–-Vamos, Atena?—Poseidon oferece-se.—Fred não espera que você chegue agora, e eu estou de carro. Podemos voltar juntos!

Atena ponderou um pouco, olhando para a mala que arrastava com a mão.

–-Vamos, me ajude com isso.

Poseidon colocou as malas de Atena no porta malas junto com as dele e a convidou para entrar no carro. Ela entrou, e os dois começaram seu longo caminho de volta para casa.

Atena foi a primeira a quebrar o silencio, dando um longo suspiro cansado.

–-Eu sinto tanta falta da Annie...

–-E você acha que eu não sinto falta do meu menino?—Poseidon falou.—A cada vez que eu volto daquela maldita plataforma de petróleo o garoto esta maior!

–-Sally coloca fermento na comida dele?—Atena perguntou com um sorriso.

–-Eu já perguntei a ela, mas ela nega com veemência.—Poseidon balançou a cabeça e bateu a mão no volante.—Eu estou perdendo a infância do meu garotão dentro daquela plataforma! Não me formei em biologia marinha para isso...

–-Nem eu em engenharia...—Atena disse, pensativa.—Fred me disse que ela esta se tornando uma menina esperta...disse que ela sonha ser arquiteta.

–-Arquiteta?—Poseidon perguntou.—Não era isso que você queria fazer na faculdade antes de decidir por engenharia?

–-Exato.—Atena falou, olhando pela janela a noite escura.—Annabeth vale ouro para mim...

–-...e tem sido trocada por petróleo.—Poseidon completou.—Atena, posso lhe propor algo?

–-Sim, claro.—Atena concordou, curiosa.

–-Nosso trabalho tem nos roubado da nossa família, Ateninha.—Poseidon começou.—Sim, temos um excelente salario, mas vamos trocar nossa família por ele? Estamos trabalhando com o que queríamos, o que sonhávamos, mas nosso sonhos são mais importantes que a nossa família? Mais importantes que Sally ou Fred, Percy ou Annabeth? Vamos largar isso, vamos procurar algo que não nos faça abandonar quem amamos!

Atena pensou por algum tempo. Poseidon tinha toda a razão (o que não era comum a ele) em seu discurso sobre o trabalho deles. Isso os vinha roubando a anos de suas vidas, fazendo com que eles ficassem meses dentro da plataforma enquanto a vida corria louca sem os esperar para aproveita-la. Estava na hora de aproveitar os presentes que a vida tinha lhes dado antes deles a abandonarem.

–-O que me diz, Ateninha?—Poseidon perguntou a ela, lhe cobrando uma resposta.

–-Eu acho que você esta certo, Poseidon.—Atena concordou com ele.—Vamos marcar um jantar, nós quatro, para conversamos sobre isso.

–-Nós quatro?—Poseidon deu um sorriso.—Certo que eu lhe propus fazermos isso juntos, mas não achei que diríamos isso a eles juntos também.

–-Nós somos quatro somos amigos desde a faculdade, Poseidon. Aliais, mais íntimos do que a maioria...—Atena disse, constrangida.--...E estamos juntos até hoje, tomando decisões juntos na vida como se ainda estivéssemos tentando nos virar para passar no semestre. Nada mais justo do que tomarmos esta decisão importante juntos também.

–-“Mais íntimos que a maioria”—Poseidon riu.—Só porque você namorava comigo até Fred se dar mal em historia, quando você foi “ajuda-lo” a passar. Não precisa ter vergonha disso, Atena. Eu já recuperei meu coração partido.—Poseidon disse, segurando seu peito e fazendo uma careta falsa de dor.

–-“Coração partido”?—Atena deu um soquinho no ombro de Poseidon.—Aham, sei! Depois que eu terminei com você, Você saiu correndo para os braços da minha melhor amiga Sally!

–-E no meio de toda essa loucura nós viramos amigos inseparáveis...—Poseidon concluiu, com um sorriso.—Você tem razão. Vamos tomar essa decisão juntos, e não vamos perder nem mais um segundo da vida de nossos filhos!

Atena e Poseidon estavam distraídos pela sua conversa e pelas lembranças do passado que os atingiram, assim como o caminhão desgovernado que bateu de frente com eles e que Poseidon tentou em vão desviar.