A Noiva escrita por Felipe Melo


Capítulo 20
Captulo 20


Notas iniciais do capítulo

Demoreeei mas cheguei. Desculpa gente, a escola toma meu tempo, as aulas de canto também e os eventos de música também. Bem gente espero que vocês gostem e que poxa, comentem! Sinto falta de muitos comentários de vários leitores aqui. Ei você que sumiu, comenta de novo que to com sdds de coments. Beijos espero que gostem e divirtam-se... Comentem gente e você que sumiu também...Beijooos



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Capitulo Vinte

(Logo menos tudo se resolve)

– Liz

Eu voltei pro quarto e nem ao menos precisei explicar para Camila o que aconteceu, como sempre ela me recebeu de braços abertos e não me julgou. Mas claro que tomei uma bronca! Eu realmente tinha me dado conta da besteira em que colocara a minha vida. O escândalo tinha que ficar ate as paredes desse castelo, - se acaso ele ultrapassasse os limites desses muros, a competição, a minha vida estaria arruinada.

Eu deitei, mas não conseguia dormir. Imagens e mais imagens de Thomas triste, bravo e decepcionado comigo enchiam minha cabeça. Ele com certeza iriam agir iguais a Felipe, me jogaria no lixo. Eu teria que me preparar para isso, mas no momento não tinha nenhuma lembrança boa para me apegar.

Levantei-me da cama e fui andar nos corredores, ou até mesmo no jardim. Eu não estava nem ai para as regras de recolhimento. Eu já não me enquadrava mais aqui, e se continuava aqui era apenas pela misericórdia e tutela de Victor. Não havia nada que ele não soubesse. Como ele disse com certeza o castelo é vigiado.

Andei e sentei-me em um dos degraus que dão para a porta principal. O vento refrescava minhas idéias e faziam com que eu ficasse tranqüila. Como é bom sentir um pouco de paz. A lua iluminava aquele imenso jardim que em breve seria lotado por pessoas, mídia para mais uma grande prova.

Enquanto minha mente se preparava psicologicamente para preparar-me com as brigas com Thomas, um ruído chamou-me a atenção. Duas pessoas caminhavam perto do muro leste. Seriam ladrões? Seriam penetras? Seriam espiões de Carmela?

Eu deveria ouvir a voz da razão e fugir, mas o que fiz foi andar até as duas sombras. Eu estava morta de medo, mas se fosse algo planejado por Carmela eu mandaria um recado bem especial a ela. Tinha certeza que ela armara contra mim, Cristian tinha vindo porque ela pediu. Não havia outras explicações.

– Fique parada onde está – a voz de um menino me atingiu com um baque – se você se aproximar terei que usar de força bruta.

– Força bruta? – disse eu – você não tem cara de ladrão, muito menos de assaltante ou mandante de crime...

– Merda! – grunhiu uma voz feminina e logo eu estava cercada por uma menina de estatura média, morena e com cabelos curtos pretos em estilo antigo.

– Não queremos problemas okay? – disse a menina – esqueça isso que esquecemos que você quebrou a regra do toque de recolher...

Não respondi. Na verdade olhando bem, eu a conhecia. Ela é do castelo, uma das Noivas. Sorri vendo que não era a única a esconder coisa por aqui.

– Tudo bem – disse eu – não vou falar nada. Estou voltando para o dormitório.

– Ei – disse a menina – conheço você... Você é Elisabeth não é?

– Liz – disse eu – sou eu mesma. E você é?

– Lorena – disse ela – e bem, espero que você não tente dar em cima do meu namorado!

– Namorado? – sim eu sou lerda. Seria o menino que estava ao lado dela?

– Sim – disse o menino – sou eu. Meu nome é Heath.

Okay. Lorena então namorava escondido. Se ela fosse descoberta seria pior que ladrão no pote de biscoitos.

– Vocês namoram? – perguntei eu retardadamente.

– Claro – disse Lorena – por quê?

– Ual – disse eu – mais alguém aqui além de mim faz besteiras.

Lorena e Heath riram com a comparação.

– Sim – disse Heath – e não estamos dispostos a aceitar essa competição.

– Desculpe – disse eu – eu devo ter atrapalhado vocês... Eu... Eu não queria...

– Relaxe – disse Lorena – eu gostei de você. Temos algo em comum. Fazemos besteiras escondidas do governo da Ordem... Bem você foi descoberta, mas tudo bem...

– Está falando de Cristian? – disse eu meio grossa, odiava quando meu tom de voz não deixava que eu transparecesse tranqüila.

– Sim – disse ela – eu fiquei sabendo que vocês...

– Não – disse eu – isso foi uma armação... Eu jamais... Você não sabe do que esse governo é capaz...

– Sei sim – disse Lorena – sei que não nos conhecemos, mas acredito no que diz. Se for armação você não está sozinha!

As palavras dela me pegaram de surpresa. Nos não conhecíamos, e até para quem estava se conhecendo, não era uma pessoa que concordaria com a outra logo de cara. Lorena olhava nos meus olhos e parecia sincera. Heath também assentira de uma forma sincera. O que a Ordem tinha feito a eles?

– Isso é bizarro – saiu da minha boca sem que eu percebesse.

– Sim – disse Lorena – a Ordem é bizarra. As atrocidades...

Um alarme disparou. As luzes do castelo se acenderam. Víamos policiais de batidas e guardas vindos na direção do jardim. Heath correu e por muita sorte pulou o muro. Lorena e eu ficamos atônitas. Havíamos sido pegas, e em minha situação atual, eu deveria ter respeitado as regras. Lorena olhou para mim com os olhos brilhando.

– Vamos nos esconder – sussurrou ela – tem um buraco ali...

– Será que dá tempo?

Antes que eu pudesse raciocinar ela me puxou e nos enfiou em uma pequena bifurcação que nos cabia. Ficamos meio espremidas, mas logo as luzes cessaram e o castelo permaneceu calmo novamente.

– Ufa – disse ela – isso nunca aconteceu. Até que foi divertido.

– Você tem um senso de humor um tanto perigoso – disse eu.

– Acho que depois disso podemos nos considerar amigas?

– Creio que sim – disse eu.

– Ótimo – disse ela – vamos para os dormitórios. Amanhã te conto o que sei sobre a Ordem.

– Mas não é pessoal?

– Quantas mais pessoas souberem da história melhor para se protegerem...

O tom da voz dela arrepiou meus pelos da nuca e da cabeça.

– Acredite em mim – disse ela – você não vai querer ser minha amiga depois do que eu te contar...

–//-

Na manhã seguinte contei a Camila sobre a nova amizade que tinha feito claro que não contei a respeito do namorado escondido de Lorena. Camila por sua vez nada perguntou, mas quando avistamo-la sentada e acenando para nós, meus pelos da nuca se arrepiaram. Ela contaria algo que envolvia o governo da Ordem. O que seria?

– Quem é? – disse Lorena logo quando nos sentamos.

– Essa é Camila – disse eu – minha melhor amiga de infância e colega de quarto.

– Posso confiar nela? – disse ela com uma das sobrancelhas arqueadas.

– Claro que pode – disse eu – Camila é de extrema confiança.

Lorena pareceu confiar, pois acenou que sim e sorriu para Camila. Ela pigarreou e arrumou o colar de H que carregava no pescoço.

– Bem – disse ela – sei que não somos próximas, mas por incrível que pareça ambas não gostamos da Ordem.

Ela olhou bem em meus olhos antes de continuar.

– Quando eu tinha dez anos meu pai trabalhava para Victor Salazar – disse ela bem baixinho – éramos uma família feliz até esse homem aparecer...

Lágrimas começavam a brotar em seus olhos, eu quis confortá-la, mas na verdade eu não podia. Teria que deixá-la terminar.

– Quando Victor após dois anos instalou o governo meu pai não parava mais em casa, e estava muito agressivo. Parecia que tinha medo de algo! Não me deixava sair mais de casa. Acompanhava-me em todos os lugares e um dia... Chegou até mesmo a agredir minha mãe...

As verdades em suas palavras e o tom baixo e triste em sua voz, fez com que meu coração pesasse e pensasse em minha família antes e pós governo.

– No dia em que desgraçou minha vida – disse ela – eu estava na escola em Califórnia, quando recebi a noticia que meu pai em uma crise havia matado minha mãe e logo se matara. Aquilo foi o fim. Eu passei minha vida a partir daí esperando o dia em que destruiria a Ordem. E esse dia chegou.

Minha cabeça zunia, eu não conseguia me concentrar. O que Victor tinha haver com aquilo?

– Você não está entendendo o que a Ordem tem a ver não é? – disse ela secando uma lágrima que acabara de cair – logo após as investigações, fui a minha antiga casa, e dentro do guarda roupa de meu pai achei um bilhete escrito por ele. Dizendo que matara ele e minha mãe, porque a Ordem e principalmente Victor queriam pegá-lo. Ele sabia demais.

Fui atingida pelas palavras que ela pronunciara. Tudo fazia sentido. Na verdade, eu não duvidava de nada. Desde que Lucinda dissera sobre seu descontrole no livro, eu suspeitava de Victor, mas não tanto. Agora, eu já tinha certeza que não podia confiar. Quis contar a ela minhas suspeitas, quando um oficial do castelo me interrompeu...

– Senhorita Smith – disse ele fazendo a reverencia dos oficias do castelo – o senhor Thomas chegou. Ele deseja vê-la.

O frio que eu sentia agora se transformava em gelo. Lorena pareceu entender e sorriu, Camila assentiu que eu deveria ir. Olhei bem para o oficial e percebi que ele precisava de uma resposta imediata.

– Diga a Thomas que já vou – disse eu – preciso apenas terminar de comer.

– Como a senhorita deseja – disse ele se retirando com mais uma reverencia e saiu.

O castelo voltou às conversas, mas agora todos olhavam para mim. Meninas cochichavam e falavam e apontavam e riam. Elas não estavam erradas, hoje meu romance ou o que quer que seja com Thomas, - iria terminar. Definitivamente.

– Liz – disse Lorena – tente não ficar nervosa. Ele vai perdoá-la.

Eu apenas tentei sorrir, mas algo estava embolado em minha garganta, eu não estava preparada.

– Elisabeth – aquela voz era familiar na verdade era tão irritante.

Quando me virei vi Leonora parada com aquele seu típico olhar superior de Vadia do inferno, mas com o olhar também preocupado. Ela não precisava me dizer nada. Eu já sabia. Felipe!

– O que aconteceu? – disse eu.

– Felipe está indo embora – disse ela – e eu queria que você soubesse que a culpa é sua!

Eu não respondi. Lorena se levantou e Camila também.

– Porque você não vai dar para outro heim? – disse Lorena.

Leonora pareceu ofendida, mas mesmo assim permaneceu ali e me disse:

– Mesmo que eu te odeie – disse ela – ele mandou te entregar isso.

Ela jogou o papel em mim e saiu. Camila e Lorena olharam para mim e eu não hesitei abri o papel.

Sei que não estamos bem. Mas tinha que cumprir com o prometido, aqui está a minha parte na investigação dos números de Melina.

“Prince”

A palavra Prince estava destacada. Não entendi bem o que tinha haver com os números, mas vindas de Felipe, parecia que ele havia descoberto algo realmente importante. Por onde começar? O que eu faria agora? Senti que uma dor de cabeças daquelas se aproximava.

– O que é Prince? – disse Lorena – e o que esse tal de Felipe tem haver com você?

– È uma longa história – disse Camila – mas enquanto você fala com Thomas Liz – ela fez uma pausa e sorrimos – nós cuidamos do resto, e eu conto a história a você Lorena.

Enquanto eu me afastava com uma dor por ter perdido Felipe, agora eu teria que encarar meu futuro. Ficar com o governo da Ordem e fingiu que nada aconteceu, ou enfim me rebelar contra ele, e encarar as conseqüências de perder tudo o que conquistei pela frente.

Inferno!


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Notas finais do capítulo

- Comentem gente.. deixe seu coment.. amo responder vcs.. e gosto mto.. recomendem tbém.. Beijos...



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