O Despertar do Comensal escrita por Bia Salvatore, Ingrid Callado


Capítulo 1
A Carta




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P.O.V Carly Price

Era meu aniversário de 11 anos, minha mãe me levou ao shopping para aproveitar a tarde com ela.

Entramos em uma loja de roupas -e isso foi um erro.

–Olha que linda, Carly.- ela disse mostrando uma blusa cinza que aparentava ser um pouco curta, e nela estava escrito If you believe in unicorns com um coração de um cinza um pouco mais claro que o da blusa. Era realmente linda.

–Fofa- eu disse pegando uma pp na arara.

Andamos mais um pouco e eu vi uma blusa baby look preta e nela tinha o "desenho" da palavra crash tipo em quadrinhos, peguei ela também.

–Vou provar só essas- eu disse a minha mãe.

–Okay. Eu vou ali ver os sapatos.

–Está bem.

Ela foi ver os sapatos e eu fui para os provadores. A moça contou as peças que estavam na minha mão- não sei por que, estava óbvio que eram só duas peças- e me entregou uma ficha vermelha com o número 2. Segui para o último provador do lado esquerdo, fechei a cortina e tirei a blusa, vesti a dos unicórnios primeiro, ficou um pouco acima do umbigo, mas estava perfeita. Vou levar, pensei. Tirei a cinza e vesti a preta, ficou u m pouco justa, mas boa do mesmo jeito. Também vai.

Vesti de novo a minha blusa, era branca com o nome LOVE e a cara da Minnie no lugar do O. Quando saí do provador dei de cara com a pessoa que eu mais odeio, Suzanna Lightwood, uma garota de 14 anos que estudava na minha escola, ela curte fazer as pessoas sofrerem de agressões verbais e físicas.

–Olha quem está aqui.- disse ela- A nerd perdedora.

Suas amiguinhas sem cérebro, Natasha e Anne, deram risadinhas.

–Sinceramente, não sei por que você me chama de nerd.- eu disse- Eu não tiro notas mais altas que C- Afirmei, olhando para ela.

Suzanna Lightwood é uma garota grande demais para a idade que tem, ela deve ter uns 1,85 de altura, tinha cabelos castanhos e olhos da mesma cor.

Ela olhou para mim.

–Sabe, geralmente nos aniversários as pessoas ficam com os amigos. Amigos que você não tem.- ela disse, o que isso tinha a ver com o assunto eu não faço ideia.- Então, você devia aproveitar o tempo com a sua mãe e o seu pai... Ah, não. Você não tem pai. Sinto muito, eu esqueci que ele está morto.– completou ela com um sorriso malvado nos lábios.

Foi então que aconteceu. Os espelhos de todos os provadores, literalmente, explodiram. Os cacos foram todos em cima de Suzanna e as seguidoras zumbis dela.

–O que aconteceu?- gritou uma vendedora enquanto ia checar se as outras mulheres estavam bem.

Mas, por incrível que pareça, o vidro não machucou nenhuma delas, somente Suzanna, Anne e Natasha.

–Carly.- Minha mãe correu até mim para ver se eu estava bem. Mas eu também não tinha me machucado.

–SUA PSICOPATA- gritou Suzanna.

Eu estava em choque.

Eu fiz isso?, pensei. Não, não é possível.

Minha mãe me arrastou para fora dos provadores e me levou embora.

* * * *

Por sorte não teve interrogatório no caminho para casa. Ela simplesmente ficou em silêncio enquanto passávamos pelo rio Tâmisa e percorríamos todo o caminho até em casa.

Eu saí do meu estado de choque quando faltava apenas uma rua para chegar em casa.

Quando entrei, a primeira coisa que reparei foram as cartas no carpete. [Sim eu ando olhando para o chão, algum problema?] Me abaixei para pega-las enquanto mamãe seguia para a cozinha. Todos os envelopes endereçados a ela, olhei todos até chegar a um envelope grosso e pesado, feito de pergaminho amarelado, havia um lacre de cera púrpura com um brasão; uma cobra, um texugo, uma águia e um leão circulando uma grande letra H. Virei o envelope e levei um susto. A carta era... era pra mim.

Srtª C. Price

Floodligth Street

Yoskowitz

Londres

Sim, era para mim. Srtª C. Price só podia ser eu, o nome da minha mãe começa com S.

Fui para a cozinha, onde minha mão estava fazendo o jantar.

–As cartas.- eu disse enquanto colocava todos os envelopes endereçados a Sarah Price em cima do balcão e me sentei para abrir minha carta- Recebi uma carta.-avisei

–Ah, que... ótimo. E... quem mandou?- ela perguntou, acho que se ela estivesse virada para mim, eu veria pânico em seu rosto, mas eu não sabia o motivo.

–Vou abrir e descobrir.- eu disse.

Abri e puxei outro pedaço de pergaminho:

ESCOLA DEMAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS

Diretora: Minerva McGonagall

(Ordem de Merlim, Primeira Classe, Grande Feiticeira, Confederação Internacional de Bruxos.)

Prezada srtª Price

Temos o prazer de informar que V.Sa tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Estamos anexando uma lista de de livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa em 1º de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.

Atenciosamente,

Minerva McGonagall

diretora

Coruja? Magia? Feiticeira? Hogwarts? Bruxos? Magia? Merlim? Magia?

–Posso ver?- perguntou minha mãe, assenti e entreguei a carta a ela, que correu os olhos pelo pedaço de pergaminho, eu teria dito que ela nem leu se o rosto dela não tivesse ficado branco quando ela colocou a carta na mesa.

–Suspeitei que fosse isso.

–O quê?- perguntei.

–Eu... eu devia ter previsto que chegaria logo. Seu pai me alertou. Ele disse que você seria como ele. Eu não devia ter escon...

–Espera. Você devia saber o quê? O que tem meu pai? E... você acredita nisso?

–Querida, seu pai era um...- ela pegou a carta e leu algumas linhas- Um bruxo. Ele podia fazer... magia.

–E você?

–Não. Ele disse que pessoas que não são bruxas são chamadas de trouxas, e é isso que eu sou. Ele disse que você seria meio trouxa, como eu, e meio bruxa, como ele. Seu pai também estudou nessa Howard...

–Hogwarts.- corrigi.

–Isso. E disse que você também iria para lá, disse que você receberia a carta quando tivesse a idade certa. Eu ia contar, mas a carta contou primeiro.

–Quando você pretendia contar?

–Talvez amanhã. Ou semana que vem.

–Você sabia que não podia esconder para sempre não é?

–Sim, eu sabia. Mas... eu estava esperando o momento certo. Sinto muito ter escondido.

Ela estava falando a verdade, eu podia perceber em sua voz e em seus olhos.

–Tudo bem.- eu disse me levantando e indo abraçar ela.- Eu... vou subir. Tomar um banho e talvez dormir.

–Okay.- ela me soltou

Quando eu estava no topo da escada ela me chamou:

–Carly.- me inclinei para trás para poder olhar para ela parada na porta da cozinha- Amo você.

–Também te amo, mamãe.

E fui para o meu quarto.


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Notas finais do capítulo

e ai? gostaram? odiaram?



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