Segredos de um passado obscuro escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 15
O grande engano


Notas iniciais do capítulo

No capítulo passado eu recebi alguns comentários dizendo para dispensar o Clint, e outros para destacá-lo, então decidi que vou fazer um pouco dos dois kkkk. Este capítulo não ficou muito grande porque eu tava passando mal, então não tive muito tempo pra escrever. Mesmo assim, espero que gostem e leiam as notas finais porque quero explicar uma coisa sobre a agente Hand.



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Me despeço dos agentes com um pedido de desculpas, mas não consigo evitar ter um pouco de raiva deles. Nenhum deles fez nada para impedir isso, e antes eu era idolatrada até, por todos eles! Rainha da mentira, membro dos vingadores... Eu não conseguiria mais prestígio, e hoje percebo que nenhum deles tinha mais que um pouco de admiração forçada.
Clint coloca o braço ao redor dos meus ombros para me conduzir ao carro, e a última pessoa que vejo é Steve. Nossos olhares se encontram, e eu sinto meu coração disparar. Desvio rapidamente, triste e envergonhada.
Acho que CLint percebeu a situação, porque ele diminui a distância entre nossos corpos, praticamente me encoxando em público. Eu o censuro, e ele ri. Entro no carro e bato a porta com força.
A clínica é ainda pior do que eu pensava. Não parece um hospital, mas sim uma casa abandonada e medieval. Um dia muito distante deste, a pintura já foi azul clara, o telhado já teve menos folhas e a varanda já foi menos empoeirada.
— Uau, que paraíso ein? — Barton ironiza.
Sem muita vontade, eu entro na casa. O estranho é que parece estar vazia. De repente, quando me viro, vejo que há um homem de casaco preto parado ao pé da escada. Eu repreendo um grito.
— Você deve ser a famosa Viúva Negra. — eu assinto. — Seu quarto é por aqui.
— Pode me dizer como funcionará esse tratamento?
— Precisarei fazer alguns testes com você pela manhã, que podem durar alguns dias... Depois verei se você está pronta para a cirurgia de extração do dispositivo, e então aguardaremos resultados.
Eu assinto novamente. Não gosto da ideia da cirurgia, mas o resto me parece razoável.
— O senhor pode ficar com ela, será o acompanhante?
— Sim, senhor.
O quarto está empoeirado, as cortinas são de veludo e pesadas, a cama parece suja e gasta, mas eu digo a mim mesma que será por pouco tempo. Não me sinto desconfortável tendo que dividir a cama com Clint, afinal, temos intimidade, mas as coisas não acontecem tão bem.
Logo que me deito ele coloca uma mão na minha cintura, e a desliza por baixo da minha blusa até meus seios, e depois se aproxima, me encoxando e beijando meu pescoço.
— Clint, pare!
— O que houve com você ein?!
— Só não quero fazer isso!
— Eu estava enganado. O Capitão mudou mais em você do que eu pensava. Você nunca hesitou em dormir comigo, Tasha...
— Eu... É que... — não acho a resposta certa. Realmente, eu e Clint já fizemos amor muitas vezes, e eu nunca hesitei. Mas eu gostava de Steve. Por outro lado, quem estava ali era Clint, não Steve; Steve me largou, Clint ficou. — Tem razão. Não tenho problema com isso, desde que não seja nada sério.
Ao ouvir essas palavras, Clint me jogou na cama e deitou por cima de mim, me beijando, e pedindo passagem com a língua. Acabei aceitando. Ele já está excitado, e começa a descer sua mão por todo meu corpo, parando na minha intimidade e tirando minha calcinha.
O resto, bem, aconteceu. Foi bom, mesmo que eu ainda quisesse ter esse momento com outra certa pessoa....
Tire essa ideia da cabeça! Eu me repreendo. Ele não vai voltar, e você deve seguir em frente como sempre fez.
...
Fico nervosa para os exames, mesmo que o médico tenha garantido que seriam tranquilos. Clint ficou na cama, então meu único apoio é a mim mesma.
— Está pronta, senhorita?
— Estou. — minto.
— Pode se deitar.
Eu me deito tensa na cama cheia de fios, que logo são presos no meu corpo. Eles estão ligados a uma máquina antiquada, e o velho pressiona a alavanca. Eu sinto um choque percorrer minha espinha, mas depois, tudo fica mais tranquilo.

Pov Steve
Agora que Natasha se foi a mansão parece ainda mais intimidadora e desconfortável. Pelo menos as piadas de Tony cessaram. Mas eu não fico tão feliz com isso, porque se até Tony Stark calou a boca, o assunto é sério.
Ele sabe o que houve com ela e sabe que é minha culpa. Ele com certeza prefere Natasha a mim, e deve estar contando os dias para eu me mandar.
Pepper, que é a mais gentil, nunca está disponível. Anda sempre com um telefone no ouvido e fazendo anotações. Estamos todos ajudando na reconstrução da S.H.I.E.L.D, e ela fica com grande parte desse trabalho.
Alguns dias tenho que ir a conferências e reuniões, e sempre imagino que Natasha estará lá, em seu uniforme preto e justo, com a cara amarrada e os braços cruzados, mas ela nunca está.
Hoje nós fomos levados a uma outra base, menos conhecida e bem menor. Eles me contam que é aqui que Bucky está se recuperando.
— E como está progredindo?
— Não muito bem. Setenta anos não podem ser apagados com facilidade.
— Tem razão.
— Acho que seria bom se você o visitasse, um rosto amigo pode ajudá-lo a se lembrar.
Eu fico tenso com a sugestão. Das últimas vezes que nos vimos, não foi como amigo que ele me viu. Mas eu concordo, porque quero o melhor para ele. Um agente alto me acompanha até uma sala vasta, porém há somente Bucky lá.
— Pode ir, ele está bem preso. — como um animal, eu penso.
Dou passos curtos afim de encurtar o tempo, mas logo estou cara a cara com ele. Ele está suando e está pálido, mas está lá, e não tenta me matar.
— Quem é você? Mais um médico?
— Não. Sou eu, Bucky, não se lembra? Steve. Steve Rogers.
— Steve Rogers... — ele repete, na tentativa falha de se lembrar. — Desculpe, não lembro. Talvez um dia. Você é algum parente? Claro que não. Todos morreram.
— Sou um amigo, um velho amigo.
— Você não devia estar morto então?
— Bem... É uma longa história.
— Gostaria de lembrar... — ele sussurra. — Olhe, sinto muito.
— Não é problema. Quando se lembrar, quero ser o primeiro a saber.
— Está bem.
— Hum... Se lembra da Natasha Romanoff?
— O nome me é familiar... Como ela é?
Pego uma foto de Natasha no bolso, nem sei porque guardo isso, mas ao olhá-la, sinto uma pontada terrível no peito. Ela era linda, mesmo não estando sorrindo, e sim muito séria, com uma mecha de cabelo caindo de lado no rosto.
— Não me lembro... Mas ela é linda. Sua namorada?
— Si-não. — me corrijo. — Não mais.
— Deve ter sido duro perder uma garota assim.
— E como. — eu sorrio. É bom conversar com ele assim, sem medo de morrer. Mas dura pouco.
— Capitão, hora de ir. — uma voz me chama do fundo. É uma voz feminina.
Chego a porta e encontro a agente Hand. Nunca a tinha visto pessoalmente, mas ouvi boastos que estava morta. Decido não comentar, mas meu olhar entrega tudo.
— Deve estar se perguntando como não estou morta. Já me perguntaram isso várias vezes.
— Não quero ser grosseiro.
— Também não entendo, mas Ward só atirou na minha perna. Consegui rastejar até fora da geladeira e depois fazer contato com os outros. Foi difícil, mas eu consegui.
— Eu... Sinto muito. — eu sabia que Ward era do time de Coulson, mas descobriram que ele era HIDRA.
— Tem uma pessoa te procurando. Me acompanhe por favor.
Eu a sigo pelos corredores estreitos até um escritório vazio. Mas então olho mais atentamente, e das sombras, surge uma figura conhecida.
— Temos assuntos a tratar.
— Fury.
— Onde está ela?
— Não sei do que está falando.
— Romanoff. Onde ela está?! — Nick parece zangado. Victoria suspira atrás de mim.
— Coulson a enviou a uma clínica.
— Droga!
— Por que está tão bravo? — eu sabia que Natasha era uma de suas agentes favoritas, mas não imaginei que criticaria a decisão de Coulson, afinal, ele mesmo o nomeou diretor.
— Não existe clínica nenhuma!
— O quê?!
— Senhor Fury, devo contatar o agente Coulson? — Hand pergunta.
— Ele já foi avisado, está a localizando.
— Por que ele mandaria sua melhor agente para uma clínica que não existe?
— Ele foi enganado. Todos nós fomos.
— Então, se ela não está em uma clínica... Onde ela está?

Pov Natasha
Estou ficando tonta, pensei que os exames durariam pouco, mas parece que já foram uma hora. Clint não desceu, o que é estranho, porque ele prometeu me acompanhar.
Agora só há fios ligados nas minhas veias, puxando meu sangue. Pensei que fosse para uma amostra, mas há sangue demais sendo sugado.
— Não é o suficiente? — gaguejo. Minha voz soa mais fraca do que eu pensei que estava. — Você está tentando me matar?!
— Fique quieta, Romanoff, você perdeu.
— O que?! Do que está falando? Me largue!
Junto minhas forças para me debater, e consigo arrebentar os fios nas minhas veias, e meu sangue jorrou para todos os lados. O velho não pareceu se importar, começou a esfregar um pano branco no sangue nas paredes, de modo tão tranquilo que parecia um psicopata.
Procurei pelas saídas, e acabei tropeçando em algo. Não. Alguém.
— Clint! — me debruço sobre o corpo dele e checo seu pulso. Está vivo, pelo menos. — Vai ficar tudo bem, vou tirar a gente daqui.
Ouço a porta se abrir e me preparo para uma fuga imediata. Mas vários homens armados entram e cercam a mim e a Clint.
— O que está havendo aqui?! — eu questiono. Não acho que isso seja uma clínica.
— Precisamos do seu sangue. Estamos construindo um exército. Não seria fácil pegar o Capitão América, e você é o experimento mais próximo do super soldado depois dele.
Agora, a questão é: por que Coulson me mandaria para uma armadilha?
Será que ele não queria me demitir e decidiu mandar me matar?! Não. Coulson era meu amigo.
Não tenho escolha senão deixar os homens me algemarem, e começar a traçar um plano imediatamente.



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Notas finais do capítulo

Então, alguns de vocês devem assistir Marvel Agents os S.H.I.E.L.D, e sabem que a Victoria Hand morreu, mas eu acho ela uma personagem muito interessante e ela vai ficar viva na minha fic. Só pra vocês não ficarem confusos rsrs. Tem mais algum agente ou personagem que vocês querem que apareça? Obrigada por lerem!