Uma Detenção Reveladora escrita por Sandra Longbottom


Capítulo 1
Uma Detenção Reveladora




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Nota da Autora:

1) Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling e a Warner Bros. Entertainment Inc. Essa fanfic não tem nenhum fim lucrativo, é pura diversão.
2) Contém Slash (relação Homem x Homem), portanto se você não gosta ou se sente incomodado com isso, é simples: Não Leia.
3) Minha primeira fanfic com esse casal. Espero que gostem. Bjs :D

Uma boa leitura a todos ^^

 

S.L. 

A Segunda Guerra Bruxa tinha, para alívio de muitos, terminado finalmente, e Voldemort tinha sido destruído, graças a Harry Potter e à coragem de muitos bruxos, que lutaram bravamente contra as Trevas. Tinham sido tempos sombrios, de medo e terror, onde não se podia sair de casa sem se saber se regressaria para junto de suas famílias, não se podia confiar em ninguém. Qualquer um podia ser o inimigo. Uma guerra, não muito longa quanto a primeira, mas que tinha trazido tantas mortes, dor e sofrimento. Os Comensais da Morte que sobreviveram foram julgados, toda a fortuna de sua família lhes foi confiscada, e presos para sempre em Azkaban.

Snape, que tinha sido descoberto com vida na Casa dos Gritos, poderia ter tido o mesmo destino se Potter não tivesse mostrado suas memórias ao Wizengamot, que comprovaram sua inocência. Depois de semanas em St. Mungus, recuperando da mordida de Nagini, a diretora Mc Gonagall lhe propôs que voltasse a lecionar Defesa Contra as Artes das Trevas, mas ele recusou e pediu o cargo de Poções. Quando os alunos e o corpo docente de Hogwarts souberam da notícia, ficaram em choque, pois pensavam que ele voltaria para esse cargo, já que ele o tinha ambicionado durante tantos anos.

Hogwarts, com a ajuda de professores, alunos, habitantes de Hogsmeade e funcionários, conseguiu reabrir no primeiro de setembro. Snape decidiu não comparecer à Seleção das Casas e, sozinho em seu gabinete, organizou sua primeira aula de Poções, que seria com os sétimos anos. Era estranho para o homem, que tinha sido espião por mais de dezessete anos, que agora estivesse livre.

De manhã, Snape acordou e foi confirmar em seu horário com quem teria sua primeira aula. Viu, de cenho franzido, que teria Gryffindors e Slytherins. Colocou a mão em sua têmpora e suspirou, pressentindo que a aula não iria correr bem. Potter, possivelmente tentaria falar com ele sobre Lily e ainda tinha Longbottom, que poderia explodir um caldeirão e enviar todo o mundo para a enfermaria. Se lembrou do rosto do garoto que, ano passado, sempre o olhava com ódio e que o tentava destabilizar. Mas Severus, em vez de sentir raiva de Longbottom, admirou sua coragem e essa admiração, aos poucos, se tornou em amor.

Mas o Mestre de Poções sabia que o Gryffindor nunca andaria com um ex – Comensal da Morte frio e sarcástico como ele. Longbottom era demasiado certinho para andar com uma pessoa cruel, que já tinha feito sua vida e a vida de seus colegas um inferno. Suspirou, enquanto guardava os apontamentos da aula em sua pasta e decidiu tomar um banho de água fria. Precisava de tirar o garoto de sua mente. Ele seu perguntava constantemente como se tinha apaixonado por Longbottom, mas se lembrava de seu jeito tímido, de seu rosto ruborizado quando realizava uma poção e achava encantador. Entrou na banheira e, ao ligar a água fria, estremeceu, como se tivesse levado um choque. Tomou uma ducha rápida, tentando esfriar a cabeça e afastar aqueles pensamentos. Se não se controlasse, acabaria por fazer uma loucura. Longbottom seria sua perdição. Saiu do banheiro, se limpou e retirou do armário uma camisa azul escura e umas calças pretas. Vestiu sua capa negra, calçou os sapatos e saiu do quarto. Passou por seu gabinete e abriu a porta, saindo para os corredores. Alguns alunos da sua Casa passavam por ele e conversavam em voz baixa, seus rostos pálidos e franzidos de preocupação. Snape sabia que era devido à situação de seus pais. Muitos tinham sido Comensais e estavam presos, deixando algumas crianças ao cargo de familiares. Em passos lentos, se dirigiu para o Salão Principal. Os quadros olhavam para ele e comentavam entre si. Incomodado, ajeitou a gola da camisa, tapando a cicatriz que tinha no pescoço, e apressou um pouco um passo. Ele detestava essa cicatriz, o fazia lembrar Nagini e tudo o que tinha feito durante aquela guerra.

Entrou no Salão Principal, que estava cheio, e os alunos se viraram em sua direção. Sussurravam entre eles, mas o homem nem queria saber. Seus pensamentos estavam distantes, pensando na Guerra, em Lily, Dumbledore, Longbottom…

Se dirigiu para a mesa dos professores e se sentou. Nunca pensou que voltaria a se sentar naquela mesa. Pegou em uma xícara de café preto e umas torradas, começando a comer. Escutou a voz da diretora o cumprimentando:

— Bom dia, Severus. Tudo bem com você? – Snape olhou para cima e viu Minerva, que lhe sorria. Ela tinha na mão uma xícara quase vazia de chá morno.

— Tudo ótimo, diretora. – Respondeu ele, roucamente. Com a mordidela da serpente, suas cordas vocais tinham ficado um pouco danificadas. O homem continuou, com ironia – Sobrevivi para continuar a dar aulas a essas cabeças ocas. Estou muito feliz.

A diretora colocou a mão no ombro dele, que retesou com o toque. Vendo seu desconforto, Minerva retirou a mão e se desculpou:

— Me perdoe por ter falado assim, Severus. Foi sem intenção. - Puxou a cadeira, se sentando ao lado dele e perguntou:

— Porque não veio à Seleção? – O professor bebeu um pouco de café e admitiu:

— Eu não tive… – Baixou o olhar e continuou – coragem para vir. Muitos alunos não estão mais aqui e…não me sentia bem…depois de tudo o que aconteceu…

Snape não conseguia arranjar as palavras certas para demonstrar o que sentia, mas Minerva compreendeu o que ele queria dizer. Observou seu colega com atenção, percebendo a dor em sua voz, e disse:

— Eu compreendo. – A diretora olhou para a frente e comentou, franzindo sobrolho, um pouco confusa:

— Potter está constantemente olhando para você.

— Deve querer conversar sobre Lily. – Resmungou Snape, enquanto erguia o olhar fitava Potter. O garoto, percebendo o olhar dos professores sobre si, sorriu para eles e se virou para seus amigos e sua namorada, Ginny, voltando a conversar.

— É natural que deseje saber tudo sobre ela. Ele não conheceu a mãe. E você agora poderia ser mais gentil com ele. Com certeza se apercebeu que ele não é como James. – Comentou Minerva, carinhosamente, bebericando o resto do chá. Snape não lhe respondeu, fitando sua xícara, pensativo. Essas eram as mesmas palavras que Dumbledore sempre lhe tinha dito. Acenou afirmativamente com a cabeça e a diretora sorriu:

— Alguma coisa, venha ter comigo para conversarmos. Estarei sempre disponível para você. – Pousou a xícara na mesa e se levantou da cadeira, enquanto observava a postura rígida de seu colega. Severus balbuciou, em voz baixa:

— Obrigado, Minerva. – A diretora sorriu, apertando carinhosamente o ombro, e se afastou. Snape bebeu o resto de seu café e se ergueu. Alguns alunos também estavam começando a se levantar e se dirigiam para suas aulas. O professor caminhou em direção às masmorras e foi para seu gabinete, sua mente perdida em pensamentos. Entrou no gabinete e pensou: "Como será minha vida agora?".

Sempre tinha pensado que morreria na guerra, mas tudo tinha dado errado. Agora se sentia perdido, não sabendo o que fazer de sua vida. Com um suspiro, pegou em seus materiais e saiu do gabinete. Se dirigiu para a sala e viu os alunos, aglomerados à frente da porta, o esperando enquanto conversavam. Trocou um olhar rápido com Draco, que estava pálido e tenso. O garoto tinha conseguido ficar em liberdade, tal como Narcissa, mas Lucius não. Sua família tinha perdido grande parte da fortuna e o nome de sua família era desprezado pela sociedade.

Abriu a porta da sala, sendo imediatamente inundado por memórias. Fechou sua mente e se dirigiu para sua escrivaninha. Pousou os materiais e afastou a cadeira, se sentando e esperando que seus alunos ficassem em silêncio. Os alunos arrastavam as cadeiras e, aos poucos se sentaram. Snape olhou para cada um deles. O trio de ouro estava sentando à sua frente, e observava o professor com atenção. Quando todos se sentaram e a sala ficou silenciosa, Snape falou:

— Tenho certeza que todos sabem de minha história. – Os alunos ouviam com atenção o que Snape dizia – Mas isso não lhes dará o direito de se armarem em espertinhos. Quero que me respeitem como sempre fizeram e não serei indolente nas detenções.

Os alunos continuaram em silêncio, observando com atenção o professor, e Snape sentiu que eles estavam ansiosos por lhe fazer perguntas. Mas não lhes daria esse gostinho.

— Bom, abram o livro na página dez e façam a Poção Wiggenweld (1). – Escutou alguns murmúrios descontentes, mas continuou – A poção Wiggenweld tem o poder de restaurar as forças de uma pessoa que está demasiado fraca ou que está doente. São essas poções que vocês tomam quando estão doentes e vão à enfermaria. – Falou o professor e ordenou – Agora, façam!

Os alunos abriram os livros enquanto soltavam muxoxos de tristeza. Estavam ansiosos que o professor lhes contasse suas histórias. O som de cadeiras rangendo rapidamente ecoou pelo local e Snape pegou em um livro de Poções Avançadas e começou a ler.

Quando fumaças começaram a sair dos caldeirões, Snape largou o livro e começou a andar pela sala. Alguns alunos ainda tinham dificuldades em Poções, mas a maioria se esforçava. Seu olhar foi para Longbottom. Reparou que o garoto estava mais bonito. Tinha deixado crescer o cabelo e tinha arranjado os dentes. Tinha um pouco de barba espalhada pelo rosto e os músculos estavam visíveis em seu uniforme. Longbottom ergueu a mão e Snape reparou que ele tinha um Bezoar. O Professor ficou horrorizado e se lembrou do que aconteceria se a pedra fosse colocada na poção. A poção iria...

— NÃO! – Gritou o professor, roucamente, enquanto erguia sua varinha e lançava um feitiço protetor nos alunos. O caldeirão explodiu, fazendo um estrondo enorme e expeliu grande parte de seu conteúdo. O professor percebeu que, felizmente, ninguém tinha sido ferido, simplesmente todos estavam assustados. Estreitou os olhos para Neville, que olhava horrorizado o conteúdo saindo do caldeirão, tal como a fumaça negra. Esperou um pouco e, percebendo que já era seguro, retirou o feitiço.

— Seu idiota! – Gritou Snape, descontrolado, enquanto avançava para Neville, que se tinha virado para o professor e estava pálido de medo – Você não leu as instruções!? Era para colocar a casca de Wiggentree, não um Bezoar! Esse ingrediente nem está na poção!

Neville tremia de medo e não era o único. Snape estava uma fera e estava com a varinha na mão, que soltava faíscas vermelhas.

— A gente podia ter morrido! Cinquenta pontos para os Gryffindor por sua estupidez. – Falou Snape, seus olhos negros faiscando de raiva. Os alunos ficaram indignados, mas não tiveram coragem de refutar o professor – E vai ter detenção comigo hoje á noite! Às nove!

Snape respirou fundo, sentindo sua garganta doendo. Olhou para os alunos e disse:

— Podem sair. – Os alunos fitaram o professor, chocados e ele repetiu a ordem:

— Saiam imediatamente! - Os alunos obedeceram de imediato: limparam os caldeirões, arrumaram os ingredientes e saíram. Snape, vendo que estava sozinho, se sentou na escrivaninha e pousou a cabeça nas mãos, tentando se acalmar. Se a primeira aula tinha acabado assim, ele nem queria que as outras começassem.

O resto da manhã correu normalmente, para seu alívio. Toda a escola já sabia do ocorrido e fazia de tudo para não importunar o professor. Minerva, ao almoço, foi conversar com Snape e ele lhe contou o ocorrido. No final, admitiu:

— Não devia ter voltado. – A diretora olhou tristemente para o colega e disse:

— Você faz muita falta aqui, Severus. Mas precisa de ter calma, por sua saúde. – Snape suspirou e disse:

— Ainda bem que não tenho mais aulas. Vou descansar. Até logo, Minerva. - A diretora abriu a boca para falar, mas logo a fechou. Snape saiu do Salão Principal, sentindo os olhares dos alunos sobre si, e avançou até às masmorras. Os alunos passavam por ele e se desviavam. Se dirigiu para seu dormitório e se deitou na cama. Nem se deu ao trabalho de afastar os lençóis e dormiu de imediato.

OoOoO

O professor acordou estremunhado e bocejou, enquanto se erguia. Olhou para o relógio, que tinha em cima do criado mudo e percebeu que eram oito da noite. Se espreguiçou e saiu da cama. Ajeitou suas vestes, pegou na varinha e arrumou o quarto. Chamou um elfo e, quando ele apareceu, disse:

— Quero o jantar.

— Com certeza, professor Snape. – Respondeu o elfo e desapareceu com um “pop”. Snape se dirigiu ao armário de ingredientes e pegou em um frasco com uma poção calmante e bebeu. Mesmo tendo dormido a tarde toda, não se sentia completamente recuperado. O elfo apareceu à frente dele e colocou o prato e os talheres em cima da mesa e desapareceu. O professor pegou em uma garrafa de Uísque de Fogo, se sentou e começou a jantar. Ele só esperava que fosse uma detenção tranquila, sem incidentes.

Quando terminou de jantar, olhou para o relógio que tinha pregado na parede e viu que faltavam dez minutos para seu aluno chegar. Chamou o elfo, que apareceu com um suave “pop” e lhe mandou arrumar tudo. O elfo obedeceu e ele se dirigiu para o gabinete. Se sentou na cadeira e pegou, em cima da escrivaninha, no livro de Magia Negra que estava lendo antes da batalha final e continuou a ler. Pouco depois, bateram à porta e Snape olhou para o relógio, vendo que eram nove da noite.

— Entre. – Disse, roucamente. Neville abriu a porta, timidamente, e perguntou:

— Posso entrar, professor?

— Sim, Longbottom. – Disse Snape. O garoto entrou e fechou a porta. Ficou parado, esperando por ordens. Snape pousou o livro e ordenou:

— Você vai repetir a Poção Wiggenweld. - Neville estremeceu, se lembrando do incidente de manhã, mas nada disse. Abriu seu livro de Poções e se dirigiu para o armário de ingredientes, pegando no que necessitava. Colocou o caldeirão no meio da sala, os ingredientes em cima de uma bancada e começou a organizar por ordem. De vez em quando suspirava e fechava os olhos, tinha medo de falhar novamente. Suas mãos tremiam, enquanto cortava os ingredientes. Snape observava atentamente cada movimento de seu aluno, com a varinha ao seu lado, pronto para qualquer acidente. De repente, Neville soltou um gemido e largou a faca, que caiu com um baque surdo no chão, colocando o dedo na boca. Snape se levantou de imediato, contornou a escrivaninha e se aproximou rapidamente do Gryffindor.

— Me dê sua mão. – Ordenou e Neville retirou o dedo de sua boca. Com timidez, entregou sua mão a Snape, que começou a realizar feitiços curativos no dedo ferido. O garoto ruborizou ao sentir o toque frio do professor, mas nada disse. Por fim, quando o dedo não sangrava mais, Neville retirou a mão delicadamente do agarre de Snape e sorriu para ele.

— Obrigado. – Agradeceu, timidamente. Snape sorriu internamente ao ver o sorriso de Longbottom, mas disse simplesmente:

— Para a próxima tenha cuidado. Você poderia ter-se machucado seriamente. – Snape ia se afastar, quando Neville agarrou sua mão e ambos estremeceram com o toque. Se olharam nos olhos e o mais velho viu que os olhos castanhos de Neville brilhavam intensamente. Nunca os tinha visto tão brilhantes. O Gryffindor ficou envergonhado com seu ato, mas Snape percebeu como sendo um incentivo. Sem se conter, aproximou seus lábios dos de Neville e o beijou carinhosamente. O Gryffindor estremeceu e abraçou o professor, aprofundando o beijo. Suas línguas se tocavam harmoniosamente e os dois homens se agarravam desesperadamente. Quando ficaram sem ar, se afastaram aos poucos e Snape, se apercebendo do que tinha feito, arregalou os olhos, horrorizado, e sussurrou:

Merlin, que é que eu fiz?

— Nada que eu não quisesse, Snape. – Admitiu Neville, com um sorriso bobo em seus lábios. O professor fitou o aluno, com uma sobrancelha arqueada e lhe perguntou:

— Alguém lhe deu o direito de me chamar de Snape. É professor Snape, Longbottom. – Frisou. Neville riu, um riso gostoso que quase fez Snape rir junto. O Gryffindor olhou para o professor e falou:

— A gente acabou de se beijar, e você quer que eu o continue chamando de professor? - Snape ruborizou e Neville, cativado com sua reação, tocou com sua mão na bochecha do professor, que fechou os olhos com o toque.

— Longbottom… – Começou Snape, temendo um descontrole de sua parte, mas foi interrompido pelo mais novo, que pediu:

— Me chame de Neville, por favor. – Severus hesitou, era errado se envolver com um aluno, mesmo sendo maior de idade, mas ele se sentia enfeitiçado por ele. Hesitou, mas disse:

— Me perdoe, Neville. – Longbottom sorriu e Snape continuou – A gente não se devia ter beijado. Eu sou um professor e você um aluno, e…

Mas foi novamente interrompido pelo Gryffindor, que lhe deu um selinho nos lábios, e admitiu:

— Eu te amo. Eu sei que não devia, mas eu te amo, e muito. – Snape arregalou os olhos, admirado com a sinceridade de seu aluno – Você sempre foi muito cruel com todos os alunos, principalmente comigo, mas eu percebi que você, de alguma forma, se preocupava com seus alunos. Tentava que a gente aprendesse e, ano passado, nos protegeu contra os Carrow, impedindo que muitos não fossem torturados. Você foi muito corajoso em enganar Voldemort durante todo esse tempo. - Snape estremeceu com a menção do nome do Lord das Trevas, mas continuou ouvindo – Você fez de tudo para se redimir de seus erros, e é por isso que te amo, Severus.

Snape sentiu seu coração batendo mais forte com a declaração. Não sabia o que dizer. Tinha tanta coisa para dizer a Neville, que não sabia por onde começar. Se lembrou de lhe ter chamado de idiota na aula e falou:

— Me desculpe por ter chamado você de idiota, Neville. Você não é nada disso. Você provou a toda a gente que pode ser muito corajoso. Você me desafiou muito ano passado, se meteu em muitos problemas e foi torturado mas mesmo assim, não desistiu. É por isso que eu amo você. Pela sua capacidade de perdoar os outros e de querer fazer o que é certo. – Neville sorriu, emocionado, e se atirou a seus braços. Severus entrelaçou seus braços na cintura do mais novo, sentindo o odor a plantas que ele emanava.

— Não importa. – Ouviu Neville dizer – É passado, e eu sei que está arrependido.

Snape percebeu que Neville não era só corajoso, mas também era bondoso. Apertou o mais novo contra si, que estremeceu de desejo e o beijou, se sentindo, pela primeira vez, amado.

FIM

 

Nota da Autora: 

Oi! Essa é minha primeira fic com esse casal. Espero que gostem. Snape e Neville ficam tão fofos juntos, que eu não sei como existem tão poucas fics deles. Espero que gostem. Reviews são bem-vindos. Bjs :D
—x-
(1) Wiggenweld poderá significar Força Soldadora ou Aquele que Solda a Poção da Força. Etimologia retirada de: http://pt-br.harrypotter.wikia.com/wiki/Po%C3%A7%C3%A3o_Wiggenweld;

O conteúdo da Poção foi retirado de: obruxoeleitoharrypotter.blogspot.pt/2010/10/pocoes-ingredientes-e-tipos


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