A Seleção - Uma nova Chance escrita por Nathy Prior, Booh, Pérola


Capítulo 3
Capítulo 3 - Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Um fato interessante sobre fic em grupo: Sua dignissima colega, que posta antes de voce (To falando de voce mesmo Lis haha), pega uma bomba, coloca no seu colo e diz "Feliz Hanukkah" (Ela nao disse isso, puro drama meu).
Ela me deixou no meio de uma briga em familia.. foi o capitulo mais dificil que eu ja escrevi, de todas as fics que eu tenho! Mas acho que o resultado ficou inovador e inesperado :)
Acho que vão gostar hein.. mesmo que eu nao goste dessa fase que a fic se encontra (personagens separados, vivendo suas vidas), estou ansiosa para a historia de fato começar e nos colocarmos nossas ideias em pratica ô/



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POV Clarkson

– O que você disse garoto? – Meu pai perguntou severamente

– Vocês não podem rasgar as inscrições!

– Você se esqueceu de com quem esta falando?

– Porter, não!

– Não se mete mulher!

– Não gosto que me chame assim – minha mãe disse entre os dentes

– Senhor – eu disse, cortando a discussão deles – Se nenhuma casta baixa entrar, vai ficar obvio demais. Os rebeldes irão atacar com mais força.

– O que você sabe sobre isso garoto?

– Eu sei o que eu sei. Eu não fico de bobeira por aqui. Eu me informo pai. Sei que os rebeldes estão quase conseguindo entrar no palácio. Precisamos de estratégias de acalma-los.

– Continue – meu pai disse sentando em sua cadeira

– Se colocarmos castas baixas no castelo, podemos conseguir uma trégua.

– Ele tem razão Porter – disse minha mãe se aproximando de mim

– Podemos colocar três ou quatro. Claro que eu não iria escolher uma casta baixa para casar, mas acho uma ideia a se considerar

Eu não deixaria meu pai rasgar nada, eu não queria o dedo dele na minha escolha. Aquela Seleção era minha, e meu pai não estragaria tudo, como fez com minha vida e com seu próprio casamento. Meu pai se recostou e pensou no que eu disse. Ele abriu um falso sorriso e levantou, indo para minha frente. Colocou a mão em meu ombro, colocando mais força do que o normal.

– Muito bem filho – ele disse com superioridade – pensou rápido. Gosto disso. Vamos Abby.

Meus pais se retiraram, me deixando sozinho no escritório. Respirei fundo, finalmente relaxando depois de tudo. Olhei para a pilha de envelopes sobre a mesa, me perguntando se olho as fichas ou não.

– Melhor não – eu disse em voz baixa – quem sabe não olho as definitivas.

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Finalmente as trinta e cinco garotas estavam escolhidas. Eu estava cada vez mais curioso. Essa semana eles iriam anuncia-las no Jornal e semana que vem era o grande dia. Levantei cedo e me arrumei. Fui ate o escritório e procurei em toda parte pelos envelopes, mas não encontrava em lugar algum. Resolvi voltar para meu quarto e ler um pouco mais do diário de Gregory Illéa. Ate agora, nada demais aconteceu, estou com o diário do fim da sua vida. Ele já está com a idade avançada e fica apenas reclamando de como o país tem sido governado.

Entrei no meu quarto e peguei o diário, que eu escondia embaixo do colchão. Sentei em minha mesa e comecei a ler.

“Acredito que as rebeliões aumentaram desde que eu sai do poder.

Sempre soube que era melhor no meu trabalho do

que qualquer um algum dia será.

A Seleção de meu filho Damon foi uma decepção, eu esperava que ele

levasse mais a sério, mas ele apenas dormiu com todas as selecionadas e

mandou a metade embora depois disso. Quando criamos A Seleção, não foi

nesse intuito. Criamos para que a população parasse de se rebelar. Com os

príncipes casando com plebeias, todos se esforçariam para que sua família

fosse digna da realeza e obedeceriam. Damon dificultou tudo,

mas o que eu poderia esperar do caçula imprudente? Não me restou escolha,

a não ser escolher Grace Lowell. Ela era uma Dois. Uma moça digna de

ser princesa. Damon não se opôs, afinal a garota era muito bonita.

Grace ficou encantada por ser princesa e o melhor é que ela é

totalmente e fielmente submissa aos homens da familia.

Alguém fácil de lidar e de ter ao lado para governar.”

Quem diria, a primeira Seleção foi uma armação mesmo. Fiquei desanimado com isso, então deixei o diário do esconderijo e voltei para procurar as fichas das selecionadas. Continuaria a leitura depois. Se eles armaram sua Seleção, quem melhor do que eu para armar a minha? É meu futuro em jogo, certo? então estou no meu direito.

Entrei no escritório e meu pai estava lá. Ao seu lado, uma caixa com vários envelopes.

– Essas são as selecionadas? – perguntei me aproximando da caixa

– Não, essas são do ultimo descarte – ele disse sem me dirigir o olhar, como sempre.

– Entendi – disse cabisbaixo

– Faça o seguinte, quando um guarda entrar aqui, mande ele jogar essa caixa na fornalha – Meu pai disse levantando e saindo.

Fiquei encarando a caixa, tentando resolver se abria ou não. A quem estou enganando? Vou abrir com certeza. Comecei a olhar uma por uma, vendo as muitas garotas bonitas que eu jamais conheceria. “Essa é modelo? caramba”, “Uau! Ela fala todas essas línguas?” “Uma Cinco dispensada? Que novidade!”. Fiquei tempo demais com uma das fichas na mão. A garota era linda. Tinha um sorriso empolgado e cativante, como se esperasse aquela oportunidade desde criança. Ela parecia ser tudo que eu não era. Casta Quatro? Não é tão baixa! Porque será que foi descartada? Ela é incrível!

Aquilo serviu como uma injeção de animo, e eu voltei a procurar as fichas certas. Vasculhei cada canto, ate que finalmente encontrei. Estavam muito bem escondidas, dentro de outras caixas, no armário de baixo da estante, perto a sessão de leis e deveres de Illéa, mas por sorte eu achei. Abri todas e olhei. Tinham pouquíssimas Castas baixas. Resolvi fazer uma troca. Ninguém notaria. Meu pai tem tanto para se preocupar, que uma ficha trocada passaria despercebido. Olhei todas umas três ou quatro vezes. Resolvi que seria menos suspeito se eu trocasse por garotas de Castas iguais. Tirei uma das Quatro e coloquei a que eu tinha em mão no lugar. Guardei tudo da melhor forma possível e peguei a caixa da ultima eliminação, levando ela para algum guarda queimar, antes que alguém perceba.

Andei pelos corredores olhando para o envelope recém colocado ali.

– Posso ajuda-lo senhor? – Um guarda disse, fazendo reverencia

– Sim, claro – eu disse entendendo a caixa – Queime isto, ordens diretas do rei.

– Sim senhor – o guarda disse pegando a caixa de minhas mão e saindo

– Agora está feito – disse para mim mesmo – sem volta. Eu preciso para de falar sozinho

Coloquei meus braços atrás do corpo e sai para uma caminhada lenta no jardim.

POV Amberly

– Ansiosa? – minha irmã me perguntou enquanto eu olhava as estrelas já janela do quarto

– Muito – respondi sem olhar para ela

– Sabe – ela se juntou a mim – Sinto que você será escolhida. Você tem um futuro brilhante pela frente.

– Como eu vou sentir saudade de você – eu disse a puxando para um abraço

– Você já esta tão certa de que vai ganhar, que ate sente minha falta

Gargalhei e a soltei, voltando a olhar para as estrelas

– Não estou falando de Seleção ou de castelo – eu disse – estou falando de futuro. Logo você irá se casar e vai morar longe de mim

– Quem disse que eu vou me mudar para longe? Você que vai. Logo logo irá morar no castelo permanentemente.

– Queria ter seu otimismo Deli

– Podemos combinar assim, nos casaremos juntas. Eu com meu pretendente desconhecido e você com o príncipe.

– Como assim? – perguntei rindo

– Como assim? Quando você entrar na Seleção, e você vai, não faltará propostas para mim. Subiremos uma Casta. Assim que você se casar, eu me caso. Combinado?

– Combinado

– Ah! Mas tem uma coisa!

– Ai meu Deus. O que?

– Você terá que prometer que não vai ficar de mimimi e desistir do príncipe. Você vai ganhar essa parada!

– Eu ainda nem fui selecionada, e nem sei se vou.

– Começou o mimimi. Já falei que você vai entrar. Eu sonhei que te via sentada em uma enorme cadeira, vestindo um lindo e glamouroso vestido.

– Sonhou mesmo ou só esta falando isso para me animar?

– Sonhei! Juro! Você estava feliz, e eu te via pela televisão. Você virava para o lado e cochichava algo com alguém. Dai eu apontava para você na tela e dizia: aquela ali, é minha irmãzinha. Eu estava orgulhosa e me sentia feliz.

– Então nosso acordo está feito Deli – eu disse, estendendo a mão e sorrindo

Deli sorriu e apertou minha mão com força. Fomos para a cama, porque amanha seria um longo dia.

<< >> << >>

Como qualquer dia em Hondurga, estava quente. Hoje eu e minha irmã iríamos para a fabrica trabalhar. Passamos i dia fora, mas era bom ajudar em casa. Voltamos andando para casa e conversando. Já estava escurecendo, então andávamos rápido. Chegamos em casa e fomos direto para o banho. Deli primeiro, porque ela demorava mais para se arrumar. Passamos o jantar inteiro conversando sobre como seria se eu entrasse para a Seleção.

Por mais que eu estivesse tão animada quanto eles, era difícil para mim. Era muita pressão. Minha família estava tão ansiosa e esperançosa, que o simples fato de eu não ser escolhida, me deixaria arrasada. Levantei da mesa repentinamente e fui fazer o que melhor me acalmava, olhar as estrelas. Ninguém foi atrás de mim, o que me fez agradecer mentalmente.

Agora, tudo o que eu mais quero, é ser uma das selecionadas. Poder ajudar muito minha família, indo conhecer um príncipe lindo. Eu sorria só de imaginar. Será que serei mesmo uma das selecionadas? Se eu for, será que ele gostaria de mim? Não Amberly, não se prenda a fantasia.

POV Clarkson

Achei melhor ir para a varanda para ler o diário, o ar fresco de lá, me relaxava. Sentei no chão, uma atitude detestável de acordo com meu pai, e li mais. passei algumas páginas, pretendendo ir para algo mais interessante e próximo a minha mãe.

“Acredito que em minha família existe uma espécie de maldição.

Minha esposa faleceu, meu filho mais velho faleceu misteriosamente

e agora, o casamento de Justin e Abby esta entrando em ruínas.

Ele vive me confidenciando de que desconfia de Abby.

Ele certo dia me disse..”

– Principe Clarkson? – meu mordomo chamou entrando em meu quarto

E agora? O que eu faço? Levantei num pulo e coloquei o diário em minhas costas, dentro de minha blusa.

– Aqui fora – eu disse

– Precisando de alguma coisa antes de dormir?

– Não. Estou ótimo. Esta dispensado.

– Boa noite príncipe Clarkson

– Boa noite Berker – disse sorrindo de lado

Dentre todas as pessoas do castelo, a única com quem eu falava as vezes era meu mordomo Barker. Mesmo que ele fosse extremamente formal, era o único que perguntava como eu estava ou se queria algo. Acredito que por obrigação, mas ainda assim, era bom.

Tirei o diário de dentro da blusa e guarde embaixo da cama. Entrei no banheiro e deixei a água correr pelo meu corpo. O que quer que esteja escrito naquele diário, não será hoje que descobrirei. Sai do banho e coloquei meu pijama, tudo já estava separado sobre minha cama. Deitei e fiquei encarando o teto, pensando no que eu tinha feito mais cedo.

– Eu troquei uma ficha – eu conversava comigo mesmo – eu acabei de fazer minha primeira eliminação.

Coloquei os braços atrás da minha cabeça e cruzei levemente a perna sob as cobertas

– Uma garota acabou de ser prejudicada por um capricho meu. Mas eu não tinha alternativa, eu preciso conhecê-la.

Virei de lado na cama, passando o braço por baixo do travesseiro.

– Amberly Station


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Notas finais do capítulo

Nhaaa.. eu achei o final fofo u.u
E voces? Minhas coleguinhas nao viram o capitulo ainda.. la la la la la la.
Segunda feira é a vez da Nathy.. Boa sorte pra voce honey. Eu ate que fui boazinha contigo, mesmo depois de tanta ameaça.
Coloquei petalas no seu caminho, agora vai fundo e seja feliz (oi?)
bjoos genten, vejo voces nos moentarios, certo? Okay! ate lá entao :3