With you escrita por Diamond Stars


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Ai vai mais um! Comentem!!



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25 de fevereiro de 2013 – 14:30

Estava em frente à casa de Daniel. Ele me passou o endereço na saída. Não sei da onde tirei coragem pra vir até aqui.

A casa era muito bonita. Grande, branca, com muitas janelas. Uma casa digna de revista.

Toquei a campanhinha, um garotinho loiro, com os olhos tão verdes quanto os de Daniel atendeu a porta, ele devia ter uns 6 anos.

–Oi, você que é a Laura, amiga do Dan? – ele perguntou com uma vozinha doce

–Sou eu sim, você é irmão dele? – eu me abaixei pra ficar da altura dele. Sorri

–Eu sou o Lilo – ele corou – o Dan tem razão...

–Ele tem razão no que? – tenho até medo do que o garoto vai falar

–Você realmente é muito bonita – ele encarava os próprios pés

–O Daniel falou isso de mim? – curiosidade level extremo

–Falou, ele disse que seus olhos são diferentes, um azul tão escuro quanto à noite. Palavras dele! – foi a minha vez de corar. Uma voz grave e um tanto rouca surgiu de trás do garoto.

–Murilo, eu já falei que não é pra você ficar abrindo a porta pra estranhos – eu levantei.

–Eu não sou uma estranha... – Murilo deu uma leve risadinha e correu escada acima

–Ah Laura, desculpa – ele olhava pra baixo e caçava a nuca. Aquilo o deixava com carinha de criança – Você quer entrar? – Daniel me deu passagem e eu entrei.

–Uau, sua casa é bonita! – eu observava tudo atentamente

–Valeu, minha mãe adora decoração.

–A gente pode começar logo, eu tenho que chegar cedo em casa – na verdade o problema era outro. Luke

–Traduzindo, seu namorado quer te ver longe de mim o mais rápido possível – ele sorriu de lado.

–Você deve ta passando pela mesma coisa, eu sei que a sua namorada não quer me ver aqui – foi minha vez de dar uma risadinha.

–Na verdade, ela ficou mais preocupada com o fato de eu não poder ir com ela ao shopping, do que com nós dois aqui em casa. – isso doeu.

–Concordo com ela, não sou concorrência, perderia de uma maneira humilhante – falei isso de uma maneira fria. Acho que ele percebeu que falou merda, pois estava parecendo um pimentão.

POV. DANIEL

Aquela garota é tão diferente, ela não liga pra moda, mas tem estilo, seu próprio estilo. Aqueles olhos azuis dela me deixam louco, eu podia morrer olhando para eles que morreria com um sorriso na boca. O sorriso dela me fascinava tão verdadeiro e espontâneo, perfeito.

Quando ouvi Murilo falando com alguém logo deduzi que ele abrira a porta de novo, mas o que me surpreendeu foi com quem ele estava falando, ou melhor, me dedurando.

Ela tocou no assunto Priscila, mas não era minha namorada que ocupava meus pensamentos, isso é errado, eu sei. Mas eu não conseguia controlar. Como uma garota como a Laura, se acha inferior. Priscila é bonita, tanto de corpo quanto de rosto, mas suas atitudes e futilidades... Laura não tem noção de sua beleza, não é só uma beleza superficial, é mais.

–A gente vai fazer o trabalho aonde? – ela me tirou dos meus pensamentos.

–Desculpa, é vamos pro meu quarto, ninguém vai atrapalhar – falei de uma forma tão normal, ela se espantou, e corou. Ela fica tão delicada e parece ser tão frágil quando cora.

Ela subiu as escadas em minha frente, e devo confessar, me esforcei pra manter me olhar pra cima. A guria tem um corpo, que senhor... Quando chegamos em meu quarto ela parecia, meio perdida e desconfortável. Tive uma ideia.

–Você prefere ir pra biblioteca? – eu sei que ela gosta de ler, e lá terão algumas vantagens, e uma delas se chama Murilo.

–Se não for incomodar prefiro sim – sabia que ela aceitaria.

A guiei para a parte de fora da casa, a atual biblioteca era antes uma estufa, antes de minha mãe adoecer, ela adorava vir aqui e cuidar das rosas. Mas achamos melhor transformá-la em algo de utilidade para todos, e algo que faria minha mãe esquecer a doença.

–Aqui é perfeito! – ela olhava tudo com admiração.

–Sabia que ia gostar – ela e encarou surpresa.

–Como sabia? – ela estava desconfiada. WHAT?

Pensa Daniel desculpa rápida...

–É que você sempre tem um livro em mãos – boa!

–Ata realmente ler é uma coisa que me encanta, me tira desse mundo, me deixa viajar através de lugares, através de universos, abre minha imaginação, me tira do chão, e muitas vezes me faz pensar se o que eu faço, a vida que levo, é a coisa certa – ela falava isso com um brilho nos olhos, os deixavam mais bonitos.

Um silêncio desconfortável se instalou no lugar, eu fiquei a observando falar, e me perdi em meio aos meus devaneios de novo.

–Você tem aqui o livro que vamos trabalhar? Eu acho que esqueci o meu na escola – ela procurava em sua bolsa, revirou ela inteira – é definitivamente eu esqueci o livro – Laura riu de leve olhando pra a bagunça que fez.

–Na verdade não tenho... você pode voltar aqui amanhã? – era minha chance de passar mais tempo com ela.

–Eu não tenho como vir, amanhã eu vou pra casa da minha avó – eu precisava bolar um plano.

–Você pode almoçar aqui, e depois eu te levo, se seu namorado não se importar – Lucas...

–Sabe, meu namorado não vai gostar muito, mas é importante pra minhas notas, se ele não deixar eu dou meu jeito, então pode ser – ponto pro Daniel – acho que eu já vou indo.

Pra minha sorte, meu menino entrou pela porta da biblioteca.

–Laura, você brinca um pouco comigo, eu quero brincar de super-man! Você quer ser minha a Lois Lane? – ela riu – é serio, por favor, só um pouquinho.

–Eu brinco mais eu tenho que ser a super-girl, fechado? – ela esticou a mão para o garotinho a sua frente, que sorriu e apertou.

–E o Dan vai ser o Zod – ele me olhou com carinha de cachorro que caiu da mudança

–Ta... –

Quando Murilo nos deixou parar já eram 19:00,nos jogamos na grama do quintal lado a lado. Meus pais chegariam em alguns minutos.

–Laura você quer ficar pra jantar? – apenas estou sendo educado

–Eu acho melhor não, meus pais... o Lucas não vai gostar muito. – ela foi sincera comigo, mas não iria desistir.

–Não é nada demais, e meus pais vão estar aqui, por favor, eu juro que depois te levo pra casa - fui o mais delicado que pude.

–Só até o jantar – ganhei mais uma vez – só vou ligar pra minha mãe.

–“Uhum, é mãe, Daniel. Trabalho de literatura. Juro ser uma moça educada. Brigada mãe, te amo. A, o Luke ligou. Não, certeza? Ta brigada, não vou demorar”.

–Ela deixou?

–Sim, mas assim que o jantar acabar eu vou ter que ir pra casa – ela parecia ter ficado chateada com algo – ele deve estar ocupado. Nada demais Laura – ela sussurrou para si mesma, mas eu consegui ouvir.

–Ele deve estar fazendo o trabalho também.

–É deve ser isso – ela sorriu, mas foi um sorriso sem emoção.

Meus pais chegaram uns 10 minutos depois. Eu, Laura, e Murilo estávamos do lado de fora ainda.

–Cadê meus meninos? – minha mãe gritou de dentro da casa

–Aqui fora mamãe – Murilo, que estava no colo de Laura, gritou.

–Fazendo o qu... – a frase morreu no ar, quando minha mãe viu a Laura – Oi, eu sou a Lucia, mãe dos meninos. – minha mãe tinha um sorriso de coringa, a única garota que havia levado para casa era a Priscila, e digamos que minha mãe não goste muito dela.

–Oi prazer, eu sou a Laura, colega do Daniel – Laura estava sem jeito.

–Mamãe, né que a Laura é muito mais bonita que a Priscila – Laura ficou mais sem jeito ainda.

–É sim, a Laura é mais bonita – minha mãe apenas me olhava de lado – meu anjo depois a gente vai conversar ta!

–Gente cadê todo mundo – salvo pelo meu pai.

–Estamos entrando!- minha mãe gritou.

–Quem é essa garota linda? – ou não.

–Ela é a Laura, amiga do Dan – meu irmão se apressou e falou.

–Oi eu sou Leonardo, pai do Daniel, e do Murilo. –

–Prazer senhor. – essa garota é um sonho pra toda sogra.

–Por favor querida, Leo é o suficiente. – meu pai falou, e Laura apenas sorriu e assentiu.

–O jantar ta na mesa – minha mãe nos chamou.

Acho que foi o melhor jantar que eu já tive, meus pais e a Laura conversavam e riam, Murilo estava na mesa com a gente, Meu pai fazia brincadeiras, e todos riam, minha mãe estava mais relaxada do que nunca. Mas, como tudo que é bom dura pouco, chegou a hora da Laura ir embora.

–Laura, por favor, volte mais vezes aqui, tem que prometer. – falou minha mãe.

–Eu prometo que volto – eu cobraria a promessa.

Não ouvi o resto, fui até meu quarto e peguei as chaves da moto e uma jaqueta.


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