Quem deu permissão para abraçar-me?! escrita por Strife
Notas iniciais do capítulo
Oie pessoal! *-----------------------* podem me xingar, eu deixo. Mil perdões pela demora Ç.Ç eu estava passando por um momento horrível de falta de criatividade para escrever um capítulo dessa fic. Mas aí... Bam! A inspiração veio e um capítulo grandinho saiu u.u
Comentem e me deixem ver se ainda tem alguém aí acompanhando a fic.
Eu estava num sono tão bom... eu estava tendo um sonho perfeito... sonhei que estava tendo um encontro com o Natsu, é... aquele do anime Fairy Tail mesmo. Ai, ele era tão fofo. Nem parecia ele. Ele me abraçou depois de algum tempo... ele era tão quentinho... e também tinha um cheiro tão bom... flores? Talvez.
Depois Acnologia apareceu. Epa. O Natsu me jogou pra longe e sumiu na explosão que teve. Não morra Natsu. Não! Eu fui me aproximando e aproximando até que comecei a cair... eu gritava e caía... não Natsu. NÃO!
(...)
Abri os olhos bruscamente e comecei a ficar tonta, então minha reação foi fechar os olhos novamente, depois de alguns poucos minutos eu abri os olhos novamente, dessa vez mais devagar. Observei o lugar: quarto do Tyler. Vi minha condição: com o Tyler. Pensei no que fazer: matar o Tyler.
– FILHO DUMA MÃE! ACORDA! ACORDAAA! -gritei.
O pobrezinho acordou assustado e caiu da cama, me fazendo rir feito uma potranca. Ah não. Ele caiu e quando me viu rindo da cara amassada dele ele me puxou pela perna e me jogou no chão. Ai. Acho que vou passar um tempinho sem me sentar.
– Está louca? -me encarou.
– Ingrato. Eu te acordo gentilmente e é assim que me agradece? -me sentei no chão e cruzei os braços.
– Grace... -se sentou e ficou de frente para mim. Oh god! Ele estava irritado... MUITO irritado.
–Sim? -fiz a minha melhor cara de inocente.
Ele bateu as mãos ao lado do meu corpo e se inclinou um pouco para frente, ficando parcialmente por cima de mim. Sua expressão não era das melhores e eu não estava nem aí. Ele continuou me encarando e eu o encarei de volta. Minutos depois ele suspirou pesadamente e se levantou.
–Vá tomar um banho. Vamos sair. -entrou no banheiro.
–Onde vamos? -gritei.
...
Silêncio.
Depois do gelo que levei, resolvi finalmente me levantar e ir tomar um banho. Ah não. Um banho de água fria numa manhã fria de um sábado frio ninguém merece. Quer dizer... Pelo menos a água é bem quentinha.
– Ainda aqui?
– Ahh! Infeliz. Vai assustar o cão, seu maldito. -joguei um travesseiro nele.
É eu ainda não havia saído do quarto, na verdade eu estava novamente deitada na cama, curtindo preguiça, até que esse ser de outro mundo apareceu e me enxotou para o banheiro maldito e com uma toalha de brinde.
Depois de décadas e mais décadas dentro do banheiro, finalmente resolvi sair, mentira... não passei 15 minutos lá dentro, mas fiz minha higiene pessoal toda direitinha. Eu juro.
– Tomar café. Agora. -se levantou da cama e abriu a porta do quarto.
– Posso me trocar primeiro? -pus a mão na cintura.
– É pra mim responder mesmo? Porque se for... Eu diria que não. -me encarou.
– Sai logo, pelo amor de deus. -o empurrei para fora do quarto e tranquei a porta.
– As roupas reservas estão na segunda gaveta. -gritou do lado de fora.
– Ok. -gritei de volta.
Nem sei por que havia roupas minhas ali, mas pelo menos eu não teria que andar só de toalha por aí. Posso mandar o Tyler pegar minhas roupas depois, então tanto faz. Vesti o de sempre: um short jeans curtinho, uma meia calça preta rendada, uma regata laranja e uma jaqueta de algodão preta amarrada na cintura (por enquanto), deixei meus cabelos soltos mesmo e nos pés calcei um all star vermelho. Porra! De onde todas essas roupas vieram?!
– Oh Tyler, me diz uma coisa - entrei correndo na cozinha, quase virei uma panqueca no chão quando escorreguei na escada.
– O que? - me encarou, ele estava sentado no balcão da cozinha.
Uou. Ele estava parecendo um galã de novela, daqueles bem... estranhos: tava apenas com uma calça jeans escura e uma toalha no pescoço. Quem em sã consciência vestiria apenas esse projeto de roupa em uma manhã tão fria? E ainda com os cabelos molhados. Oh doença.
– Espero que pegue uma virose. - murmurei.
– Não vou. Tenho uma saúde ótima. -se levantou.
– Como pode ter tanta certeza? - cruzei os braços.
– Apenas... Tenho.
– Enfim. - revirei os olhos - Porque têm tantas roupas minhas aqui?
– Estou sendo prevenido.
– De, com e para que? - perguntei.
– Esquece, você não entenderia mesmo. - suspirou.
– O que?! Está me menosprezando?! É isso?! -gritei.
– Não estou. E pare com isso, suas bochechas estão vermelhas, e isso é estranho. -apertou minhas bochechas.
– Idiota. -bati em suas mãos- Me dê comida. -suspirei e me sentei no balcão.
– Tem leite e cereais aí em cima e tem bolo na geladeira.
– Pega o bolo. -apontei para a geladeira.
– Pegue você, não é como se você fosse alguma visita. -saiu da cozinha.
Bufei irritada e fui pegar meu bolo de cada dia, enquanto eu comia calmamente meu rocambole de chocolate todo recheado e gostoso a peste ruim voltou, vestido com camisa e tênis dessa vez.
– Vamos. -pegou meu prato, agora limpo, e o jogou na pia.
– Ei! Pra onde vamos? -o segui.
– Compras. -esperei ele trancar a porta para irmos.
– Espero que não seja longe. Ah! Vou comprar muitas besteiras, ok? -comecei a rir.
...
– É... Não íamos fazer compras? -cruzei os braços.
– E vamos. Mas preciso resolver umas coisinhas aqui antes. -me olhou pelo canto do olho.
– Tipo?
– Coisas.
– Você é um maldito desgraçado.
O cretino tinha me levado para o shopping. O S-H-O-P-P-I-N-G. Eu simplesmente odeio andar aqui, imagina fazer compras... Agora imagina fazer compras em um sábado de manhã. Esse maldito me paga. Ah se paga.
– Vamos. -segurou meu pulso e me puxou por ai.
– Não quero entrar aí. -falei.
– Deixa de ser fresca e entra logo. -parecíamos duas crianças brincando de cabo de guerra... com o meu braço, claro. E adivinha quem ganhou? Eu, claro. Ganhei uma bela dor nos ossos, enquanto ia sendo arrastada para dentro da loja.
– O que eu vim fazer aqui, meu deus? -choraminguei.
– Tão jovens... e já estão nisso? -uma senhora comentou para uma mulher ao seu lado, sua filha, talvez.
– A juventude é preciosa, deve ser aproveitada. Olha como eles são lindos. -a mulher respondeu.
– Ai que vergonha. -suspirei.
– Vergonha de que, querida? -ele segurou minha mão direita, a levantou na altura de seus lábios e beijou as costas de minha mão.
Arregalei os olhos. O que diabos essa criatura pensa que está fazendo? Eu. Quero. Morrer. Definitivamente. Quer dizer... não que eu não vá morrer definitivamente, mas... enfim. Olhei ao meu redor. Todos estavam cochichando.
– Solta! -pisei em seu pé e ele esboçou um micro sorriso.
– Não brinque assim com as garotas, Tyler.
– Ahn... quem é? -apontei pra o ser de outro mundo em minha frente.
– Leo. -respondeu.
– Oi. É... vamos? -puxei de leve a manga da camisa do loiro não canário.
– Vou ali com ele. Já volto. -falou e sumiu com o estranho.
Ótimo. Estou sozinha agora, beleza. Parece que o Tyler esqueceu que eu sou o caos ambulante, posso destruir tudo num piscar de olhos.
– Vamos. -o ser dotado de poderes paranormais surgiu na minha frente.
– Rápido. Quero sair logo daqui. -o arrastei para fora da joalheria especializada em alianças. Isso mesmo que você leu: alianças.
– Ai. -alguem ou alguma coisa resmungou atrás de mim.
– Você está bem? -ajudei o pequeno garotinho a se levantar.
Ai que fofo, dá até vontade de morder. Ele era branquinho, tinha olhos super verdes, cabelos encaracolados e loiros e lábios e bochechas rosadas. Parecia um anjinho. Na boa, vou morder ele.
– Se controle. -o mais velho me cutucou. Ser de outro mundo maldito.
– Não... eu me perdi. -falou baixinho.
– Não chore pequeno. Vamos encontrar seus pais. -o loiro maior afagou os cabelos do loiro menor. Oi?
– Qual seu nome? -perguntei.
– Gabriel. -segurou na mão do Tyler.
Ai. Meu coração não suporta tanta fofura.
– Idade?
– Ahn... seis.
Andamos em praticamente todo o shopping procurando a mãe do Gabriel, ele disse que a mãe dele era igual a ele, só que os olhos eram diferentes. Ótimas informações... o garoto não desgrudava do Tyler e é melhor assim, pois na única vez que tiramos os olhos dele ele quase derruba uma livraria. Agora sei como ele se perdeu.
– Cheio demais. -resmunguei.
–Anda, Grace. -o loiro chamou minha atenção.
– Falar é fácil. -suspirei.
– Vem cá. -segurou minha mão e me puxou para perto dele.
– Isso é muito estranho, cara. -levantei um pouco nossas mãos entrelaçadas.
– Se reclamar eu te deixo aqui.
– Você não faria isso. -ele riu.
– Imagina.
– Maldito. -dei um tapa em seu rosto e ele riu.
– Vocês dois são como namorados. -o Gabriel fez aquela cara de inocente fofa.
– Claro que não. -cortei rapidamente.
– Claro que não, né? Ela é feia... como uma bruxa. -encarou o Tyler.
– O.K, pestinha. Agora você pediu. -antes que eu terminasse de falar ele já tinha saído correndo e eu, normal e linda que sou, sai correndo atrás dele e o Tyler atrás da gente (pegue o pombo... pegue o pombo... peguem o pombo agora!).
A peste corria rápido, entrou em uma loja de brinquedos e quase o perdi de vista, começando a correr novamente no enorme corredor do shopping e o chão era liso, liso demais pro meu gosto. A pestinha mirim escorregou e caiu de bunda no chão, eu divamente rindo, escorreguei e ia caindo em cima do loirinho, mas... lindamente rápida, como sempre, consegui pegar ele no colo e colocar ele de frente para mim e o abracei. Poderia ser meu ultimo ato com um coro vivo, oras. Divas não morrem, são eternas. Íamos bater com tudo numa acéfala de uma maquina de refrigerantes e certamente virar suco no impacto. Fechei os olhos esperando o impacto, que não veio.
– Vocês estão bem? -o loiro um perguntou, ele estava entre nós e a máquina da morte.
– Por hoje sim. -coloquei o loiro dois, intacto, no chão- A pergunta é: você está bem?
– Pra falar a verdade....não. me lembre de nunca mais te deixar sozinha por aí. -deu um sorriso forçado.
– Gabriel! -uma mulher gritou, nos assustando.
– Mamãe! -se jogou nos braços da mulher.
– Desculpem por tudo. O que posso fazer para compensá-los? -ela nos encarou.
– Nada não. -o Tyler se agachou e falou alguma coisa pro Gabriel, a criança fez uma cara de surpresa incrível e sorriu para mim.
A mulher saiu brigando com a pobre criança encarnada do inferno enquando o salvador da pátria fazia caretas de dor ao meu lado.
– Vamos para casa. -falei.
(...)
– Não precisa. Estou bem.
– Eu sei que não. Para de reclamar e tira logo!
– Não. -levantou da cama.
– Não me faça ir até aí e tirar. -o encarei.
– Tyler Martinez...
– Não me senti nem um pouco ameaçado com isso. -revirou os olhos.
Eu estava tentando fazer com que o cabeça oca me deixasse dar uma olhada em suas costas, que eu tinha certeza que estavam machucadas por causa do impacto contra a máquina do mal lá no shopping.
– Que pena... eu estava pensando até em reconsiderar aquela sua coisa de “empregada particular”, mas... já que não quer isso não vejo motivos para ficar nessa casa. -fiz drama. Abri a porta do quarto e ele me puxou de volta. Ficamos nos encarando por um tempinho.
– Ok. -se sentou na cama, de costas para mim e tirou a camisa. Ai. Meu deus.
– E você ainda dizia que não era nada. -passei a mão por toda a extensão de suas costas e ele contraiu os músculos.
Prensei de leve minha mão na enorme marca roxa em suas costas e ele murmurou um xingamento.
– Grace! -reclamou.
– Tá bem... tá bem...
Peguei a caixa de primeiros socorros, coloquei gelo no machucado, um remédio para não infeccionar e enfaixei. Ri muito dele depois, todo enfaixado.
– Pronto? Satisfeita? -se virou para mim.
– Sabe que eu estava mentindo antes, né? -sorri.
– Tarde demais. -se inclinou um pouco para frente.
– Você está com febre. -o encarei.
– Não estou não. -coloquei minha mão em sua testa e o afastei.
– É... não está. -me levantei num pulo.
– Grace, sua... -mordeu o lábio.
– Bobeou, dançou. -mostrei a língua.
– Vamos comer, estou com fome. -gritei e corri para a cozinha, rindo.
– Vem comigo? -fiz cara de inocente.
– Pra onde? -sentou ao meu lado, no sofá.
– Lá em casa. Não quero ser chutada de novo.
– Tudo bem. -tirou meu prato de sobremesa de meu colo e deitou a cabeça no lugar.
– Ei! -dei um tapa em sua testa.
– Estou cansado. Deixe-me assim por um tempo. -fechou os olhos.
– Só não durma. -coloquei o prato na mesinha de centro da sala.
– Você me cansou. É seu dever e sua obrigação. -colocou minha mão esquerda em sua cabeça.
– Mais é um folgado mesmo. -ele riu.
– Muito. -murmurou.
– Por falar nisso... por que tinha roupas minhas aqui?
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O que acharam do capítulo?? oooooiiii? alguem aí? *-------------------* não me deixem na mão, vai.
O que acharam do Tyler? Amizade bonitinha essa deles, hein?
Sugestões? (realmente estou precisando) e criticas também. Aceito tudo rsrsrsrs
Beijão e até o próximo.
P.S: Alguem se interessa?
http://fanfiction.com.br/historia/516307/Rivais/