Jason não parava de pensar o que acontecera na noite passada. Aquela não era a Reyna que ele conhecia, a garota que não se importava com ele, que não conversava com ele. Aquela definitivamente não era ela. A pretora que ele conhecia era divertida, tinha seu lado calculista, mas não com ele. Eles sempre foram muito amigos. Não entendia o que estava acontecendo. Depois dele desaparecer ela se distanciou, e quando finalmente conversaram ela tenta encerra-la ou então eles discutem. Só uma pergunta não saia de sua cabeça: "Por que?"

Perdido em pensamentos ele não notou um movimento de seu adversário em batalha. A lâmina de seu gladio bateu contra o ombro de Jason o derrubando. Ele apenas parabenizou o adversário e se dirigiu para fora da arena.

Alguém, com muita pressa, passou correndo e trombou nele o derrubando no chão.

–Me desculpe! -Deuses. Era Reyna. O que ela fazia ali aquela hora?Ainda mais correndo daquele jeito. Ela se virou para ver quem era e teve uma surpresa ao notar Jason a encarando. - Por Júpiter! O que aconteceu com o seu ombro?

–Ombro? - Ele não havia notado até aquele momento que em seu ombro havia um corte profundo que sangrava muito. - Oh... Acho que foi durante a luta.

–Acha?! - Ela reprimiu um sorriso. - Venha, eu te ajudo. - Reyna estendeu a mão e o ajudou a levantar. Eles se encaminharam para o quarto em que a pretora dormia.

Mandou a Jason que se sentasse na cama enquanto procurava por algo.

–Achei! Sabia que estava em algum lugar, sempre deixo reservado para o caso de... - Ela ficou quieta por um momento. - Bem, eu não tenho néctar aqui, apenas gaze e um tipo de remédio, vai ajudar a desinfetar o ferimento. É melhor colocarmos isso provisoriamente. É claro se quiser... Não posso te obrigar a deixar-me ajudar.

–Não! Não tem problema! Eu... quero que me ajude.

–Tudo bem, pode doer um pouco. E... você vai ter que tirar a... Não se preocupe, já cuidei de milhões de campistas ferido, você principalmente - Sorriu.

Ele assenti, não consegue se lembrar muito bem de como as coisas eram, não conseguia lembrar o que aconteceu, só sabia que já tinham sido muito amigos, e queria que tudo voltasse a ser como antes. Depois de tirar a camisa, ela despejou um pouco do remédio e o rosto de Jason se contorceu de dor, com grande agilidade Reyna limpou o ferimento ,com certa preocupação, e o enfaixou.

–Pronto, já pode voltar as suas atividades, Grace.

Grace? Ela não o chamava assim. O que aconteceu, por um momento pareci que estava tudo bem, mas agora...

Reyna abriu a porta e já ia saindo, quando Jason a segurou pelo pulso e a virou para encara-lo.

–Espere- ele sussurrou.