Quem deu permissão para abraçar-me?! escrita por Strife


Capítulo 17
Plano: Juntando Ally e Ed


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora ;.;
E este é o penúltimo capítulo.
Sim, gente, já está acabando



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— Onde está o Tyler? -pelo costume,  acabei entrando na casa dos Martinez sem cerimônia alguma, e dei de cara com a senhora Gloria, mãe do loiro-  Quer dizer... Bom dia...

— Grace! -sorriu- Não precisa de formalidades comigo, minha querida. Vou ser sua sogra em breve!

"Em breve"

Ah meu Deus. Essas famílias são loucas.

— Eu ainda nem tenho idade para casar.

— Mas vocês podem morar juntos.

— Ahn... Onde está o Tyler? -tentei desconversar.

— Ainda deve estar dormindo, passamos a noite na sua casa, e a madrugada conversando.

— Eu posso...? -apontei para as escadas.

— Claro,  vá em frente.

Comecei a subir, mas parei ao ouvir sua voz novamente.

— Podem trancar a porta. Sei que os jovens são mais ativos com os hormônios fervendo nessa idade... Mas sem filhos agora, ok? Se cuidem!

Apenas balancei a cabeça, assentindo. Eu sentia meu rosto quente de vergonha,  com certeza eu estava vermelha depois desse comentário tão... Tão.

Parei em frente a porta do quarto que já me era bem familiar.  E não entendam de um jeito malicioso! Girei a maçaneta devagar,  e logo todo aquele ar frio decorrente do ar condicionado me atingiu. Esse idiota adorava um frio hein.

Entrei, fechando a porta em seguida, e me aproximei da cama.

— Tyler. -chamei,  cutucando suas costas.

O indivíduo estava deitado de bruços, sem camisa -ele geralmente dormia sem ela- , e com o lençol enrolado só da cintura pra baixo. Ele estava com o rosto virado para o lado contrário ao qual eu estava, então não pude ver sua face. Mas pelo seu ronco baixo, eu sabia que ele estava mesmo cansado. Deve ter ficado mesmo a madrugada inteira ouvindo seus pais tagarelarem. -Se bem que essa última parte pode não ser muito verídica- .

— Tyler. -chamei novamente,  um pouco mais alto.

Desisti de chamar e comecei a sacudi-lo.

Ele resmungou alguma coisa,  provavelmente um xingamento,  e virou o rosto em minha direção.

— Ei. Acorda.

— Mas o que... -fez uma expressão irritada,  levantandoo rosto para e encarar- Grace?

— Bom dia, flor do dia! -me levantei do seu lado e fui abrir as cortinas.

Ouvi um resmungo e, quando virei para ele novamente,  o mesmo estava com o braço por cima dos olhos, já de barriga para cima,  resmungando.

— Parece um velho. -falei.

— Que horas são? -perguntou.

Eu nunca diria isso para ele, mas nessa posição que ele estava,  mostrando todo seu físico esculpido,  com essa voz rouca e baixa, e esses cabelos arrepiados o deixavam muito,  mais muito sexy.

Oh Deus. Virei uma pervertida.

— Umas nove e pouco...

— Merda. -praquejou.

— Fiquei sabendo que dormiu tarde e tudo mais,  mas preciso de você hoje.

— Não me faça ter pensamentos tão sujos pela manhã.

— Deixa de ser tarado, garoto! Eu falo sério!

— Ah é?  -riu- E para quê,  exatamente, precisa de mim?

— Colocar meu plano em ação!

— Como é?  -me encarou,  incrédulo.

— Da Ally e do Ed, lembra?  Que eu te falei outro dia. -me sentei na cama novamente.

— "Ed"?

— O Edward. Esse nome da trabalho de pronunciar.

— Você chamar ele assim faz parecer que são bem íntimos. -franziu o cenho.

— Ciúmes?  -brinquei.

— E com razão! Tem certeza que ele gosta da Ally, certo?

— Tenho sim. Não precisa ficar pegando no pé de todos os caras por causa de mim, ok?

— Só se você se comportar.

— Eu sou comportada. -beijei sua bochecha.

— Hmm.

— Anda, levanta daí e vai de arrumar!

— Arrumar?  Vamos a algum lugar?

— Ao parque!

— Nós dois? -sorriu.

— Encontro de casais!

— Tem certeza que é ums boa ideia? Nós estamos namorando e eles ainda mal se falam.

— E é aí que você entra. Pode dar uns conselhos para ele, né?

— Eu não sei...

— Por favor, Tyler. -fiz bico.

— Só se eu tiver pagamento adiantado. -riu.

— Pagamento?  Quer me extorquir? -pisquei, o encarando.

— Não por causa de dinheiro... Vem cá.  -afastou para o lado,  e levantou o lençol.

— Ahn... Eu tenho que fazer o que?

— Pode ficar alguns minutos aqui comigo.

— Você vai comigo? Digo, depois desses minutos.

— Sim. Mas pra isso você vai precisar se esforçar um pouco.

— Ah não... -ia começar a reclamar.

— Deita aqui, Grace.

Fiz o que ele disse.  Tirei minhas sapatilhas e me deitei, sendo coberta por seu lençol. Ele me abraçou pela cintura, me puxando para si.

— É tão bom fazer isso.  -riu.

— Me ameaçar?

— Te abraçar. -me encarou-  Beijar.  -beijou a ponta do meu nariz.

— Faz isso só comigo, né?

— Ciúmes?  -riu.

Coloquei as mãos em sua nuca, o puxando para mim, e colei nossos labios em um selinho demorado.

Eu estou possessiva sim, e completamente atraída por ele, ainda mais hoje que ele está indescritivelmente sexy.

— Que tal um beijo mais profundo? -falou assim que nos separamos.

— Você nem escovou os dentes!

— Casais nem de importam com esse tipo de coisa. Além disso, você tem que me satisfazer para que eu vá,  lembra?

— Eu tinha que me esforçar.

— Faz parte do seu trabalho.

— Mas...

— Dane-se!

Em um minuto eu estava falando,  e no outro, quase sendo engolida. O beijo estava tão... Intenso... Que eu senti um filete de saliva escorrer pelo canto da boca. Oh senhor...

Eu me sentia até envergonhada por tamanho erotismo com que o loiro me beijava e tocava. Ele afastou od lábios dos meus para que pudéssemos respirar,  e, antes que eu percebesse, ele estava por cima de mim, beijando e mordendo levemente meu pescoço e ombro.

Sua mão subiu das minhas coxas para a cintura, me apalpando devagar. Enquanto eu, de olhos fechados,  respiração pesada e entrecortada, estava o abraçando, aproveitando para acariciar suas costas definidas.

Ele sugou meu pescoço com tamanha vontade que ali eu tive certeza que era um chupão, e que iria marcar minha pele clara com toda certeza. E eu suspirei com isso.

— Você é pervertido. -murmurei.

— E você gosta. -sorriu contra meu pescoço agora sensível.

— É,  eu gosto. -tomei a iniciativa de beijá-lo dessa vez.

Me separei dele, ofegante e, muito provavelmente,  vermelha.

— Você é tão linda... -acariciou meu rosto.

— Sou mesmo. Agora levanta daí e vai se arrumar! -bati em seu peito, ficando de pé em seguida.

— Ah. Grace... Volta aqui...

— Não.  Levanta. Você prometeu! -falei.

— Grace má! -reclamou,  finalmente ficando de pé.

— Folgado.

— Não demoro. -passou por mim, beijando minha testa, e seguindo para o banheiro.

...

Acabei ficando para o almoço na casa do Tyler, e nesse meio tempo eu combinei tudo com a Ally e o Edward.

— Onde vamos nos encontrar com eles? -perguntou.

— Na entrada do parque.

— Isso parece tão clichê. Você gosta desse tipo de coisas,  Grace?

— Tenho uma alma romântica! -rimos.

— Vem cá.

Parei ao seu lado,  e ele segurou minha mão.

— Pronto.

— Idiota. -revirei os olhos, o puxando pelas ruas.

— Me ama. -sorriu.

— Ally! -me soltei dele e corri para abraçar aquela criatura fofa.

— Pres... Hmm... Olá,  Grace. -sorriu timidamente.

— Está atrasada. -o ruivo resmungou.

— Deixa de ser chato! Então... Vieram juntos?  -eu os observava.

— Sim... -ela falou,  ambos corando.

Ai meu deus. Que fofos.

Pelo canto de olho,  vi o Tyler iniciar uma conversa com o ruivo, e comecei a fazer o mesmo com a Ally.

— Então, Ally, ansiosa pela viagem?

— Está bem mais perto né... Sim, de certa forma, estou bem ansiosa.

Começamos a andar pelo parque. Os olhos dela brilhavam ao olhar para aqueles brinquedos,  me fazendo rir.

— Gosta de parques?

— Sim... -ficou vermelha.

— Ally, eu vou ser bem direta. Você gosta de alguém? -a encarei.

Por um momento pensei que a menina fosse explodir. Ela estava vermelha, e eu podia ver fumaça saindo pelos seus ouvidos.

— Ei! Calma! -a sacudir pelos ombros.

— Como você me pergunta algo assim e ainda me pede pra ficar calma?

— Eu... Ahn... Me desculpe?

Ela simplesmente começou a rir da minha cara. Insolente!

— Sua cara foi hilária.

— Só responda, sua chata!

— Eu... Sim... -suspirou.

— É o Edward... Não é? -tentei soar o mais indiferente possível.

— Sim. -suspirou novamente.

— Já se declarou pra ele?

— Claro que não, Grace!

— Ah que bom. -suspirei aliviada- Homens tem que dar o primeiro passo!

— Você é muito divertida! -riu.

— Mas é sério... Eu acho que ele gosta de você também. -soltei.

— Sério?!

— Sério. E acho que vocês poderiam conversar e se acertar... Tipo... Hoje!

A empurrei para dentro de uma das cabines da roda gigante. Tinha visto o Tyler fazer isso pouco antes de mim, e entendi a deixa.

— Missão cumprida!  -falei enquanto dava "tchauzinho" pra cabine que eles estavam.

— Cumprida? Eles ainda não se falaram!

— Mas vão se entender. Eu sei que vão.

— Espero que seja assim.

— Tyler, conseguiu arrancar alguma coisa daquele ser ruivo?

— Sim.

— O quê?

— Conversa de homem.

— Ah não... Me conta!

— Não.

— Chato. -bufei.

— Podemos ter o nosso encontro agora?

— Não.

— Casa mal assombrada primeiro? -sorriu,  segurando minha mão.

— Só se for pra se pegar no escurinho. -gargalhei quando ele concordou rapidamente.

— Você não presta nem um pouco, Grace. -balançou a cabeça em negação.

— Eu sei. -beijei sua bochecha.

E fomos para a bendita casa mal assombrada.

O que aconteceu lá,  ficou lá.

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Posto o outro em seguida, ok?
Beijão :3



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