Yusuke POV

Dia normal como todos. A rotina de sempre.

Talvez você ainda não saiba, então vou te contar: eu e Keiko estamos casados. Isso me faz mais bem do que morar na casa da minha mãe irresponsável - que, por acaso, arrumou um namorado e está morando na casa dele.

Então, voltemos.

Quando acordei, keiko estava na cozinha preparando o café da manhã.

-Bom dia, Keiko - eu disse, sonolento.

-Bom dia, dorminhoco! - ela brincou.

Tomei meu café, conversando com ela, e depois resolvi tomar um banho. Depois de vestir minha roupa, perguntei:

- O Kuwabara tá me esperando no fliperama, você quer vir, Keiko?

-Quero, sim. Espera só um pouquinho que eu vou tomar banho e trocar de roupa.

Enquanto esperava, liguei a televisão. Depois de uma meia hora, cochilei, pensando: "Mulheres demoram tanto para se arrumar..."

Fui acordado pela Keiko, que começou uma faladeira danada, acabei dormindo de novo...

Para me acordar novamente, ela me deu um tapa na cara.

-Não posso nem falar com você que você dorme!

-Seu assunto que é muito chato - respondi, esfregando minha bochecha, que agora estava roxa e inchando. Me detive por um momento para olhar para ela. Assoviei.

-Caramba Keiko, nós só vamos ao fliperama, precisa se arrumar toda?

Ela corou. Fica tão bonitinha assim!

-Vamos logo - ela falou.

Concordei, abrindo a porta. Depois de estarmos do lado de fora da casa, tranquei-a.

O fliiperama não era muito longe, então fomos a pé, mesmo.

Lá pela metade do caminho, vi um garoto com uns 10 anos atravessando a rua. Um carro se aproximava. O menino não viu, estava com fones de ouvido. E o motorista também não viu o garoto.

Sem pensar, corri e empurrei o garoto. Ouvi Keiko gritando meu nome, mas não importava. Eu ia salvar aquele menino.

Ele caiu alguns metros à frente. Como esperado, o carro bateu em mim, não nele.

Meu braço se agarrou no pára-choque, causando uma ferida que sangrava muito. Senti que uma das minhas pernas estava quebrada.

A dor era enorme, mas não importava. Eu provavelmente salvei a vida daquele garoto desatento.

Olhei para ele. Fora alguns arranhões aqui e ali, ele parecia estar bem. Se levantou e olhou para mim, com cara de desespero, arrancou os fones de ouvido e veio correndo. Keiko estava parada, em estado de choque.

Sorri para o menino, antes de meu rosto se contorcer em uma careta de dor.

O motorista, visivelmente embriagado, desceu do carro, cambaleando. Uma multidão estava ao redor, e alguns vinham me ajudar. A última coisa que eu vi foi o garoto chorando, tentando fazer alguma coisa.

Aí eu fiquei inconsciente.