Não se apaixone por mim / Hiatus escrita por Asheley Dream


Capítulo 20
Pular ou não pular da janela? Eis a questão


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! Eu sei, demorei pra postar. Mas ai vai mais um capítulo pra vocês. Ele tá até um pouco grandinho. Acho que você vão querer me matar no final. Mas ai vai... Desejo a todos uma ótima leitura! *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/495143/chapter/20

É Thomas, bem-vindo ao momento tenso. Sabe quando você sente aquele incontrolável vontade de pular da janela do quinto andar? Caso você já tenha passado por isso, sabe como é. Será que a minha doença me leva mais rápido se eu pedir com educação e jeitinho? E se eu me fingir de morta? Talvez der certo, mas será uma solução de curto prazo. Por favor, cérebro, pense em algo. Droga! Será que a Eny contou à mãe o que aconteceu? Ela sabe que eu sou a razão da filha dela estar sofrendo? Hora e encarar a situação.

_Cristyn! Quanto tempo! Eu não sabia que trabalhava aqui. Como está? _ Mamãe e cumprimenta alegremente, com seu enorme sorriso brilhante e contagiante.

_Sullen! Eu estou bem. Irá fazer um ano e meio que trabalho aqui. _Ela se aproxima me entrega um copinho com remédios e outro com água.

_Como Eny está? _Quase me engasgo no processo de beber a água. Alguém já morreru no processo de beber água e comprimidos? Com a sorte que eu tenho talvez isso aconteça comigo. Ela sabe o que eu fiz com a filha dela? Eny contou a ela? Mil vezes droga! Mesmo que não estivesse morrendo, tenho certeza que não sobreviverei até o final do ano desse jeito. É talvez eu esteja fazendo o certo afastando as pessoas que amo, ou esteja errado. Mas eu só quero protegê-las da dor. Não quero que sofram. Principalmente Eny. Posso tê-la magoado agora, mas estou evitando uma dor maior. Ela não poderia e não pode se apaixonar por mim, não consigo e não posso me imaginar provocando esta dor nela.

_Ela estar bem. _Dá um pequeno sorriso. Bem, acho que ela sabe, mas não que fui eu. Que sou o culpado. Minha mãe ajeita os travesseiros atrás das minhas costas e Cristyn ajeita a bandeja para que eu possa tomar o café, que é: Mingau. Faço uma careta. Minha mãe percebe e faz aquela cara que as mães fazem: “Coma ou eu enfio isso na sua goela”.

_Você tem que comer Thomas.

_Sua mãe esta certa, não pode ficar se comer. _Encaro as duas por alguns segundos até desistir. Pego a colher, levando um pouco de mingau a boca. Até que não esta ruim.

_Cristyn! Bom dia! Como está? _Cumprimenta meu pai, assim que entra no quarto carregando dois copos de café e um saquinho de papel, provavelmente com bolinhos.

_Bom dia Marcos. Bem._Cumprimenta-o com um pequeno sorriso.

_Querido, eu estava pensando em fazermos um jantar, sabe para comemorar a saída de Thomas do hospital e por nossa família esta reunida. O que acha? _O quê!? Sério, se eles querem me matar, me matem logo.

_Acho a ideia ótima.

_Eu acho horrível. _Legal! Tudo bem que eu e a minha mãe nos acertamos. Mas fala sério, jantar?! Eles tão de sacanagem. Primeiro chamam meus amigos pra vir me visitar, há essa hora metade, se não a escola inteira deve estar sabendo o que houve comigo. Não faz nem um dia que eles voltaram da Alemanha e já estão estragando tudo.

_Thomas! _Minha mãe me repreende.

_Ao invés de fazermos um jantar, porque não organizamos meu intero?

_Thomas! Onde estão seus modos? Pare de dizer bobeiras. _Me pai me encara, nada feliz com o modo como estou agindo. Acho que eles estão certos, talvez eu esteja sendo um pouco rabugento.

_Desculpe. Desculpe Cristyn.

_Sem problemas. Erelyn às vezes também tem seus ataques. Normal, vocês são adolescentes. _É, supernormal esta morrendo também.

_O jantar será amanhã. Você e sua filha estão convidadas. _Sorrir minha mãe, superempolgada. Parece até aquelas crianças que comeram açúcar demais. Ótimo! Diga que não, diga não...

_Claro, será uma honra. Estaremos lá. _Legal! Parabéns Thomas. Seus pais são demais! Assim que terminei de comer, ela pegou a bandeja e foi e saiu. Comi bem rápido para que ela tivesse que sair logo do quarto. Não estava mais aguentando meus pais e Cistyn conversarem sobre mim e Eny. Eles ainda têm esperanças que nós voltemos a se bons amigos, melhores amigos como antes. Coitados, como estão iludidos. Eles não sabem o porquê de termos parado de falar um com o outro, Eny não contou, nem eu. No começo nem eu sabia. Agora sei. Ela prometeu a irmã e eu a fiz quebrar sua promessa. Essa dor que estou sentido em meu peito será que até meu coração quer me abandonar? É eu sei que sou e estou sendo um babaca. Mas acho que pela primeira vez na vida eu tenho a chance de fazer o certo. De não fazê-la sofrer mais. Meus pais já até desistir, eles são um efeito colateral. Se é que eles realmente gostam de mim.

_Querido, nós vamos pra casa, mais tarde depois do almoço a gente volta. Como voltamos antes de fechamos negocio na Alemanha, temos que resolver algumas coisinhas. Quer alguma coisa de casa?

_Se puder traze o meu quarto pra cá seria ótimo.

_Deixe de ser agitado, amanhã você já estará em casa. _Diz papai bagunçando mais ainda meu cabelo extremamente bagunçado. Sério, o meu estado esta péssimo. Acho que se me olhar em um espelho ele racha. Afasto a mão dele, nada delicado.

_Tem certeza que não quer nada? _Questiona minha mãe.

_Meu celular e meu notebook.

_Até mais tarde. _Mamãe aperta minhas bochechas, depositando um beijo em cada uma.

_Mãe! _Protesto.

_Te amo, seu filho ingrato.

_Eu sei, mas talvez amor de mais mate.

_Você é impossível Thomas. _Meu pai dá um beijo na minha testa, sem dizer mais nada ele e a minha mãe saem do quarto. Maravilhoso! O que eu vou fazer agora?

O tédio esta em seu ponto supremo. Eu já não aguentava mais olhar e olhar para as malditas paredes brancas. Cristyn voltou com o doutor Andrew, eles coletaram meu sangue. Ele parecia animado. Quem sabe ainda há esperança pra mim? Talvez possa ter uma cura, uma solução. Isso seria ótimo, resolveria todos os meus problemas e, quem sabe eu poderia me acertar com a Eny e ficar com ela. Tentar pelo menos.

_Esse não é o Thomas! _Grita, se referindo ao meu estado.

_Oi pra você também Kyle. _Dou um pequeno sorriso.

_Cara, você tá parecendo um maluco.

_Também senti saudade dos seus elogios. _Digo o mais irônico que consigo. Posiciono-me melhor na cama, me sentando. Ele se aproxima cautelosamente.

_Você ainda esta com raiva de mim? _Pergunta, olhando para baixo com medo de resposta. Sim, o Kyle foi um babaca, mas ele é meu amigo. Apesar de ter estragado meu plano ou o adiantado e melhorado, o que ele fez foi errado. Ele não deveria ter enviado para todo mundo a foto da Eny.

_Você entende a merda que fez? Era pra ter ficado só entre a gente. Na realidade eu não me importo... _Respiro profundamente.

_É só que... Apesar de Eny ser a filha do demônio. Ela não merecia isso.

_Eu sei... Sinto muito. Eu sei que fui um babaca, mas ainda somos amigos?

_Não. _O silencio domina o quarto. Kyle inspira e expira profundamente. Talvez ele esteja se controlando para não chorar.

_Tudo bem, eu entendo. A gente se ver por ai. _Levanta a cabeça, olhando-me mais uma vez antes de se virar para sair. Estou tentando me controlar para não rir.

_Kyle! _O Chamo. Ele para não porta, sem se virar para me encarar.

_Só posso voltar a ser seu amigo depois que eu te der um soco, você pedir desculpas a Eny e me trazer batata frita. _Ele me olha sorrindo, parece um maníaco com os olhos brilhantes. Chega até a me assustar. Ele vem até mim a passos rápidos e me dá um abraço apertado. Tão apertado que tenho medo eu possa ser esmagado.

_Kyle! Kyle, me solta! _Grito dando tapas nele, o empurrando.

_Que isso Thomas, negando um abraço ao seu amigo?

_Isso não foi um abraço, tá mais pra aperto da morte.

_Deixa de ser rabugento. _Me abraça novamente.

_Kyle!

_Tudo bem, Thomas não me abrace. _Começamos a rir feito bobo. Uma enfermeira aparece na porta.

_Tudo bem? _Ela questiona. Ela é muito bonita. Estatura mediana, logo cabelos loiros, olhos azuis, lábios rosa. Parece mais uma copia da Barbie, só que com muito mais curvas.

_É... _Kyle gagueja. Droga! Fala sério.

_Esta tudo bem. _Em fim ele diz. Ela dá um sorriso brilhante e um aceno de cabeça, indicando positivo e sai do quarto fechando a porta.

_Qual é o seu problema cara? _O questiono. Ele ainda tá com o mesmo sorriso bobo que deu a enfermeira.

_Todas as suas enfermeiras são gatas assim?

_Cala a boca e vai buscar minhas batatas fritas.

_Acho que estou apaixonado. Tenho que vim mais vezes aqui. _Sorri, dando um soco no meu braço antes de sair. Mal ele sabe que esse maldito hospital passará a ser pra mim como uma segunda casa. Caso o doutor Andrew não encontre uma cura ou um remédio para me dar mais tempo de vida, ficarei bastante tempo no hospital olhando essa malditas paredes brancas. A minha doença irá me deixar cada vez pior, me trará outras doenças. Resumindo, não será algo bonito. Espero que pelo menos seja rápido.

Kyle me trouxe as batatas fritas e encheu o meu saco falando da enfermeira e bolando maneiras de conquistá-la. Ele saiu a caça a busca de informações sobre ela. O nome dela é Kelly, ela estar fazendo residência, tem vinte dois anos é sei anos, mais velha que Kyle, mas ele não se importa. O cara foi flechado pelo cupido. Se esse insetinho do cupido se aproximar de mim eu esmago ele!

_Você é uma péssima influência Thomas.

_Por quê? _O questiono, sem entender nada.

_Me fazendo traficar batata frita. Posso ser colocado pra fora e perder a chance de conquistar a minha musa por causa de batata. _Dou um sorriso.

_Você realmente esta implorando para que eu lhe der umas tapas, não esta? Kyle, se não parar de me perturbar falando da sua musa, eu vou te deixa em coma.

_Isso séria ótimo Thomas! Assim minha musa cuida de mim.

_Kyle!

_Eu to brincando. Talvez não. _Gargalhamos juntos. Depois da Eny, acho que o Kyle, apesar de ser um idiota às vezes, é o que chega mais perto de ser meu melhor amigo.

_Lembrei-me de uma coisa.

_O quê? _Ele pega uma das minhas batatas. Dou tapa na mão dele, mas é em vão, e ele já esta pegando outra. O encaro com um olhar mortal. Ele me olhar, sorrir e ignorar. Ele vai ver só quando eu estiver melhor.

_Como você chegou mais cedo, antes do horário da escola, suponho que não foi pra escola. Então... Como sabia que eu estava no hospital?

_Eu estava passando pelo corredor e vi a Eny e os amigos dela, eu me escondi, pois fiquei com medo de apanhar. Escutei a Eny falando sobre você. Ela estava brigando com os amigos, não sei ao certo. Não fiquei lá pra terminar de ouvir. Arrumei um jeito de escapar da escola e vim te ver.

_E como sabia em qual hospital eu estava?

_Essa é fácil, liguei pra sua irmã. _Sorri.

_Kyle, eu já falei que a minha irmã é campo neutro. Se tentar algo com ela eu parto a sua cara.

_Oh! Eu já te falei, somos apenas amigos.

_Sei... É assim que começa. _Então, como eu já sabia. A mãe de Eny a avisou. O que será que Cristyn contou a Eny? Ela já sabe da minha doença? Que estou morrendo. E por que ela estava brigando com os amigos? Será que é por causa da aposta, ainda? Realmente Thomas, você é um babaca! Além de deixar a garota arrasada tem que estragar a amizade dela como seus amigos estranhos? Termino ou terminamos de comer as batatas. Kyle pega a embalagem a jogando no lixo. Olho por relógio na parede. O horário da escola já acabou há meia hora. Será que mais ninguém cai vim? Esses desgraçados esqueceram-se de mim ou ainda estão com muita raiva de mim? Melhor assim. É bom que eles não venham. A porta se abre. Meu coração se acelera de imediato. E só percebo que estava prendendo o ar, quando finalmente respiro fundo antes de dizer o nome dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que achou? Acha que a reconciliação com o Kyle foi certa? E essa enfermeira a Kelly? O Kyle tá encantado kkkk E a Kyle e a irmã do Thomas? Será que os outros amigos do Thomas vão aparecer no hospital? E por quê a Eny estava brigando com os amigos? Será que isso é verdade? Tantas perguntas....



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Não se apaixone por mim / Hiatus" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.