Quil e Claire, uma história de amor precoce escrita por Annety Twigirl


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Vambora ler gente *-*



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5
Claire
Quando saímos do penhasco notei que Quil estava inquieto. Ele nunca ficou assim perto de mim. Eu estava louca para saber por que o Billy contava esse tipo de história para adultos.
– E aí Claire...- Começou ele.- O que achou?.
– Interessante.
– Hum...- Ele ficou quieto e abaixou a cabeça. Ele veio na minha frente e parou.- Precisamos conversar.- Disse-me ele pegando minhas mãos e fitando-me nos olhos. Eu parei e o observei. Ele me parecia nervoso.
– O que foi Quil.- Eu falei soltando uma das mãos e segurando seu rosto.
– Você prestou atenção na história que Billy contou?.- Perguntou-me ele. Notei que não era para mim responder, então fiz que sim com a cabeça.- Ele falou sobre os... Lobos.
Eu olhei para ele, nunca vi Quil tão nervoso ao falar comigo. Ele me puxou e sentamos na areia da praia. Continuou segurando em minhas mãos. Suspirou e falou sem hesitar:
– Claire eu sou um lobo, ou melhor lobisomem. E sofri imprinting por você quando você tinha 3 anos.
Ok não esperava por isso.
– Han?.- Bom, tenho que concordar que não foi a melhor coisa que já disse na vida.
– Eu sei que é muito confuso Claire, mas acontece que eu sou um lobo, há quase 17 anos. Eu não sabia que dava para sofrer imprinting por uma criança. Na verdade ninguém sabia. Fomos os primeiros, entramos para história.- Quil deu uma risada histérica.
– E por que você não me contou antes?.- Perguntei.
– Eu não podia contar Claire. Você era uma criança. Não entenderia. Eu, todos os caras, e sua mãe sabiamos.
Tá eu não gostei de ser a última a saber disso.
– E o que você quer que eu faça Quil?.
– Nada Claire.
Ficamos em silêncio por um longo tempo. Eu acreditava em Quil, só que ao mesmo tempo isso é um tanto inacreditável.
– Então isso quer dizer que vampiros existem...
– Existem Claire.
Uau.
– Você me ama Quil?.- Ok eu estava começando a pirar já.
– Muito Claire, mesmo. Eu daria minha vida por você.
– Por causa do imprinting?.
– Eu acho... Não, tenho certeza, que eu te amaria mesmo sem sofrer imprinting, se eu não fosse um lobo e te visse passando, eu iria me apaixonar por você na hora. Claire você é apaixonante.
Beleza, morri agora.
– Mas então... Eu tenho que namorar contigo?.
– Não Claire. Eu não disse isso. Eu adoraria ser seu namorado, assim como amo ser seu melhor amigo. Eu fui como um irmão mais velho para você todos esses anos. E eu seria o que você quiser, o que você precisar que eu seja. Um amigo, um namorado, um companheiro ou um amante. Eu te amo mais que tudo. Você é a pessoa mais importante da minha vida. Eu não queria te contar antes para você não se sentir pressionada a namorar comigo. Se um dia você quiser ficar comigo, eu quero que seja por que você também me ama com a mesma intensidade que eu te amo.
– Eu te amo Quil, muito mesmo. - Eu disse com lágrimas nos olhos. Coloquei a mão no rosto dele. Lindo. Perfeito. Projetado só para mim.- Eu acho que é agora que você tem que me pedir em namoro.- Sussurei.
– Era o que eu ia fazer.- Disse ele num sussuro. Sorri.- Claire Elisabeth Young, quer namorar comigo?.
– Eu quero Quil, mas que qualquer coisa na vida.
E ele me beijou. Um beijo doce. Apaixonado. Apaixonante.
****
Namorar com Quil era incrivelmente perfeito. Ele era do tipo de namorado que não cansa de agradar e que vive fazendo elogios. É lógico que eu gostava, mas muitas vezes eu ficava constrangida. É difícil namorar com alguém que um dia foi seu melhor amigo.
Quil aparecia na padaria todos os dias antes de fechar. ¨Só pra acompanhar minha princesa para casa¨ dizia ele. Mas eu sabia que também era por causa dos deliciosos bolinhos de tia Emily.
Num certo dia quando cheguei em casa, minha mãe estava na cozinha com Sam e o policial Charlie Swan. Fiquei preocupada. Charlie geralmente ia na minha casa só para levar Sue.
– Mãe o que houve?.- Perguntei tensa. Charlie, minha mãe e Sam trocaram olhares.- O que houve mãe?. Aconteceu alguma coisa com Quil?.- Perguntei desesperada. Quil não tinha ido me buscar no trabalho hoje. Ele nunca tinha feito isso em 3 meses.
– Não Claire, Quil está bem.- Disse-me Sam.- Ele está fazendo a patrulha dele. Só que hoje tivemos um pequeno probleminha... Então ele tem que ficar até mais tarde.
– Se não é com Quil... Você está bem mãe?. - Eu disse enquanto ficava de joelhos na frente de Jay. Ela sempre fazia exames, eu até à chamava de ¨maníaca do laboratório¨.
– Não é comigo Claire.- Falou Jay.- Seu pai sumiu.- Ah. Bom, não que eu não gostasse do meu pai, mas ele nunca foi do tipo ¨pai presente¨, desde quando Nick morreu quando eu tinha apenas 5 anos. Ele o amava muito, e Jack sempre culpou minha mãe pela morte de Nick.
Jay não tinha culpa do que aconteceu. Foi só o tempo dela se virar para prender meu cabelo e Nick foi atropelado por uma moto. Parece história de filme Hollywoodiano, mas infelizmente é verdade. Eu sempre culpei o motoqueiro por ele estar bêbado, mas no fundo sempre achei que a culpa foi minha.
– Como assim sumiu mãe?. Ele deve estar viajando com aquela miss Texas.
– Na verdade não está. - Disse-me Charlie.- Celeste ligou para a policia do Texas para avisar do desaparecimento do marido.
– Mas ninguém faz ideia de onde ele está?.- Perguntei.
– Não filha, na verdade Celeste é uma das principais suspeitas.- Ok agora eu ri.
– Mãe isso é um tanto impossível. Celeste não é capaz nem de escrever Texas. Se muito, ela sabe escrever o próprio nome por que se acha uma estrela.
– Claire.- Repreendeu-me Jay.- A única coisa que se sabe é que o carro dele está imune. Não tem uma mancha de sangue, e nem roubaram nada.
– Pelo jeito só queriam ele.- Completou Sam.- Mas para quê?.
– Boa pergunta Sam.- Disse Charlie.
Eles foram embora prometendo que qualquer coisa que descobrissem iriam avisar. Minha mãe, por íncrivel que pareça, ainda amava Jack. Eu falei para Jay que ia tomar um banho e depois ia estudar para minha prova final de inglês.
Tomei um banho quente e comecei a pensar no meu pai. Eu gostava dele, porém não tinha me preocupado com o seu desaparecimente. Na verdade nunca o perdoei pelo fato dele ter deixado minha mãe e eu quando mais precisávamos. Dois meses após a morte de Nick ele assumiu o romance com Celeste, a miss Texas. Bom, tenho que admitir que ela era muito bonita, mas aposto que ela não sabe fazer a deliciosa lasanha que minha mãe faz até de olhos fechados.
Quando sai do banho fui direto para meu quarto. Tinha muita coisa para estudar. Mas acabei dormindo.
Me vi num quarto. Um quarto chique, com uma cama de casal box. De cada lado da cabeceira da cama havia um criado mudo com um abajur que deveria ser mais que meu salário. No teto havia um lustre comprido e cheio de cristais, imaginei. Um tapete fofo estava sob meus pés. O quarto todo era de gesso.
– Olha só quem está aqui. A mais nova vampirinha. - Falou um garoto... Diego Lawler.
– Diego... - Foi o que saiu da minha boca num sussuro. Ele veio na minha direção em uma velocidade sobre-humana.
– Psiu...- Disse Diego.- Quietinha. Daqui a pouco chega uma surpresinha para você gatinha-vampira.
– Por que você está falando assim?. E como sabe sobre...- Ele não me deixou terminar de falar, apenas me virou para uma parede com um espelho gigante. Fiquei horrorisada com que vi. Uma garota de pele acobreada, cabelos castanho-médio com pontas loiras, o corpo que eu reconheceria... Era eu. A não ser pelos olhos. Vermelhos, vermelhos como sangue. Gritei.
– Calma Claire, amor...- Acordei com Quil sentado na minha cama me abraçando. - Claire você está bem?.
– Estou Quil...- Eu disse. Não percebi mas estava chorando e toda suada.
– Foi só um pesadelo, vai passar.- Disse-me ele com uma voz doce, me acalmando.
Pode ter sido um sonho, mas foi muito real.
– O que foi Claire?. Com que você sonhou?. Estava num sono agitado mas não quis te acordar, fiquei sabendo do que houve com seu pai então resolvi te deixar descansar e fiquei observando você dormir.
– Foi horrivel Quil, eu sonhei que era uma vampira. E meus olhos...- Não terminei a frase.
– Vermelhos como sangue de inocentes...- Completou Quil. Eu fiz que sim com a cabeça. Quil começou a cantarolar uma música do Bruno Mars para me acalmar, eu fechei os olhos e fiquei com a cabeça repousada em seu ombro.
– Quil, se você fosse um vampiro, aonde você estaria?.- Perguntei depois de um longo tempo.
– Em lugar nenhum amor, eu estaria morto.- Suspirei. É verdade o veneno dos vampiros são letais para os lobisomens.- E se você fosse uma vampirinha linda, estaria aonde?.- Perguntou-me Quil, sua voz cheia de graça.
– Em Mônaco.
– Han?. Onde é isso?.- Ele me olhou confuso. Eu ri.
– França Quil.
– Ah... E por que você iria para lá Clairezinha?.
– Por que eu adoraria beber o sangue real.- Quil riu.- Eu me sentiria absoluta.
– Mas para te falar a verdade Claire, eu preferia que meus irmãos me matassem. Eu não queria matar um inocente. Nunca.
– Eu também Quil, e eu queria que você me matasse. - Quil me olhou sério, eu sabia que ele não gostava nem de cogitar essa ideia.
Ficamos brincando e no final decidimos ir para a África. Adorei que Quil tenha levado meu pesadelo na brincadeira, me fez esquecê-lo rapidamente.
– Eu te amo meu lobinho.
– Eu também te amo minha humanazinha.
Nós dois rimos e se beijamos. Ah como eu amo esse cara.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?



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