- Snow White Queen escrita por Loveliz


Capítulo 3
- Tudo aconteceu tão rápido...




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- Não! – Gritou o pai de Branca.


Ela levantou correndo, e seguiu as vozes. Elas levavam a garotinha à cozinha.


Chegando lá, Branca sentiu um aperto em seu coração, sentiu falta de ar.


- Mamãe! – Gritou a pequenina desesperada.


Sua mãe havia desmaiado na cozinha. Uma coisa em seu vestido fez Branca prestar atenção. Uma fita negra em seu vestido azul claro.


- Mamãe nunca gostou de preto. – Disse ela para si mesma.


Branca retirou aquela fita que aos seus pequenos olhos negros estava tirando o ar de sua mãe.


- Tarde de mais. – Disse uma voz bela e desconhecida.


A garotinha virou-se para fitar a bela moça que estava em sua frente.


Seu pai a fitava apaixonadamente. E Branca? Ah, essa olhou para seu pai furiosa.


- Quem é você? – Perguntou Branca com um tom de ignorância, mais com sua voz doce.


- Uma serviçal do rei. – Disse a bela senhorita.


- Seja bem vinda. – Disse o rei, depois beijando sua mão.


- Não é Branca de Neve? – Perguntou seu pai.


- Nunca. – Disse ela voltando correndo para seu quarto.


- Não ligue senhorita. – Disse o pai de Branca.


- Claro que não vou ligar. – Disse a senhorita.


E lá se foi o rei querendo mostrar a senhorita o castelo, esquecendo do corpo da mãe de Branca.


....


Em seu quarto, Branca não acreditava no que o pai fez.


Resolveu ir para a cozinha, e verificar tudo, não era possível.


Chegando lá, sentiu seu pequeno coraçãozinho se despedaçar, sua mãe ainda estava ali. Seu pai havia esquecido a mulher que ele amou ali, morta.


- Ele deve estar mostrando a sala dos espelhos. – Disse ela para si mesma.


Chegando lá, Branca viu que a porta estava fechada.


- Está trancada. – Disse ela mexendo na maçaneta.


- Papai! – Gritava ela batendo na porta. Mais ninguém atendia.


.......


- Como tudo é belo aqui dentro. – Disse a bela desconhecida ao rei.


- Tudo isso aqui poderá ser seu. Desde que se case comigo. – Disse o rei, embriagado pela beleza da desconhecida.


- Claro senhor rei.


- Eu ainda não sei seu nome, bela senhorita.


O rei estava tão ocupado conversando com Catherine, que não notou os gritos de sua filha, ou devemos dizer berros?


.......


Branca de neve, depois de bater e quase se machucar tentando derrubar a porta – que não se mexeu e não fez nenhum barulho – se sentia derrotada.


Sentou-se encostada na porta de cabeça baixa, esperando a porta se abrir. O que não aconteceu.


Até ter uma idéia.


- Já que papai está ocupado com a senhorita ai dentro, posso saber as coisas que papai e mamãe guardam dentro do baú. – Disse levantando um pouco animada.


Mais ao se lembrar que na cozinha, estava morta sua querida e amada mãe, voltou ao seu quarto.


*****


- Por que tudo é difícil? – Perguntava ela deitada na cama.


- Ora, você queria que tudo fosse como você queria? – Perguntou Dona Marina, depois de ler a história de João e Maria.


- Não, mais também não queria que a vida fosse assim tão complicada. – Disse Branca cobrindo-se com o lençol de seda.


- Vá dormir talvez você descubra a resposta de tudo que você pergunta menina. – Disse a cozinheira cansada de seu trabalho.


- Onde está a mamãe? – Perguntou a pequenina para a senhora na sua frente.


- Ela está em um caixão de vidro no quarto do baú.


Branca sorriu ao saber disso, poderia ver sua mãe quando quisesse. Mais uma coisa a perturbava.


- Por que ela não acorda? – Perguntou Branca, com seu tom choroso que Dona Marina conhecia.


- Ela não pode acordar, está sonhando com o céu agora. E quando isso acontece com uma pessoa, ela não pode acordar. – Tentava explicar a cozinheira de uma maneira que Branca entendesse que sua mãe nunca mais iria acordar.


- E se eu...


- Não, não se deve tentar acordar uma pessoa.


- Tudo bem.


- Você jura? – Perguntou a cozinheira mostrando o dedo mindinho a Branca.


- Eu juro. – Disse Branca imitando-a.


A cozinheira saiu do quarto, deixando Branca inconsciente, dormindo tranqüila.


****


Branca de neve acordou sozinha de manhãzinha, pois tinha uma nova tarefa: Já tinha seis anos, precisava de amigos. Bem, seu pai e sua mãe sempre diziam isso.


- Mamãe... – Disse Branca levantando-se da cama e saindo do quarto.


- Bom dia Passarinhos. – Disse ela quando chegou ao quarto do baú e encontrou os passarinhos na janela.


Chegando perto daquele caixão de gelo, descobriu que a mesa em que ele ficava, era muito alta para ela. Procurou ali então uma cadeira para ficar a altura da mesa.


- É essa aqui. – Disse ela pegando uma cadeira vinho, que parecia muito pesada para ela.


Conseguiu colocar a cadeira perto da mesa, e subiu nela.


Então, Branca percebeu. Que não importava o tempo que passaria. Sua mãe seria a mais bela de todas, até mesmo mais bela que a desconhecida que conquisto o coração de seu pai.


- Papai, como pode ter sido tão tolo? – Perguntou Branca de Neve observando o rosto de sua mãe.


Branca não admitia para si mesma que sua mãe nunca mais iria acordar, ela queria acordá-la de qualquer jeito.


Passou sua delicada mãozinha numa parte do gelo, onde ficava o rosto de sua mãe.


- Branca? – Disse uma voz ainda desconhecida, doce como mel derretido.


Branca ao ouvir seu nome sendo chamado, virou-se.


- Sim. – Disse ela percebendo que a desconhecida ainda estava em sua casa.


- Preciso te contar uma coisa maravilhosa. – Disse a desconhecida sorrindo.


Para Branca, ela não era bela como a mãe, era só mais uma invejosa que queria roubar o lugar de sua mãe no reino.


- Mamãe vai acordar? – Perguntou Branca com seus olhinhos negros brilhando de esperança.


- Sua querida mamãe nunca mais irá acordar. – Disse a desconhecida sorrindo.


- Quem é você? – Perguntou Branca assustada.


- Sou Catherine. Uma bruxa perversa, que não gosta de criancinhas como você. E também - Catherine virou-se para porta – a pessoa que matou sua mãe. A ex-mais bela do reino. – Ao terminar, ela saiu, deixando Branca com vontade de sair dali correndo e contar para seu pai.


- Não adiantará nada, perto daquele ser extremamente malvado, eu não sou nada para papai. Se pelo menos mamãe acordasse. – Desejava a menina deixando lágrimas escorrer pelo seu rosto de porcelana.


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Notas finais do capítulo

Maais um cap. Obrigada aas duas pessoas kiie me mandaraam revieews *-------*