Os melhores dias da minha vida escrita por Bi Styles


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Minha fic está ficando cada vez melhor. De acordo com o número de visualizações, creio que vocês estão gostando também! Obrigada a todos que estão lendo! (;



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No dia seguinte, acordei com uma surpresa. Havia um urso enorme ao lado da minha cama. Por um momento pensei que era um assassino, mas depois de esfregar os olhos várias vezes, percebi que era só um urso cor de creme. Chamei minha mãe o mais alto que pude. Depois de alguns minutos , ela entrou correndo em meu quarto.

–O que foi querida? –perguntou momentaneamente assustada.

–Quem deixou esse urso aqui?

–Um admirador secreto.

–Foi o Will?

–Sim. –ela deixou escapar, pelo visto, sem querer. –Não diga que eu disse. Ele pediu para guardar segredo.

–Tá bom mãe. Desço já para tomar café.

–O.k., só não demore muito.

–Pode deixar.

Ela saiu. Quando vi que ela não estaria me observando, enfiei minha cara no travesseiro e gritei. Não de tristeza, nem de frustação. Era de alegria. Ele ainda me amava! Corri até o tal urso e o abracei. Abracei como se o Will estivesse ali. Ao fim do abraço, percebi que havia uma carta na mão do urso. Li ela e agora eu tinha toda a certeza do mundo que eu, com todas as forças, amava o Will.

Tomei um banho, coloquei um short com uma blusa e uma sapatilha. Desci cantarolando e percebi que minha mãe estava na cozinha só me observando.

–Está feliz? –perguntou com um sorriso no rosto. Se eu estava feliz, ela também estava.

–Muito, muito, muito. –respondi com um sorriso do tamanho do meu rosto. –Estou com fome!

–Minha Hazel voltou ao normal! –ela respondeu.

–Nunca fui diferente. –falei e nós rimos.

Merendei e falei para ela que precisava sair para resolver algumas coisas. Acho que ela sabia, já que não perguntou para onde iria.

Peguei um táxi de um conhecido meu.

–Charles, poderia me levar até Main Beach no East Hampton? –perguntei.

–Se encontrar com um namorado?

–Pode-se dizer que sim. –respondi com um sorriso.

Ele me deixou perto do calçadão da praia. Paguei, disse obrigada e me despedi.

–É sempre uma honra levar a srta. Divirta-se Hazel. –falou antes de ir embora.

–Digo o mesmo. –falei e corri para a praia.

Peguei a carta e vi as informações para chegar ao lugar de encontro com o Will. Parecia mais uma carta para achar o tesouro.

–Vejamos, 20 passos para o norte. –falei em voz alta. Ri sozinha com a estupidez e ao mesmo tempo romântica caça ao tesouro.

Dei os 20 passos e dei de cara com uma pequena floresta. Me aproximei de uma das árvores e vi que alguém tinha feito um coração com as letras W e H. Sorri e segui o roteiro.

–15 passos ao sul. –falei e sorri.

Dei os 15 passos e cheguei no lugar onde havia um X e uma pá. Na carta estava dizendo: Escave.

–Eu escavar? –falei indignada e olhei em volta. Ainda bem que não tinha ninguém lá. Embora fosse quase final de semana, ninguém queria ir para a praia. Que triste.

Como não recebi nenhuma resposta, decidi escavar. Escavei, escavei e, nada de achar. Estava quase desistindo quando, de repente, senti um perfume que eu nunca esqueceria. Era ele. Me pegou pela cintura e sussurrou ao meu ouvido.

–Eu te amo. –sussurrou.

–Eu te amo mais. –provoquei.

Me virei e ele sorriu. Sorri o seu sorriso e o beijei da forma mais intensa que eu poderia beijar alguém. Ele sorriu no meio do beijo e eu sorri de volta.

Quando terminamos o BEIJO, ele me chamou para sentar. Sentamos na areia e conversamos por um bom tempo. Percebi que o sol estava ficando mais quente e decidi que era melhor irmos para a sombra.

–Sombra? –ele falou.

–Sim. Daqui a pouco vou para casa. Já passam das nove.

–Você não vai. –ele falou com um sorriso malicioso nos lábios.

–Por que não? –falei em um tom de brincadeira.

–Porque....-ele parou e me pegou no colo.

–Me solta Will! –gritei e gargalhei.

–Nunca irei te soltar. –ele falou e riu alto.

Quando percebi que estava em uma roubada, era tarde. Ele me soltou em meio ás ondas e eu quase (Quase) me afoguei.

–William Marcus Grace! –gritei quando estava saindo. Procurei ele e não achei. Quando fui ver, ele estava bem atrás de mim, rindo da minha cara.

–Olha eu aqui! –ele falou e nadou para mais a frente.

–Will! –falei e nadei até ele. Ele me abraçou e pediu desculpas e, como sempre, me beijou.

Nadamos por algum tempo até que ele falou para irmos embora. Sentamos algum tempo na areia e ele me convidou para almoçar com ele.

–Vamos almoçar comigo? –ele perguntou.

–Mamãe já está fazendo um almoço para mim. Quer ir lá? –perguntei.

–Ah não. Eu queria ir com você á um restaurante. –ele falou imitando birra.

–Pois eu também não vou almoçar. Vou morrer de fome –falei entrando na brincadeira.

–Do jeito que já está magrinha... Vai ficar parecendo um esqueleto. –ele falou e riu.

–Eu o quê? –gritei. –William Marcus Grace, o que está falando de mim?

–Que...Você...É...A...Pessoa...Mais...Importante...Da...Minha...Vida. –ele falou e me beijou.

Ao final, olhei para ele com uma cara de preocupação.

–Will, desculpe por eu ter saído da sua casa daquele jeito. Desculpe. –falei e olhei para baixo. Não queria relembrar as palavras da mãe dele, que ainda ecoavam na minha mente.

–Não precisa se desculpar. Meu amor –ele falou acariciando meu rosto. –Não precisa disso tudo. Minha mãe só está um pouco debilitada. Eu que devo pedir desculpas.

–Eu sei. Seu pai me disse. –falei .

–Você conheceu meu pai? Apressadinha. –ele falou e sorriu.

–Eu? Apressadinha?

–Já está conhecendo meus pais para depois ir direto ao assunto.

–Will, você não está dizendo coisa com coisa. –falei.

–O casamento! Dizem que antes de a noiva dizer sim, ela conhece os pais do noivo. –ele falou e me abraçou. –Você vai dizer sim!

Engoli em seco. Eu amava Will. Disso não tinha nenhuma dúvida. Mas, eu ainda era muito nova. Deveria focar primeiro nos estudos.

–Will... -falei meio que sussurrando.

–Oi. –ele falou e pude perceber que o sorriso continuava.

–Acho que a gente está indo um pouco depressa demais. Não acha? –falei e olhei nos seus olhos. –Não acha?

O sorriso desapareceu. –Não acho.

–Will, eu vou entrar na faculdade, me formar e aí poderemos ver este assunto. Você poderia me esperar? –perguntei.

Ele olhou para baixo. Percebi que segurava as lágrimas. –Eu te esperaria por um século. –ele respondeu e sorriu.

–Que bom que entende. Estava com medo de você se magoar. –falei e o beijei. –Você é o melhor namorado do mundo.

–Eu te amo Hazel. –ele falou.

–Também te amo Will. –falei.

Ele se ofereceu para me deixar em casa, e eu aceitei. No caminho, conversamos, rimos e até nos beijamos algumas vezes, para variar.

–Estava com saudades, sabia? –perguntei.

–De mim? –ele perguntou.

–Claro. De você, dos seus beijos, da sua voz, do seu perfume.

–Eu estava com mais saudades do seu sorriso. –ele falou.

–Também. Pensava que nunca mais a gente iria se ver. –falei.

–Nem fale isso. –ele falou e nós rimos. No som tocava um cd de uma banda brasileira. O nome dela era Skank. Tocava Dois Rios.

–Tem um encarte para eu ver essa música? –perguntei.

–No porta luvas. –falou apontando.

Peguei o encarte e, como eu já sabia um pouco do português, acompanhei a música.

–“Que os lábios sejam, dois rios inteiros, sem direção”. Gostei dessa música. –falei.

–Quando eu fui no Brasil uma vez, eu fui em um show deles.

–Sério?

–Sim. São muito bons. Adoro música brasileira.

–Também. Só que eu nunca havia escutado essa banda.

–Jura? Ela é muito conhecida.

–Tô vendo. –falei, com os olhos grudados no encarte.

Fomos o resto do caminho em silêncio. Sendo quebrados, de vez em quando, pela minha voz cantando as músicas.

Quando chegamos na minha casa, me despedi com um selinho e entrei.

Como já estava quase na hora do almoço, meu pai já estava em casa.

–Estes dias quase não te vejo em casa. –ele falou.

–Estou curtindo um pouco a vida. Coisa que vocês não fazem á algum tempo. –falei.

–Sem tempo querida. –falou mamãe interrompendo.

–Deveriam arrumar. A vida é muito curta para ser desperdiçada. –falei e sorri.

–Fizeram as pazes, correto? –mamãe perguntou.

–Sim. –falei e sorri. –Mas estou com fome.

–Como sempre, mocinha. –falou meu pai.

Almoçamos em silêncio e, como de costume, após a refeição, rezamos. Depois da prece, conversamos sobre um assunto que eu nunca havia pensado nas férias.

–Querida, já sabe em qual faculdade entrar? –mamãe perguntou tirando os pratos da mesa.

–Mãe, para falar a verdade, nem pensei. –respondi.

–Deve pensar. Suas férias estão quase acabando. –falou papai.

–Ainda falta um mês.

–Mas, eu e sua mãe devemos escolher a faculdade, apartamento...-falou papai.

–Quer dizer que, qualquer que seja a faculdade, eu vou fazer em outro lugar? –perguntei horrorizada. –Não ,não.

–Claro que sim Hazel! Irá para a França. Andei pesquisando e vi que lá tem boas faculdades. –disse papai.

–Eu não posso ir contra minha vontade! –gritei.

–Hazel, se acalme. –falou mamãe. –Vocês dois parecem crianças.

–Só quero o seu melhor, filha. Mas, se quiser, fique aqui. –falou ele.

–George, sua filha é maior de idade. Ela saberá para onde ir. –falou para ele e se virou para mim. –Porém Hazel, deve se decidir logo. Senão, vou ser obrigada a te mandar para a França. E outra, o vestibular. Tem que fazer antes que as férias acabem.

Engoli em seco. –O.k., daqui para semana que vem eu decido. Pode ser?

–Sim. Contanto que se decida. –falou papai.

–Eu me decidirei. –falei. –Vou subir, para colocar os pensamentos em ordem.

Eles confirmaram com a cabeça e eu subi. Tranquei a porta do meu quarto e deitei na cama. Eu não poderia ficar longe do Will. Não mesmo. Ele disse que me esperaria, mas não creio que ele esperaria alguns anos e ainda mais, longe dele. Mas tinha um porém. Se eu me decidisse daqui para a próxima semana, eu poderia ficar aqui. Caso contrário, eu seria obrigada a ir para a França. Meu Deus, o que eu iria fazer?

Liguei o computador e comecei a pesquisar algumas profissões. Eu não queria ser médica. Meu coração era mole demais para receber diariamente pessoas doentes. Eu nunca poderia ser juíza ou policial. Não gostava de bandidos e, por mais perverso que ele fosse, não conseguiria condená-lo. Psicóloga também não. Já tinha problemas demais para poder me importar com o dos outros.

Estava com muitos problemas. Mas, uma luz acendeu na minha mente. Quando eu era criança, sempre gostei de matemática e de construir casas. Até hoje eu gosto. Juntei essas duas coisas e fiz a profissão perfeita para mim: Engenheira. Eu seria uma engenheira!

Pesquisei onde se encontrava a melhor faculdade. Quando o guia me mostrou várias escolhas, fiquei em dúvida. Cliquei em qualquer um e quando vi fiquei boquiaberta. Quase não conseguia pronunciar o nome, mas me encantei por ela assim que eu a vi. Massachusetts Institute of Technology se encontrava na vila de Cambridge, aqui em Nova Iorque mesmo. A distância é de 303 km, então posso estar lá em mais ou menos 3 a 4 horas. Eu poderia ir e vir todos os dias! Isto é, se eu passar no vestibular.

Pesquisei algumas coisas sobre o vestibular e anotei tudo em meu caderno. Ia começar a estudar amanhã e, como o vestibular só iria começar na sexta-feira que vem, com certeza daria tempo para eu estudar tudo e mais um pouco. Eu seria uma ótima engenheira!

Desci as escadas e só vi minha mãe no sofá. Consequentemente, meu pai já tinha ido trabalhar. Ela estava tirando um cochilo, enquanto que a televisão estava ligada no canal Discovery Channel. Até eu estaria dormindo, pois estava passando um documentário muito “Educativo” sobre as onças. Se aproximei dela e a cutuquei de leve.

–Mãe. –chamei baixinho.

–Oi. –ela respondeu meio sonolenta.

–Já decidi o que eu vou fazer.

–E o que seria? –ela falou abrindo os olhos.

–Adivinha.

–Médica? Advogada?

–Engenheira, mãe. –respondi e ela sorriu. Me abraçou e começou a chorar. Minha mãe só chorava?


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Notas finais do capítulo

Posto o próximo capítulo em breve...



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