Quem deu permissão para abraçar-me?! escrita por Strife
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a demora ;.;
E este é o penúltimo capítulo.
Sim, gente, já está acabando
— Onde está o Tyler? -pelo costume, acabei entrando na casa dos Martinez sem cerimônia alguma, e dei de cara com a senhora Gloria, mãe do loiro- Quer dizer... Bom dia...
— Grace! -sorriu- Não precisa de formalidades comigo, minha querida. Vou ser sua sogra em breve!
"Em breve"
Ah meu Deus. Essas famílias são loucas.
— Eu ainda nem tenho idade para casar.
— Mas vocês podem morar juntos.
— Ahn... Onde está o Tyler? -tentei desconversar.
— Ainda deve estar dormindo, passamos a noite na sua casa, e a madrugada conversando.
— Eu posso...? -apontei para as escadas.
— Claro, vá em frente.
Comecei a subir, mas parei ao ouvir sua voz novamente.
— Podem trancar a porta. Sei que os jovens são mais ativos com os hormônios fervendo nessa idade... Mas sem filhos agora, ok? Se cuidem!
Apenas balancei a cabeça, assentindo. Eu sentia meu rosto quente de vergonha, com certeza eu estava vermelha depois desse comentário tão... Tão.
Parei em frente a porta do quarto que já me era bem familiar. E não entendam de um jeito malicioso! Girei a maçaneta devagar, e logo todo aquele ar frio decorrente do ar condicionado me atingiu. Esse idiota adorava um frio hein.
Entrei, fechando a porta em seguida, e me aproximei da cama.
— Tyler. -chamei, cutucando suas costas.
O indivíduo estava deitado de bruços, sem camisa -ele geralmente dormia sem ela- , e com o lençol enrolado só da cintura pra baixo. Ele estava com o rosto virado para o lado contrário ao qual eu estava, então não pude ver sua face. Mas pelo seu ronco baixo, eu sabia que ele estava mesmo cansado. Deve ter ficado mesmo a madrugada inteira ouvindo seus pais tagarelarem. -Se bem que essa última parte pode não ser muito verídica- .
— Tyler. -chamei novamente, um pouco mais alto.
Desisti de chamar e comecei a sacudi-lo.
Ele resmungou alguma coisa, provavelmente um xingamento, e virou o rosto em minha direção.
— Ei. Acorda.
— Mas o que... -fez uma expressão irritada, levantandoo rosto para e encarar- Grace?
— Bom dia, flor do dia! -me levantei do seu lado e fui abrir as cortinas.
Ouvi um resmungo e, quando virei para ele novamente, o mesmo estava com o braço por cima dos olhos, já de barriga para cima, resmungando.
— Parece um velho. -falei.
— Que horas são? -perguntou.
Eu nunca diria isso para ele, mas nessa posição que ele estava, mostrando todo seu físico esculpido, com essa voz rouca e baixa, e esses cabelos arrepiados o deixavam muito, mais muito sexy.
Oh Deus. Virei uma pervertida.
— Umas nove e pouco...
— Merda. -praquejou.
— Fiquei sabendo que dormiu tarde e tudo mais, mas preciso de você hoje.
— Não me faça ter pensamentos tão sujos pela manhã.
— Deixa de ser tarado, garoto! Eu falo sério!
— Ah é? -riu- E para quê, exatamente, precisa de mim?
— Colocar meu plano em ação!
— Como é? -me encarou, incrédulo.
— Da Ally e do Ed, lembra? Que eu te falei outro dia. -me sentei na cama novamente.
— "Ed"?
— O Edward. Esse nome da trabalho de pronunciar.
— Você chamar ele assim faz parecer que são bem íntimos. -franziu o cenho.
— Ciúmes? -brinquei.
— E com razão! Tem certeza que ele gosta da Ally, certo?
— Tenho sim. Não precisa ficar pegando no pé de todos os caras por causa de mim, ok?
— Só se você se comportar.
— Eu sou comportada. -beijei sua bochecha.
— Hmm.
— Anda, levanta daí e vai de arrumar!
— Arrumar? Vamos a algum lugar?
— Ao parque!
— Nós dois? -sorriu.
— Encontro de casais!
— Tem certeza que é ums boa ideia? Nós estamos namorando e eles ainda mal se falam.
— E é aí que você entra. Pode dar uns conselhos para ele, né?
— Eu não sei...
— Por favor, Tyler. -fiz bico.
— Só se eu tiver pagamento adiantado. -riu.
— Pagamento? Quer me extorquir? -pisquei, o encarando.
— Não por causa de dinheiro... Vem cá. -afastou para o lado, e levantou o lençol.
— Ahn... Eu tenho que fazer o que?
— Pode ficar alguns minutos aqui comigo.
— Você vai comigo? Digo, depois desses minutos.
— Sim. Mas pra isso você vai precisar se esforçar um pouco.
— Ah não... -ia começar a reclamar.
— Deita aqui, Grace.
Fiz o que ele disse. Tirei minhas sapatilhas e me deitei, sendo coberta por seu lençol. Ele me abraçou pela cintura, me puxando para si.
— É tão bom fazer isso. -riu.
— Me ameaçar?
— Te abraçar. -me encarou- Beijar. -beijou a ponta do meu nariz.
— Faz isso só comigo, né?
— Ciúmes? -riu.
Coloquei as mãos em sua nuca, o puxando para mim, e colei nossos labios em um selinho demorado.
Eu estou possessiva sim, e completamente atraída por ele, ainda mais hoje que ele está indescritivelmente sexy.
— Que tal um beijo mais profundo? -falou assim que nos separamos.
— Você nem escovou os dentes!
— Casais nem de importam com esse tipo de coisa. Além disso, você tem que me satisfazer para que eu vá, lembra?
— Eu tinha que me esforçar.
— Faz parte do seu trabalho.
— Mas...
— Dane-se!
Em um minuto eu estava falando, e no outro, quase sendo engolida. O beijo estava tão... Intenso... Que eu senti um filete de saliva escorrer pelo canto da boca. Oh senhor...
Eu me sentia até envergonhada por tamanho erotismo com que o loiro me beijava e tocava. Ele afastou od lábios dos meus para que pudéssemos respirar, e, antes que eu percebesse, ele estava por cima de mim, beijando e mordendo levemente meu pescoço e ombro.
Sua mão subiu das minhas coxas para a cintura, me apalpando devagar. Enquanto eu, de olhos fechados, respiração pesada e entrecortada, estava o abraçando, aproveitando para acariciar suas costas definidas.
Ele sugou meu pescoço com tamanha vontade que ali eu tive certeza que era um chupão, e que iria marcar minha pele clara com toda certeza. E eu suspirei com isso.
— Você é pervertido. -murmurei.
— E você gosta. -sorriu contra meu pescoço agora sensível.
— É, eu gosto. -tomei a iniciativa de beijá-lo dessa vez.
Me separei dele, ofegante e, muito provavelmente, vermelha.
— Você é tão linda... -acariciou meu rosto.
— Sou mesmo. Agora levanta daí e vai se arrumar! -bati em seu peito, ficando de pé em seguida.
— Ah. Grace... Volta aqui...
— Não. Levanta. Você prometeu! -falei.
— Grace má! -reclamou, finalmente ficando de pé.
— Folgado.
— Não demoro. -passou por mim, beijando minha testa, e seguindo para o banheiro.
...
Acabei ficando para o almoço na casa do Tyler, e nesse meio tempo eu combinei tudo com a Ally e o Edward.
— Onde vamos nos encontrar com eles? -perguntou.
— Na entrada do parque.
— Isso parece tão clichê. Você gosta desse tipo de coisas, Grace?
— Tenho uma alma romântica! -rimos.
— Vem cá.
Parei ao seu lado, e ele segurou minha mão.
— Pronto.
— Idiota. -revirei os olhos, o puxando pelas ruas.
— Me ama. -sorriu.
— Ally! -me soltei dele e corri para abraçar aquela criatura fofa.
— Pres... Hmm... Olá, Grace. -sorriu timidamente.
— Está atrasada. -o ruivo resmungou.
— Deixa de ser chato! Então... Vieram juntos? -eu os observava.
— Sim... -ela falou, ambos corando.
Ai meu deus. Que fofos.
Pelo canto de olho, vi o Tyler iniciar uma conversa com o ruivo, e comecei a fazer o mesmo com a Ally.
— Então, Ally, ansiosa pela viagem?
— Está bem mais perto né... Sim, de certa forma, estou bem ansiosa.
Começamos a andar pelo parque. Os olhos dela brilhavam ao olhar para aqueles brinquedos, me fazendo rir.
— Gosta de parques?
— Sim... -ficou vermelha.
— Ally, eu vou ser bem direta. Você gosta de alguém? -a encarei.
Por um momento pensei que a menina fosse explodir. Ela estava vermelha, e eu podia ver fumaça saindo pelos seus ouvidos.
— Ei! Calma! -a sacudir pelos ombros.
— Como você me pergunta algo assim e ainda me pede pra ficar calma?
— Eu... Ahn... Me desculpe?
Ela simplesmente começou a rir da minha cara. Insolente!
— Sua cara foi hilária.
— Só responda, sua chata!
— Eu... Sim... -suspirou.
— É o Edward... Não é? -tentei soar o mais indiferente possível.
— Sim. -suspirou novamente.
— Já se declarou pra ele?
— Claro que não, Grace!
— Ah que bom. -suspirei aliviada- Homens tem que dar o primeiro passo!
— Você é muito divertida! -riu.
— Mas é sério... Eu acho que ele gosta de você também. -soltei.
— Sério?!
— Sério. E acho que vocês poderiam conversar e se acertar... Tipo... Hoje!
A empurrei para dentro de uma das cabines da roda gigante. Tinha visto o Tyler fazer isso pouco antes de mim, e entendi a deixa.
— Missão cumprida! -falei enquanto dava "tchauzinho" pra cabine que eles estavam.
— Cumprida? Eles ainda não se falaram!
— Mas vão se entender. Eu sei que vão.
— Espero que seja assim.
— Tyler, conseguiu arrancar alguma coisa daquele ser ruivo?
— Sim.
— O quê?
— Conversa de homem.
— Ah não... Me conta!
— Não.
— Chato. -bufei.
— Podemos ter o nosso encontro agora?
— Não.
— Casa mal assombrada primeiro? -sorriu, segurando minha mão.
— Só se for pra se pegar no escurinho. -gargalhei quando ele concordou rapidamente.
— Você não presta nem um pouco, Grace. -balançou a cabeça em negação.
— Eu sei. -beijei sua bochecha.
E fomos para a bendita casa mal assombrada.
O que aconteceu lá, ficou lá.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que acharam?
Posto o outro em seguida, ok?
Beijão :3