Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 35
Capítulo Especial - É como andar de bicicleta, nunca se esquece Pt.I


Notas iniciais do capítulo

Olááá! É verdade, eu vim mais cedo do que aquilo que disse, sou fantastica, não sou sou? ahahah xD Brincando XD
Sim, eu mudei o meu nome para Maya. Não perguntem, eu também não sei ao certo o porquê, mas sei que gosto xDD
Bem, eu quero agradecer, desde já, a todas as pessoas que participaram no concurso, e dizer que vou dar mais quatro dias, a pedido de uma leitora, que está cheia de testes e trabalhos na escola e não tem tido tempo. Espero que não se importem, por isso, quem ainda não enviou, tem até sexta para me enviarem a vossa resposta. Relembro que o prémio é poderem escolher a proxima personagem para o próximo capítulo especial ^^

Agora aos avisos importantes: Quero dizer-vos que esta história passa-se há quatro anos, e por isso, a mentalidade da Anne está um bocado mais infantil, logo, não estranhem a sua maneira de pensar um bocado mais estúpida que o normal.
Eu decidi dividir o especial em três, por isso, já sabem que não acaba aqui.

Espero que gostem do Lucas, tanto como eu gosto dele. E também que gostem deste capítulo tanto como eu gosto. E acho que com isto, ficarão a perceber tudo o que fez a Anne ser assim.

Boa Leitura, e por favor, mesmo que não tenham comentado até agora, comentem só o que acharam deste capítulo, porque mesmo sendo um dos meus preferidos, eu tenho receio que vocês não gostem tanto como eu. Mas vá, boa leitura! ^^

[Música Lovestruck dos TheVamps]



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"Amor não se conjuga no passado, ou se ama para sempre ou nunca se amou verdadeiramente."

Fernando Pessoa

Novembro de 2011

Não precisei de muito esforço para o encontrar. Era como se os meus olhos tivessem um íman que me levavam sempre para ele. Ele encontra-se no meio dos seus amigos. Parecem estar a ter uma conversa interessante, ele gesticula com os braços enquanto fala com o Pedro. Os outros só ouvem e abanam às vezes com a cabeça a concordar.

Enquanto eu situo-me à beira das minhas amigas. Mas diferente dele, não falo nada. Nem sequer ouço. Estou naqueles dias em que gosto de observar tudo, mas particularmente tudo nele. Observar as suas calças de ganga escuras, a sua t-shirt com algum boneco desconhecido e o seu cabelo loiro meio despenteado.

Pegou no telemóvel, penso que seja para mandar uma mensagem.

Claro que é! Afinal alguém como ele deve ter um monte de miúdas com quem falar. Sou tola em pensar que as nossas conversas em matemática e físico-química iriam levar-me a algo mais do que amizade… Posou o telemóvel e continuou a falar com os amigos. Sinto o meu a vibrar. Vejo que tem uma mensagem, abro.

De L:

Tem algo na minha cara? xD “

Ele reparou! Oh meu Deus, Que vergonha! Só faço merda! Burra, burra, burra!

E agora? Respondo? Ou finjo que não vi?

Anne, menos! Responde de uma vez, ele não morde!

Para L:

Estava só a ver a tua nova camisola, não posso é? xD”

Fiquei meio hesitante se mandava ou não, contudo acabei por premir o botão verde. Logo o telemóvel deu sinal de que tinha sido entregue. Não voltei a olhar para ele, com medo que me apanhasse outra vez e também com medo da sua reação à mensagem. Sei que ele sabe que é mentira, obviamente não olharia tão fixamente se fosse para reparar na camisola. Ele é tudo menos burro.

Metes-te em cada uma Annelise!

A campainha tocou, e passado alguns minutos a professora de físico-química abriu a porta, obrigando-nos a entrar para aquilo que seria noventa minutos de pura seca a ouvir a voz monótona e aguda da professora. Sentei-me no sítio do costume, penúltima fila encostada à janela. Rezei muito, quase que prometi que não comeria torradas durante um mês para ele não viesse para a minha beira, mesmo que no fundo desejasse que o fizesse. E ele veio, com o seu típico sorriso de arrancar corações só pelo simples facto de existir. Aquele sorriso que lhe dava um ar angelical mas ao mesmo tempo diabólico. Aquele pelo qual me apaixonei desde a primeira vez que ele o fez.

Às vezes, na maior parte até, pergunto-me como é que ele é solteiro. E não o digo só pela beleza fora do comum que ele tem, mas também pela sua personalidade. Ele é aquilo que chamamos de rapaz perfeito. Divertido, simpático, alegre, extrovertido, fofo. Ele é o estereótipo de rapaz por quem todas babam, e eu não sou diferente.

– Então, Anne, gostas da camisola? – perguntou enquanto se sentava.

– Hum? – balbuciei quando ouvi a sua voz rouca. – Podes repetir? Estava distraída.

– Isso eu já sabia –riu-se. – Estás sempre no mundo da lua, Annelise – sorri ao ouvir o meu nome pronunciado por ele. Nunca gostei muito de Annelise, daí utilizar sempre o diminutivo. Mas ouvi-lo na sua voz faz-me querer passar o resto da vida assim, a ouvi-lo dizê-lo para mim. – Estava a perguntar se a camisola está aprovada – sorriu.

– Ah! Está sim – sorri –, mas acho que não é uma camisola que te vai fazer ficar bonito. Lamento informar-te, Lucas.

– Oh! – fingiu tristeza. – Eu que pensava que com esta t-shirt ia ser alto garanhão – suspirou. – Não há mesmo nada que me faça lindo e irresistível? – soltei uma pequena gargalhada.

– Acho que só mesmo uma operação. Mas deixa lá, sempre ouvi dizer que para cada tacho há uma tampa. Por isso hás-de encontrar alguém. Mesmo que seja ali com a Maria – ele fez cara de nojo e começou a passar o que estava no quadro, assim como eu.

Maria é aquele tipo de miúda que só não é excluída porque há almas caridosas que a aturam para que não esteja sozinha. Não é que ela seja feia. Quer dizer, também não é linda. Mas quando abre a boca só me apetece fugir. E não estou a falar do seu mau hálito, que até é suportável a uma certa distância, mas sim do seu discurso aborrecido. Por palavras mais simples, ela é chata! Terrivelmente chata! Daí a careta do Lucas. Todos os rapazes têm uma espécie de aversão por ela. Coitada, ela até é boa moça. Só que não passa disso.

Quando tu pensas em algum amigo e tentas descrevê-lo de maneira positiva com uma só palavra, a Maria fica com o “empenhada”. Porque, enfim, é isso que ela é. Ela esforçasse para tirar boas notas e no entanto só tira notas horríveis. Só está no oitavo ano por se empenhar. O que eu acho uma estupidez, se ela não sabe por que raios tem que passar?! Para além disso, também se empenha para fazer amigos, chegando mesmo a ser irritante. Não se força uma amizade. Ela acontece porque tem de acontecer e principalmente quando nem nos esforçamos para que aconteça.

– Que tanto pensas aí? – soou a voz rouca mais uma vez.

– Nada de especial, porquê?

– Estás com uma cara esquisita – senti a minha cara ficar vermelha. Odeio que olhem fixamente para mim –, pensava que estavas a pensar em mim, mas como “não é nada de especial” deduzo que não seja.

– Porque haveria de pensar em ti? – ergui a sobrancelha.

– Porque eu sou especial? – perguntou, embora tenha parecido mais uma afirmação. Quando ia para responder à sua “questão”, interrompeu-me. – Olha, já há muito tempo que não temos daquelas conversas fixes sobre sentimentos e assim. Será que ainda sou o teu candidato favorito a best friend?

– Oh, já te tinha dito que não quero nenhum melhor amigo… – ele pareceu meio triste com a minha resposta. – Mas posso dizer que és o que tenho mais próximo disso – ele sorriu, tirou uma folha já conhecida minha, intitulada de “Conversações de Msn :)”. Era naquela folha que escrevíamos as coisas mais estúpidas e absurdas durante as aulas. Era também aquele pedaço de papel o culpado por eu não perceber nada da matéria. Contudo, eu não me importava, foi com aquilo que me apaixonei por ele. E ainda me apaixono.

O papel funcionava de maneira simples, cada um tinha uma cor e escrevia quando fosse a sua vez. Usávamos smiles e abreviações se assim o pretendêssemos. Eu tento fazê-lo o mínimo possível, para evitar habituar-me à escritura de telemóvel.

Então, a menina já está preparada para me contar a sua vida amorosa? xD

Da última vez que utilizamos aquilo ele insistiu no assunto, mas eu neguei. Pensei que tinha desistido, mas afinal…

Outra vez isso Lucas? Pensava que já tinhas esquecido! xD Sabes bem que não gosto de falar disso, e nem há nada para se falar xD

Sua mentirosa! É óbvio que há, se não, não fugias do assunto sempre que tento! Anda lá! Eu quero saber! xD

Não há nada para ser dito, mas se quiseres podes falar da tua… ^^

– Hm .. Isso não vale, mas tá bem! Que queres saber? xD

– Já que insistes… Estás apaixonado? O.o

– Porque queres saber? O.o

– Mas sim, tou meio apaixonado…

E quem é a desgraçada? Coitada, para te ter atrás dela deve ser mesmo complicado :s

Escrevi, tentando ao máximo manter a normalidade, para que ele não desconfiasse de nada.

O som da campainha fez-se soar sem que houvesse oportunidade de ele responder, levantei-me de imediato e disse às minhas amigas que ia à casa de banho. Não queria ter de olhar para ele, pelo menos enquanto não me habituasse à ideia.

Tudo bem que ele nunca se fosse apaixonar por mim, mas eu não estava à espera que ele fosse dizer aquilo…

Sabem aquela coisa de que mesmo sabendo que não tens a mínima hipótese, mas mesmo assim existe aquela esperançazinha que brilha bem no fundo do coração que te diz que um dia ele vai olhar para ti?

Pronto. Essa esperança existia até eu ler aquilo.

Olhei-me ao espelho. Dá para notar que estou a prender as lágrimas. Mas não vou chorar!

Recompus-me, ou tentei, e saí.

– Ei, que ‘tás aqui a fazer sozinha? – era a voz que menos queria ouvir. A voz do Lucas. Virei-me para ele e preparei o meu “melhor” sorriso.

– Só fui à casa de banho, não preciso de companhia para isso – ergui a sobrancelha.

– Eu sei que não, mas normalmente vocês, raparigas, andam sempre juntas por isso achei estranho. Já vais para a sala? Posso fazer-te companhia? – ele ainda não tinha parado de sorrir desde que o encarei.

– Está bem – não vou mudar de comportamento, não quero perguntas para quais as respostas me magoam.

Entramos na sala, e ele foi tirar a sua mochila da nossa mesa, preparando-se para ir para o seu lugar na disciplina de português. Não era muito longe do meu, mas mesmo assim prefiro quando está logo ao meu lado.

Após, mais ou menos, meia hora a ler uns textos do livro, um pequeno papel dobrado vem parar à minha mesa. Olho em volta, para ter a certeza se é para mim, e quando vejo que ninguém reclama a folha, abro-a cuidadosamente.

Queres vir comigo ao shopping no sábado?

Sim [ ]

Claro [ ]

Com certeza [ ]

Todas as opções [ ]

Ps: Para poderes-me ajudar a escolher a roupa certa para ser um garanhão ;) xD

L

Ergui o meu olhar e encarei o ser de cabelo loiro. Ele, que já se encontrava a olhar para mim, piscou-me o olho. Se eu precisasse de incentivo, aquilo seria o bastante.

Queres vir comigo ao shopping no sábado?

Sim [ ]

Claro [ ]

Com certeza [ ]

Todas as opções [ ]

Ps: Para poderes-me ajudar a escolher a roupa certa para ser um garanhão ;) xD

L

Sempre disponível para gozar contigo e com a tua roupa [x]

An.

«»

O sábado chegou, e com ele a incerteza no que vestir. Acho que estou meio nervosa. Afinal eu vou estar sozinha com ele. Eu sei que não tenho hipótese nenhuma, mas isso não muda o facto de ficar nervosa à beira dele e de tentar agradá-lo sempre que posso. Enfim, idiotices de miúda apaixonada.

Mas realmente, porque é que tenho de me arranjar toda? Não vai fazer diferença.

Apesar de tudo aquilo que pensei, acabei por me arranjar mais que o costume, até pus maquilhagem! E olhem que sou uma preguiçosa nessas coisas. Normalmente ando sempre sem nada, não por não gostar, mas sim por preguiça. Olhei-me ao espelho, achando-me uma completa estúpida. Ele vai notar que eu “me arranjei” para ele.

Peguei no telemóvel e vi que já estava mais que na hora, por isso desci e pedi ao motorista que me levasse até à estação. O Lucas decidiu que íamos de comboio até Guimarães (aqui não tem nada para além de supermercados) protestando que não queria que eu andasse sempre com o motorista atrás.

«»

Já estávamos na quinta loja de roupa. Ele ainda não tinha comprado nada, parecia estar a empatar tempo… Só não sei é para quê…

– Esquece, vamos embora Anne… Não tem nada de jeito aqui! – resmungou.

– Tu é que sabes… – suspirei. – Vamos a onde?

– Anda – agarrou a minha mão e começou a puxar-me sei lá eu para onde.

Quando reparei já estávamos fora do shopping, e acho que estamos a ir para o centro da cidade.

– Para onde vamos Lucas? – perguntei já farta de ser puxada.

– Já vês, é uma surpresa – disse com o seu típico sorriso que derrete corações.

Andamos mais uns minutos e paramos no Centro Cultural Vila Flor, e ele indicou que devíamos ir para o jardim.

– Olha, agora eu vou tapar-te os olhos empurrar-te para lá, ‘tá bem? – perguntou meio hesitante. – Por favor! – Como resistir a estes olhos azuis?

– Hum… Está bem…

Colocou-se atrás de mim e pôs as suas mãos nos meus olhos, começando a empurrar-me delicadamente. Parecia que andávamos em curvas, sempre a mudar de direção. De súbito, ele parou e encostou a boca ao meu ouvido.

– Pronta? – sussurrou.

– Hum hum – ele retirou as mãos e eu fiquei sem ar.

Estamos numa espécie de labirinto de arbustos com a forma de coração. Tinha um monte de rosas espelhadas, fazendo pequenos corações pelo caminho. Estávamos no centro onde tinha uma fonte, com um pequeno chafariz com esculturas de anjos. Tinha algumas árvores, dando sombra ao local. É absolutamente lindo, talvez o lugar mais bonito que já vi.

– Er… Gostaste? – perguntou ainda perto do meu ouvido.

– É incrível! – virei-me para si, encontrando-o com um sorriso que mal cabia na sua cara. – Porque me trouxeste aqui, Lucas?

– Sabes, adoro a maneira como dizes o meu nome – fez uma pausa. – Aliás, não há nada em ti que não adore. Desde os teus cabelos escuros que me fazem lembrar a noite até ao teu doce mau humor matinal – riu pelo nariz. – Desde do primeiro dia em que te vi, fiquei fascinado, sabes? Não conseguia tirar o teu sorriso da cabeça… É tão bonito…

– Por… P-por-que m-me estás a d-dizer isto? – a minha voz mal foi ouvida.

– Ainda não percebes-te? – sorriu e olhou para fonte. – Lembro-me do dia em que entras-te para a minha turma… Vinhas com um ar tão feliz por estares finalmente na mesma turma que a Camila, tu sorriste mal a viste e o meu coração pareceu falhar… Depois ainda vieste sentar-te à minha beira e eu comecei a ficar nervoso, afinal o que te diria? – riu-se pelo nariz mais uma vez. – Também me lembro da nossa primeira conversa, pediste a borracha e eu fiz-me de difícil e consegui arrancar uma gargalhada tua – voltou-se para mim. – Sabes, desde esse… Desde esse dia que… que não te tiro da cabeça… Cheguei a pensar que ‘tava a fica maluco – sorriu novamente, o meu coração falhou, o meu estômago estava às voltas e eu já mal respirava. – E-eu gosto de ti Annelise! G-gosto mesmo! – puxou-me para ele, para uma espécie de abraço desajeitado, mas que já queria há muito tempo. – Eu só queria que soubesses – sussurrou.

Afastamo-nos passado algum tempo, contra a minha vontade. Estava muito bem nos braços dele, onde não precisava de o encarar. E agora, o que digo?

– Er… Não vais dizer nada? – perguntou com o olhar um pouco triste.

– Eu… - que digo? Aí Jesus, não sei que fazer… Admite de uma vez Annelise! – Eu também… também g-gosto d-de t-ti! – os olhos dele brilharam de uma maneira que eu nunca tinha visto, e a sua cara começou a aproximar-se da minha.

Calma, sempre quiseste beija-lo e agora vais ter oportunidade, nada de pânico… É só o teu primeiro beijo, só mantém a calma, ok? Respira, ‘pera, não respires muito, vá que ele leva com a tua respiração e foge, é isso, sustem a respiração, deve resultar! E se ele não gostar do meu beijo? Sei lá, ele já deve ter beijado alguém e deve saber distinguir um beijo bom de um mau… E se-

Todos os meus pensamentos foram interrompidos pelo toque suave dos seus lábios. O meu estômago torceu-se ainda mais e o meu coração devia ouvir-se na china. Ele tinha os lábios macios e quentes. Lentamente, senti o leve formigueiro na minha barriga dar lugar a um TomorrowLand e puxei-o para mim, pondo os braços à volta do seu pescoço. As suas mãos desceram para a minha cintura e apertaram-me levemente contra ele.

Ele afastou-se quando não tínhamos mais ar e abriu o sorriso mais lindo que eu já vi, abraçando-me. Enrosquei a minha cabeça no seu pescoço. Ele cheira tão bem, podia ficar o resto da vida a cheira-lo. É tão viciante.

– Nem imaginas o quanto eu queria isto Annelise… – sussurrou. – Eu até tinha um plano B caso a minha declaração não resultasse… – disse afastando-nos um pouco, mas sem tirar as mãos da minha cintura.

– E qual era? – como ele pode achar que a declaração não ia resultar? Qualquer miúda no seu prefeito juízo ficaria derretida até às pontas do cabelo com aquelas palavras doces.

– Prometes que não ris? – abanei a cabeça em concordância e ele afastou-se de mim deixando-me uma sensação de vazio.

Ele foi atrás de uns arbustos e tirou de lá uma guitarra. Não, ele não ia… Não…

– U-uma s-serenata? – perguntei com a voz trémula.

– Hum, hum – sorriu timidamente. – Ainda a queres? – Oh meu deus, que pergunta é esta?! É óbvio que quero!

– Sim – sorri.

[música]

Ele puxou-nos para um banco. Pôs a guitarra em posição e começou:

Excuse me miss, I don't ever do this – sorriu.– Must admit I'm pretty nervous, but just in case you say yes. I had to ask if you already had dinner plans. I know you probably have a man, but if you happen to be unattached – os seus olhos não se desviaram um segundo sequer de mim. – I'd sign your name over the airways, crash your couch and sleep on the stairway. If not tonight, maybe tomorrow cause I'm hung up, I'm shook up. I'm lovestruck. I'd wait all day just for a maybe. I'm trying to find a way to be worthy. If not tonight, maybe tomorrow ‘cause I'm hung up, I'm shook up. I'm lovestruck.

«It might seem strange, you don't even know my name. But I've been watching you for days, sitting in the same corner table of the same café. I heard “wonderwall” beating through your headphones, cracked a little smile when you got the words wrong – sorri assim que percebi que música que tinha muito a ver comigo. Eu sou completamente viciada na “Wonderwall” dos Oasis. Será que foi ele que a escreveu? – Excuse me miss, I thought that you should know this. I'd sign your name over the airways. Crash your couch and sleep on the stairway. If not tonight, maybe tomorrow ‘cause I'm hung up, I'm shook up. I'm lovestruck. I'd wait all day just for a maybe. I'm trying to find a way to be worthy. If not tonight, maybe tomorrow cause I'm hung up, I'm shook up. I'm lovestruck.»

«I'd lay flowers at your feet, I'd be everything you need oh oh oh oh»

«You, I'm lovestruck.»

«You, I'm lovestruck.»

«I'd sign your name over the airways, crash your couch and sleep on the stairway. If not tonight, maybe tomorrow ‘cause I'm hung up, I'm shook up. I'm lovestruck. I'd wait all day just for a maybe. I'm trying to find a way to be worthy. If not tonight, maybe tomorrow cause I'm hung up, I'm shook up. I'm lovestruck.»

–I'm lovestruck, I'm lovestruck – sussurrou a última parte. Ele tem uma voz linda! Eu já tinha ouvido falar das suas capacidades vocais, mas nunca pensei que fossem assim. Ele posou a guitarra e puxou-me para ele, abraçando-me.

– Eu amo-te – sussurrou – muito mesmo – beijou-me. – Queres – mais um beijo – namorar – outro – comigo – mais um – Annelise? – assenti com a cabeça e juntei os nossos lábios novamente.

«»

Então vocês estão juntos?! Ó meu Deus isso é tão perfeito!” – Isto era o que eu previa que a Camila fosse dizer, mas em vez disso:

– Não acredito que o pãozinho do Lucas está comprometido, e ainda por cima contigo! Agora sempre que olhar para ele vou sentir-me mal! – suspirou. – Não podias ter escolhido um feioso qualquer? Só me dás trabalho, miúda… Mas enfim, conta-me como foi! – sorriu.

– Er… Bem, nós fomos p’a Guimarães como te tinha dito n’é, depois de andarmos pelas lojas e ele começou a puxar-me a torto e a direito pela cidade até ao Vila Flor, depois tapou-me os olhos e levou-me para um labirinto em forma de coração, sabes aquele coração que eles tem por causa da capital da cultura?

– Sim, sim. Continua! – sempre impaciente…

– Começou a falar que desde do dia em que entrei para a vossa turma e me sentei a beira dele que não me tirava da cabeça… E depois disse que gostava de mim – só de me lembrar da sua voz a dizer isso o meu estômago volta a contorcer-se, talvez as chamadas “borboletas”, embora a mim só me parece que o estômago se vai vomitar sozinho. – Eu disse que também… Depois disse que tinha outro plano e tirou uma guitarra de um arbusto e começou a cantar para mim, e no fim pediu-me em namoro…

– Foda-se Anne, és mesmo uma vaca sortuda! Primeiro porque ele é o Lucas, o gajo mais lindo daqui da zona, depois porque disse que te amava com todas as letras, cantou para ti, levou-te para um sítio lindo, numa espécie de encontro como acontece nas séries que vejo na tv e é lindo! Puta que pariu, eu odeio-te ok?! – a única coisa que pude fazer foi rir do seu comentário estúpido até que o Lucas nos viesse interromper.

– Camila, importas que te roube a Annelise? – sorriu para mim. – Ah, quero lá saber, levo-a na mesma – não a deixou responder, puxando-me até um sitio mais sossegado. A primeira coisa que fez assim que paramos foi abraçar-me. Já disse que adoro os abraços dele? Eu encaixo tão bem nos seus braços… – Estava morto de saudades, sabias? Tu és uma maldita que me põe a pensar em ti o tempo todo e devia odiar-te por isso – sorriu e finalmente me beijou.


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Notas finais do capítulo

Então, o que estão a achar até agora? xD
Vá, fico à vossa espera nos comentários, anjos ^^ Bejinhos ^^