Stronger escrita por Evy Chan


Capítulo 6
Versos


Notas iniciais do capítulo

Heey amores!



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Acordei com muita dor nos pulsos, abri meus olhos e estava tudo embaçado, eu só conseguia reconhecer que haviam quatro pessoas no quarto; demorou alguns segundos para que eu conseguisse ver tudo nitidamente. Assim que abri os olhos, olhei para meu pulso, ele estava enfaixado e a faixa estava suja de sangue. Eu só me lembrava de quando desmaiei, não me lembro de mais nada!

–Amber! -disse Connor me abraçando.

Jeff ficou ao seu lado e colocou uma de suas mãos em meu ombro, ele se virou para mim e disse:

–Amber, me desculpe! -ele disse fingindo se importar.

–Eu sei que você está fingindo! Não seja sínico, a esta altura todos aqui já sabem o monstro que você é! -eu disse o encarando.

Ele se virou e olhou para minha mãe, ela mexeu a cabeça concordando com minhas palavras, e então Jeff saiu do quarto. Me senti mais segura, Connor e minha mãe se olharam e por fim se abraçaram, ele sussurrou um "Já passou! Agora estou aqui!" no ouvido da minha mãe. E então eles se viraram para mim, e então Isabele começou:

–Filha, temos duas notícias para te dar! -ela disse olhando para Connor.

–Bom, a primeira é que eu sou seu pai! -disse Connor sorridente.

–E a outra... Jeff não faz mais parte de nossa família!

–É sério? Isso é o que eu sempre sonhei -eu disse sorrindo.

Ele sorriram e então Isabele saiu do quarto e foi para a sala "expulsar" Jeff da casa, Connor se sentou ao meu lado na cama e disse:

–Então agora somos pai e filha! -ele sorriu.

–Sim, pai! -eu disse com um sorriso enorme no rosto.

–Filha! -ele disse me abraçando.

–Então agora, você vai me ajudar a superar tudo isso? -perguntei.

–Claro que vou anjo! Sempre estarei disponível meu amor! -ele disse beijando minha testa.

E então ele saiu do quarto me deixando sozinha com meus pensamentos, eu estava feliz por um lado e feliz por outro... Agora eu tinha um pai, e Jeff havia saído de minha vida para sempre! Mas estava triste pelo fato de que, minha mãe escondeu isso de mim durante muito tempo! Perdi quatro anos da minha vida! Enquanto eu poderia ter simplesmente ido em busca de meu pai!

Eu pensava que tudo estava bem, mas para minha desgraça a as vozes voltaram a dizer coisas horrendas!

–Realmente a inútil aqui é você! -gritou a voz.

–Não! Não é verdade! -eu disse tampando os ouvidos com as mãos.

–Então por que não o matou? Não acabou com isso de uma vez por todas? Porque você é uma inútil! -a voz gritou ainda mais alto.

–Me deixe em paz! -eu gritei.

–NUNCA! -ela gritou me fazendo chorar de nervoso.

Me sentia uma inútil, uma completa idiota! Me levantei e olhei para a janela, eu precisava fugir daqui, fugir de meus pensamentos, não quero mais ser torturada por eles! Pulei a janela e cai na grama do jardim, isso amenizou a queda, sai correndo em direção a um tipo de floresta, corri tanto que perdi o sentido de volta, agora tudo está perdido!

–Inútil! Luca! Psicopata! -gritava a voz entre as árvores.

–Me deixe em paz, me deixe em paz! -eu gritava.

Me joguei no chão e abracei meus joelhos, eu gritava e chorava de dor, parecia que aquilo nunca iria passar, nunca iria amenizar! Meu pulso sangrava e pulsava, minha cabeça doía e meu coração estava despedaçado! O que está acontecendo comigo? O que fiz para merecer tudo isso?

Adormeci deitada no chão esperando a morte, talvez essa seja a saída mais próxima dessa vida que me perturba!Acordei com uma dor imensa de cabeça, eu sentia aquela dor me consumir, eu estava ficando louca! Eu precisava sair daqui, precisava me livrar te tudo!

Me levantei e comecei a andar, e então achei a saída, a minha casa estava á frente da floresta, eu escolhi continuar andando e nunca mais voltar para casa, fui andando pela cidade procurando um lugar seguro, mas aonde eu ia eu via perigo. Decidi voltar para casa, bati na porta e fiquei esperando, e então meu pai abriu a porta, ele me levou para dentro e então eu comecei a dizer:

–Por favor me salvem! -eu disse com um fio de voz.

–Amber nós vamos te ajudar eu sei quão horrível é sentir isso! -disse meu pai.

–Eu não aguento mais pai! -eu disse entre o choro.

Adormeci chorando e implorando para que tudo fosse mentira, eu queria amanhecer e nunca mais ouvir essa malditas vozes que insistem em me perturbar toda vez em que penso que eu estou bem, que tudo vai passar, que um dia eu serei normal!

Acordei na manhã seguinte com fome, meu estômago implorava por comida, então me arrisquei a comer, eu estava MORTA de fome! Me senti engordar, subi as escadas em direção ao banheiro e vomitei tudo que havia comido, era uma sensação de liberdade! Eu precisava daquilo, precisava me sentir bem!

Me olhei no espelho e percebi que eu estava a ponto de cometer um suicídio! Eu queria morrer naquele instante, queria desaparecer da face da Terra! Me senti pior que tudo nessa vida, a minha vida estava desabando. Meu coração está tão quebrado! Mas de tanto sofrer já me acostumei! Nesse momento tem uma frase de uma música que define meu sentimento:

"Nada mais vai me ferir, é que eu já me acostumei...Com a estrada errada que eu segui; e com a minha própria lei."

–Legião Urbana- Andréa Doria

Isso resume tudo que sinto em apenas alguns versos de uma música. Sinto que minha vida vai de mal a pior, mas para mim tanto faz! Já me acostumei a sentir a solidão, a sentir a dor que me pertence, a dor que me consome por completo!


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Notas finais do capítulo

espero que tenha gostado do capítulo!



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