E lá estava eu. No taxi com a Rachel em direção ao aeroporto. Não foi fácil convencer meus pais. Principalmente minha mãe. Ela surtou quando falei que ia para Hollywood tentar um teste e... Não sei o que vem no futuro, mas só sei que vai ser melhor que ficar em casa estudando vendo meu pai desmaiar e minha mãe com tristeza em seus olhos que mudavam de cor nas luzes.

Falei também a Grover. Foi outro que surtou, mas expliquei a ele tudo, que logo depois o mesmo mudou de ideia. Horas antes fui com ele na faculdade para trancar minha matricula por tempo indeterminado ou para sempre. Quando tudo desse errado e eu voltar, poderia recomeçar minha futura antiga vida com o peso na consciência de ser um total babaca.

Pensei também se eu trousse tudo que eu precisava. Roupas, ok; xampu, condicionador, escova dentaria e pasta, ok; meu fiel notebook, obviamente ok. Eu o usaria para conversar com Grover no Webcam. Pedi também para ele repassar as informações de tudo o que acontecera comigo lá, pois a linha telefônica lá de casa foi cortada.

– Você vai gostar dos outros meninos da Republica. São super gente boa. – Rachel disse me tirando dos meus pensamentos. Quando Rachel mencionou os meninos com que terei que morar, um frio na barriga me pegou. Será que vou me dar bem com eles?

– É. Mas me fala aí. Conta-me mais... – Parei. Já tinha perguntado demais sobre tudo isso com a Rachel. Não queria chatear ela.

– Sobre? – Rachel me incentivou a continuar.

– Nada. – Respondi secamente mudando minha visão para a janela. Memorizei cada imagem que eu via para não sentir saudades dessa cidade. Minha amada Nova Iorque. Terra do Homem-Aranha!

– Rachel, e essa tal famosa. Quem é ela? – Sussurrei a Rachel para o motorista não ouvir. Ele já olhou para nós pelo retrovisor várias vezes, o que me irrita muito.

– Bom. Ela é bonita, inteligente, ótima atriz. Mas se quiser saber as características físicas dela são: alta, loira, olhos exóticos e tem um corpo que eu invejo muito. – Rachel também sussurrou. Acho que ela também percebeu o motorista curioso.

– Ajudou muito. – Respondi emburrado.

– Percy, se eu não disso para os outros, porque diria para você? – Rachel falou normal agora com um leve sorriso em seus lábios rosados. Tive que revirar os olhos. – Olha! Chegamos.

O aeroporto é bem grande por fora. Ajudei o motorista a descarregar as malas e entramos no aeroporto. Se por fora era grande, por dentro era enorme.

Rachel já tinha as passagens então só ficamos na fila sem falar nada, apenas o silencio.

Passados meia hora entramos no portão de embarque. Dei uma última olhada no aeroporto com se fosse à cidade de Nova Iorque. E embarquei no avião, deixando os pensamentos me invadirem a mente de novo.