Pde escrita por tredfox


Capítulo 13
Capitulo 13




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/496625/chapter/13

Já havia se passado uma semana desde a morte de Gustavo, eu já estava melhor. Decidi me afastar um pouco do convento, aquele lugar não estava ajudando em nada, nessa semana fiquei somente em casa, fui algumas vezes visitar a Júlia no hospital e também fui à casa do Ruben colocar o papo em dia.

–Que horas a Nicole volta? –Alex falava enquanto eu pegava a pipoca e o refrigerante.

–Ela só volta às 18h, são 11h agora. Vai demorar. –Abri a geladeira à procura de mais alguma coisa para comer. –Porque essa preocupação toda? –Peguei um chocolate que encontrei ali.

–Nada não. –Ele parou do meu lado e fechou a porta da geladeira.

–Eu estava procurando uma coisa ali dentro. –Falei abrindo a porta novamente.

–Não quero nada que tenha ai dentro. –Ele fechou a porta da geladeira e parou na minha frente e me puxou para perto.

–Eu ainda estou com raiva porque você me matou no jogo. Me matou 20 vezes. –Falei o empurrando e pegando a pipoca.

–Sério? Mas foi só um jogo. –Ele me virou e me beijou. –Eu paro se você disser não.

–Isso é injusto, você sabe que não vou dizer. –Sorri.

–Eu contava com isso. –Ele sorriu e me levantou, me colocando em cima da bancada que havia ali e me beijando. Soltei a pipoca que acabou caindo no chão, na verdade tudo que havia ali caiu no chão, nossa respiração estava acelerada e ele já estava sem a camisa.

–Espera, aqui não. –Falei descendo da bancada. O levei até meu quarto e fechei a porta. –Agora sim. –Falei subindo na cama. Ele apenas sorriu e veio até mim. Àquela hora eu já havia até esquecido da pipoca e do refrigerante ou de qualquer coisa que eu tinha que fazer.

Foi quando eu ouvi um barulho na sala, fiquei desconfiada, Nicole só chegaria às 18h e ainda eram 11h.

–Alex, você ouviu isso? –Falei o afastando de mim e arrumando minha roupa.

–Não ouvi nada, vem cá. –Ele me puxou.

–É sério, eu ouvi um barulho na sala. –Falei me levantando da cama e indo em direção á porta.

–Isso só acontece nessas horas. –Alex se levantou da cama e veio atrás de mim.

Abri a porta de vagar e sai do quarto, olhei em volta e encontrei Júlia parada na porta me olhando assustada.

–E-eu... Eu vi que a porta estava aberta e entrei, desculpa. –Ela falou se virando.

–Tudo bem, pode se sentar ali, vou pegar alguma coisa pra comer. –Falei apontando para o sofá. Alex me olhou com uma cara de: “Eu vou te matar”. –E você se senta também, Alexandre. –Me virei e fui até a cozinha.

–Então você é a Júlia, prazer em conhecê-la. –Eu conseguia sentir a ironia no tom da voz do Alex, comecei a rir e eles me olharam. –Que foi? –Alex perguntou.

–Nada não. –Peguei as coisas que eu havia deixado ali e levei até eles.

–Desculpa se eu estou atrapalhando alguma coisa, mas a Mila me chamou aqui hoje. Eu recebi alta e ela me convidou para vir aqui fazer uma visita. –Júlia falou pegando a pipoca.

–Ela te chamou? –Alex me olhou.

–Não estava atrapalhando nada Juh, pode ficar tranquila. –Olhei para o Alex e belisquei a perna dele. –Enfim, como você está?

–Estou melhor, minha cabeça não dói mais. Os remédios ajudaram um pouco. –Ela falou pegando mais pipoca. – E você... Vai voltar para aquele lugar?

–Não pretendo voltar, passei muita coisa lá. Depois que eu sai de lá tudo está mais tranquilo. –Sorri.

Um dos celulares tocou, peguei o meu e vi que havia uma mensagem: “Cuidado. Gustavo já se foi, quem será o próximo? Vamos descobrir.”, joguei o celular no sofá e me virei para eles.

–O que era? –Alex perguntou.

–Nada não. – Ficamos conversando por mais de uma hora, foi quando Alex resolveu ir embora e eu e a Júlia ficamos assistindo TV e conversando sobre coisas sobrenaturais. Estávamos assistindo Drácula quando ouvi um barulho na porta.

–Você ouviu isso? –Perguntou ela se virando para a porta.

–Deve ser minha irmã, deixa eu ver que horas são. –Peguei o celular, eram 14h, não era a hora de Nicole estar em casa. Levantei-me, peguei a primeira coisa que eu vi e fui até a porta devagar. Vi um vulto e voltei correndo para onde a Júlia estava. –Rápido, vem para o meu quarto. - A puxei pelo braço.

–O que aconteceu? –Ela perguntou assustada enquanto eu trancava a porta do quarto.

–Tem alguém aqui, se esconde em algum lugar. Rápido! –Gritei.

–Mas e você? –Ela perguntou entrando para baixo da cama.

–Eu me viro. –Falei ouvindo as batidas na porta, cada vez mais fortes, eu tinha certeza de que aquela porta iria quebrar a qualquer momento.

Peguei um pedaço de madeira que encontrei embaixo da cama e parei em frente à porta. Estava esperando o momento em que aquela madeira iria quebrar, eu queria que isso demorasse, mas não demorou, em menos de um minuto dois homens entraram no quarto e me pegaram pelo braço. Eu tentei bater neles com a madeira, mas não obtive sucesso, eles me colocaram em um carro e me levaram para uma área afastada da cidade. Esse trajeto demorou mais ou menos uma hora que para mim foi uma eternidade. Eu tentava escapar, mas eram dois contra uma dentro de um carro apertado e eu estava amarrada.

Chegamos ao “cativeiro” e eles me amarraram em uma espécie de coluna de ferro, eu tentei me soltar, mas estava muito escuro e as cordas eram muito fortes. Eles ligaram a luz, trouxeram mais duas pessoas e as amarraram ao eu lado. Olhei para o lado enquanto eles tiravam o capuz de uma delas.

–Gio?! –Falei assustada. Ele apenas me olhou e abaixou a cabeça. Olhei para o outro lado e percebi que havia visto as roupas da outra pessoa em algum lugar. –Alex? –Pensei enquanto tentava me soltar.

–O que vocês querem? –Giovani gritou puxando as cordas, mas os homens apenas se calaram e saíram.

Uma mulher não muito alta, de pele morena, batom vermelho e cabelos negros entrou na sala. Olhei diretamente para ela reconhecendo quem era. Sim, Júlia. Fiquei totalmente sem reação, tudo aqui foi causado por ela? Ela que me mandava às ameaças? Ela que fez tudo aquilo?

–Você?-Falei surpresa.

–Quem mais poderia ser? –Ela sorriu e pegou uma seringa que havia ali.

–O que você vai fazer? –Gritei enquanto ela ia em direção ao Giovani.

–Na demais, só vou paralisa-lo por algum tempo. –Ela sorriu e injetou aquela coisa nele. –Daqui á alguns minutos ele vai apagar e quem sabe ele acorde, mas não se preocupe, meu interesse é em você. –Ela riu.

Os homens entraram mais uma vez na sala e andaram em direção a outra pessoa que estava amarrada ali, ela parecia desacordada.

–Não, esse ai ainda não. –Ela apontou para a porta e eles saíram.

–Quem está ali? –Perguntei enquanto mexia na corda sem ela perceber.

–Não posso dizer agora, você só vai saber no final. –Ela pegou uma seringa e apontou para mim.

–Não, você não vai colocar essa coisa em mim. –Falei tentando me livrar das cordas.

–Não vou usar isso em você, por enquanto não. –Ela soltou a seringa na mesa. –Talvez você não saiba o porquê de tudo isso, talvez não, você realmente não sabe. Eu explicaria se não estivesse tão ansiosa para o final. –Ela pegou uma faca.

–O que você vai fazer? –Gritei assustada. As cordas estavam quase gastas, eu tinha certeza que conseguiria me soltar, era só uma questão de tempo. Eu tinha essa habilidade de me soltar nessas situações, acho que eles não contavam com isso.

–Nada por enquanto. Cuidem deles, eu já volto. –Ela falou para os homens, eles entraram na sala e ficaram parados na porta.

Ela havia deixado a faca ali na mesa, talvez se eu fosse rápida eu conseguisse pega-la, atacar os homens e libertar o Giovani e a outra pessoa. Eu tinha que pensar rápido e agir mais rápido ainda.

Soltei-me das cordas o mais rápido que consegui e peguei a faca, um dos homens tentou me segurar, mas eu consegui o ferir um pouco acima do peito e ele caiu agora o difícil seria pegar o segundo. Apoiei-me na mesa e pulei em cima dele, a faca estava em minhas mãos, eu tinha que fazer aquilo antes que a Júlia viesse e visse tudo aquilo. Então eu fiz, o apunhalei nas costas fazendo com que ele caísse no chão desacordado. Olhei para a porta e a Júlia estava lá parada me olhando.

–Muito bem, mas e agora? –Ela perguntou chegando perto de mim.

–Agora eu faço o mesmo com você. –Corri até ela com a faca nas mãos, mas por incrível que pareça ela me segurou e me jogou no chão, eu vi a faca caindo exatamente ao seu lado enquanto eu tentava me levantar.

–Achou que seria fácil? Não sou como as outras pessoas que você matou. –Ela riu. –Agora eu posso por em prática a parte final do meu plano. –Ela andou em direção à outra pessoa e retirou o capuz. – Quem é ele? Seu namoradinho? –Ela me olhou.

–Não, larga essa faca! Eu faço qualquer coisa, mas larga essa faca! Não! –Eu gritei ao perceber que quem estava amarrado ali era o Alex.

–Qualquer coisa? Bem, eu não preciso de nada que não seja ver você sofrendo. Então acho que você não pode fazer nada. –Ela olhou soltou as mãos e os pés do Alex que me olhava sem entender nada.

–Não! Você não pode fazer isso! –Gritei me levantando, foi quando ouvi o barulho da sirene da viatura da policia, alguém havia os chamado. Júlia olhou para mim e para a faca.

–Eu não vou deixar isso assim. –Ela olhou para a faca e a enfiou no estômago do Alex que não teve tempo de reagir. Alex caiu no chão e Júlia conseguiu fugir, ela corria muito rápido.

–Não! Não! Não! Não! Alex fala comigo, Alex! –Corri e o apoiei nos meus braços. –Fala comigo! Você não pode morrer, acorda! –Passei a mão em seu rosto, lagrimas escorriam pelo meu rosto. –Não, por favor, não.

Os policiais chegaram, junto deles estavam Nicole e Leonardo que vieram correndo me abraçar. Alguns médicos também estavam lá e levaram o Alex na ambulância. Eu estava muito nervosa, muito mesmo, eu estava tremendo e suava frio.

–Ele vai ficar bem, se acalma. –Nicole me abraçou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pde" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.