With you escrita por Diamond Stars


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Acho que agora eu to de volta pra valer, o próximo já está sendo produzido.
Bom, espero que gostem. Comentei, vamos lá gente !!
Beijinhos.
D.S.



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POV LAURA

Saí do depósito ainda atordoada, andei meio me arrastando até a enfermaria. Implorei pra Eli me liberar daquele inferno disfarçado. Depois de alguns minutos, e muitos "porfavorzinhos", ela cedeu. Pelo menos meus lindos olhinhos azuis servem pra isso.

Mandei uma mensagem pra Camille, pedindo pra ela trazer minha mala até a porta principal. Esperei um pouco e ela chegou vermelha feito pimentão, reclamando por eu ter chamado justo ela. Como se eu tivesse muita opção.

– Escuta aqui Laura Cavell, nunca mais me faça passar por uma situação dessas, eu tive que levantar e pedir licença pro professor na frente da turma toda, todo mundo me olhando. Odeio você criatura. - soltou tudo de uma vez, mais rápido que o Eminem em rapgod, não mentira, isso é algo praticamente impossível até mesmo pra Camille que fala super rápido.

– Tá, tá. Agora passa minha mala pra cá, e volta logo pra sua aulinha super importante. - falei revirando os olhos.

–Eita, a menina ta revoltada hoje. Ihh, até já sei o nome dessa raiva toda ...

– Camille, cala a sua boquinha... - falei a interrompendo

– Daniel Loghan - dei um empurrão "de leve" nela assim que ela terminou.

– Longa história, enfim, to indo. Desculpa pela grosseria, ainda amo você - falei, dando um leve abraço em Camille.

– Tudo bem. Melhoras, girl favorita. Me liga depois - Mille falou, me mandando um beijo

Dei as costas pra aquele lugar que eu passei a detestar, um pouco. Louca pra chegar em casa, preparar aquela panela de brigadeiro, deitar na minha cama maravilhosa, assistir pela enésima vez Diário de uma Paixão, e me acabar de tanto chorar. Clichê pra vida de uma garota, mas eu até gosto. Sem contar que o filme é maravilhoso, e no elenco tem o Ryan Gosling.

–-------X--------

POV DANIEL

Enquanto a bonita da Cavell vai embora por ser amiguinha da enfermeira, eu tenho que aguentar as seis aulas, sem reclamar. Bom, nem prestei atenção. Um grande fodasse para as leis de newton, ou pra Literatura em 1500. Agora tudo que eu quero é ir embora, pegar minha moto e ... Meus pensamentos são interrompidos pelo meu celular que vibra repetidamente anunciando a chegada de várias mensagens.

"Ei seu gostoso, vem me buscar, agora, no aeroporto. Bjinhos" – Natália Loghan

Ah, que coisa maravilhosa, minha priminha querida vem me fazer uma visita. Se tem uma coisa que essa guria sabe fazer é agitar a vida dos outros. Me encaminhei para o Jeep, sem muita vontade. Primeiro porque minha moto vai ter que esperar. Segundo, por mais que ame a Talía, não to muito afim de mais confusão, e nem de festas, ultimamente.

Aproveitei a estrada que levava até o aeroporto e testei o motor do meu carro, estou necessitando de adrenalina, velocidade, vento esvoaçando meus cabelos. Menos, bem menos.

Quando cheguei ao portão de desembarque, avistei de longe Natália chegando, seus cabelos lisos, loiro platinado, seus olhos cor de mel, e sua mínima altura chamavam atenção, 1,52 é quase raro de se encontrar. Ela só tem 16 anos, mas crescer é impossível.

Assim que me viu, Talía largou as malas e correu em minha direção, se jogando em mim. Tive que dar uma de Homem Elástico pra não deixar a menina cair. Mas tudo bem, foi um abraço reconfortante, bem necessário para o momento.

Peguei as malas dela, e fomos pro carro, com ela tagarelando sobre a viagem, e as mudanças em sua vida.

– Bom, basicamente eu dei uma puta radicalizada na minha vida. Pedi emancipação pros meus pais, eles até levaram na boa, contanto que eu fosse todo domingo nos almoços de família. Como percebeu, platinei o cabelo. Fiz duas tatuagens. E descobri que sou lésbica. -

Freei o carro bruscamente, e quase atropelei uma velhinha que me encarou assustada, mas logo bateu com a bolsa no capô.

– Como é? Lésbica? Sem nenhum preconceito. Só, uau, isso que é radicalizada em Natália - fiquei meio chocado com a revelação, obviamente, mas nada contra - Se você ta feliz assim, é o que importa.

– Brigada Dan, sério mesmo, na verdade não esperava menos de você - disse rindo - Eu to com medo da reação da Vovó, isso sim - falou com uma cara meio apavorada

– É, a Vovó é meio careta mesmo, e não vai ser nada fácil contar isso pra ela. Com certeza ela vai ficar meio revoltada no começo, mas acredito que depois ela vá aceitar. Assim como eu, ela só quer te ver feliz. Então relaxa, que no final vai dar bom – falei a última frase com um sorriso meio irônico, afinal, minha vida ta uma merda, e na verdade eu não estou nenhum pouco otimista em relação a ela, mas mesmo assim sou otimista em relação a vida da minha prima.

Como dizem, o problema dos outros é fácil, difícil são os nossos.

– Talía, você vai ficar lá em casa ou na casa da Vó? –

– Acho que na casa da Vó mesmo, mas claro que antes quero dar uma passadinha na casa da tia Lúcia, dar um beijo nela e no tio, e claro um abraço no Lilo. – fala com um sorriso no rosto.

Quando chegamos em casa, Natália é recebida com abraços e um bolo de chocolate maravilhoso.

– Ah mamãe, isso é injusto. – Lilo fala com aquela voz de choro - Por que a Li ganha bolo de chocolate e eu não? Você ama mais ela né? Eu sabia, sou o renegado da família. Tudo bem, mas quando eu fugir de casa, vocês vão sentir minha falta. – ele fecha a cara e cruza os braços.

– Mais que menininho ciumento – fala Natalia abraçando ele e lhe fazendo cocegas.

– Ciúmes nada, tudo manha, ele sabe que não pode exagerar no doce, e já raspou a panela que eu fiz a cobertura. Por hoje ele já ultrapassou o limite – fala Dona Lúcia e Lilo mostra a língua pra ela – Como é? Foi isso mesmo que eu vi?

– Não mamãe, desculpa – ninguém desafia Lúcia Loghan, é o mesmo que desafiar a morte.

– Hum, bom mesmo. Vai ficar pro almoço né Natália? Vou preparar macarronada á bolonhesa, seu prato favorito – disse minha mãe cantarolando.

– Claro tia, depois o Dan vai me levar no shopping e em seguida pra casa da Vó Ana – Natália me olhou com um sorriso perverso. Nem contestei, são duas mulheres contra mim, melhor ficar quietinho.

Depois do almoço lá estava eu, carregando alguns montes de sacolas. Minha prima entrava em toda loja que via. Até numa loja de utensílios domésticos ela entrou, disse que queria redecorar a sala de estar do apartamento dela, e comprar um presente pra Vovó. Se ela carregasse alguma coisa ainda, mas não, absolutamente nada, tudo nas minhas mãos.

Isso foi o de menos, o real problema foi quando ela decidiu parar pra tomar um mikshake.


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