A Noiva escrita por Felipe Melo


Capítulo 15
Capitulo 15


Notas iniciais do capítulo

Obrigado mais uma vez pelos comentários fofos e o apoio incondicional pela história... Gente se muitas vezes eu erro perdão.. Bem O Capitulo foi reformulado.. e eu estou demorando porque estou ajustando alguns.. Bem espero que gostem e como sempre comentem.. Beijos da Liz e Do Autor.. Recomendem se estão gostando...



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Capitulo Quinze

(Procurar evoluir com progresso e decência...)

Decidi que Camila devia vir comigo. Felipe e eu não estávamos muito bem, por mais que fosse uma situação dessas. Eu tinha o pressentimento que alguma coisa estava correta em meus pensamentos. Melina sabia que eu estava com o livro. E pelas minhas suspeitas...

– O que estão fazendo aqui? – reconheci aquela voz e logo me peguei olhando para olhos azuis que nos encaravam severamente.

– Ah... Felipe... – as palavras não saiam.

– Bem Felipe – disse Camila – precisamos pegar os números que deixamos com você.

– Descobriram alguma coisa? – ele virou-se instantaneamente para Camila. Percebi que a pergunta foi direcionada a ela, não á mim.

– Liz tem deduções – disse Camila vindo para mais perto de mim.

– Ora – disse ele rindo – não devia me admirar. O que descobriu?

Percebi que tudo nele direcionado a mim agora era irônico. Na verdade chegava a ser sínico. Realmente o que fui fazer da minha vida? Inferno!

– Acho que os números são as identificações de algum livro da biblioteca.

– Como chegou a essa conclusão? – perguntou ele.

– Simples – disse eu – as sessões são separadas por ordens alfabéticas, mas também por numerações de estantes. E pelo que sei, ali vai até certo determinado numero de livros.

– Isso faz sentido – disse Camila cortando outro olhar penetrante que ele me lançou – Melina gostava de ler.

– Mas não seria arriscado? – disse Felipe.

– Como assim? – perguntamos.

– Bem – disse ele – não conheci a amiga de vocês. Mas creio que isso é mais profundo. Essa numeração pode bater com qualquer coisa aqui. E se fosse mesmo “um livro”, creio que ela falaria para vocês não?

Por certo modo fazia sentido também. Eu não imaginava Melina escrevendo tais números apenas por um mero livro. Eu também não poderia deixar de alegar que estava com uma bomba relógio em minhas mãos. O livro era proibido. E também muito procurado.

– Não sei – disse eu – algo está faltando.

– Pensei a mesma coisa – disse Camila – a dedução de Liz faz sentido. Mas algo falta. Quase como uma peça roubada.

– Será que ela não estava sendo vigiada? – disse ele em tom sério.

– Vigiada? Mas por quê? Ela não tinha a nada esconder. Pelo que a conheço desde pequena, ela sempre sonhou com um momento desses Felipe.

– Entendi – disse ele a mim – mas aqui não é o local mais seguro.

– Você é cheio de enigmas – disse eu – cansei disso.

– Poderia dizer também do que estou cansado – disse ele sínico.

Eu senti uma pontada de dor no coração. Na verdade eu não reconhecia mais nossa relação. Eu o magoara, e pedira desculpas. Mas ele agora me magoava. Atuava quase como se eu não importasse mais. Ele tinha que entender que estávamos em uma competição. Eu tinha cobranças. Coisas que ele não entenderia.

– Bom – disse eu – agradeço pela ajuda.

– Não há de quê – e ele se virou e correu para Faísca que relinchava ao fundo.

Foi difícil perceber que eu o perdi pra sempre. Eu tinha escolhido. E pelo que Felipe pensava. Eu escolhera Thomas Salazar. E era com ele que eu tinha obrigações.

–//-

A noite veio rastejando. Claro que passamos na biblioteca, mas estava fechada. Ou seja, não íamos investigar enquanto a “amiga” de Felipe descobrisse respostas.

O quarto estava silencioso. Pelo jeito amanhã teríamos uma agenda cheia. A ordem não dava moleza. Muito menos com folga o dia inteiro. Isso sim é estranho. Precisava me desafogar de tudo isso.

– Ainda acordada? – diz Camila entrando no quarto – pensei que já estivesse dormindo.

– Não consigo – disse eu – estou preocupada com o que vamos ter amanhã. Boa coisa não será.

– Relaxe – disse ela – isso não é o pior.

– E o que pode ser o pior que estar aqui?

– Bem – disse ela – fiquei sabendo pelos boatos nesses corredores, que amanhã teremos que fazer um desfile para Cristian.

Aquilo me atingiu como flechas de fogo. Eu não sei se fiquei vermelha, roxa, lilás ou sei lá. Algo no nome dele mexia comigo. Eu sabia que tudo isso é estranho. Mas algo nele mexia comigo de uma forma... Que nem ao menos Thomas ou Felipe mexiam. Isso porque os dois eram gatos... E tipo muito gatos.

– Sabia que você ia ficar assim – disse ela me abanando com uma folha – o que tem nele que faz você ficar assim?

– Eu não sei – disse eu – ele mexe comigo. Às vezes é algo bom, mas nem sempre. Algo nele... È inexplicável Camila.

– Percebe-se – disse ela brava – não basta dois meninos, agora quer adicionar um dos chefes?

Fuzilei-a com os olhos. Ela estava louca? Maluca Beleza só pode. Deus me livre adicionar mais confusão em minha vida. Quero paz, e alguém para amar. Admito. Mas não os três.

– Não – disse eu brava – é só que tenho que resolver o que fazer primeiro.

– Da última vez que disse isso não deu certo. Vamos resolver isso juntas. Muito melhor.

– Até parece que não sei me cuidar.

– Realmente você não sabe – disse ela rindo – sou seu lado racional.

– E o meu lado é o que?

– O lado Ogro – e assim caímos na risada.

–//-

Preciso voltar a dizer que o salão estava apinhado de novo? E que Carmela estava com aquela mesa cara de limão azedo? Ah, e que Thomas estava presente rindo pra mim com a maior cara de pau?

– Meninas – disse ela – hoje entre nós temos a honra de termos Cristian. Ele programa todas as provas das Noivas.

Todas bateram palmas. Preciso dizer que eu fiquei parada? Bem, pois é. Mas um motivo para Carmela me olhar com carinho. E fazer questão de não mencionar meu nome. Engano meu. Pois, ela fez isso.

– Elisabeth – disse ela – venha aqui à frente. Você não participara dessa prova!

Senti-me com um holofote enorme. Minhas mãos começaram a suar. E todas me olhavam. Ótimo. Carmela apenas me fazia querer dar uns socos nela.

– Não fique assustada – disse Carmela – você tem outros fins. Como ganhadora da ultima prova que realizamos. O conselho decidiu que a senhorita escolherá que saíra da competição hoje. Durante esse desfile.

O que? Desde a segunda prova ela não mencionara isso comigo. Ela estava querendo me ferrar?Sem dúvidas.

– Você não mencionou isso comigo – disse eu – não é certo.

– Ora – disse ela rindo sarcasticamente – foi de ultima hora. Será apenas uma preliminares para as provas que viram. Mas precisamos ter uma quantia par.

– Não estou...

– Sabia que a senhorita ia dizer isso. Temos 87 meninas. E na verdade temos que ter para as próximas 82. Ou seja, a senhora terá que eliminar cinco.

Ela estava realmente querendo me ferrar. A vontade que eu tive foi de lançar a mão na cara dela. Mas o que fiz foi assentir. Tinha feito uma promessa. Tinha dito que eu ia ganhar. E tinha que fazer isso.

–//-

Sentamos em uma mesa comprida. Na verdade parecia à mesa que Jesus tinha feito a ultima ceia. As meninas passavam por mim apreensivas. Eu não estava assim por causa de eliminar alguém, mas sim no momento por Cristian. Ele estava ao meu lado. E sentia que algo não estava dando certo.

– O desfile logo acaba – sussurrou ele em meu ouvido – já tem suas escolhas?

A voz dele era tão sedutora. Arrepiei-me em lugares que eu não acreditava que podiam sentir. Tentei engolir o bolo em minha garganta e ser madura.

– Não – disse eu – pode me ajudar?

Foi na inocência. Mas senti que ele sorriu descontraidamente e sedutoramente para mim. Sim eu estava louca, mas meu Deus...

– Tenho os nomes da minha preferência – disse ele – posso te passar e você seguir que tal?

Não tinha alternativas. Não havia prestado atenção no desfile. O jeito era aceitar.

– Aceito – disse eu.

–//-

Os nomes me foram passados em listas. Okay quando eu eliminasse as cinco seria visto como a carrasca. Mas não me importava. Agora era apenas vencer. Tinha que manter o foco.

– Bem – comecei eu – não gosto de fazer isso...

– Seja rápida senhorita Smith – disse Carmela.

– Bem os nomes são Tifanny, Melaine, Aline, Andressa e Débora.

As meninas subiram as escadas aos prantos. As outras comemoravam e eu ficava isolada vendo Thomas acenar e abraçá-las. E eu como sempre agindo por regras...

– Se quiser tirar duvidas sobre outras coisas – disse Cristian sussurrando em meu ouvido – passe em meu dormitório. Adorarei responder suas perguntas.


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Notas finais do capítulo

- Comentem e Recomendem se gostarem Beijos da liz e meus..



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