Ahli escrita por Panda Rocks


Capítulo 2
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Voltei uehueheh :D aqui está mais um cap. '~'
boa leitura '-'



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Ahli

Eu já estava pronta para a minha saída. Peguei poucas coisas, aliás, eu não tinha muita mesmo, e levo comigo um pouco de comida, tudo dentro de uma bolsa. Ao abrir a porta a luz da lua me cega por uns instantes. Fazia tempos que eu não via a lua, e muito menos o sol. O senhor Ahrast ele tinha mania de deixar as cortinas fechadas o dia inteiro, todos os dias, e, no início eu me sentia sufocada, mas, depois, com o tempo aceitei. Eram quatro e meia da manhã, e, segundo Frederick Ahrast, o povo daqui costuma acordar dentro de seis a sete horas. Ele havia me ensinado tudo o que ele achava que seria necessário para mim. Acho dentro de um armário uma carta e uma mochila que ele havia preparado, suponho, dois dias antes de sua morte.

Na carta havia um pedido de desculpas por ter me mantido aqui com ele por todo esse tempo e dizia que era para eu ir para North Zahli, e na carta explicava como eu poderia chegar lá. Na carta havia uma foto minha com os meus pais verdadeiros, que eu nunca soube que ele tinha. E juntamente na carta, havia um medalhão que quando a parte de cima era girada ele se abria, revelando uma foto de meus pais e do outro lado, dele e minha. Coloco o medalhão e pego a mochila, já sentindo minha visão ficar turva por conta das lágrimas que não deixo escapar.

“– Você não pode ser vista e isso é o mais importante – diz ele olhando fixamente para o vazio. ­– Você deve ser invisível. Aqui não existe bondade, e se existe, não são muitos. Eles são expertos Haly, muito expertos, irão enganá-la se for ingênua demais.” Ele dizia.

Às vezes o Sr. Ahrast me chamava de Haly, esse era o nome de sua filha.

Saio da casa e vejo as ruas desertas, isso me dava um alívio. O Sr. Ahrast deu-me a minha liberdade quando partiu, mas eu agora estava sem família, e sem ninguém. Eu estava andando em direção a floresta, mas algo me chamou a atenção. Uma linda melodia, do que sugeri ser um violino, pelo pouco que ouvia o Sr. Ahrast tocar. Uma voz masculina começa cantar acompanhando a melodia que saia do violino. Ando em direção a música, sem raciocinar muito. Visualizo duas pessoas em uma espécie de jardim, especificamente, dois garotos, usando trajes elegantes, o mais novo era o que tocava o violino e tinha aparentemente uns treze anos, e o outro que parecia ter a minha idade, cantava belamente. Eu estava observando de longe, mas em algum momento o que cantava parou, foi aí que me toquei de que ele havia me notado e logo depois o menino do violino para juntamente.

O mais velho sinaliza para que o mais novo aguarde e começa a andar em minha direção, e, em pânico, me viro para sair correndo, mas infelizmente tropeço em um pequeno cãozinho que fugia de um maior. É, nem eu nem o pobre animal tínhamos sorte. Ao perceber que o rapaz estava cada vez mais próximo, me arrasto pelo chão.

– Calma garota, eu só quero ajudar. – ele fala tranquilo.

“... Eles são expertos Haly, muito expertos, iram enganá-la se for ingênua demais.” Me lembro do que o Sr. Ahrast havia me dito, acabo balançando a cabeça em negativa para o rapaz a minha frente. O animal se escondia atrás de mim e a esse momento o cachorro latia fortemente para mim, ou melhor, para o outro. Levanto-me e corro em direção a floresta, escuto passos a me seguir, mas os ignoro, e por fim subo em cima de uma árvore, dando-me uma clara visão do rapaz ainda correndo a minha procura. Fico em silêncio até vê-lo voltar para casa. Logo depois desço da árvore e começo a caminhar, sem lugar exato, só caminho.

...

Eu estava caminhando por bastante tempo e eu estava bem cansada. Um barulho no meio do mato me distrai, pego um pequeno punhal que o Sr. Ahrast usava para matar pequenos animais. E então do meio do mato sai o pequeno cão que estava sendo perseguido por outro.

– Você me seguiu até aqui? – digo guardando o punhal na mochila e acariciando o seu pelo branco.

– Sim. – escuto uma voz vindo de não muito longe, mas de trás de mim, me viro e vejo o rapaz com o garoto do violino, ambos estavam sérios, mas passaram a sorrir ao ver minha expressão de espanto.


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Notas finais do capítulo

E aí? Bom, ruim, mediano? Hello? o/
Review??? Cadê vc meu filho?



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