Confusions In The Enchanted World escrita por Catnip


Capítulo 15
Armários, fugas e arrependimentos


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey, hey!!!
Gostava que não tivesse passado tanto tempo, mas mesmo assim não foi das minhas maiores demoras :P
Quero antes de mais fazer um especial agradecimento à Penny Chan, que recomendou a fic!!! Dedico-te o capítulo, a fic e o mundo inteiro por seres uma leitora tão querida e fiel :3
Este capítulo é bem mais pequeno que o costume (e tenho medo que não esteja muito bom. Acho que alguma partes estão um pouco mal explicadas mas não consegui fazer melhor), visto que é apenas um pov (mesmo assim é o pov mais longo que já escrevi para esta história). Resolvi postar um capítulo mais pequeno para saber a vossa opinião: capítulos deste tipo provavelmente sairiam mais depressa, pois demoram menos tempo a ser escritos. Além disso dão-me a oportunidade de me focar só suma personagem num capítulo, em vez de os obrigar a dividir as atenções.
A desvantagem é que os capítulos seriam um pouco mais pequenos (por volta das 1500 palavras como este).
Quero saber a vossa opinião depois. Para já boa leitura e espero sinceramente que gostem ^^



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Katherine Frost

É impressionante a quantidade de desgraça que pode acontecer num espaço de vinte minutos. A começar pela cerveja derramada no meu vestido e a terminar na mansão Safiris em cinzas, acho que todos concordamos que a noite da festa deve ter sido uma das mais catastróficas deste ano.

Claro que o fogo não é nem de perto a maior catástrofe da noite. Pelo menos não para mim.

Naquela noite aconteceu algo que me magoou muito mais do que qualquer incêndio poderia ter feito.

Flashback

Porque é que o Caleb não está em lado nenhum? É a festa dele, era suposto ele ser o centro das atenções, não andar desaparecido como se tivesse sido trancado num armário ou coisa do tipo.

O meu estado impaciente é justificado pelo facto de eu estar no meio de uma multidão eufórica, há já uma meia hora, ainda sem qualquer tipo de sucesso em encontrar o anfitrião da festa/a minha paixão desde os dez anos de idade (porque até aos nove eu ainda achava que os rapazes eram criaturas estúpidas quase alienígenas).

Bufo depois de um idiota qualquer me dar um encontrão, (que praticamente me deixa estendida no chão), controlando-me ao máximo para não lhe gritar algo mal-educado.

– Kath?

Viro-me ao ouvir o meu nome e percebo que o ‘‘idiota’’ é nada mais nada menos que Jake Hot. Perdão, Hood.

– Desculpa lá isso – diz, referindo-se ao facto de quase me ter atropelado com os seus 1,80cms. – Estou um bocado tonto – sorri divertido apontando para o copo vermelho de papel que segurava na mão. – Queres? –estende-me o copo.

‘‘Nada de álcool!’’ Ouço a voz autoritária da minha mãe gritar na minha cabeça.

– Não obrigado. Não é muito a minha cena – respondo, esperando não parecer mariquinhas por não beber.

Jake encolhe os ombros e dá um gole da sua bebida.

– Ah…por acaso não sabes onde está o Caleb? Ando à procura dele para lhe dar isto mas não o encontro em lado nen…

– Ele está lá em cima com uns amigos. Eu levo-te lá – diz simpático dirigindo-se às enormes escadas do salão.

Sigo-o pela escadaria e pelos corredores morbidamente decorados até chegar mos à sala de estar do piso de cima, onde várias pessoas de idades próximas há minha se encontravam espalhadas pelos sofás.

Ninguém faz grande alarido pela nossa entrada. Continuam apenas nas suas conversas como se nada tivesse acontecido.

Reconheço Sophie McRoyal, da minha aula de Estudo dos Gnomos, e qual não é o meu espanto ao reparar que está sentada no colo de um rapaz que nunca vi na vida, com ar de universitário. Ambos ocupam a horrenda poltrona de pele de urso entre os dois sofás, e parecem estar tão entretidos um com o outro que nem se apercebem que eu e Jake entrámos.

No sofá de dois lugares encostado à janela, está Killian Smith, o pianista do baile de debutantes, com a maior cara de aborrecimento que já vi na minha vida. Ao lado dele James Notre Dame fala sem parar sobre algo que de certeza não tem qualquer interesse.

Porque é que a Hannah não consegue arranjar namorados decentes?

E por último, no sofá maior estão Clary Torkin, que sinceramente não me parece muito sóbria, a julgar pela maneira como se inclina para cima do Sam, e se ri escandalosamente mesmo na cara dele. Pobre coitado, ele detesta festas. O que se dirá sobre miúdas chatas com riso de hiena.

Espera um minuto. O que é que o Sam está aqui a fazer?! Ele disse que não vinha! Até lhe tinha pedido boleia (=carona) e ele disse que não podia porque NÃO VINHA!! E agora está aqui?

Bom saber que posso contar sempre com os meus amigos. Primeiro a Hannah, agora o Samuel.

Jake tira-me do meu transe de observação e indica-me uma cadeira para me sentar. Ele, ao contrário de mim dirige-se ao armário no fundo da sala, ao lado da lareira que está de frente para os sofás e diz:

– Já está na hora pombinhos! – Grita, abrindo as portas do móvel de rompante.

E aí percebo porque é que Caleb não estava à conversa com os outros no sofá, como eu esperava quando Jake disse que me levaria até ele. Estava demasiado ocupado a engolir a boca da Era Mohamed e a apalpar-lhe o rabo.

Bem-vinda aos ‘‘Sete Minutos no Paraíso’’ Katherine.

Flashback off

E aqui estou eu. Enfiada em casa com a minha roupa mais ‘‘confortmorosa’’ (confortável+glamorosa), a deprimir numa tarde de domingo, ao som de Tyra Sweet.

Ainda não decidi se o pior foi ver o Caleb sair do armário com aquela piranha, ou o arrependimento que sinto pela forma como agi a seguir.

Acreditem que não me orgulho mesmo nada do que fiz. Nada.

Mas agora já não há volta a dar e isso está a dar cabo de mim.

Eu sei que ninguém me obrigou a ser estúpida e a sentar-me e jogar com eles. Mas eu estava mais que magoada. Estava furiosa. A única coisa que me passou pela cabeça foi fazer o Caleb pagar na mesma moeda. Por isso, tentei fazer-lhe ciúmes.

Ou seja, girei a garrafa para ver com quem é que eu ficaria trancada durante ‘‘Sete Minutos no Paraíso’’.

Flashback:

– Killian! – Exclama Jake com entusiasmo – um homem de sorte!

Killian está com ar de quem vai vomitar a qualquer momento. Levanta-se enquanto eu faço o mesmo. Ambos dirigimo-nos para o armário de onde o casal anterior tinha também saído.

Killian entra e eu sigo-o, olhando para fora uma última vez antes das portas se fecharem, mesmo a tempo de ver o olhar fulo do Safiris sobre nós.

Encosto-me na lateral do armário, e o loiro faz o mesmo, ficando de frente para mim. Pelo menos é o que presumo pois a total escuridão não me deixa confirmar.

– Então… - começa visivelmente embaraçado – tudo bem?

– Sim – digo baixinho – e contigo?

– Também.

Passa-se um minuto e nenhum de nós diz nada.

Sinto-me tremer enquanto tento controlar a minha respiração. Killian não parece ser esse tipo de rapaz, mas não consigo deixar de pensar que pode saltar para cima de mim a qualquer momento. Imagino se terá sido isso que Caleb fez. Atacou a Era assim que se fez escuro? Ou terá sido ela a avançar primeiro? Ela é bem fresca, por isso não me admirava nada. Mas, mesmo que esse fosse o caso, Caleb com certeza correspondeu.

Esta imagem faz as minhas pernas vacilarem.

– Quem me dera que tivéssemos luz – desabafo.

Ouço Killian mexer-se, e segundos depois a luz do telemóvel dele liga-se, iluminando o espaço o suficiente para podermos ver a cara um do outro.

– Hey – diz apontando o ecrã para o meu rosto – estás bem?

Começa-me a faltar o ar. Detesto espaços apertados.

O Smith à minha frente dá um passo na minha direção enquanto eu solto um gritinho e encolho-me no chão do móvel cada vez mais desesperada.

Por que é que fizeste isto a ti própria Kath?!

– Katherine? – Chama tocando levemente no meu ombro.

E este é o meu limite.

– Deixem-me sair! – Grito batendo na porta depois de me levantar – Deixem-me sair!

Ouço passos apressados do lado de fora e a porta é aberta de rompante cegando-me por momentos.

Caleb agarra na minha mão e puxa-me para si, mas não lhe dou tempo para isso pois fujo pelo corredor e tranco-me na casa de banho (NA: uma casa de banho é como chamamos o banheiro em Portugal ;) ao lado do quarto da Hannah.

Sento-me sobre o tampo da sanita, com os cotovelos sobre os joelhos e a cara enterrada nas minhas mãos.

Alguém bate na porta com força e diz a seguir:

– Kath! Kath abre a porta! – Pede Clary com uma voz suplicante.

Não respondo.

– Por favor, o Caleb está quase a matar o Smith. – desta vez parece aterrorizada.

Levanto-me resignada, limpando as lágrimas da cara (nem sei quando é que comecei a chorar). Abro a porta, e vou determinada em direção a Caleb que tinha encostado Killian à parede e olhava para ele como se estivesse a olhar para um pedófilo.

– O que é que lhe fizeste?! Seu cabrão tarado, o que é que lhe fizeste?!

– Caleb larga-o. – A minha voz não sai muito firme.

Pergunto porque é que ninguém faz alguma coisa para os separar. E depois reparo que há minha volta só estão raparigas (NA: para quem por vezes tiver dúvidas, quando me refiro a uma rapariga é como se estivesse a dizer garota ou menina. Não tem qualquer sentido negativo) e o universitário com cara de retardado. Nem sinal de Jake ou dos outros rapazes.

– Caleb. – Digo com firmeza tocando-lhe no ombro – larga-o, ele não tem culpa nenhuma – digo olhando nos olhos de Killian, pedindo-lhe desculpa silenciosamente.

O Safiris larga o pianista relutante, virando-se para mim confuso.

– Então o que raio é que aconteceu? – Pergunta irritado, exigindo uma explicação. Mesmo não estando assim tão próximo de mim sinto o hálito de bebida na boca dele.

– Eu…- começo mas não sei como explicar. Como explicar-lhe que gosto dele? Principalmente agora que o vi a sair do armário com a Era. Depois de me ter comportado da maneira como me comportei. Como é que lhe posso explicar em frente a uma trupe de desconhecidos, que gosto dele desde sempre?

Fujo pela segunda vez na mesma noite.

Flashback off

E pronto. Isto foi uma noite na vida de Katherine Frost, a maior idiota, cobarde e imatura de todos os tempos.

Odeio-me a mim própria com todo o meu coração neste momento.


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Notas finais do capítulo

Então, como ficou?
Acho que a Katherine anda a sair um pouquinho da casca, mas sendo ela melhor amiga da Hannah Safiris era de se esperar que houvesse algo mais impulsivo nela. Mesmo assim tenho pena pela situação dela. Parece que está tudo fora de controle.
HUm, eu fiz ma pequena referência à cantora Tyra Sweet pois queria mostrar que os músicos e livros e etc, do mundo encantado são versões ''alternativas'' daqueles que temos no mundo real. (Tyra Sweet seria a Taylor Swift - a cantora favorita da Kath ;).
Umas coisas sobre as quais estou curiosa: quem é o vosso personagem favorito, e de quem é que gostam menos? Quais são os vossos principais ships aqui da fic? E qual é o vosso favorito?
Se quiserem passem no meu polyvore: http://catnip-rose.polyvore.com/ Criei alguns sets das nossas meninas (dá-me inspiração para escrever), nomeadamente o da Katherine deste capítulo e o da Lena do anterior.
É tudo por hoje. Até ao próximo ^^

PS: Tenho saudades dos teus maravilhosos comentários Sofia, Filha de Atena :(



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