A Noiva escrita por Felipe Melo


Capítulo 9
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

Gente eu agradeço o carinho e apoio pela minha história... Isso é muito importante pra mim.. Amei escrever esse capitulo... espero que gostem... Comentem gente... amo os comentários de vcs... espero que vcs gostem... Boa Leitura e Comentem e recomendem... Beijos e Boa Leitura... ^^



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Capitulo Nove

(Quando Não Existe Ordem, O Caos Reina. Se o Caos Reina, a Ordem Interfere).

– A Nova Ordem Política de Guerra

O salão estava lotado novamente. O assunto não era outro se não a primeira prova. Hoje não sabíamos a programação “surpresa” que íamos ter. Fiquei sentada em uma cadeira no canto da janela. Logo uma mulher baixinha e com roupas chiques entrou no salão.

– Bom Dia – disse ela – Meu Nome é Carmela.

Ninguém respondeu. E só pra constar a voz dela é muito irritante. Houve risadinhas. Infelizmente Carmela pareceu ouvir.

– Vocês acham que estar aqui é brincadeira? Vocês são patéticas. Estou aqui para passar a programação de hoje para vocês. Ah, não tolero malcriações.

Ela virou de costas e pareceu puxar algo que parecia um papel. Na verdade era um rolo de pergaminho enorme. Ele desceu, deu a volta e parou quase em uma garota lá no fundo.

– Como vocês podem ver o Castelo tem toda uma programação. E especialmente essa é a de vocês. Até o fim do campeonato Das Noivas.

Uma menina loira e baixinha levantou a mão.

– Senhora Carmela? – disse ela

– Diga Tiffany.

– Nossas mães ficaram conosco não é mesmo?

– Sabe Tiffany a vida exige escolhas. Vocês nem sempre terão a mãe de vocês. E para falar a verdade, hoje mesmo suas mães pegaram os aviões preparados para elas, e voltaram pra casa.

Todas suspiraram menos eu. As mães ficariam aqui apenas hoje. Nossa! Isso para mim seria um alivio, mas por outro seria desconcertante. Eu amava minha mãe. Mas ela já não era mais minha. Ela era da Nova Sociedade. E eu estava disposta a mudar as coisas por aqui.

– Antes que me perguntem suas mães já foram notificadas. Elas estão nesse exato momento arrumando suas coisas. O senhor Thomas odeia choradeira. Então, portanto, sejam fortes.

Continuamos olhando para ela. Carmela, além de ser uma senhora muito chata e baixinha, tinha olhos tom de verde lindos. Ela tinha classe, e as roupas que usava a fazia ficar sofisticada.

– Pois muito bem. Agora chamarei os seus nomes e vocês terão que ali naquele recinto atrás das escadas e se arrumar. Hoje aprenderemos postura. Ser Dama da Ordem exige Disciplina, Decência, Dureza nas emoções. Se comover apenas em assuntos necessários.

Bufei. Ter postura? Estávamos competindo por ser Noiva? Ou Princesa Celestial?

– Com licença Senhorita Carmela – disse eu – Somos Noivas ou princesas?

Se ela fosse forte e pudesse jogar um navio em mim. Naquele momento ela jogaria.

– Essa pergunta foi impertinente. Já ouvi falar da senhorita. A senhora com certeza é Elisabeth Smith. Tem histórico de ser inconveniente em suas perguntas. Mas respondendo sua pergunta os dois. Se a senhora vencer e for escolhida, o que eu acho muito difícil terá que ter modos de Noiva, mas comportamento de princesa.

Não perguntei mais nada. Deixei que ela nos conduzisse por um enorme salão vermelho cheio de maquiadores e estilistas e vestidos. Fui logo levada por uma maquiadora brasileira com o nome Vera. Ela foi muito simpática.

– Amo a sua cor – disse ela pra mim.

– Obrigada – disse eu – mas aqui na América é meio difícil gostarem. Eu não ligo.

– No meu país, é uma mistura sabe? Você seria muito bem recebida lá. O Brasil tem uma Ordem diferente do seu. Lá temos liberdade.

– Vocês não precisam casar? Achei que fosse um conceito mundial das Ordens.

Vera riu.

– O Brasil, França e Inglaterra se desligaram das Ordens dos outros países. Nós casávamos obrigadas quando a Ordem daqui controlava tudo. Mas agora somos livres, já não há mais colapso feminino no meu país. Não sei como pode haver ainda aqui.

Fiquei chocada. Mais uma coisa que não sabíamos. A ordem manipulava as outras. Anotei mentalmente o que Vera me disse. Se o mundo estava se cuidando do colapso e recuperando as mulheres de alguma forma, porque não aqui?

– Nunca vi uma negra como você de cabelos lisos. Achei que fosse escova.

Eu não pude deixar de sorrir. Vera é tão simpática.

– Minha família é uma mistura. Meu pai é negro, mas minha mãe é loira. Puxei os cabelos dela, mas a cor de meu pai. Os olhos são mesclados dos dois.

– Não é por nada Elisabeth. Mas você é muito bonita. É incomum. Isso chama atenção de qualquer um.

– Ah que isso Vera. Existem tantas jovens aqui...

– Quantidade não é sinônimo de qualidade. Lembre-se disso querida. E você está pronta. Antes de se olhar, vamos colocar o vestido que escolheu.

Depois de uns quinze minutos eu estava pronta. E deslumbrante. Meus cabelos pretos estavam organizados em cachos. Presos em um coque. Eu estava de azul bebê. A maquiagem era suave. E o perfume era tão suave. Meus lábios estavam cheios, talvez pelo batom vermelho sangue. Senti-me mulher. Realmente uma mulher.

– Vera eu estou sem palavras... Olha...

– Agradeça-me arrasando lá fora.

Todas as jovens em menos de duas horas estavam lindas e organizadas em filas de dez. Estávamos esperando Carmela. Em menos de uns dez minutos ela retornou. Também estava arrumada. Estava com um vestido vermelho, e com um broche em brasão da bandeira da Ordem.

– Ora, todas estão impecáveis. Muito bem, chamem Thomas. Diga que ele escolha apenas uma.

Se eu pudesse correr seria ali. Por isso as aulas de etiqueta. Íamos conversar ou sei La o que com Thomas Salazar. Comecei a soar as mãos e logo ele entrou. Meu coração palpitou tão forte, mas mantive a postura. Olhei nos olhos dele. E ele pareceu me reconhecer apenas por um instante. Todas faziam pose. Algumas chegavam até a por a mão na boca.

– Olá meninas – disse ele – vocês estão... Espetaculares.

– Thomas quer dizer – disse Carmela – Que escolherá apenas uma de vocês para passar o almoço com ele. É apenas um pequeno privilégio, depois do primeiro desafio.

Ele nem ligou para Carmela. Ele veio andando em nossa direção. Eu era a segunda da fila. Olhei para o chão. Mas quando ele passou por mim, uma força magnética, um choque elétrico me percorreu e eu tive que encará-lo. Foi quando ele puxou a minha mão.

– Carmela? – disse ele.

– Sim senhor – disse ela.

– Providencie o almoço. Almoçarei com essa linda jovem hoje.

Eu não estava acreditando no que estava acontecendo. Fui levada para uma sacada luxuosa. Os lustres eram de diamantes. E Thomas estava ao meu lado. Estava segurando minha mão. Eu achei que eu ia rejeitar. Mas o toque dele me acalmava de alguma forma.

– Peço desculpas se Carmela assustou você – disse ele.

Não conseguia responder.

– Você não fala é?

– Desculpe – disse eu – é só que não esperava ser escolhida.

– Você me espionou na janela aquele dia. Lembrei de você.

Ih, ele lembrou. Estava vermelha feito pimenta.

– Ah sim. Estava sem sono. Sem querer eu te vi chegar.

– Sei que sou seu sonho de consumo. Só não criei muitas esperanças...

– Seu sonho de consumo? Acha que estou aqui por quero?

– Lógico. Todas vocês vieram por mim.

– Não. Nós viemos obrigadas. O termo dizia OBRIGATÒRIO.

– Você não é uma menina normal. Todas gostariam de estar no seu lugar.

– Você é hostil. E tem razão não sou normal. Não sei nem porque estou competindo.

– Quer que eu te leve ao altar. Admita.

Cansei. Sentei a mão na cara dele. Sim, ele ficou surpreso e caiu da cadeira. E eu olhei para ele e corri. Corri por mim, corri por ele, corri pela minha vida ser uma droga. Corri porque estava competindo. E tinha prometido perder na primeira oportunidade. O que estava acontecendo comigo? Será que eu ainda era Elisabeth?

Quando me dei conta estava correndo para fora do castelo. Não havia sinal de guardas. Muito menos de alarde. Acho que Thomas não iria revelar que apanhou de uma garota. Sentei nas escadas e chorei. A chuva começou a cair, mas não sai do lugar não me movi. Senti a maquiagem escorrer por meu rosto, mas não queria me mover. Queria que assim como a maquiagem que estava borrada e sumindo, eu sumisse também.

– Moças bonitas não deveriam chorar muito menos ficar na chuva.

– Felipe – disse eu entre soluços – vai embora.

– E deixar você aqui? Não mesmo.

– Eu dei um tapa na cara de Thomas.

– Jura? Gostei disso. Mas antes de me contar, vamos para meu estábulo.

O estábulo estava organizado. O cavalo de Felipe ficou em um estábulo fora desse. Ele preparou um chocolate quente e sentamos em uma mesa.

– Conte-me tudo Elisabeth.

– Ele começou a se aparecer. Eu me irritei e... Bati na cara dele.

– Ele não fez nada?

– Se ficar com cara de surpreso e ficar lá parado forem pouco isso é bom.

– Eu queria ter visto. Mas porque pensa em desistir?

– Não queria estar aqui Felipe. Não pedi por isso. Essa não sou eu.

– Não pode desistir ao menos que for eliminada. E acha mesmo que vou deixar ser eliminada?

– Você não tem nada a ver com isso.

– Mas... Tem algo... Algo em você... È diferente...

– Já estou decidida vou fraquejar no próximo desafio de propósito. Assim saio desse mundo louco.

– Se você desistir conto a Corte da Ordem que você fez de propósito.

– Não tem provas.

– Acha mesmo que eles não acreditariam em um empregado que cresceu aqui?

– Felipe eu te Odeio.

Levantei-me e sai lá para fora. A chuva ainda continuava. Ele puxou meu braço.

– Pode parecer loucura, mas se desistir, não vai querer saber o que acontece.

– Outro enigma?

– Entenda como quiser. Eles sabem muito bem quem falha de propósito. Ou quem forja algo. E acredite as conseqüências não são boas.

Ele largou meu braço e eu corri para o castelo. Encontrei as portas abertas e subi para meu quarto.

– Camila? – disse eu.

– Liz – disse ela chorando – Melina sumiu.

– Como assim sumiu?

– Ela desistiu e subiu a corte para pedir permissão, e não voltou.

– Como assim não voltou Camila? Ela tem que estar aqui. Ninguém some assim.

– Ai Liz – disse ela e começou a chorar no meu ombro.

Mas uma vez as drogas das palavras de Felipe estavam certas. E eu tinha um mistério para resolver. Onde estava Melina? E como eu protegeria as pessoas que eu amava, até o próximo desafio.


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Notas finais do capítulo

- Comentem gente e Boa Leitura...
- Beijos da Liz e Do autor



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