Cartas para você escrita por Daniella


Capítulo 3
Terceira Carta


Notas iniciais do capítulo

"Você não pode controlar as coisas que acontecem com você, mas pode controlar a forma que reage a elas."
— Você de novo.



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16 de fevereiro de 1993

Querida Jeanine,

ontem foi aniversário de Scarlet e Jonas, Jonas fez uma festa no porão de sua casa e Scarlet fez uma festa de pijama em seu quarto apenas para as meninas. Foi uma noite bem divertida e hilária, pois fizemos um jogo chamado ‘Verdade ou Desafio’.

– Elizabeth você quer verdade ou desafio? – pergunta Mari.

– Desafio. – digo.

– O.k.! Você terá que beijar meu irmão.

Todas as garotas começaram a rir e eu acabei aceitando, logo o jogo recomeçou e acabei descobrindo muitos segredos. Depois que o jogo terminou nós fomos concluir nossos desafios e descemos ao porão.

– Gabriel, eu e as meninas fizemos um jogo chamado ‘Verdade ou Desafio’ e sua irmã me desafiou a beijar você. – digo.

– Não acredito que ela fez isso. – diz Gabriel.

– Posso te beijar?

– Sim.

Estavamos quase nos beijando quando Jonas nos interrompeu, acho que nunca irei beijar este menino. Como eu fui a única que não concluiu o desafio, tive que contar um dos meus maiores segredos.

Faltava 2 minutos para 1 hora da manhã quando eu comecei a sentir falta de ar e desmaiei, acordei hoje em uma cama de hospital.

– O caso dela é grave e precisa ser tratado urgente. – diz o médico ao meu pai.

Eu ainda estava com os olhos fechados, pois estava me sentindo péssima.

– Não consigo dizer isto a ela. – diz meu pai.

Logo adormeci e acordei à tarde.

– Pai – digo.

– Filha, você acordou. – diz meu pai.

Fiquei a tarde inteira recebendo visitas, a Scarlet, o Jonas, a Mari, o Gabriel e até o Alex vieram ver como eu estava.

– Você é forte Eli, logo estará bem. – fala Gabriel.

– Espero, estou muito cansada. – digo.

– Acho melhor eu ir.

– Não. – digo e seguro a mão dele. – Eu quero que você fique mais.

– Tem certeza?

– Sim.

Ficamos conversando sobre inúmeras coisas até que ele começou a passar sua mão em meu cabelo e eu acabei adormecendo, mas senti seu lábio tocando minha testa.

– Filha, podemos conversar? – fala meu pai.

– Claro pai. – digo.

– Você está muito doente, mas quero que saiba que iremos fazer de tudo para que você se recupere.

Meus olhos começaram a lacrimejar. Como eu podia estar doente a ponto de meu pai dizer isto?

– Pai o que está acontecendo?

– Filha... eu não consigo te dizer. – ele começou a chorar tanto que eu tive de chamar uma enfermeira para ele.

Meu pai não voltou até agora e minha mãe já me ligou cem vezes, mas eu não consigo atender uma mulher que me abandonou para viver com outra família e nem ao menos retornou quando eu ligava a ela. Acho que vou descansar agora, espero que esteja tudo bem com você.

Com carinho,

Elizabeth.


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