–-Aonde estamos indo?—Reyna perguntou a Leo enquanto ele dirigia pela estrada.

–-Surpresa.

–-Leo, você sabe que eu não gosto de surpresas.—Reyna disse, cruzando os braços.—Além disso, Percy e Annabeth voltam hoje da lua de mel, e amanhã de manhã todo mundo vai ter que estar lá na casa de praia da Piper.

–-Relaxa, Rey.—Leo disse com um sorriso charmoso.—Nós vamos ser os primeiros a chegar amanhã, até mesmo antes da Piper e do Super-man loiro.

–-Jason Grace...—Reyna revirou os olhos.—O que você esta aprontando, Valdez?

–-Se eu te disser perde a graça...—Leo disse, e entrou em uma rua, estacionando na frente da casa de praia da Piper.—Ficamos aqui.

–-Vadez...—Reyna revirou os olhos.

Leo saiu do carro e abriu a porta para ela.

–-Vamos, docinho.—Leo piscou e balançou as chaves da casa na frente de Reyna.—Eu quero lhe fazer logo a surpresa.

Os dois entraram na casa que já estava pronta para receber a festa de boas-vindas de Percy e Annabeth. Na sala tinha uma faixa com os dizeres “TEAM PERCABETH 4EVER”. Havia também uma mesa que estava forrada com uma bandeira enorme da Grécia (onde eles tinham passado a lua de mel), e bolas azuis e brancas por todos os lados.

Reyna sorriu ao se lembrar do casamento deles, pensando em como eles pareciam tão felizes e animados por finalmente estarem unidos para sempre. Ela olhou para Leo ao seu lado e apertou um pouco a sua mão, pensando se algum dia ele lhe faria assim tão feliz quanto Percy fez feliz Annabeth no casamento.

Eles chegaram no corredor dos quartos e Leo a puxou para a porta do quarto da Piper.

–-Leo?—Reyna tocou no seu ombro enquanto ele abria a porta.—Esse é o quarto da Piper.

–-Eu sei.—Ele disse, e abriu a porta.—Primeiro as damas...ou samurais.

–-Idiota.—Reyna disse com um sorriso.

O quarto da Piper parecia igual ao de sempre, exceto pelo buquê de rosas que estava na cama e que fez Reyna olhar imediatamente para Leo, que sorriu tímido, se ajoelhando na frente dela e lhe pegando as mãos.

–-Rey...—Ele começou um pouco nervoso.—Eu escolhi esse lugar entre todos os outros porque creio que foi aqui, quando nossos malditos amigos nos prenderam, que começou a nossa historia de amor. Foi aqui, nessa cama, que você me deu nosso primeiro beijo juntos...—Leo disse, olhando para a cama rapidamente.—Foi na cozinha dessa casa que você disse para mim que queria tentar, e foi aqui, depois de algum tempo, que nós começamos a namorar...

–-Leo, eu...—Reyna queria falar alguma coisa, mas não conseguiu quando viu Leo tirar uma caixinha preta aveludada do bolso.

–-Reyna, você quer casar comigo?—Ele perguntou, mostrando a ela um anel de noivado.

Geralmente os anéis de noivado tem uma pedra de diamante, mas Leo Valdez é Leo Valdez, e como ele sabia que a cor preferida de Reyna era roxo. Ele encomendou um anel que tinha uma ametista encrustada em formato de diamante. Reyna imaginou que aquele anel deveria ter custado uma fortuna.

–-Eu aceito, Leo.—Ela disse com um sorriso brilhante e com os olhos molhados.

Leo sorriu e colocou o anel no dedo dela. Lagrimas escorreram do rosto de Reyna, que não sabia se começava a rir de felicidade ou a chorar de emoção, quando Leo a abraçou forte.

–-Eu te amo, Rey... E notei que esse amor por você é tão grande que já faz parte de mim. Não ter você para sempre ao meu lado seria arrancar meu coração do peito, seria me deixar oco por dentro, sem mais nenhuma capacidade de exprimir emoções...—Leo disse e a afastou um pouco para ver seu rosto, mas continuaram abraçados.—Eu te amo demais.

Lagrimas de emoção escorriam pelo rosto de Reyna enquanto ela sorria e admirava o rosto tão próximo de Leo Valdez. As palavras tinham sumido de sua mente, e a felicidade parecia tê-la tomado por completo desde o momento em que Leo tinha se ajoelhado para pedi-la em casamento.

–-Eu também te amo, Leo.—Ela disse com um sorriso.

Leo beijou os olhos molhados dela, abrindo um sorriso de felicidade genuína, que como a Reyna, não lhe era muito comum.

–-Você não sabe como o meu coração se aquece quando você me diz essas palavras...—Leo disse, unindo seus rostos, colando a sua testa na dela.—Eu te amo, minha rainha.

ooo

–-Então, crianças!—Disse Bianca, sentando-se na cadeira de um café em Nova York acompanhada por Nico e Judy. Não importava se eles tinham vinte anos, eles sempre seriam suas “crianças”.—O que era tão importante que vocês pediram uma conversa em particular?

Judy e Nico se entreolharam. Era o momento de contar tudo.

–-Bianca...Eu acho que não vai ter um jeito fácil de dizer isso...—Nico começou, entrelaçando os dedos encima da mesa e os observando.

–-Então me olhe nos olhos, Nicolas.—Disse Bianca, séria.—Você já esta grande o suficiente para isso.

Nico levantou os olhos e lançou um olhar firme para Bianca. Ele pegou as mãos de Judy, e Bianca lançou um olhar estranho para esse gesto, voltando seu olhar para os olhos de Nico em seguida.

–-Eu e Judy nos amamos.—Nico falou.

Bianca passou os olhos entre Nico e Judy sem demonstrar nenhuma expressão. Em seguida ela pegou sua bolsa encima da mesa e se levantou. O casal a observava em busca de uma resposta, mas Bianca apenas respondeu:

–-Eu não sou parte disso, tenho tempo para me preocupar com seus romances, Nico. Adeus.

Quando Bianca passou por eles para ir embora, Nico se levantou e pegou em seu braço, a puxando para ela ouvir uma ultima coisa:

–-Então espero que tenha tempo para o seu sobrinho, Bianca.—Nico disse e a soltou.—Adeus.