Fique Comigo escrita por Mariii


Capítulo 16
Culpado


Notas iniciais do capítulo

Mal revisado que só o diabo, mas vamos lá... hauahauaha
Acabar com o mistério... u.u



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1 mês depois.

Molly andava pelos corredores e era possível ouvir seus passos ecoarem. Ela estava atrasada para a aula e todos os alunos estavam dentro das salas. Já estavam próximos do final do ano e ela estava perdendo mais uma aula. Os acontecimentos já tinham atrapalhado seus estudos mais do que deveriam.

A música soava alta através dos fones que utilizava e ela apressou os passos. Sabia que não devia estar fazendo isso – andar sozinha - em um horário que os corredores estavam vazios, mas mesmo assim o fazia.

Ela pensava nas três garotas que foram mortas, em como a universidade, e até mesmo a polícia, tentavam encobrir tudo querendo provar com e-mails - obviamente falsos – que elas tinham planejado isso em conjunto.

Lembrou-se de Anne e uma tristeza tomou conta dela. Mas ela tinha um objetivo a cumprir, e tudo daria certo.

Pensava em como só teve ajuda de Sherlock, desde o começo. Só ele via as coisas como ela, nunca desistiu de provar a inocência de Anne e achar o culpado disso tudo.

A sala de aula de Molly parece não chegar nunca e ela ouve um barulho à suas costas que a assusta. Ela retira os fones de ouvido e tenta identificar o que o som significa. Parecem ser passos e ela se arrepia.

– Molly.

Ela dá um pulo, mas fica feliz por reconhecer a voz.

– Oh... Boa tarde! Eu... Eu me assustei. – Ela ri, nervosa.

– Eu percebi. – Molly relaxa. – Preciso de uma ajudinha, será que você pode me acompanhar?

– Claro!

Mesmo estando atrasada, ela não poderia negar. E, de qualquer forma, já tinha perdido quase toda a aula. Seguem para a sala e Molly ouve a porta se fechar quando passa. Os pelos do seu corpo se arrepiaram. Ela pensa que devia ter deixado tudo isso para trás e se mudado para outra universidade.

Ajudou com alguns experimentos e a catalogar algumas substâncias. Trabalharam em silêncio e ela se assustou quando ele foi quebrado.

– Como está a organização da formatura dos veteranos, Molly? Tem sido muito corrido para você?

– Ah não. Estou gostando muito. É tão diferente do que estudo que até me deixa mais disposta.

– Engraçado uma pessoa que está no primeiro ano conseguir essa vaga, tão concorrida. Você teve sorte.

Molly sorri sem jeito.

– Sim, eu tive. O próprio reitor me escolheu. Acho que ele gostou das ideias que mostrei ao me inscrever.

Ficou com a impressão de ter visto um olhar de raiva, com um mistura de... Pena? E o silêncio que o seguiu gerou medo em Molly.

– Você conhece essa substância, Molly? – A voz parecia mais fria agora.

– Hum. Não, acho que ainda não.

– Administrando a dose correta a pessoa dorme em segundos. E o melhor, não é detectado em nenhum exame.

Ela concordou com a cabeça. Algumas peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar em sua cabeça, lentamente. Descobrira tudo.

– Com isso, eu poderia fazer você dormir e enforcar você conforme aconteceu com sua amiga. E então todos diriam que não passou de um trauma, que você ficou tão abalada em perder sua melhor amiga que seguiu o mesmo destino. - O sorriso agora era cruel, os olhos parados. Molly estava com medo. Muito medo. Ela queria sair correndo, mas não havia como chegar até a porta.

Antes que eu tivesse qualquer reação, seu braço foi pego e uma agulha hipodérmica inserida nele. Não demorou para perceber que a descrição da substância estava correta, porque em menos de 10 segundos seu corpo amoleceu, sua vista escureceu e então tudo se apagou.

–-- --- ---

– Você sabe que não pode ficar aqui.

– E você sabe que eu não vou sair.

– Não seja mal educado, Sr. Holmes.

– Então me deixe onde estou.

Molly ouvia as vozes distantes, sua consciência parecia ir e vir.

Sherlock? A voz é de Sherlock? Eu quero que ele fique.

Forçou para que seus olhos se abrissem. Parecia que suas pálpebras pesavam dez toneladas. Quando conseguiu sua visão estava um pouco embaçada, mas ela pode distinguir Sherlock e alguém de branco – talvez um médico – de costas para ela.

– Sherlock... – Sua voz saiu fraca, mas parecia ter sido um grito, se levar em conta a velocidade com que Sherlock se virou. Molly sentiu que ele segurava sua mão e alívio aparecia em seus olhos.

– Oi Molls... Estou aqui.

– Não vá embora.

– Eu não vou. – Disse isso e olhou com desdém para o médico, que se aproximou e fez alguns exames em Molly.

– A senhorita parece bem. O efeito desse calmante vai demorar para deixar o seu corpo totalmente, já que foi aplicado direto em seu sangue. Deixarei vocês sozinhos – o médico lança um olhar vencido para Sherlock -, logo uma enfermeira voltará para trocar o seu soro.

Ela assente e observa o médico sair e fechar a porta.

– Sherlock... Deu tudo certo?

Ele a olha com ternura e faz carinho em sua mão.

– Você está aqui, então é sinal que deu. Desculpe, Molls, não devíamos ter feito isso.

– Nós precisávamos fazer, você sabe. Só assim provaríamos.

Sherlock a olhava ainda preocupado, talvez arrependido.

– Podia ter pedido você. – Dor passou por seu rosto agora e o coração de Molly se apertou.

– Nós tínhamos tudo planejado, Sherlock. Não sairia errado. Não quando você estava envolvido. Eu sabia que você nunca me deixaria em perigo.

– Molls... – A voz dele é baixa agora, envergonhada. – Quando eu entrei naquela sala com Lestrade e vi você desacordada... Uma corda já estava pendurada no teto... O sangue ferveu em meu corpo... Desejei matá-la. Lestrade precisou me segurar. Não sei o que em mim, Molls.

Ela apertou a mão dele e pensou no tamanho do amor que sentia.

– Não pense mal de mim...

O que? Ele achava que ela pensaria mal dele?

– Ah Sherlock, por favor... Eu teria feito pior. Teria arrancado os olhos dela com a unha se ela encostasse um dedo em você.

Sherlock bem que tentou segurar, mas acabou sorrindo para Molly.

– Mas me diga, Sherlock, o que aconteceu depois que eu apaguei?

– Ah... – Ele disfarçava, mas estava ansioso para contar. – Nós invadimos a sala quando ouvimos a ameaça contra você. Aliás, essa escuta em seu Ipod nos salvou. Você já estava caída e a armadilha já estava quase pronta. Mas, quando nos viu, ela não reagiu. Só sentou-se no chão e começou a chorar copiosamente. Eu fui para cima dela, mas Lestrade me impediu e chamou por ajuda. Esperamos que todos chegassem e não sei mais, porque acompanhei você até aqui e fiquei esperando que acordasse.

Molly pareceu pensar por um tempo, queria saber mais detalhes, mas pelo jeito teriam que perguntar para Lestrade depois.

– E agora, Sherlock?

– Agora... Esperamos você sair desse hospital, terminaremos nosso ano e ficaremos juntos, como deve ser. Ah, e esperamos que eles arrumem outro professor de Química, agora que Hilary está presa.

– Hilary... Ainda não consigo acreditar. Eu gostava dela.

Sherlock suspira profundamente.

– Sim, eu também.


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Notas finais do capítulo

Explicações de como tudo aconteceu, no próximo! ;)