A Dama Vingadora escrita por Madame Baggio


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Nossa, tantos comentários, tão rápido!! Vocês são uns lindos! Muito obrigada!

Esse capítulo conta com outra pequena participação especial! E traz a volta do Steve e do Clint para a Stark Tower.



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Steve sentia como se seu coração fosse explodir. O elevador parecia estar demorando séculos para subir e Jarvis o estava ignorando. Sam perguntou se ele estava bem e porque estava falando com as paredes. Isso devia ser coisa da Toni, do mesmo jeito que ignorar suas ligações era coisa dela.

Quando Nat ligara dizendo que Bucky... Que o Soldado Invernal podia estar indo atrás de Toni, Steve teve que voltar para Nova York o mais rápido possível. Não podia deixar Stark sozinha para lidar com as consequências de ações que eram dele.

Fora isso não tinha ideia de qual seria o estado de Bucky... Do Soldado, agora que sua organização tinha desabado.

O elevador parou na cobertura (que não era o andar que ele selecionara) e abriu as portas.

Steve e Sam saíram na sala e lá estava Toni, gloriosa num daqueles terninhos que sempre usava, conversando com alguém.

–Obrigada por tudo, doutor. –ela estava falando para o homem sentado.

–Que tudo? –ele retrucou –Eu não fiz nada além de examinar o cara, o que eu podia ter feito até drogado.

–Bom, não é culpa sua que o tranquilizante não funcionou. –Toni falou dando de ombros –Nenhum deles.

–Pena que você não me deixou tentar o de elefante. –o homem comentou levantando-se –E quando você achar um que faça esse cara dormir, não deixe de me avisar.

Toni riu e apertou a mão dele. Foi então que Steve percebeu que o homem estava apoiado em uma bengala. (1) O olhar da bilionária finalmente foi parar nos dois na porta, mas ela não disse nada.

–Eu posso pedir para o Happy te levar para onde você quiser. –Toni ofereceu ao homem, acompanhando-o até a porta do elevador.

–Não. Eu estou de moto. –ele disse, também ignorando os dois.

–Divirta-se, doutor. - Toni entregou a ele uma garrafa de algo que parecia muito whisky e parecia ser caro.

–Eu não sou mais médico. –ele falou aceitando a garrafa –Eu nem to vivo.

–Sorte a sua.

Toni colocou o doutor dentro do elevador, despediu-se e continuou ignorando Steve. Sam parecia estar ficando cada vez mais ansioso e o Capitão não tinha certeza de como agir.

–Toni... –Steve chamou com cuidado.

–Jarvis, ativar. –ela falou.

Do nada, pedaços da armadura começaram a voar, cobrindo Toni e deixando a Dama de Ferro na sala. E então, dita Dama virou um tapa na cara de Steve que o mandou voando contra uma parede do outro lado da sala.

–Isso foi muito gratificante. –ela declarou para ninguém em particular, então virou-se para Sam e a placa que cobria seu rosto levantou-se, revelando olhos castanhos e curiosos –E quem é você?

–Sam Wilson, senhorita. –ele falou, sem saber o que fazer, seu olhar escapando para onde Steve tinha caído.

–E o que você está fazendo na minha Torre? –Toni quis saber.

–O Capitão me trouxe. –ele dedurou na hora.

–Tinha que ser. –Toni revirou os olhos. De repente a armadura abriu-se e Toni “desceu” dela, como se nada tivesse acontecido –Toni Stark.

–Eu sei quem você é. –Sam falou.

–Todo mundo sabe. –ela jogou por cima do ombro, indo em direção ao bar –Quer algo pra beber?

Sam estava jogando um olhar preocupado para Steve que estava se levantando.

–Hum... Por a armadura só pra bater em alguém é exagero, né? –ele falou com cuidado.

–Não se esse “alguém” for o Capitão América. –Toni falou, colocando algo em um copo –Se eu tivesse só dado um tapa nele provavelmente teria quebrado a minha mão. Ou minha unha.

–Por que eu apanhei? –Steve quis saber.

Toni fuzilou-o com o olhar.

–Eu acho que você sabe muito bem porque. –ela informou.

–Nat e eu achamos...

Toni colocou a garrafa com tanta força no balcão que foi um milagre ela não ter quebrado.

–Então agora é “Nat e eu”? Bom saber, Picolé. –ela falou por entre os dentes.

Steve suspirou.

–Eu não sei qual o seu problema, Toni.

Sam, que a essa altura do campeonato ja estava entendendo muito bem qual era o problema, estava fazendo gestos para Steve se calar. O super soldado não estava entendendo a mensagem.

–Nós tivemos uma situação muito séria, eu admito. –Steve continuou, sem perceber que estava caminhando em gelo fino –Talvez houvessem formas mais simples de termos lidado com isso, mas nós achamos melhor não envolver vocês. Deixa-los seguros.

–Seguros? Você ta louco, Steve? –ela bradou, deixando a bebida para lá –Enquanto você estava passeando pra lá e pra cá com a Natasha, o Bruce está se escondendo do mundo e nós não tínhamos de ideia do que estava acontecendo com vocês.

–Ah então esse é o seu problema. –Steve rebateu –Que o Bruce não está aqui. Eu não tenho culpa que ele foi embora.

–Eu escondi o Bruce, seu idiota. –ela falou irritada –Pra protege-lo da SHIELD e aparantemente foi uma ótima ideia.

–Tinha que ser você, Toni! Se o Bruce e a Pepper estão a salvo o resto do mundo pode explodir, né?

–E você e a Natasha tem que moral? Vocês sumiram e nos deixaram sem nem saber o que estava acontecendo!

–Nós não estávamos tirando férias, Toni! Nós dois quase morremos várias vezes.

–E você acha que eu fiquei aqui fazendo o que? Atualizando meu twitter? Eu estive aqui, recebendo ligações de pessoas querendo explicações que eu nem tenho como dar, porque eu não sei de nada! E de repente a Hill vem bater na minha porta e pedir emprego, o Phil ainda ta sumido. Eu tive uma conversa com um tal de Superman, e só pra você saber, ele é bem mais gostoso que você...

Sam estava acompanhando a coisa toda com muito interesse. Ele estava achando que Steve tinha algo com Natasha, mas esses dois discutiam como um casal de 80 anos.

–E pra completar essa palhaçada, eu ainda to de babá do seu best, enquanto você ta fazendo sabe Deus o que. –ela jogou as mãos pra cima.

–O que você disse? –Steve perguntou chocado.

–Ah, nisso você tá interessado né? –Toni abandonou sua bebida –Eu estou cuidado do seu amiguinho Soldado Invernal, Rogers.

–Toni, ele é perigoso! –Steve aproximou-se dela –Você está bem? Ele te feriu?

Toni fez um gesto de dispensa com a mão.

–Não seja ridículo. Claro que ele não me machucou. –ela revirou os olhos –Ele está bem. O cara que acabou de sair daqui é médico e examinou nosso amigo. Ele não é muito de falar, mas pelo menos não ta fazendo bagunça.

Steve pegou Toni pelos ombros.

–Eu preciso falar com ele. –falou sério.

–Não vai rolar, querido. –Toni informou afastando-se.

–Por que? –Steve quis saber.

–Ele até chegou querendo falar com você. –ela contou –Mas mudou de ideia por algum motivo. Ele tem dias não muito sociáveis e hoje é um deles. Além disso ele só aceita falar comigo, a Cora e a Jane, por algum motivo.

–Porque ele não vê as duas como ameças, é óbvio, Toni. –Steve bufou –Ele pode estar te manipulando.

–Eu achei que ele era seu amigo e você queria que ele se recuperase. –Toni arqueou a sobrancelha.

Steve parou de falar na hora. Qual era o problema dele? Sim, queria entender o que estava errado com Bucky e queria ajuda-lo. Então por que de repente estava recriminando-o?

–Eu só... –Steve respirou fundo –Eu só estou preocupado com a segurança das pessoas, Toni.

–Uma graça da sua parte se preocupar, Rogers. –ela falou irônica –E tarde também, porque você sumiu sem dar satisfações. Ozzy não quer falar com você hoje, talvez ele fale amanhã.

–Ozzy? –Sam perguntou confuso.

–Ah, ele não tem um nome. –Toni falou –E não quer ser chamado de James ou Bucky porque ainda se sente confuso. Como eu não vou ficar chamando o moço de “Soldado” eu dei um nome novo pra ele.

–Ozzy? –Sam repetiu.

–É. Tipo Ozzy Osbourne, branquelo, cabeludo e cara de louco.

Sam explodiu em risadas.

–Toni, eu quero falar com ele. –Steve falou.

–Amanhã, se ele quiser falar com você. –ela falou de forma firme –Ele está confuso e precisa de ajuda, Steve. Você entrar la pode atrapalhar tudo. Já não me basta o Thor que não sossega por causa dele.

–Toni...

–Agora, se você me dá licença, eu vou trazer o Bruce de volta pra casa. –ela jogou o cabelo por sobre os ombros e saiu dali.

–Você não me disse que tinha alguma coisa com Toni Stark. –Sam falou ainda rindo.

Alguma coisa... Aí estava uma boa definição. O olhar de Steve foi parar no balcão. Toni tinha deixado seu copo para trás.

XxX

Lar, doce...

Jesus amado, por que ele estava voltando?

Toni provavelmente ia querer mata-lo por não ter voltado antes. Aliás, teria que fugir de Natasha também, porque se ela soubesse que ele sabia o plano de Fury desde o começo e não contara para ela...

Bom, ele também não estava na África brincando. Sua missão era muito séria e só saíra de lá porque tinha sido concluída com sucesso.

O Gavião era esse tipo de agente. Bem sério.

Clint por outro lado...

Talvez ainda conseguisse se enfiar em algum cargueiro, cruzar a fronteira para o México, bater as asas e vazar dali, qualquer coisa. Era uma pessoa de ação, por isso a SHIELD servia tão bem para ele, mas Clint também era humano, com defeitos, dificuldades e problemas.

Clint também era uma pessoa com o apartamento deserto. Tipo, não tinha nada comestível ali.

–Jarvis? –ele chamou –Por que eu to sem comida?

–Boa noite, Agente Barton. –o IA respondeu com educação demais –A senhorita Stark ordenou que tirassem toda a comida do seu apartamento, da Agente Romanoff e do Capitão Rogers porque não sabíamos quanto tempo ia demorar até que vocês voltassem. Como você voltou sem avisar, não pudemos providenciar nada. Amanhã sua cozinha deve estar abastecida.

Ele tinha a leve impressão de que Jarvis estava se divertindo com a situação. Tinha como? Ele era a inteligência artificial mais estranha que Clint já vira. Se bem que... Toni tinha criado Jarvis, então devia ser esperado.

–Muito gentil da sua parte, Jarvis. –o arqueiro retrucou com sarcasmo –Enquanto isso eu vou subir para comer alguma coisa. Ou eu não tenho mais permissão para os andares comunais?

–Eu vou verificar, Agente Barton. –foi a resposta imediata, então alguns minutos se passaram até que... –Sim, você ainda tem permissão.

Toni era insuportável. E Jarvis estava logo atrás.

Clint deixou as bolsas no meio de sua sala e subiu até o andar comunal, onde a cozinha era certamente bem estocada.

Desceu do elevador e deu de cara com a última pessoa que queria ver na vida. E na qual mais pensara enquanto estivera longe.

–Darcy. –chamou.

A garota pulou, fazendo os marshmallows dentro do saco que segurava espalharem-se pelo chão da cozinha. Não que Clint estivesse prestando atenção em outra coisa que não fosse ela. Ela estava usando uma camiseta gigante do Texas Longhorns, que tinha cara de já ter visto dias melhores e chegava apenas até a metade das coxas. Também estava usando meias de cores e comprimentos diferentes e seu cabelo estava preso num rabo/coque que era a imagem do desleixo e óculos.

Clint nunca tinha visto Darcy mais bonita.

–Clint? –ela chamou chocada –É você?

Ele poderia ter feito mil piadinhas nesse momento, mas estava tão aliviado em vê-la bem.

–Sim, sou eu mesmo.

Darcy correu para o arqueiro e jogou os braços em volta do pescoço dele.

–Meu Deus! Eu fiquei tão preocupada com você! -ela falou apertando-o mais contra si –Eu comecei a achar que você não ia voltar mais.

–Eu estava numa missão, Darcy. –ele falou, apertando-a de volta –Eu não podia sair.

Darcy afastou-se de repente, seus olhos estreitando-se.

–Você sumiu por mais de um mês. –ela falou cheia de acusação.

–Era uma missão muito séria e secreta. Eu tive que...

E de repente Darcy o estava estapeando.

–Darcy! –ele falou tentando segura-la –Para com isso!

–Para o cacete! –ela falou acertando mais um tapa no arqueiro –Você é muito cara de pau de sumir desse jeito e voltar como se nada tivesse acontecido! Você tem ideia de tudo pelo que nós passamos aqui?

–Claro que eu tenho! –ele falou.

Darcy parou de repente.

–Você sabia o que estava acontecendo aqui? –ela sibilou.

Oh não...

–Sabia, mas...

E ela partiu para cima dele de novo.

–Eu não acredito! –Darcy esbravejou –Todos os dias que nós passamos morrendo de preocupação, na frente da tv... –mais um tapa –Eu achei que você estava morto numa vala!

–Eu não podia voltar antes! –ele se defendeu –Eu tinha uma missão...

–Que se foda a sua missão, Barton! –ela esbravejou –Você não pode fazer esse tipo de coisa comi... Com a gente!

Darcy era fortinha para uma menina daquele tamanho e Clint não queria machuca-la, mas também não queria ficar apanhando.

Conseguiu segurar as mãos de Darcy e virou-a, colocando as costas dela contra seu peito e segurando os pulsos dela cruzados sobre sua barriga.

–Darcy, calma. –ele pediu.

–Calma seu focinho. –ela falou tentando se soltar –Assim que eu sair dessa você vai ver...

Ele apertou-a mais contra si.

–Darcy, eu estou de volta. –ele falou de forma firme, mas gentil –Eu sei que sumi, mas era importante, por uma boa causa. Desculpa se eu deixei você preocupada. Por favor, não me bata mais.

Esperou ela falar alguma coisa, qualquer coisa, mas ela apenas foi se acalmando, respiração se normalizando, até estar bem de novo.

–Pode me soltar. –ela falou por fim.

Clint soltou-a devagar.

–Agora que você acalmou...

Mais uma vez ele não completou a frase. Dessa vez foi porque Darcy acertou um murro bem no meio do nariz dele que o fez ver estrelas.

–Bem vindo de volta, Barton. –ela falou com falsa doçura, antes de sair andando.

–Que maravilha... –ele falou num suspiro.

E pensar que tinha voltado por ela...


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Notas finais do capítulo

Foi curtinho, mas foi cute, vai! hahahaha

(1) Adivinha quem? Doutor House, sempre lindo e resmungão!

Comentem!

B-jão



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