The Forest City escrita por Senjougaha


Capítulo 47
Capítulo 47 - Surpreendida


Notas iniciais do capítulo

Oi coleguinhas leitores! Peço desculpas pela demora pra postar TFC, mas eu tenho um motivo BOM!
Estou escrevendo outras fics, e pra não deixar nenhuma pra trás leva tempo. Decidi avançar algumas casas na Sagira (http://fanfiction.com.br/historia/503682/Sagira/) principalmente, porque estava travada já fazia um bom tempo... Quem quiser ler minhas outras fics é só entrar no meu perfil (http://fanfiction.com.br/u/460390/) e ir em "histórias". Espero que gostem!
Também peço desculpas por esse capítulo ser curtinho, mas prometo que essa semana que vem me dedicarei TOTALMENTE à TFC!
Beijos e ta aí uma fotinha de como imagino os olhos da Sel, compensação pela demora e tudo mais, ok?



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Demorei meia hora pra sair do banheiro. Reformulando, demorou meia hora (na minha concepção de tempo) pra Yukina conseguir me tirar do banheiro.

Depois do beijo-surpresa que Daniel me deu, foi realmente muito difícil fazer meu coração parar de ameaçar sair pela boca. Quando finalmente consegui, não podia - simplesmente não conseguia - encará-lo sem corar ou desviar o olhar.

Eu estava parecendo a porcaria de uma adolescente apaixonada, daqueles típicos triângulos amorosos baratos que bombavam nas séries de TV. Do tipo que quando eu assistia, não conseguia deixar de dizer em voz alta "deixe de ser tonta, ele está cagando pra você!" ou "pare de corar assim, aquilo não foi nada!"

“Patético, Sardene”, me repreendi mentalmente pela zilhésima vez enquanto tomava sol com Solara.

Me concentrei em analisar a diferença entre nós duas. Talvez assim eu parasse de virar um tomate com sardas.

Ela estava com um sorriso tímido devido a presença de Seth ali rindo de alguma bobagem qualquer, e a brisa do mar bagunçava seus cabelos mais escuros que os meus. Sua pele bronzeada refletia o sol com perfeição, fazendo jus à analogia em seu nome e aos seus poderes de elfa. Tudo nela era belo e fazia algum sentido.

Heterocromia* não era um defeito, não em Solara.

Suspirei.

Esfreguei meus olhos que ardiam por causa da salinidade no ar e quando os abri de novo, Daniel estava me estendendo um protetor solar.

– Você não passou - ele disse, com certeza no tom de sua voz.

– Como sabe se passei ou não? - perguntei, irritada.

Ele sempre sabia de tudo sobre mim. Saber aquilo já era demais!

– Não sinto o cheiro em você - ele deu de ombros.

Como se sair cheirando as pessoas fosse algo completamente normal.

Bufei e peguei o frasco de suas mãos. Me sentei na cadeira de praia disposta ao lado da minha irmã, e passei o creme desleixadamente pelo corpo, ignorando o olhar de Daniel sobre mim. De qualquer forma, eu nunca me queimava com o sol. Minha pele pálida e quase translúcida era completamente invulnerável a raios solares.

Ouvi ele emitir um som de irritação e agarrar o protetor das minha mãos.

– Faz direito, Selene - ele grunhiu e começou a esfregar o que eu havia espalhado errado.

Me sentei, tensa. Não que eu não estivesse gostando, eu estava e muito. Mas Daniel e eu nunca fomos de contatos físicos e aquilo foi uma total surpresa.

Assim como o beijo.

Balanço a cabeça, tentando afastar o pensamento que ameaçava vir.

– Selene, eu... - Yukina começou, mas parou ao notar o que estava acontecendo.

Estancou no lugar onde estava e com uma constelação em cada olho, fez um "troféu joinha". Depois, saiu correndo, voltando para onde estava com a intenção de não interromper qualquer acontecimento histórico.

Revirei os olhos. Até mesmo Yukina sabia e confessava em atos que minha vida amorosa era uma merda.

Soltei um resmungo qualquer, que fez Daniel parar de espalhar o protetor nas minhas costas e se sentar por perto, mas mantendo uma distância significativa.

"O que foi, Selene?", ele perguntou em minha mente.

"Nada", respondi e lhe lancei um sorriso sincero.

E era verdade. Realmente, era nada.

Ouvimos um grito animado e surpreso de Yukina vindo do outro lado do barco e fomos correndo ver o que era.

No mar, caudas reluzentes apareciam e sumiam de repente, feito peixes gigantes. Quando eu ia perguntar o que era aquilo, uma humanóide pulou fora d'água e sorriu sedutoramente para Seth, que observava tudo com uma expressão divertida, do tipo que sabia exatamente que aquilo aconteceria.

A criatura era significantemente bela. Tinha cabelos prateados e olhos vermelhos. A pele era tão pálida quanto a minha, mas úmida. Ela abriu a boca e dela veio um som qualquer, mas hipnótico. Ela podia estar mandando nós irmos nos foder, e ainda assim estávamos hipnotizados. Pelo menos eu estava.

Porque tipo...

Era uma sereia.


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Notas finais do capítulo

Heterocromia*: é uma anomalia genética na qual o indivíduo possui um olho de cada cor. - Amado Wikipedia Pra Vocês! ♥



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