Estava nevando lá fora, mas ela pouco se importava, afinal, nem estava percebendo, estava por demais agarrada as suas memórias, aos tempos da escola, angustiada por ter feito uma má escolha, a qual não poderia mais voltar atrás.

Depois de todo o tempo, dos vários anos, ela jamais o esquecera, casara por amizade, medo de ferir alguém que a fazia sorrir, ainda se martirizava por não ter seguido o coração, ela sabia que seria difícil a vida, que a convivência com os parentes dele seria insuportável, seria odiada, e isso lhe deixou com receio, acabando por deixar a oportunidade de ser feliz de lado.

Duas semanas após a guerra ela o encontrou, sua expressão era vazia, seu semblante de alguém que fora derrotado na primeira batalha, sem chance de defesa, ficou pensando se iria ou não falar com ele, precisava resolver sua vida, aproximou-se e ele a olhou.

- Precisamos conversar!

- Não temos nada para conversar, o que aconteceu entre nós acabou, você e seus amigos venceram, o nome da minha família foi jogado na lama, não pretendo afundá-lo ainda mais, portanto Granger, esqueça aquelas promessas, foram momentâneas – Virou as costas, ela, mesmo com lágrimas nos olhos o segurou firme pelo punho.

- Eu sei que as suas palavras neste momento estão sendo vazias, você está com medo porque eu consegui desvendar o verdadeiro Draco Malfoy e está agindo assim para eu não contar a ninguém o que houve entre nós, porém, é impossível deixar para trás, você está agindo como um covarde, um cachorrinho que sai com o rabinho entre as pernas depois de levar um chute, seja homem e assuma o que houve entre nós. – Ele puxou-a para um beco próximo.

- Hermione, você não entende que não podemos e não vamos ficar juntos? Nossas vidas são completamente diferentes, isso não faz sentido, melhor acabarmos logo com isso, sofreremos menos, você deve casar com o Weasley, sei que ele a pediu em casamento, comigo você não terá futuro algum.

- Se é assim que prefere, tudo o que foi dito entre nós está esquecido, vou voltar a lhe odiar e desprezar.

-Antes de esquecermos tudo isso, preciso fazer algo. – Sem deixá-la se manifestar, enlaçou-a e tomou-lhe um beijo, caliente, ardente, a despedida.

Desde então eles seguiram suas vidas, ela aceitara o pedido de Rony e ele casou-se com Astória Greengras. Agora, passados tantos anos, ela se remoia por não ter lutado mais, desde o momento em que se separaram daquele beijo um pedaço foi arrancado dela, esquecido naquele beco, a ferida que causara até hoje não cicatrizara.

- Hey amor, vamos jantar fora hoje? Naquele restaurante que você adora desde criança?

- Claro meu bem, as crianças adoram também.

- Hermione, Hugo e Rose já estão grandes, não lhes chame mais de crianças, estão metidos a adolescentes agora. – Os dois riram e fizeram palhaçadas por um tempo.

Ao chegarem ao restaurante ela se deparou com a pior cena que desejaria ver, a família Malfoy, Draco acompanhado de sua mulher e filho, aquilo fez sangrar ainda mais sua ferida e ele endureceu, seus olhares se cruzaram e se enrijeceu em sua cadeira, parecia que nada mais existia além dos dois, ela com a vontade imensa de correr para seus braços, ter seus lábios envoltos pelos dele, ele com vontade de abraçá-la e nunca mais soltá-la, tomá-la para si, ter seu corpo sob o seu, aquela sintonia que apenas eles tinham, os desejos se exauriram, Rony puxou Hermione para uma mesa e assim eles seguiram a noite, relembrando os tempos da escola.

Hermione resolveu dar um passeio, a muito que não sabia o que era caminhar a toa, sem compromisso, foi caminhar e até deixou sua varinha em casa, queria passear, pensar na sua vida, foi indo sem perceber onde ia parar, quando se deu conta estava num beco sem saída, o mesmo que se despediu de Draco, três homens estavam se aproximando dela.

- Olhem só rapazes, uma mulher sozinha, indefesa, andando por esses lados, a cidade está perigosa, uma mulher como você não deveria andar sozinha, vai que se depara com estupradores, assassinos, torturadores, ou coisas piores, ainda mais sendo bonita desse jeito, seria até um crime não tocá-la, experimentar essa pele tão branquinha e sedosa. - Foram se aproximando cada vez mais, encurralando-a, o que falou tocou-lhe a face, ela se esgueirou, então eles a agarraram e estavam começando e tirar sua roupa quando foram surpreendidos por uma voz masculina.

- Soltem-na agora se não quiserem morrer. – Eles olharam para o homem de terno atrás deles e começaram a rir, afinal o que uma só pessoa poderia fazer contra três marginais.

- Espere sua vez cara, essa branquinha aqui é essa, vai procurar outra putinha pra te Chu... – Ele não conseguira terminar a frase e a última coisa que viu foi um lampejo verde, caiu estatelado no chão de olhos abertos, estava morto.

Os demais largaram Hermione na hora e saíram correndo, mas Draco foi mais rápido e os aprisionou num feitiço e começou a torturá-los. – Eu avisei para soltá-la.

Quando Hermione abriu os olhos, lá estava Draco torturando os homens, ela sabia que se continuasse o Ministério viria atrás dele, correu e agarrou-o pelo braço, chegou perto de seu ouvido e falou – Não vale a pena perder seu tempo com esses marginais, vamos embora daqui, não quero mais olhar para eles. Ele estremeceu e aparatou com ela dali, parou numa ilha deserta, no meio do mar.

- Hermione, como você sai da sua casa sem varinha? Está louca? Perdeu o juízo? Se eu não tivesse chegado você estaria sendo estuprada e poderia até ser morta, me prometa que nunca mais sairá de casa sem sua varinha.

- Pode deixar, muito obrigada.

Ela abraçou-o, ele retribuiu, seus corpos estavam próximos demais, o calor voltou a acender seus corpos como antigamente, o desejo ardente de se sentirem novamente foi mais forte, os fez esquecer do restante do mundo e se permitiram um beijo, cada vez mais forte, as mãos foram descendo, até que ele parou com uma delas em cima de sua nádega e apalpou-a com fervor, levantou-a e colou-a em uma árvore próxima, não aguentavam mais, ela tirou o paletó e estava desabotoando a camisa, passando a mão nos seus músculos, beijando-os, nunca esquecera da sensação de tê-lo, ele por sua vez não ficou para trás, abriu o zíper da sua blusa e jogou-a longe, apertou, lambeu, mordiscou seus seis, apertando-a cada vez mais contra a árvore, seu membro já estava ereto, Hermione não perdeu tempo e se agachou, começou a chupá-lo, ele revirava os olhos, puxou-a pelo cabelo e deitou-a na areia, se desvencilhou da última peça que separava seus corpos e introduziu seu dedo indicador nela que delirava sob ele, mordia de leve seus seios rígidos, quando ela estava prestes a gozar ele parou com a tortura e penetrou-a, ela foi as nuvens, foram aumentando os movimentos cada vez mais, até que ele explodiu dentro dela e ela contorceu-se de prazer, agarrou-o pelos cabelos e mordeu seus lábios, chegou perto de seu ouvido e disse: - Eu sabia que aquele não era nosso fim.

Ficaram lá mais um tempo matando a saudade, até que resolveram manter um relacionamento escondido, sabiam que era errado, mas não conseguiam ficar longe um do outro e não queriam magoar seus companheiros, cada um aparatou para sua casa e quando dava encontravam-se escondidos saciando seus desejos.