Raio de Sol escrita por Han Eun Seom


Capítulo 1
O Sol


Notas iniciais do capítulo

Desejo a proposito uma ótima páscoa com muitos chocolates!Podem me chamar de Haru ou Haruka e gostaria que deixassem reviews :3 .....Ah! Eu gosto de interagir com leitores então se eu estiver demorando muito para postar ou algo não está agradando não hesite em me mandar uma MP!Uma boa leitura a todos ~~



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Capitulo 1 – O Sol.

Era manhã quando seus pés tocaram o chão frio do quarto e se levantou para um novo dia. Vestiu-se rapidamente e escovou os dentes, não havia tomado café da manhã e nem o pretendia tomar. Prendeu os cabelos médios com um elástico fino em um rabo de cavalo baixo. Não, pensou e fez uma simples trança de lado.

Seus olhos estavam cansados por terem passado a noite em claro. Teria que conseguir mais tempo para descansar ou iria desmaiar algum dia... Era o que sempre dizia sua irmã, sempre foram muito ligadas.

Olhou-se no espelho mais uma vez antes de pegar suas coisas e sair. Percebeu algumas cicatrizes de espinhas, mas não tinha animo de passar alguma maquiagem ou algo do tipo. Soltou um longo suspiro ao encaminhar-se para a porta.

Não tinha nada de muito interessante no caminho que levava até a sua faculdade. Apenas algumas árvores e muitas pessoas mesmo sendo sete e meia da manhã, havia carros na rua e até alguns trechos de trânsito que somente se intensificariam ao passar das horas.

Precisava de algo para se distrair talvez, pensou ela, algum tipo de hobbie ou algo que a fizesse relaxar. Analisou as coisas que poderiam dar algum prazer ou relaxá-la em sua mente, mas não havia nada em específico para falar a verdade.

Seus pensamentos seguiram uma linha nesse estilo até a porta da faculdade. Os portões ainda não haviam se aberto? Mas já havia passado da hora.

Ah é. Hoje é feriado. Não havia notado nem sequer isso. Por isso havia estranhado o movimento mais escasso do que os outros dias.

Estava tão absorvida pela rotina que não havia nem notado que não teria aula. Como posso descansar se mesmo esqueço-me de um dia que deveria servir para isso, pensou cansada.

Fechou os olhos e voltou pelo caminho que havia vindo repreendendo a si mesma por ser tão desligada e esquecida. Pensando nisso ela tinha um compromisso hoje. Seus olhos arregalaram com a lembrança e seu coração acelerou. Havia combinado com sua irmã de saírem.

Correu até o metro e torceu para que o horário que tivessem combinado não fosse dali a dez minutos, mas sabia que era. Sentiu vontade de gritar consigo mesmo por tal deslize e sentou-se no banco apoiando seu cotovelo na “janela” do metro.

Resolveu mandar uma mensagem para irmã dizendo que se atrasaria, mas não havia sinal. Suspirou completamente frustrada e com um solavanco do metro seu celular escapou de sua mão indo parar do outro lado. Levantou-se apressada o que acabou por derrubar sua bolsa aberta no chão.

– Calma – ouviu uma voz sorridente, olhou em direção a voz e viu um garoto de mais ou menos dezessete anos. – Eu ajudo você.

Ele pegou seu celular e a ajudou a recolher as coisas do chão.

– Aqui estão – ele sorria enquanto falava cada palavra. – Você deveria tomar mais cuidado...

– Raiane – ela disse e pegou suas coisas da mão dele. – Obrigada. Vou tomar mais cuidado – ela evitava olhar diretamente para ele. Faltavam três estações para a sua.

– Me chamo Ismael – ele sorriu e inclinou a cabeça para olhá-la, seu sorriso se abriu. – Você é mesmo tímida assim ou é só embolação?

Raiane franziu o cenho inconscientemente e apertou os lábios, hábito que tinha desde pequena. Seus olhos evitavam contato por motivos que não eram da conta dele.

– Para que? – sua pergunta parecia mais agressiva do que seu tom indicava, já que saiu um pouco mais alto do que um sussurro. – Como se fosse da sua conta – ela virou o rosto na direção da porta. Apenas mais uma e eu me livro dele. Segurou um dos canos e não o olhou, mas ele parecia determinado a importuná-la.

– Nossa, que menina agressiva – ele tinha um brilho divertido nos olhos e seu tom fez Raiane se virar de supetão e o encarar. – Uou – nesse ele foi pego de surpresa.

– Menina? – Raiane tinha um tom de voz indignado, realmente havia a ofendido. – Eu devo ser no mínimo quatro anos mais velha do que você disse levantando um pouco o nariz antes de completar - pirralho.

Ele piscou aturdido e a estação de Raiane chegou e ela saiu bufando de dentro do trem. Infelizmente aquela parecia ser a estação dele também. Ele precisou apertar o passo para acompanhá-la.

– Desculpe se te ofendi Raiane – aquele garoto nunca parava de sorrir não? – Então... Quantos anos você tem?

Nunca havia ligado para perguntas assim e achava uma frescura quem se incomodava de respondê-las, mas já estava em um clima irritado o que a fez ficar mais irritada ainda.

– Quantos anos você tem? – ela respondeu apertando lábios ao final da frase coisa que ele fez questão de notar.

– Tenho dezoito – e subiu as escadas correndo assim como ela. – Vou fazer dezenove em alguns dias.

Dezenove anos? A diferença de idade não parece ser tão grande assim.

– E você Raiane? Eu respondi sua vez.

– Não é da sua conta – ela apertou a bolsa em sua mão e passou na catraca. – Dá para parar de me seguir garoto?

– Fica ofendida quando a chamei de menina, mas agora me chama de garoto? – ele suspirou brincalhão. – Estou magoado Raiane.

– O mundo é injusto garoto – ela fez questão de dar ênfase na última palavra. Estavam fora do metro, ela respirou fundo, não estava acostumada a ter aquele esforço físico.

Olhou para os lados e começou a procurar seu celular para ligar para a irmã. Talvez desse sorte e ela ainda não tivesse chegado. Onde tinham marcado mesmo?

– Está procurando algo? – ele perguntou interessado.

– Ah cacete, me deixa – ela pausou sua fala para pegar o celular e discar o numero da irmã. – em paz. – Levou o celular ao ouvido e com alguns toques ele caiu direto na caixa postal.

Ismael não se moveu dali e continuou a observando enquanto franzia o cenho e apertava os lábios. Tentou ligar mais duas vezes para a irmã e em nenhuma das vezes Ismael abriu a boca, na terceira vez que Raiane tentou alguém atendeu e seu rosto empalideceu.

– Raiane? – o chamado de Ismael foi a última coisa que ouviu antes de apagar chocada pela notícia que a irmã havia sido atropelada e não estava reagindo. Provavelmente havia morrido.

Você é parente dela?/eles disseram/Não queríamos dar essa noticia por telefone/a voz dele às vezes ficava entrecortada/ Por favor, venha rápido/talvez fosse uma mulher que estava falando/Sua irmã foi ______/sim era uma mulher/Alô? A senhora ainda está ai? Sua irmã foi atropelada e _______/o que ela disse?/Sua irmã não reage/acho que foi algo assim/Ela não tem mais pulso/_______________/Alô?/______________/Senhor? O que aconteceu?/______/Quer que eu envie uma ambulância?/_____________/Sim, sim. Já está a caminho, senhor.

Ela acordou numa maca de hospital, estava com suas roupas normais, mas tinha espetado em sua veia soro. Seu corpo inteiro doía e suas costas pareciam arder.

Seus olhos focaram e olhou para frente. O cara do metro estava lá, tinha um olhar preocupado, mas logo o sorriso dele voltou. Ele mexeu os lábios falando alguma coisa, mas era incompreensível para ela. Não conseguia distinguir as palavras.

Talvez ele tenha percebido isso e se aproximou mais dela. Seu olhar estava realmente preocupado. Raiane abriu a boca e tentou pronunciar alguma coisa. Ele se aproximou dela e ela repetiu, mas não saia voz nenhuma de sua boca. Ele coçou a parte de trás da orelha e pegou um bloquinho de anotação.

Raiane conseguiu escrever duas palavras apenas, suas mãos estavam muito dormentes para fazer algum esforço maior do que esse.

– Sua irmã? – ela conseguia escutá-lo agora. – Ela... – ele pareceu hesitar, mas o que passou pela sua cabeça foi que pior do que ela estava não poderia ficar. – Ela foi atropelada, eles tentaram revivê-la, mas ela não resistiu. Sinto muito.

Os olhos de Raiane encheram-se de lágrimas e ela chorou. Chorou de soluçar. Era um choro horrível por que nenhum som definido saia. Ismael não podia fazer muita coisa, ele parecia perdido, pensou Raiane.

Mas nesse momento ele pegou uma cadeira, sentou-se ao lado da cabeceira e tomou a mão dela falando:

– Sabia que seu nome significa raio de sol?


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Notas finais do capítulo

Não costumo escrever capítulos muito grandes e pouquíssimos passarão de 2.000 palavras, mas posto com mais frequência (geralmente uma ou duas vezes por semana) os capítulos também não serão abaixo de 1.000 palavras, o que eu acho aceitável...Por favor deixem reviews e contem o que acharam! Capítulo novo apenas com review ;)Beijos,Drevis Haruka



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