nós fugimos de casa para viver nosso amor?
– Claro que não! Por que nós não temos 15 e 16. Nós somos Clarie Jensen de 21, a melhor aluna da classe de direito e James Tyler, o inglês charmoso que você conheceu no estágio, só para depois descobrir que era o filho do seu chefe.
– Meu Deus, nossa história daria uma ótima comédia romântica.
– Que bom que você acha isso querida – Ian disse um pouco mais alto, sorrindo – Você sabia que eles têm um serviço de café da manhã na cama?
Ele se aproximou do meu ouvido para dizer mais uma coisa, e eu não gostei nada de ouvir...
– Vamos precisar dividir a cama, ou lá se vai nosso disfarce...


Stop there and let me correct it
I wanna live a life from a new perspective
You come along, because I love your face
And I'll admire your expensive taste


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Traduções (eu usei o Google tradutor, então se estever errado me avisem)
Francês
"Nous sommes amoureux, nous étions sur un voyage romantique à travers les vignes, mais...": Nós somos namorados, estavamos em uma viagem romantica pelos vinhedos mas...

"a raté le bus et ont été déposés à l'arrêt, nous avons décidé de marcher et retrouver son vignoble.": Perdemos o ônibus e fomos deixados na parada. Decidimos caminhar e encontramos seu vinhedo

"Ah, ce est le destin qui vous a amené ici cher! En passant, je suis Henrriete" Ah, foi o destino que os trouxe aqui queridos! Aliás, sou Henrriete

«Destin» ainsi?: Como assim "destino"?

Traduções do Inglês (eu decidi traduzir as musicas) com essas eu não uso o tradutor:
Primeiro verso: Minha Tv está meio enevoada
E isso muda tudo que eu vejo
Talvez se eu continuar assistindo
Eu perca aqueles traços que me preocupam
Segundo verso: Pare alí e me deixe arrumar isso
Quero viver a vida por uma nova perspectiva
E você vem também por que eu adoro seu rosto
E adimiro o seu gosto luxuoso

Enfim, esperam que tenham gostado sweeties!!!! Pretendo postar o próximo o mais rápido possível, talvez no próximo sábado se ele estiver pronto!