Realidade ou Devaneio? escrita por Ailish, zoronami_fc


Capítulo 2
Fora de Lugar


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo... estou amando escrever essa fanfic, espero que esteja sendo de agrado a todos.
 
Boa leitura!



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Já havia se passado uma semana desde que ele se fora, eu não comia, não bebia, não desenhava meus mapas, não estava mais vivendo, uma sensação de vazio tomou conta de todo meu ser, como se o frio e o medo estivesse me envolvendo por toda a eternidade, o peso da culpa me destruía, um buraco em meu coração havia se formado, não podia ver suas roupas, sua cama, seus equipamentos de treinamento... tudo me consumia, mas o que mais me martirizava era ver suas katanas, tão preciosas para ele, fui egoísta, todos queriam que enterrasse com ele, mas tinha certeza que Zoro não gostaria disso, ele desejaria que seu sonho nunca parasse... seu sonho, estava sendo irônica, o sonho dele e de sua amiga... óbvio que nunca poderia ser o melhor espadachim do mundo, mas se eu tivesse a oportunidade de encontrar com aquele shichibukai eu o enfrentaria, mesmo não sabendo pegar numa katana eu me atiraria de corpo e alma no que ele acreditava, no que eles acreditavam... essas são coisas que Zoro nunca saberia de mim, mas eu queria com todas as forças do meu coração que ele me escutasse, que disse pra mim “ Vá, estarei aqui te apoiando e protegendo”, mas ele não estava, me arrependia de nunca tê-lo o abraçado, não do jeito que eu queria... de nunca ter dito o quão importante é na minha vida, de que a sua proteção me deixava tão segura que não tinha medo de navegar por esses mares, ele sempre estaria aqui para me proteger... mas ele não estava mais entre nós..."

 

- - -

 

A cozinha estava silenciosa, somente o cheiro do café preenchia o ar, Sanji cozinhava cabisbaixo, ele tentava se manter firme diante dos demais, mas quando estava sozinho tinha vontade de quebrar tudo a sua volta, tinha que descarregar o que sentia de algum modo, ele não conseguia acreditar que um dos homens mais fortes do mundo, seu companheiro, rival e amigo havia morrido, seus pensamentos foram quebrados pelo som da porta sendo aberta por Robin que vinha seguido de Brook.

 

- Bom dia, Sanji-san.

 

- Bom dia, Robin-chan, Brook.

 

Os dois sentaram-se a mesa, ninguém ali tinha apetite, mas infelizmente a vida tinha que continuar, Robin parecia ser a mais conformada com a situação, mas nem tudo que se refletia no rosto da arqueologa era verdade.

 

- Cooker-san poderia me servir uma xícara de café.

 

- Sim.

 

O loiro veio com o bule, servindo o café numa delicada xícara de porcelana branca, quando alguns gritos de agonia invadiram o local, ou melhor o navio. Todos ali se entre olharam, já sabiam o que aquilo significava, a morena se levantou as pressas da cadeira e foi correndo em direção ao quarto das garotas, Nami gritava com dor, chorava muito, ela pegou a garota pelos ombros a chocalhando delicadamente para que acordasse do devaneio.

 

- Navegadora-san, acorde! - Nami abriu os olhos, estava ofegando e suando frio, fitou assustada Robin, com vergonha se encolheu para de baixo das cobertas.

 

- Eu fiz isso de novo... Desculpe-me Robin.- Sussurrou para a amiga.

 

- Navegadora-san...não tem porque se desculpar, você não controla seus sonhos. - A morena sorriu atenciosa, mostrando compreensão.

 

- Eu sei, mas isso já está afetando todos vocês... só estou piorando a situação...

 

- Isso não é verdade, só estamos preocupados... já é a hora do café da manhã, venha tentar comer algo conosco.

 

- Estou sem fome.

 

A arqueologa soltou um longo suspiro, colocou a mão sobre a cabeça de Nami, murmurando em voz baixa.

 

- Ele não iria gostar de saber que você está se maltratando assim...

 

Ao escutar aquelas palavras a navegadora abraçou seus próprios braços, qualquer coisa referente a ele a destruía, lágrimas começaram a fervilhar em seus olhos, a morena se afastou deixando Nami sozinha, a solidão nem sempre era um vilão, às vezes ela mantinha a capacidade de acalmar, por mais cruel que fosse. Após algum tempo Nami se pôs sentada na cama, ficou olhando o próprio rosto no espelho, sua cara estava horrível, as olheiras estavam profundas, seu corpo já estava ficando delgado com a má de alimentação.

 

- Será que ele não gostaria de me ver assim...? - Falou baixinho para si mesma, fechou os olhos buscando materializar alguns momentos.

 

~ FLASHBACK ~

 

Nami permanecia em suas laranjeiras, estava muito quente, queria logo terminar de colher seus preciosos frutos, queria livrar-se logo daquele sol escaldante. Olhou para lado e avistou Zoro dormindo profundamente no convés do Sunny, ele dormir era um crime enquanto ela trabalhava, com esses pensamentos ela o chamou.

 

- Zoro! Pode vir aqui?

 

Roronoa nem se mexeu ao escutar aquilo, Nami sabia que ele não se levantaria, era típico dele, teimoso, e não mudaria nunca. Ela foi até ele, o observava dormindo feito pedra, isso era muito injusto, afinal ela era uma garota, necessitava de uma ajudinha, irritada deu um tremendo soco na cabeleira esverdeada, o rapaz se acordou nervoso já sacando uma de suas espadas.

 

- O que acha que está fazendo, mulher estúpida!? - Disse ríspido enquanto massageava o pequeno galo que repousava na cabeça.

 

- Quero sua ajuda, preciso terminar de colher minhas laranjas. - Mais óbvio impossível, Nami nunca era amável com Zoro, sempre o tratava daquela forma, diferente dos demais. Muitos se perguntavam o porquê da relação deles ser assim, tão amargurada.

 

- E se eu me negar a fazer isso?! - Mesmo Nami sendo mandona e egocêntrica, ele não conseguia negar os pedidos dela, ou melhor, suas ordens.Ele sempre teimava de início, mas cedia feito um cachorrinho, um cachorrinho muito raivoso. Porque Zoro era assim? Essa era outra pergunta sem resposta.

 

- Acrescentarei mais berris em sua dívida comigo. - E mais uma vez ela vinha com a mesma desculpa, sempre terminava desse jeito, e porque será que ela era assim? Ora, por sua ambição pelo dinheiro, mas será só isso mesmo?

 

Roronoa coçou a cabeça, já irritado, a seguiu até as laranjeiras, Nami pegou uma escada e a colocou de frente com as arvores, Zoro pegou o cesto que estava no chão, enquanto ela colhia as laranjas mais altas, ele as colocava no cesto. Não seria melhor se fosse ao contrário? Zoro é o mais alto, não? Mas Nami era tão orgulhosa com seus "tesouros", muito orgulhosa.

 

- Essa tal dívida não existe, eu devolvi todo o dinheiro aquela vez! - Sim, ele havia devolvido o dinheiro para ela, o dinheiro dela que ele havia comprando um óculos para outra. Falando assim parece uma obra maligna do destino, mas era a verdade. As vezes agradecia por Nami não saber desse pequeno "detalhe", vai saber né?!

 

- Eu disse que se pegasse teria que pagar 3x aquele valor. - Ela não pregava o olhar das laranjas, temia em cortar o caule de modo errado.

 

- MAS EU DEVOLVI NO MESMO DIA O DINHEIRO! - Ele esbravejou, lançando um olhar atravessado para o mar, não tinha porque encará-la, ela estava prestando atenção em outras coisas.

 

- Acordo é acordo! - Nami sorriu vitoriosa, ela sempre achava um meio de se safar, a melhor saída era sempre pairar sobre aquela resposta. Nami era orgulhosa, mas Zoro tinha a capacidade de ser bem mais.

 

Nami virou o olhar para o espadachim, queria ver a expressão zangada que tanto achava divertido. Algumas ondas chocaram-se contra o navio de modo brutal, ela desequilibrou-se, fechou os olhos em proteção, não queria tombar de cara com o chão, mas antes que pudesse sentir o baque, duas mãos firmes a segurava pelos ombros. Zoro mais uma vez havia a protegido, seria ele um anjo da guarda? Não sei... mas ele sempre estava lá quando ela precisava, e esse sempre não é um exagero, todos sabiam disso.

 

- Em que mundo você está? - Ele a apoiava, agora, sobre o chão. Ela estava segura.

 

- Obrigada, Zoro. - A navegadora afirmou os pés, certa que não cairia mais.

 

Ambos fitavam-se por alguns instantes, Nami desviou o olhar focando, infelizmente, o cesto ao longe, as laranjas espalharam-se pelo convés.

 

- Seu idiota, olha o que você fez! - Gritou não querendo saber se estava magoando os sentimentos do rapaz. Ela realmente não se importava, não agora, porque ele estava ao seu lado, vivo.

 

Ela afastou-se brutalmente de Zoro, juntando as laranjas, ele tentou ajudar mais simplesmente foi barrado pelas ordens da mulher.

 

- PODE SAIR DAQUI! VÁ ATRAS DE LUFFY E FRANKY QUE NÃO VIERAM AINDA! - Teimoso ele abaixou-se para ajudá-la.

- TSC! NAMI FOI SÓ UM ACIDENTE. - Ela o barrou mais uma vez, irritado desistiu ficando de pé novamente.

 

- JÁ DISSE PARA SAIR. - Ela falou em alto tom.

 

Zoro deu de ombros e saiu deixando Nami ajuntando as laranjas, ele não tinha o porquê de se estressar ali, afinal o problema era dela, para Zoro ela estava mais chata do que o habitual. Deu um pulo para fora do navio, muito irritado, talvez pudesse parar para beber antes de procurar os dois amigos, acabou indo na direção oposta da cidade, tão típico.

 

~ FINAL FLASHBACK ~

 

Nami levantou-se indo em direção da janela, esse era o último acontecimento que havia vivido junto do espadachim. Ela desejava saber o que houvera naquela ilha, mas Luffy não falava direito com ninguém desde a morte do seu imediato, e Franky alegava não lembrar do que havia acontecido. Pelo visto ficaria sem resposta por algum tempo, mas assim era melhor, não havia motivos para sofrer mais do que já sofria.

 

-.... Porque diabos você tinha que ir embora assim... - Murmurou chorosa pra o reflexo do vidro, enfim colocou seu calçado e foi para cozinha, todos estavam na mesa com rostos péssimos, mas os piores eram Luffy e Chopper, ambos estavam cabisbaixos, olhares fundos. Nami aproximou-se os abraçando com ternura, não falou nada, afastou-se e sentou-se no habitual lugar, mas ao seu lado havia um banco vago, ela passou a odiar a cozinha.

 

- - -

 

Este lugar é realmente confortável... estou me sentindo como uma criança no colo de sua mãe, mas que diabos é essa sensação afinal? Faz algum tempo que venho me sentindo assim, mas minha consciência parece ter acordado só agora, ou melhor, só agora a sinto perceptível ao meu raciocínio... lembro-me de estar lutando contra um homem estranho, aquela luz me cegou, não vi mais nada...minto... eu jurava ter visto Nami por um momento, mas... ela nem se quer estava lá... Luffy estava... será que estou ficando louco... eu preciso sair daqui agora, minha tripulação está em perigo, nosso capitão precisa de mim.... eu quero sair já daqui!”

A força de vontade era tamanha que subitamente seus olhos abriram-se, a primeira coisa que Zoro viu foi alguns raios de sol, causando-lhe uma ardência incomoda. Sentou-se notando que estava num lugar gramado, nunca havia estado ali antes, olhou entorno da paisagem, não havia nada, somente milhares de quilômetros de uma grama alta um pouco amarelada, percebeu que estava sem suas katanas, ficou de pé intrigado com o que via, ou melhor, não via.

 

- OLÁ? TEM ALGUÉM POR AQUI OU ESTOU SOZINHO MESMO?

 

Ninguém o respondeu, Zoro decidiu procurar por alguém ou algo, afinal ele não poderia estar sozinho naquele lugar, ou podia. Se pôs a caminhar, as pernas andavam sem direção e dessa vez o senso não importava muito, as horas se iam, aos poucos seu ritmo ia diminuindo. Já estava noite, mas por incrível que parecesse ele não estava cansado, e nem ao menos suado, sentou-se no chão em desistência.

 

- Afinal onde eu estou! - Murmurou para a lua, afinal era a única coisa que estava já algum tempo com ele.

 

Céu estava extremamente estrelado, Zoro não lembrava que as estrelas eram tão belas. Uma leve brisa soprou sobre o vasto campo, a sensação de que alguém o observava o invadiu, ao se virar para trás teve uma enorme surpresa.

 

- K-Kuina... - Ele saiu correndo em direção da pequena garota que mantinha um doce sorriso nos lábios. "Como erra possível?", somente essa pergunta lhe digeria o cérebro.

 

- Kuina é você mesmo?! - O espadachim estava nervoso, alarmado, depois de tantos anos, ele enfim conseguiu encontrá-la. Mas espere, ela estava morta, e mais uma vez a pergunta, " Como era possível?", latejava em sua mente.

 

- Olá, Zoro, há quanto tempo. - Kuina tinha um sorriso tão angelical, era tão linda, ela poderia ser um anjo, só pela aparência, pois sua personalidade era extremamente forte. A pele alva da garota refletia o brilho do luar.

 

O espadachim não sabia ao certo o que fazer, o que falar, ele nunca imaginaria que poderia a ver novamente. Um pouco tremulo ele se ajoelhou perante a menina. Queria toca-la, mas tinha medo, se perguntava se aquilo era realmente possível. Tinha que ser real.

 

- Eu-eu não sei o que dizer, ou o que falar... eu nunca pensei que pudesse te ver novamente. - Zoro falou sincero, ela não se mostrava surpresa. Seria ela compreensiva a tal extremo? Não. Ela simplesmente podia enxergar além da alma do espadachim.

 

- Não se preocupe, eu sempre estive te acompanhando, eu sei o que está acontecendo. - A pequena garota abraçou Zoro pelo pescoço, era um abraço acolhedor. Ele sentiu-se completo naquele momento, estava muito feliz, completo. Ao fitar a face da garota o sorriso desapareceu de seus lábios rapidamente, agora o rosto dela emanava tristeza e desaprovação.

 

- Kuina, o que esta acontecendo aqui? Como posso te ver e te tocar? Eu... - Afinal o que ele poderia falar? Não é todo o dia que se pode abraçar e conversar com pessoas mortas.

 

- Isso não era para estar acontecendo, você não deveria estar aqui, Zoro... mais uma vez você foi fraco e perdeu...

 

Aquelas palavras pareciam perfurar o moreno em milhares de vezes, ele engoliu seco, se afastando um pouco dela. Agora havia caído a fixa, ele se deu conta de tudo, ligando os fatos anteriores, só havia uma resposta para tudo que se passava ali. Ele estava morto, assim como ela.

 

- Se eu posso te ver e te tocar, se você esta falando isso para mim, quer dizer que... eu...estou morto? Certo.

 

-...Sim! Você falhou Zoro... - Os olhos dela não pareciam mostrar piedade, e sim descontentamento. Afinal ele havia prometido tantas coisas e deixou o mundo real de pernas pro ar, óbvio, não que ele quisesse.

 

- IMPOSSÍVEL, EU NÃO POSSO PERDER, EU TENHO QUE FAZER TEU SONHO REALIDADE, EU PRECISO SER O MELHOR ESPADACHIM, EU PRECISO AJUDAR OS MEUS COMPANHEIROS, EU TENHO QUE CUIDAR DAQUELA TRIPULAÇÃO... EU TENHO UMA PROMESSA COM LUFFY TAMBÉM! - O timbre de sua voz ecoava tão alto, ele estava tão convicto. Ele realmente merecia outra chance, apesar de não ser um exemplo de melhor pessoa, mesmo sendo um homem frio, ele nutria sentimentos demasiadamente fortes pelo o que acreditava.

Kuina olhava satisfeita para Zoro, ele havia amadurecido, não estava mais lutando pelo desejo dela, por mais que ele não percebesse aqueles desejos eram dele e de mais ninguém. Ele já não lutava só pela amiga, e nem pela promessa ao capitão, mas sim porque tinha desejos, vontades, tinha feito laços que ninguém mais poderia romper, havia criado uma vida cheia de vínculos indestrutíveis.

 

- Fico feliz em saber que você deixou de ser aquela criança amargurada e agora virou um homem cheio de desejos.

 

- Do que você está falando?

 

A garota colocou o dedo indicador sobre o lábio de Roronoa de modo que ele ficasse quieto. Afinal ele nunca entenderia o coração de uma menina. Era melhor deixar as coisas daquele jeito, ele realmente não precisava daquela resposta, ele descobriria sozinho com o tempo.

 

- Você gostaria de voltar para o mundo de seus amigos? - Ela estava tão tranqüila, Zoro se perguntava se realmente isso era "normal", ele pensou por alguns instantes, falou em voz baixa, quase num sussurro.

 

- ...Sim, mas e você? - Ela o encarava fervorosamente, estava feliz no lugar que pertencia, o destino parecia cruel, mas na verdade só havia amenizado sofrimentos futuros.

 

- Era a minha hora, eu estou bem aqui, é o meu lugar, diferentemente de você. - E mais uma vez ela manifestou aquele sorriso angelical, Zoro simplesmente se mostrava fascinado.

 

- Kuina. - Murmurou.

 

Zoro pensou por um instante, vários momentos invadiram a sua mente, ele queria estar no Sunny junto de seus companheiros, queria ver as demências de Luffy, Usopp e Chopper, a dedicação de Brook e Franky, tentar ganhar de Robin no xadrez, tirar as diferenças com Sanji e se desculpar com Nami por ter derrubado as preciosas laranjas, ele pestanejou receando em fitar os olhos da menina.

 

- E o que tenho de fazer para voltar à vida que eu tinha? - Kuina simplesmente sorriu. Estava muito satisfeita.

 

- Você como fantasma poderá voltar a terra e tentar se comunicar com alguma pessoa, e fizer com que ela vá até onde seu corpo foi enterrado.

 

Zoro coçou a cabeça um pouco confuso, ele pensou por alguns instantes, era tão difícil para ele acreditar naquela conversa. Não era uma missão impossível, deu de ombros sorridente, afinal não tinha mais nada a perder. Já havia perdido.

 

- Isso não me parece difícil, mas só uma pessoa eu posso escolher?

 

- Sim, somente uma, você terá uma semana para isso.

 

- Eu não sei, isso é tão surreal, aff... Quem você acha melhor? Você disse que me acompanhou todos os momentos, poderia me dizer.

 

A menina ficou em silêncio por um tempo, franziu o cenho de modo que pudesse lembrar-se de alguns fatos, até que se lembrou de algo.

 

- As pessoas mais sensitivas são as melhores, tem uma garota que perdeu sua mãe adotiva, não? Ela às vezes consegue vê-la.

 

- Nami?! - Zoro pensou, " Porque justamente ela. ", temia que ela ainda estivesse brava com as laranjas, talvez se ela o visse como fantasma tentasse um exorcismo pelo navio, ele era tão idiota pensando assim. - E como faço para voltar para o Sunny?

 

- Te ajudarei, mas não poderemos mais nos ver, você não tem muito tempo Zoro, isso terá que ser agora. - A voz dela estava manhosa, o tempo estava acabando e com ele a companhia de Zoro.

 

- Ok. - O espadachim estava cabisbaixo a menina soltou um sorriso travesso e deu um beijo em sua bochecha, ele há olhou um pouco confuso, mas por fim sorriu. Havia adorado aquela caricia.

 

- Estava com saudades do meu irmãozinho menor, que agora está bem maior e mais velho do que eu. - Kuina ria timidamente.

 

- Também senti sua falta. -  Ele não conseguiu esconder aquelas palavras, como sempre fazia.

 

Zoro queria olhá-la para sempre, queria estar perto para protegê-la, olhando assim nem parecia que aquela menina o espancava, ele não pode deixar de sorrir com aquela verdade. Ele não teve tempo de dizer qualquer coisa, a garota o abraçou apertado, foi realmente inesperado, uma forte luz os envolveram, quando ele abriu os olhos levou um susto em ver onde estava, era surreal.

 

- Esse navio... ESTOU NO SUNNY NOVAMENTE.

 

Ele estava na casa de máquinas, não pensou duas vezes, se pôs correndo em direção ao convés do navio, aquele lugar era tão familiar, era tão agradável, como se estivesse sendo acolhido e protegido novamente.

 

- EI PESSOAL! ESTOU AQUI NOVAMENTE, PODEM ME OUVIR?!

 

O silêncio foi a única resposta que obtivera, angustiado foi correndo em direção da cozinha, ia abrir a porta, mas essa acabará de ser aberta, a primeira pessoa que Zoro encontrou foi Nami. Ele rapidamente digitalizou o rosto de Nami, ela estava péssima, totalmente acabada, o corpo estava delgado, aparentava fazer alguns dias que não comia decentemente. Ela realmente não estava brava por causa das laranjas.

 

- NAMI!

 

Ele foi ao encontro dela, mas ao se aproximarem um choque passou pelo corpo do espadachim, ela o havia o transpassado como se ele não estivesse ali, Zoro não podia acreditar no que vira, agora ele tinha certeza da gravidade dos fatos, tudo era real. O contato dos corpos era impossível, ela nem ao menos havia ouvido voz trovejante do moreno, Nami foi se afastando, por impulso ele estendeu a mão tentando alcançá-la, mas só pode notar as lágrimas que cobriam o rosto ligeiramente rosado da garota. Ele ansiava tanto o toque.

 

- Nami... ela estava chorando...

 

Virou-se em direção da cozinha, queria descobrir o motivo do choro de Nami, os olhos do espadachim arregalaram-se ao ver Sanji e Luffy brigando, ou melhor, Sanji estava partindo para cima de Luffy, enquanto Franky segurava o cozinheiro.


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Notas finais do capítulo

O que acharam desse capitulo? =D
Deixem  comentário/ review se possivel, me deem alguns pontos de popularidade! Acredite isso faz uma escritora, como eu, muito feliz. AHUAUHHUA
Tá parei de ser exigente!
 
 



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