With you escrita por Diamond Stars


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora! Mas esse tá grandinho né? O próximo já está sendo elaborado. Desculpem qualquer erro .Bom ... espero que gostem.
Beijinhos com muito carinho
D.S.



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11 de março de 2013 - 5:00

POV DANIEL

Acordei no horário habitual, fui até meu armário em busca de meu moletom favorito. Nananana Batman

– Cadê aquela merda? - xingo baixinho.

Procuro mais um pouco na bagunça e então me lembro dela. Seu perfume, seu cabelo, sua boca, seus olhos, que tanto me fascinam. Me lembro de meu moletom em seu corpo. Meu Deus essa guria me deixa louco, pego outro moletom qualquer, antes que tenha que ir pra água fria.

Assim que abro a porta, a brisa suave da manhã passa por mim. Peguei o caminho mais longo, mas com certeza o mais bonito. Minutos depois estou no meu destino de hoje. O porto, claro que o cheiro de peixe me deixa um pouco enjoado, mas a vista que tenho vale esse sofrimento, o nascer do sol visto do cais. Difícil de descrever o tamanho da beleza. Sinto os primeiros raios do sol tocarem meu rosto. Fecho os olhos e logo viajo em meus pensamentos.

Vejo-me aqui nesse mesmo lugar que estou agora, com uma garota de olhos azuis ao meu lado sorrindo, nossas mãos se tocam por acidente, entrelaço meus dedos nos dela, ela sorri tímida, e continua a observar a paisagem, com a outra mão seguro seu queixo e a faço olhar para mim. Seu sorriso aumenta, aproximo-me lentamente dela e...

– Daniel, acorda filho. Vai se atrasar se não sair daqui agora. - fala o velho Samuel, tocando de leve em meu ombro.

– Obrigada Tio Sam! - saio correndo do porto. Samuel é um pescador, já devia ter se aposentando, mas o velho gosta do que faz. Conheci ele em uma das minhas corridas por aqui. Ele, com seus 65 anos, cabelos grisalhos, pele morena e pequenos olhos castanhos, é um ótimo conselheiro.

Lembro de meus pensamentos anteriores. Nem na minha cabeça me deixam beijar Laura, sempre tem algo, ou alguém, que atrapalha. Chego em casa, e vou direto para o chuveiro. A água morna me acalma. Pego uma camisa xadrez vermelha, uma calça preta e um tênis qualquer, me visto e literalmente pulo escada abaixo em busca de algo pra me alimentar.

– Bom dia mãe - dou um beijo nela e pego um sanduíche em cima da mesa - Tchau mãe, te amo.

– Se cuida meu garoto.

Pego minha mochila e vou comendo no caminho até a escola. Hoje começa meu castigo. Vai ser uma semana cansativa. Mas lá vou eu.

15 de março de 2013

Amanhã é sábado, tem a festa da Roberta, e aquela garota sabe dar boas festas.

– Cara amanhã é a festa da gordinha tunada, não é? - um apelido carinhoso que demos a garota.

– Sim man. Tô doido pra aproveitar, ela têm uma prima, que deixa qualquer marmanjo louco - fala Nick sorrindo.

Ele é tão babaca. Ele gosta da Camille, e sai por aí se atracando com qualquer uma. A prima da Roberta é extremamente gostosa, mas é só você chegar com grana perto dela, que ela libera tudo, tudo mesmo. Mas não vou me meter, não agora.

POV LAURA

– Camille, por favor, vamos, eu tenho que sair um pouco de casa - falava balançado a ruiva pelos ombros.

– Você pode ir sozinha Laura.

– Por favor, Mille, millezinha, Mille gata. Eu quero você lá comigo. - falei piscando repetidamente.

– Você sabe que eu prefiro ficar em casa e ler um livro, do que ir a uma festa onde ele vai estar com uma qualquer. - Camille é apaixonada por um garoto, mas ele prefere as putas "gostosas". E ele teve a coragem de falar isso na cara dela.

– Mille, o Jake vai estar lá sim, mas terão outros caras muito mais gatos que ele. Tipo nosso ruivo aqui - falei apontando discretamente para Nick.

– Credo. Esse é outro que quer as "gostosinhas", a gente tá fazendo o trabalho de literatura juntos. A cada cinco minutos é uma que manda mensagem pra ele. E ele marca de sair com todas - ela deu ênfase no "todas", um pouco exaltada.

– Mais ele não é o único. Têm o Vinicius, que eu acho super gato. Têm vários, cara gato é o que não falta. - sorri.

– Você vai me pegar às duas e meia pra gente se arrumar. - falou desistindo. A puxei para um abraço. - eu ainda preciso de ar - o som saiu meio abafado.

– Desculpa.

Conversamos mais um pouco, quando o Deus Grego entra na sala.

– Bom dia turma. - O professor Igor entrou sorrindo, e derretendo os corações de todas as garotas presentes. Todos os alunos sentaram em questão de segundos.

– Bom dia, professor. - a classe respondeu em uníssono.

– Eu gostaria de saber como está o trabalho de vocês. Então, por favor, me mostrem o relatório que eu pedi. Juntem-se com suas duplas e eu passo de mesa em mesa.

Bufei e me levantei. Quando virei, dei de cara com uma camiseta cinza por baixo de um casaco do time de basquete. Levantei meu olhar, e minha nova cor favorita estava lá, nos olhos dele.

– O-oi! E-eu tenho que ir pegar o relatório no meu armário - não queria ter gaguejado.

– Eu te acompanho - sorri minimamente.

Pedi permissão para o professor e saímos. Meu armário não era muito longe, andamos até lá em silêncio. Quando estávamos voltando alguma coisa segurou meu pulso, mas não senti aquele choque. Não era ele.

– Precisamos conversar. - Lucas falou autoritário.

– Eu converso com você se eu quiser. E a resposta é não. - puxei meu braço.

– O que, vai dizer que você está com esse jogadorzinho de quinta. - falou olhando com repulsa para Daniel.

– Cala a sua boca. Se quiser me ofender, vai em frente. Mas não se mete com quem não tem nada a ver. - minha vez de ser autoritária.

– Que lindo Laurinha, defendendo o seu garotinho. - ele tentou apertar minhas bochechas, mas foi impedido por um ser maior que ele.

Ri com aquilo.

– Toca nela de novo, que eu arranco suas mãos com meus dentes - Lucas recuou um passo.

– Acha que eu tenho medo de você? - Daniel avançou, mas eu o impedi de continuar.

Ele cerrou os punhos.

– Daniel, não faz isso.

– Isso Loghan, ouve o que sua putinha tá falando - Lucas falou rindo.

– Se você fizer isso, vai ser suspenso dos jogos. - ele ameaça avançar, mas eu coloco minha mão sobre seu peito. Sinto seu coração acelerado. - Por favor, eu sei que você quer quebrar a cara dele, mas ele vai correr para o diretor e você não vai poder jogar.

– Ele não tem o direito de falar assim de você. - Daniel sussurra.

– Sei que não, mas vai adiantar brigar e perder os jogos? - ele olhou em meus olhos, e se afastou.

– Isso, fica na sua, gazela saltitante - me virei para Lucas.

– Me pergunto com quem é que eu estava namorando. Não era esse cara que está aqui na minha frente. Esse cara - apontei para ele - é babaca, estupido, é fraco - ele avançou. - Isso vem me bater, bate, quero ver, vamos, aqui ó - Senhor me ajuda.

O sinal tocou, e foi o que me salvou. Dei meia volta, e fui para a sala. Quando entrei, Daniel me olhou como se perguntasse como eu estava. Sorri.

– Então Mille, sábado eu te pego as duas e meia. Combinado e não vale desmarcar.

– Ta Laura. - ela falou fechando o livro.

O resto do dia passou bem rápido, talvez rápido demais.

(...)

16 de março de 2013 - 14:30

– Mãe, cheguei. Essa é a Camille.

– Oi querida. Eu sou a Caroline, mãe dessa princesa aqui. - minha mãe falou apertando minha bochecha.

– Já deu mãe. - tirei sua mão de lá

– O-oi Dona Caroline. Eu sou a Camille, amiga da sua filha.

– Por favor, sem esse Dona, e só Carol, já está de bom tamanho. - as duas sorriram.

– Bom, nós vamos estar no meu quarto. - falei puxando Camille até o andar de cima.

Ficamos a tarde inteira falando sobre garotos, filmes, livros e, claro, comida. Eu tomei um banho e coloquei pijama pra escolher minha roupa. Camille já estava pronta quando sai.

– Camille, você não pode ir de blusão! - falei quando vi a roupa que ela estava.

– Não enche Laura.

– Mille, se for pra ir vamos bonitas. - falei olhando para minhas roupas. - Já que você não quer chamar muita atenção, isso é prefeito. - peguei uma roupa delicada, uma maquiagem simples, e pronto, ela estava deslumbrante. - Viu, sexy sem ser vulgar– falei enquanto ela se olhava no espelho, boquiaberta.

– Uau, eu estou bonita - nunca vi um sorriso tão lindo quanto o que estampava o rosto de Camille.

– É, minha amiga, você não sabe o que têm atrás desses óculos e roupas largas. Mas eu sei - ela riu de leve. - Minha vez de ficar maravilhosa.

Algumas horas depois as duas estavam devidamente lindas. Meu irmão iria nos levar. Quando descemos ele já estava esperando.

– Por que toda essa demora? - quanto Juan viu Camille, sorriu, mas logo o desfez - Esquece vocês não vão sair assim.

– Pode ir parando Juan. Primeiro papai e mamãe já deixaram. Segundo, pare de devorar minha amiga com os olhos - sorri maliciosa.

– Desculpa maninha, é quase impossível. - Camille estava roxa de vergonha.

– Vamos logo - peguei a chave do carro e fui em direção a porta.

– Minha roupa está muito curta? - perguntou Camille atrás de mim.

– Você está de calça, e uma blusa mais larginha. Não têm nada curto aí Mille - minutos depois já estavamos na festa da Roberta. E que festa - Juan, os pais da Camille vão nos buscar quando ligarmos, não precisa se preocupar. Vá se divertir. - falei descendo do carro.

– Se cuida.

Entramos na festa, e o lugar estava cheio. Álcool e fumaça tomavam conta do ar. Já não gostei disso, mas tudo bem. Quando olhei para trás Camille já não estava mais perto de mim. Agora ela me mata. Procurei algum rosto conhecido, e em meio aquela multidão meu olhar se cruzou com Lucas se agarrando com uma garota, e aquilo causou uma revolta em mim. E foi aí que minha burrada começou.

Peguei o primeiro copo que apareceu em minha frente. O líquido desceu queimando minha garganta, peguei outro, e mais um, e quando percebi estava mais bêbada que meu tio Leandro no natal.

– O que uma gata dessas faz aqui sozinha, nesse estado? - o cara cheirava a cigarro, mas quem se importa?

– Você está aqui, eu não estou sozinha - coloquei meus braços em seu pescoço e comecei uma dança provocante.

–Assim não gata. Nem sabe meu nome.

– Então me fale - falei com minha boca próxima a sua.

– Dinho - ele quebrou a distância que havia entre nossos lábios. O beijo estava envolvente, não tinha sentimento, só atração, mas era bom.

Não durou muito, minha boca foi arrancada da sua. A última coisa que lembro é de minha cor preferida me encarando.


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