Os melhores dias da minha vida escrita por Bi Styles


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Em meio a pedidos, farei capítulos menores. Não começará por este, mas espero que leiam e gostem. Recomendem para seus amigos (:



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Era cerca de 3 horas da tarde. Um dia antes do meu aniversário de 14 anos. Eu, assim como os demais alunos da minha classe, estava no laboratório tendo aula de química.

Formávamos grupos de três. Eu, Chloe e Malu eram um. August estudava com a gente (ele era atrasado), éramos até amigos, mas ele preferia ficar com os seus amigos. O.k., nesta época eu já tinha uma queda por ele. Também, quem não teria. Com seus olhos castanhos fazia o mundo parecer bem melhor. Seus cabelos pretos , eram e ainda são curtos. Sua pele branca bronzeada do sol... Isso fazia qualquer menina pirar. Mas, adivinha só quem era o melhor amigo dele? Brandon. Pois é, vejam como o mundo dá voltas. July já tinha uma queda secreta por ele, só que ele não percebia. Não percebeu até namorar comigo e me trair com ela e... Bem, enfim. Aquelas misturas todas, as conversas bobas e a cara linda do August misturando os matérias fez meu mundo girar. Girou, girou, até que ficou tudo escuro. E, sim. Sempre fui de desmaiar por nada.

Quando acordei, estava na enfermaria. Tomava um soro e tinha alguém sentado do meu lado. Cocei meus olhos e vi que era o August. Me levantei e falei, meia boba:

–O que eu estou fazendo aqui?

Ele se virou rapidamente e pude ver o brilho nos seus olhos.

–Finalmente acordou! –ele falou e se levantou. Caminhou em minha direção e sentou na beirada da cama. –Tá tudo bem?

–Sim. –fiz uma pausa. – O que eu estou fazendo aqui?

–Você simplesmente desmaiou. Eu fiquei preocupado srta.Bela Adormecida.

–Eu o quê? Repete. –falei entre dentes. Ele era o menino mais irritante que eu conhecia. Vai ver que foi por isso que tinha uma queda por ele.

–Srta.Bela Adormecida. –ele repetiu e eu trinquei os dentes.

–Nunca gostei de aula de química. Agora que não vou gostar. –falei e olhei para ele. –E porque você está aqui, e não minhas amigas?

–Digamos que elas querem concluir o trabalho.

–Elas não quiseram vir? Que raiva! –falei e baixei a cabeça.

Quando ele viu que estava prestes a chorar, ele se aproximou de mim e, com seu dedo indicador e o polegar, subiu meu rosto. Uma lágrima desceu do meu olho esquerdo.

–Hey, não precisa chorar. Pode não ser grande coisa, mas eu estou aqui. As meninas irão concluir o trabalho para que você não perca nota.

–E quanto a você? Não estava fazendo trabalho? –falei suavemente.

–Ah, o Brandon dá conta. Ele é bom em física. –ele respondeu e tirou os dedos do meu queixo. Ele se aproximou mais, mais e mais. Ficamos cara a cara. Nariz com nariz. Desta vez, eu me aproximei e demos um beijo.

Para eu ser franca com vocês: eu ainda era BV. E isso quer dizer que eu nunca tinha beijado. Todos pensam que o primeiro beijo é o pior de todos, o cara tá com bafo e tals. Mas o meu não. Foi um beijo tão bom que eu gostaria de repeti-lo sempre que possível. Seu hálito cheirava á melão. Deve ter sido uma bala. Foi bem suave, de modo que nem havia percebido que o sino tocara e estava na hora de ir para casa.

No dia seguinte, ele me deu os parabéns e marcamos de sair de noite. Lá no restaurante (esqueci o nome) ele me pediu em namoro e eu aceitei.

Namoramos cerca de 7 meses , até que ele teve de se mudar para o México. O motivo? Seu pai era juiz, de modo que tinha de ir para onde seus superiores mandavam. Mas eu fiquei tão triste, tão abalada, que não quis festa de 15 anos. O por quê era bem claro: se August não pudesse vir, eu não faria. E, é claro que ele não viria. Os pais não deixariam.

***************

Voltando ao presente, percebi que ele me olhava. Saí de meu transe e o encarei também.

–O que foi? –perguntei, depois de um tempo.

–Só estou te olhando. –ele falou e sorriu.

–Eu não acho que você deveria ficar assim, August. Eu gostei muito de você, eu...Eu...Eu te amava August. Só que você foi embora. Novas coisas vieram, novas pessoas, novos amigos. Quando dei por mim, estava apaixonada de novo. Só que desta vez, não demorou 6 meses para eu amá-lo. Demorou só 1 dia e eu já não poderia viver sem ele. –falei e pude perceber a tristeza em seus olhos.

Depois de um tempo ele sorriu.

–Se lembra do nosso primeiro beijo? –perguntou.

–Sim. Como poderia esquecer?

–Você era muito chata.

–E você irritante. –falei. Passamos um tempo nos olhando, até que ele falou:

–Esse cara que te traiu com certeza é o maior idiota do mundo. –ele falou.

–Com certeza. –falei com medo do que viria a seguir.

–Qual o nome dele?

Engoli em seco. –Você conhece ele. É melhor não dizer.

–E o que que tem? Não vou fazer nada com ele, Hazel. Nunca fui agressivo, não é de agora que vou ser.

Confirmei com a cabeça. August nunca foi de bater nos meninos do colégio. Na verdade, eu nunca vi ele bater em ninguém. Ele era do tipo reservado, que ninguém mexia. Mas eu tinha medo dele ficar zangado com o Brandon e não falar mais com ele. O que eu iria fazer?

–Ah, August.

–Pode dizer.

–Foi o Brandon. –falei e ele ficou sério. Olhou para mim e riu. –Do que está rindo?

–Você sempre soube que o Brandon era ou é louco pela July. Por favor né Hazel. Você nem deveria ter namorado ele. –falou e riu mais.

–Eu não sabia e... –ele gargalhou. –Sabe, você está me atrapalhando. Tenho que estudar. Thau. –falei me levantando.

–Não Hazel! Me desculpe. –falou ele me segurando pelo pulso.

–Ainda vai gargalhar?

–Não. Prometo. –falou erguendo sua mão direita.

–Pode deixar eu estudar um pouco? Preciso passar no vestibular, que, no caso, é semana que vem.

–Pode estudar tranquila. A propósito, também vou fazer o vestibular.

–Pra quê?

–Medicina. E você?

–Engenharia civil. Você vai para alguma faculdade no México?

–Eu vou morar aqui. Consequentemente vou para uma faculdade no Canadá ou Boston. Tem ótimas faculdades lá.

–Ah.

–E você?

–Se eu passar, irei para Cambridge.

–Para a melhor faculdade de engenharia, correto?

–Correto. Está morando na mesma casa?

–Não. Antes de ir embora, meu pai vendeu ela. Quem está morando lá é uma tal de família Grace.

Arregalei os olhos. Como eu não havia percebido antes? A casa do Will havia sido a casa do August. Será que ele ainda gostaria de estar morando lá? Meu Deus!

–Você ainda gostaria de morar lá? –perguntei.

–Sim. Sinto saudades da minha casa. Mas, já que mudaram a fachada e tudo mais, nem tenho mais vontade de ir.

–Ainda bem. –falei e me arrependi.

–Por que? –perguntou ele.

–Só pensei alto. –sorri sem graça. -Vou estudar. Pode não me atrapalhar? A gente conversa mais tarde.

–Também vou estudar. Vestibular é tão difícil. –ele falou e sorriu.

–O.k. –falei e comecei a ler os problemas dos livros.

Havia terminado o primeiro livro, quando percebi que já eram 1 hora da tarde. Meu Deus! Física é tão legal que a gente nem vê o tempo passar. August havia saído. Estava tão concentrada lendo que nem percebi. Ao me levantar, vi que ele havia deixado um papel com seu número de telefone. Peguei-o e enfiei dentro da minha bolsa.

Fui na mesa da bibliotecária e disse que levaria os livros que estavam na minha mão. A data de entrega era para próxima semana.

Fui no shopping para comer alguma coisa, estava com tanta fome que seria capaz de comer um elefante. Decidi comer em um restaurante de comida japonesa que estava bem na entrada da praça de alimentação.

A atendente estava bem maquiada, de uma forma que nem parecia com uma pessoa, mas sim com um palhaço. Ela olhou para mim de cima para baixo enquanto eu coloquei meu prato na balança. Ela anotou em um papel e me encarou.

–O que você passou no seu rosto? –perguntou tentando ser amável, mas saiu mais como uma provocação.

–Ele está manchado? –perguntei passando a mão nele.

–Não. Pelo contrário. Está livre de qualquer mancha ou ...-ela parou e me encarou mais. –O que você passou nele? Pó? Corretivo?

–Não. Isso se chama genética. –falei e sorri. –Mais alguma coisa?

–Não. Pode ir.

Sentei na cadeira mais próxima dali e comecei a comer. Durante toda a refeição, percebia que a atendente ainda me olhava. E pior, parecia que estava com algum plano diabólico ou coisa do tipo. De vez em quando, pegava o celular, mandava algumas mensagens e dava risinhos bobos. Eu estava com medo. Muito medo!

Quando terminei, fui pagar. Paguei o mais rápido possível e saí as pressas dali.

Cheguei no estacionamento arfando. Por onde eu passava, parecia que alguém me observava. Estava com tanto medo, que comecei a andar depressa e quando percebi, estava correndo. Fui para a parada de ônibus e lá fiquei mexendo no celular. Mandei mensagens para Will para ver se ele respondia. Nada. Droga! Hoje era o dia de ele ir para a casa do pai. Com certeza ele nem mexia no celular para aproveitar o tempo com o pai. Pensando nisso, lembrei de um certo cartão que havia na minha bolsa. Peguei e disquei os números. Chamou uma. Duas. Três vezes. Caixa postal. O mundo estava conspirando contra mim? August sempre atende o telefone, até porque, anda com ele pendurado no pescoço.

Estava tão nervosa que nem percebi um senhor se aproximar. Ele se sentou do meu lado e olhou para mim. Mexia no celular freneticamente. Tinha certeza que aquele senhor não era tão bonzinho. Ele se aproximou mais, até ficarmos joelho com joelho. Olhei nos olhos dele e percebi que eram cheios de malícia. Ele sorriu e se aproximou mais, me pegando pelos pulsos. Comecei a gritar, mas ninguém estava ali. O ponto estava deserto. Gritava por socorro, mas ninguém respondia.

–Socorro! –gritei com minhas forças.

–Ninguém vai vir te socorrer. –falou ele assobiando. Acho que era para chamar comparsas ou algo do tipo.

–Ah não? –falou alguém atrás do homem. Quando ele se virou, esse “alguém” deu um murro na cara dele e o homem caiu no chão. Nunca me senti tão feliz por ver esse alguém na minha vida.

–Brandon! –falei e corri para abraça-lo.

–Ouvi gritos de donzelas em perigo. O super herói teve de vir salvá-la.

–Ai Brandon. Como poderia te agradecer? –perguntei quase chorando.

–Um beijo seria bom. –falou.

Dei um tapa de leve na cara dele. -Brincadeira. –falou e sorriu. –Já tenho uma July na minha vida.

–Mas muito obrigada mesmo. Não sabia nem como eu iria escapar daqui. –falei chorando.

–Você não deve andar sozinha em lugares desertos, mocinha! –falou. –Quer que eu te deixe em casa?

–Seria bom. Porém, não deveríamos ligar para a polícia? Você sabe.... Esse homem á solta não deve ser muito bom. Acho que ele ia me sequestrar.

–Já liguei para a polícia. Daqui a pouco eles devem chegar.

–Devemos esperar? –perguntei ainda me tremendo.

–Acho que não será preciso. –ele falou e apontou para a viatura da polícia se aproximando.

Ele me levou até em casa no seu carro. Agradeci ele um milhão de vezes e dei um beijinho na bochecha. Obs: ele disse que estava muito bem com a July.

Entrei em casa e vi minha mãe assistindo televisão. Corri até ela e contei tudo o que havia acontecido. Só tirei a parte que havia encontrado o August. Ela começou a se tremer e achei que ela ia ter um troço, ali no meio da sala. Ao invés disso, ela se endireitou na poltrona e me olhou séria.

–Não sairá mais sozinha desta casa, ouviu Hazel? –falou.

–Sim senhora! –falei e sorrimos.

–Se não fosse pelo Brandon, onde será que você estaria? –ela falou. –Não quero nem pensar.

–Não pense mesmo. –falei sorrindo. –A minha primeira aula é amanhã mesmo?

–É sim. O instrutor disse que é a partir das 9. Portanto, acorde cedo.

–O.k.

–E como foi os estudos? –perguntou ela. Passou por minha cabeça falar do August, mas minha mãe não estaria preparada para ouvir. Ela nunca tinha gostado dele, não era agora que ia mudar. Além do mais, ela adorava Will. Se eu dissesse, ela pensaria que eu estaria novamente apaixonada por ele?

–Err... Mãe. –falei.

Continua...


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Notas finais do capítulo

A fic está quase no fim. Com mais alguns capítulos e "Puff" irá acabar. Mas não irei acabar de postar fics! Já tenho até uma em mente. Fiquem ligados!



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