A vida de Leslie Burke escrita por Lunel


Capítulo 1
Testrálio


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!! Não esqueçam de comentar eem!!



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Sou Leslie Burke, uma menina loura (na maior parte do tempo, sou uma metamorfoga) de cabelos curtos e olhos azuis. Era o início do meu 6º ano em Hogwarts. O curioso é que em todo esse tempo de escola eu nunca havia parado pra pensar no que eu penso agora, nunca descobri nada extravagante. O que acontece é que eu sou uma pessoa especial e muita coisa vai acontecer nesse tempo. Nascida trouxa, mas uma das melhores bruxas desse mundo!

Estou indo para meu lugar nas carruagens movidas por algo invisível e olho atentamente pra ela, me perguntando quem a move. De repente me aparece um animal semelhante a um cavalo, mas de uma aparência medonha. Vi algo parecido em um livro de “Tratos das Criaturas Mágicas” e, em 30 segundos de observação, um nome vem a minha cabeça: Testrálio. É isso, essa criatura tão curiosa é um Testrálio! Mas, esses animais só podem ser vistos por quem já presenciou a morte. Bem, uma vez imaginei uma morte muito trágica, mas foi apenas uma imaginação. Ouço meu nome e afasto esse pensamento perturbador de minha mente. Viro-me e vejo Greta, minha amiga. Greta tem sardas e seus cabelos são negros, pertence a mesma casa que eu, Corvinal. Vou rápido ao seu encontro e me sento ao seu lado. Penso em lhe dizer o que vi, mas tiro quase que no mesmo instante essa ideia de minha cabeça, ela ia ficar muito curiosa e isso a perturbaria pra sempre.

Estamos dividindo a carruagem com mais uma menina da Lufa-lufa (Lúcia) e um menino da Grifinória (Willian). Não presto muita atenção neles, mas reparo que eles prestam atenção em mim. Em meus cabelos desarrumados e minhas luvas coloridas nas mãos. Escondo-as rapidamente e observo a paisagem escondida na escuridão.

Quando chego vou direto ao salão principal com Greta. Está lindo como sempre, o céu escuro no teto, como se fosse real. Os corvinos não costumam reparar nisso, são muito centrados em lições de feitiços e outros tipos. Eu sou diferente, sei que sou. Reparo em tudo e muitas vezes imagino as coisas. Se uma paisagem não é bonita, fecho os olhos e imagino outra, tão bela quanto o pôr do sol. Me encontro perdida em meus pensamentos, imaginando como seria voar naquele céu escuro, atravessando as nuvens, quando ouço uma voz distante.

-- Leslie! Leslie! O diretor está falando, Leslie! – Greta me sacode e eu volto ao mundo em que vivo –

Olho para o diretor Celisnor, um homem velho de cabelos brancos na altura dos ombros com uma aparência doente e uma túnica verde escura de veludo, ele está dando os mesmos avisos de sempre. Após o jantar terminar, eu e minha amiga morena subimos para a torre de nossa casa. Chegando lá eu vou direto para a cama, mas não durmo. Fico pensando em Soluço (seu nome verdadeiro é Henry, mas vivia com soluço por volta dos 5 anos), a família dele é uma grande amiga da minha, e ele, claro, é meu grande amigo também. Na verdade é como um irmão, já que sou filha única. Me chama de Lisle, errado de propósito, e temos que aproveitar ao máximo todos os momentos que podemos ter juntos, porque, além de ser um ano mais velho, é da Lufa-lufa, e não da Corvinal. Após 5 minutos, finalmente durmo.

No dia seguinte, encontro Soluço no café da manhã, ele é moreno e tem uma perna de metal (perdeu em um acidente com dragões em uma viagem à Romênia), ele me abraça e esfrega minha cabeça, bagunçando meu cabelo. Fico brava com ele e digo:

-- Para Soluço! Que coisa! – meu cabelo muda para um vermelho vivo –

-- Que coisa! – ele me imita com uma voz estridente –

Dou um tapa de leve em seu peito e rio ao mesmo tempo. Quase que instantaneamente o abraço apertadamente e murmuro:

-- Que saudades!

-- Também Lisle!

Quando termino o café da manhã me despeço de Soluço e rumo para a aula de feitiços com o prof. Flitwick. Lá encontro toda a turma do 6º ano da Sonserina e mais a minha turma. Reparo que estou com as mesmas luvas coloridas de ontem e as escondo para evitar brincadeiras. Escondo tarde de mais, porque Floy Parkison, uma garota com cara de cachorro, faz comentários de mau gosto:

-- Olha as luvas da Leslie estranha!! Hahahaha acabou o dinheiro em casa e você teve que roubar de uma criancinha??

Os alunos da Sonserina riem e eu sento em uma mesa afastada. Não vou ligar para comentários bestas. Greta chega e senta ao meu lado, lançando um sorriso compreensivo. Retribuo o sorriso e brinco com meus dedos pensando de novo em Soluço. Nós combinamos de nos encontrar nos jardins no horário de almoço.

As quatro aulas seguintes são tranquilas, mas passo elas inteiras pensando em meu almoço com meu “irmão mais velho”. Chega a hora do almoço e eu corro para os jardins, sem nem me despedir de Greta. Chegando lá trombo com Henry.

-- Ei, quase derrubou nossos almoços!

-- O que são?

-- Sanduiches de pasta de amendoim.

-- ADOOOOROOOO!!!

Dou um beijo e sua bochecha e agarro um sanduiche, devorando-o. Depois nós dois vamos para nosso esconderijo secreto, uma toca pequena na orla da floresta proibida. O lugar é úmido e fresco, o que é bom, porque estamos em um dia muito ensolarado. Nós sentamos em um tapete deixado ali por nós e conversamos sobre os professores e as aulas. Soluço é o único em que confio totalmente, mas mesmo assim não conto sobre os Testrálios a ele, sinto que devo guardar para mim, é estranho.

Quando saímos da toca para voltar dentro da escola, Henry me surpreende dizendo para tomar cuidado com os espíritos do Mestre das Trevas. Nós corremos rindo até chegarmos no corredor. Cada um faz um caminho diferente.


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